Queremos lembrar-lhe, ao estudamos estas lições da Escola Sabatina no tema da "Expiação," de que a palavra não é um termo latino que possa ter um significado confuso. É puramente anglo-saxão simples que pessoas comuns podem entender instantaneamente: significa "ser feito um".
E a alienação que cura foi unilateral—nós seres humanos somos os que nos separamos, ou nos isolamos; é “a inclinação da carne (que) é inimizade contra Deus” (Rom. 8:7).
Deus sempre foi reconciliado a nós, nenhuma "inimizade" da Sua parte. Foi o Pai que "amou o mundo de tal maneira" que Ele "deu Seu Filho unigênito" para demonstrar Sua união conosco (João 3:16). A dádiva foi total, o esvaziar-Se de Si ao assim ir até à "morte da cruz" (ver Fil. 2:5-8) foi a própria morte no inferno—a segunda morte1.
A "inimizade" é excessivamente dolorosa de se suportar, especialmente quando separa duas pessoas que uma vez se amaram e uma vez eram "um". Um divórcio, por exemplo, pode ser pior que a morte; se ódio entrou onde uma vez só amor reinava—o espírito humano não conhece nenhuma amargura pior.
O Pai amoroso quer que o universo inteiro saiba que Ele já Se reconciliou a nós pecadores, e que Seu amor reconciliador cura as feridas que tal alienação traz.
Quando esta Boa Nova rompe no escurecido alienado coração humano, se o coração for honesto será derretido em contrição: "Preocupa-Se Ele comigo? É Seu divino coração ferido por minha alienação intencional dEle? Oh, arrependo-me de minha alienação dEle"!
A resposta do coração crente está a milhões de quilômetros de ser centralizado em si mesmo: temor de inferno não entra nela, e esperança de recompensa é esquecida2. As palavras sublimes descrevem esta alegria: "Temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo" (*Rom. 5:1).
Por Ele "temos entrada pela fé a esta graça na qual estamos firmes" (*vs. 2). Nenhuma alegria no grande universo pode se igualar a isto! O peso (*que estava sobre nós) foi retirado. Por fim nós compreendemos que Seu "jugo é suave, e [Seu] fardo é leve" (Mat. 11:28-30).
"Doravante" servimos Àquele que morreu por nós não por causa de temor do inferno nem por esperança de recompensa no céu, mas unicamente porque Seu amor [Ágape] "nos constrange". É a alegria que é suprema no universo de Deus.
Os acadêmicos podem descrevê-la como "expiação anunciada," e isso é bom; o "anúncio" é a Boa Nova que Paulo diz "é o poder de Deus para salvação" (Rom. 1:16).
A alegria desta Nova é simplesmente indescritível.
É minha oração que você possa, caro leitor, saber de primeira mão; que esta oração é oferecida por você de um coração agradecido.
—Robert J. Wieland
Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.
Notas do tradutor:
1) Foi a morte para a qual não há retorno, a norte que nós conhecemos é apenas um sono, e é, e será, reversível pela ressurreição
2) “Não é o temor do castigo, ou a esperança da recompensa eterna, que leva os discípulos de Cristo a segui-Lo. Contemplam o incomparável amor do Salvador revelado em Sua peregrinação na Terra, da manjedoura de Belém à cruz do Calvário, e essa visão dEle atrai, abranda e subjuga o coração. O amor desperta na alma dos que O contemplam. Ouvem-Lhe a voz e seguem-nO.” DTN, 480