quinta-feira, 12 de julho de 2012

Lição 2 - Preservando Relacionamentos, por Arlene Hill

Para 7 a 14 de julho de 2012

Nossa lição desta semana analisa um pouco da história das relações de Paulo com a igreja em Tessalônica. O primeiro capítulo de 1ª Tessalonicenses mostra o coração de Paulo cheio de ardente preocupação para com os crentes de lá. Esta preocupação não é nada menos que um milagre ao você se inteirar de sua história anterior. Houve um tempo em sua vida quando ele caçava essas mesmas pessoas para as matar, na esperança de erradicar a mensagem do evangelho vinda diretamente de Deus. O que ele descobriu é que em cada época, Deus protegeu Seu evangelho que nunca será erradicado. O número dos que aceitam a mensagem pode ser pequeno, como quando Deus diz a Elias que havia 7.000 em Israel que não haviam se dobrado a Baal, 1ª Reis 19:18, mas em todos os tempos Deus sempre preservou um remanescente.
Sabemos que Paulo passou três anos na Arábia, Gál. 1:17, aprendendo a mensagem do evangelho diretamente do Senhor. Foi a mensagem que suavizou seu coração em direção a outros crentes na mudança dramática que passou de matança selvagem a simpatia e preocupação pastoral. O efeito de ouvir e receber a mensagem do evangelho é o mesmo hoje. A menos que à mensagem seja permitido mudar o coração, a mudança de comportamento exterior é apenas isso. Jesus usou a imagem de "sepulcros caiados" (Mat. 23:27) para descrever a condição de aparência agradável exterior, mas por dentro era morte e corrupção.
A preocupação de Paulo para com os crentes em Tessalônica sugere que o mais puro amor do evangelista se preocupava com aqueles que ouviam a mensagem de sua pregação. Se o seu senso de valor pessoal estava ligado a isso, em cada conversão sua auto-estima aumentava um pouco e em cada rejeição diminuia seu senso de valor. Isso insere o elemento pessoal na motivação do mesmo homem que escreveu aos crentes de Corinto que "o amor de Cristo nos constrange, ... e Ele nos confiou a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por meio de nós rogasse...” (2ª Coríntios 5:14, 19, 20). Se isso não tivesse sido a sua motivação genuína para o evangelismo, Deus não teria permitido que ele escrevesse isso.
O mais provável, podemos supor que Paulo continuou a permitir que o Espírito Santo criasse o seu coração em direção a um ministério altruísta, para que ele não considerasse que a quantidade e a qualidade das pessoas que recebem a mensagem era de alguma forma um triunfo que lhe fosse imputável. Ele disse a Filemon, "Eu vim para ter muita alegria e conforto no teu amor, porque os corações dos santos têm sido reanimados através de você, irmão" (Filemom 1:7, NVI). Deus nunca nos dá o "sucesso" no ministério para aumentar a nossa auto-estima, porque os nossos esforços nunca trazem as pessoas para Cristo, é o Espírito Santo, falando aos seus corações através de nós. Nós somos apenas o vaso, e a gratidão por Ele nos usar é a única coisa que devemos sentir.
Paulo discorre sobre isso dizendo que Cristo não o enviara para batizar, "mas para evangelizar; ... para que a cruz de Cristo não se faça vã. Porque a palavra da cruz é loucura para os que perecem; mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus" (1ª Coríntios 1:17, 18, NVI).
As citações que se seguem, do livro Evangelismo (que é uma compilação), págs. 190 e 191, podem ser familiares para alguns. Elas definem claramente os elementos da mensagem de 1888 que movem o coração. Ressalta o endosso de Ellen White de se pregar a cruz como revelando o conceito de justificação pela fé:
"O sacrifício de Cristo como expiação pelo pecado é a grande verdade em torno da qual se agrupam todas as outras. A fim de ser devidamente compreendida e apreciada, toda verdade da Palavra de Deus, do Gênesis ao Apocalipse, precisa ser estudada à luz que dimana da cruz do Calvário. Eu apresento perante vós o grande, magno monumento de misericórdia e regeneração, salvação, e redenção — o Filho de Deus erguido na cruz. Isto tem de ser o fundamento de todo sermão feito por nossos ministros (Origfinalmente em Obreiros Evangélicos, pág. 312, escrito em 1915).
“Cristo e Sua justiça — seja esta a nossa plataforma, a própria vida de nossa fé” (Originalmente publicado na Review and Herald, de 31 de agosto de 1905).
"Várias pessoas me escreveram perguntando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e espondi ‘É a mensagem do terceiro anjo em verdade’ (Originalmente  publicado na Review and Herald, de 1º de abril de 1890).
"Esta mensagem destinava-se a apresentar mais preeminentemente ao mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava a justificação pela fé no Fiador; convidava as pessoas a receber a justiça de Cristo, que se manifesta pela obediência a todos os mandamentos de Deus. Muitos haviam perdido de vista a Jesus. Deviam ter tido seus olhos dirigidos à Sua Pessoa Divina, a Seus méritos, e Seu imutável amor pela família humana. Todo o poder é dado em Suas mãos, para que Ele possa dispensar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom da Sua própria justiça ao impotente agente humano. Esta é a mensagem que Deus ordenou fosse transmitida ao mundo. É a mensagem do terceiro anjo, que deve ser proclamada com grande voz, e acompanhada do derramamento do Seu Espírito em grande medida (Originalmente em Testemunhos Para Ministros, págs. 91 e 92).
"O Salvador crucificado deve aparecer em Sua obra eficaz como o Cordeiro que foi morto, sentado no trono, para dispensar as inestimáveis ​​bênçãos do concerto, os benefícios que com Sua morte Ele comprou para cada alma que nEle cresse. João não podia expressar em palavras esse amor; era profundo e amplo demais; ele apela à família humana para que O contemple. Cristo intercede pela igreja nas cortes celestiais acima, rogando por aqueles por quem Ele pagou o preço da redenção — o Seu próprio sangue. Os séculos e as eras, nunca poderão diminuir a eficácia deste sacrifício expiatório. A mensagem do evangelho de Sua graça devia ser dada à igreja em linhas claras e distintas, para que o mundo não mais dissesse que os adventistas do sétimo dia falam na lei, na lei, mas não ensinam ou crêem em Cristo" (Idem, pág. 92).
Algum dia, em algum lugar, alguém, vai entender o "evangelho eterno" de Jesus Cristo de forma tão clara que o "outro anjo" descerá do céu com “grande poder" e iluminará a Terra, com a glória da verdade completa. Multidões que agora se sentam na escuridão verão uma grande luz e virão a ela (Apoc. 18:1-4, e Mat. 4:16).
E não será apenas "alguém" que entenderá, haverá muitos que estão em união sincera, em volta do mundo, de "toda nação, tribo, língua e povo" (Apoc. 14:6). Sem mais disputas teológicas!
Essa unidade será tanto um milagre como a percepção daquele "alguém" que verá, claramente o que o evangelho é, sem confusão contraditória. Essa harmonia será em cumprimento da oração de Jesus em João 17:20, 21. "O mundo" não vai crer até ver aquela "unicidade.”

Arlene Hill

A irmã Arlene Hill é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista local. Ela foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno, Nevada, USA, Telefone  001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642.


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