sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Cronologia da Morte de Cristo.


A lição de 30/10/08, quita feira, “Anunciado em Daniel”, no último parágrafo nos chama a atenção para o quando do cumprimento profético da morte de Cristo.
O Comentário Bíblico, vol. 4, pág. 852, 2ª coluna, diz que: “O cumprimento das predições conectadas com a 1ª vinda do Messias, no tempo especificado na profecia, dá segurança ...”
Assim, faz sentido a declaração atribuída a Sir Isaac Newton, físico, astrônomo e matemático inglês (1642-1727):
“Aquele que quiser rechaçar as profecias de Daniel, pretenderá, por isto mesmo, enterrar a religião cristã, uma vez que esta foi fundada por Cristo sobre as predições de Daniel.”
Com efeito, “Daniel predisse que o longamente esperado Príncipe Messias, apareceria num tempo especificado”, ibidem, pág. 853, 2ª coluna. Em O Desejado de Todas as Nações, pág. 233, nos é dito: “A nota predominante da pregação de Cristo, era: O tempo está cumprido, e o reino de Deus está próximo ... O ‘tempo’ que Ele declarava estar cumprido, era o período de que o anjo Gabriel falara a Daniel, as Setenta semanas.” (Mateus 1: 15).(grifos nossos).
Paulo diz: “Cristo nossa páscoa foi sacrificado por nós”, 1ª Cor. 5: 7.
Com esta declaração de Paulo muitos, entre nós, têm datado a morte de Cristo como tendo ocorrido em 14 de NISAN, dia em que o cordeiro pascal era sacrificado.
Entretanto a Bíblia e o Espírito de Profecia sincronizam a morte de Cristo não com o dia em que o cordeiro pascoal era morto, mas com o em que era comido.
Com efeito o cordeiro era morto no dia 14 do mês de (Abib, depois da saída do Egito chamado de:) Nisan, à tarde, Exodo 12:6. E comido após o pôr-do-sol, naquela noite (vs. 8), sendo, portanto, já o dia 15.
O dia 14 de Nisan, caiu, naquela páscoa, em uma quinta-feira, sendo assim a Sexta-feira dia 15 de Nisan (27 de abril do ano 31 d.C.).
Mas a prova matemática disto (a prova dos nove) nos é dada por uma informação que temos em O Desejado de Todas as Nações, pág. 569 que “...foi no primeiro dia da semana que Cristo fez sua entrada triunfal em Jerusalém”, e, duas páginas à frente, com aquele ato, Ele, “...voluntariamente se pôs à parte como oblação” (oferta).
À página 399 (4º§) nos é dito mais que “aqueles símbolos se cumpriram não somente quanto aos eventos mas também quanto ao tempo.”
A prova matemática destas declarações de mais de 100 anos atrás, está em Êxodo 12:3 e 6, que diz: “Aos 10 deste mês tome cada homem um cordeiro... e vós o guardareis até o 14º dia....” (quando seria morto à tarde).
A PROVA ESTÁ EM QUE, o dia 10 de Nisan, do ano 31 d.C., tendo sido um Domingo, você verá que a quinta-feira foi 14 (quando o cordeiro foi morto, á tarde) e à noite, comido, sendo, portanto, já o dia 15 de Nisan, por ser após o pôr-do-sol.
Paulo completa a prova dizendo: “ ... o senhor Jesus, na noite em que foi traído, tomou o pão...” 1ª Cor.11.23, ú.p.
Naquela Sexta-feira Ele comemorou a páscoa com os discípulos, foi traído, julgado, e morto.
Em O Grande Conflito nos é dito que o reino da graça, embora instituído no Éden, foi, entretanto, estabelecido somente com a morte de Cristo (página 347). “A morte de Cristo foi a prova máxima dos anseios dos discípulos...” (idem, pág. 348).
Assim, o calculo para chegarmos à morte de Cristo é muito simples, adicione 466,5 anos a 28/29 de outubro do ano 457 a.C. e você chegará (respeitadas algumas nuances dos calendários) a 26/27 de abril do ano 31 d.C.
Também adicione 3,5 anos e chegará ao ano de 34, e mais 1810 anos atingirá também a 1844.
Lembre-se, o que “sela a visão e a profecia” é a morte de Cristo, que ocorreu em 26/27 de abril do ano 31 d.C. —Para a precisão matemática proceda assim: de 26/27 de abril do ano 31 d.C. recue 486,5 anos, e você chegará (respeitadas algumas nuances dos calendários) a 28/29 de outubro do ano 457 a.C.
Há que se prestar atenção aí no cálculo da transição das eras a.C. para d.C.1, ou seja da era pagã para a era cristã2.
Eu sugeri que, com base no sistema histórico convencional, iniciado no 8º século da nossa era, pelo historiador inglês Bede (Colgrave e Mynors, 1969) em que a transição das duas eras foi:-3 a.C, -2 a.C –1, a.C, 1 d.C, 2 d.C... etc... fosse subtraido apenas 485,5 anos, considerando que o ano 457 já estava quase terminando, com 2 meses para se encerrar (faltado apenas os dias de 29/10 a 31/12 de 457 a.C).
Mas, este não é o procedimento tecnicamente correto, embora seja o adotado por, praticamente, toda a humanidade hoje, e sim, a contagem de “linha numérica direta”, acrescentando um ano a mais, correspondente ao ZERO. Assim estará usando-se o sistema astronômico criado por Jacques Cassini: -2 a.C; -1 a.C, ZERO; 1 d.C; 2d.C; etc.. (Cassini 1740).
Este sistema leva em consideração a fração do ano 457, e todas as horas e minutos do longo período apresentado por Daniel 8:14, possibilitando-se o cálculo exato, astronomicamente, como feito pelo Jet Propulsion Laboratory, da Nasa quando o irmão Juarez lá esteve. Entre os cálculos dos cientistas daquele órgão e os do irmão Juarez houve a diferença de apenas um minuto.
Recuando-se 486,5 anos, do dia 15 de Nisan (27 de abril do ano 31 d.C) e acrescentando-se um ano a mais correspondente ao ano ZERO, chegar-se-á ao ano 457 a C.
Para o cálculo a nível de hora, usa-se o calendário divino, bíblico-judaico, lunisolar.
Parte-se do dia da expiação, porque este é o assunto de Dan. 8:14, dia 10 de Tishry do ano 457 aC., às 3 horas, porque é a hora do sacrifício da tarde (o auge do cerimonial da expiação, e a hora em que o anjo Gabriel veio e tocou em Daniel, Dan. 9:21) e chega-se logo após o pôr-do-sol do dia 14, portanto dia 15 de Nisan, (27 de abril do ano 31 d.C) quando Cristo celebrava a páscoa com os discípulos, com precisão matemática a nível de hora. Ali, pela última vez, encontraram-se os dois cordeiros, o tipo e o antítipo (“O Cordeiro que tira o pecado do mundo” João 1:29).
E ali Cristo faz a transição dos dois sistemas, do tipológico para o real, da cerimônia da páscoa para a cerimônia da santa ceia.
—João Soares da Silveira
Notas:
1) L.E.Doggett, em Explanatory Supplement to the Astronomical Almanac; colhido de Cronological Studies of Daniel 8:14 and 9: 24 – 27”, de autoria do irmão Juarez Rodrigues de Oliveira, pág. 151. Imprensa do UNASP, campus de Engenheiro Coelho, Imprensa Universitária Adventista, Home Page: http://www.unaspress.unasp.br É em inglês, mas compensa você tê-lo. Uma versão em português está sendo providenciada. Há mapas de astronomia, sites os mais variados, e muito mais que você pode ir, gradativamente, utilizando e entendendo melhor. Eu diria que, cumprir o que Cristo disse com relação a esta profecia: “... quem lê entenda”, Mat. 24:15, Luc. 13:14, Luc. 21: 20, Dan. 9: 27 e 12:11) me parece ser muito mais que simplesmente ler estes textos.
2) A nossa dificuldade em entender este detalhe da transição das duas eras, talvez esteja enraizada na resistência de muitos séculos que a maioria dos países da Europa tiveram em aceitar a designação de anos negativos para a era pagã (a.C.), e no fato de nunca se ter corrigido a diferença entre o sistema histórico convencional, e o astronômico, que usa uma “linha numérica direta,” como num termômetro: -5; -4; -3; -2; -1; 0; +1; +2; +3; +4.
Veja, você celebra o 1º ano de vida do seu filho somente quando ele completa 12 meses de vida, até então você diz que ele ainda não tem um ano, e, pelos próximos meses, você falará que tem um ano; somente quando completar 24 meses de vida dirá que tem 2 anos, e assim consecutivamente.
Para melhor se entender este sistema numérico consideremos períodos de dez em dez anos como é o calendário usado pelos astrônomos
Para melhor se entender este sistema numérico consideremos períodos de dez em
dez anos como é o calendário usado pelos astrônomos:
-25aC; -24aC; -23aC; -22aC; -21aC; -20aC; -19aC; -18aC;-17aC. e-16aC (= 10 anos a. C.)
-15aC; -14aC; -13aC; -12aC; -11aC; -10aC; -9aC; -8aC; -7aC. e -6aC (= 10 anos a. C.)
. -5aC, -4aC; -3aC; -2aC; -1aC; 0 ; 1dC; 2dC; 3dC. e 4dC (5 anos a C e 5 d.C.) .
5dC; 6dC; 7aC; 8dC; 9dC; 10dC; 11dC; 12dC, 13dC. e 14dC (= 10 anos d. C.) .
15dC; 16dC; 17aC; 18dC; 19dC; 20dC; 21dC; 22dC, 23dC. e 24dC (= 10 anos d. C.)
Observe que há uma repetição harmoniosa dos últimos dígitos em cada coluna, até o ano
zero (cor verde), e outra série de repetição harmônica dos últimos dígitos nas colunas após
o ano zero (cor vermelha). Observe também a harmonia nas colunas cujos últimos dígitos
são 5 e 0 (cor azul). As duas colunas inteiras são harmônicas.
Portanto, sem o ano zero, como é o nosso calendário, esta harmonia desse sistema decimal desaparece.

Conclusão:
Sistema Histórico
Convencional                  -5aC.       -4aC.      -3aC.      -2aC.      -1aC.       1dC.        2dC.       3dC.        4dC.       5dC.       6dC.
a.C — d.C, por Bede
Sistema Astronômico
Por Cassini, c/ an                   0         -4aC.      -3aC.      -2aC.      -1aC.    0 1dC.        2dC.       3dC.       4dC.       5dC.        6dC.
= num termômetro

Período de 10 anos: 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Quem desejar os quadros acima mais ordenados nos peça via e-mail e mandaremos em anexo, onde a harmonia será mais visível. Nosso e-mail: Agapeed2001@yahoo.com.br