quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Lição 11, Promessa aos Perseguidos, por Stephen McCandless

Para 8 a 15 de setembro de 2012

 
Temos uma rica história que vai trazer reavivamento espiritual e que dará poder ao evangelismo em nossa igreja. Nós podemos aprender com essa história que vai trazer reavivamento a partir de hoje. Esta deve ser a declaração de nossa missão: "Em Sua grande misericórdia, enviou o Senhor uma mui (sic) preciosa mensagem a seu povo por intermédio dos Pastores Waggoner e Jones. Esta mensagem devia [deve] por mais preeminentemente diante do mundo o Salvador crucificado, o sacrifício pelos pecados de todo o mundo. Apresentava [apresenta] a justificação pela fé no Fiador; convidava [convida] o povo para receber a justiça de Cristo, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus. ... Todo o poder é dado (sic) em Suas mãos, para que Ele possa (sic) dar ricos dons aos homens, transmitindo o inestimável dom de Sua justiça ao impotente ser humano. Esta é a mensagem que Deus manda proclamar ao mundo. É a terceira mensagem angélica, que deve ser proclamada com alto clamor e regada com o derramamento de Seu Espírito em grande medida."1 Paulo conhecia esta mensagem, tanto em sua vida como em seu ministério, e nós a estudamos novamente esta semana.
"Paulo, Silvano e Timóteo, à igreja dos tessalonicenses, em Deus nosso Pai e no Senhor Jesus Cristo" (2ª Tess.1:1). *Paulo faz uma ligação diferente, entre a igreja corporativa e sua relação com Deus e Jesus. Deus como "nosso Pai", "em" quem estamos como uma igreja corporativa e como indivíduos, não é nada igual aos nossos pais terrenos, que, embora maravilhosos eles possam ser para alguns, são pais de limitações humanas.
Assim, estar "no Pai e em Cristo" é perceber o nosso novo status na família de Deus, membros da família celestial divina. Isso faz de Deus, nosso novo Pai com novas experiências espirituais e de vida, que, no tempo de Deus, resulta em dramática cura — emocional e espiritualmente. O verso que é mais notável sobre a nossa nova posição nEle diz: "Deus ... nos amou, estando nós mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com Ele, e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus" (Efé. 2:4-6).
Na língua original, estar no Pai e no Filho implica que estamos profundamente conectados com o nosso Deus e Seu Filho, o que, curiosamente, nos traz em conflito com a maneira como o mundo funciona. Paulo e João escreveram de um parentesco íntimo com Deus e com Cristo, o que resulta em poder e bênção. Jesus falou abertamente sobre isso: "Mas, se as faço, e não credes em Mim, crede nas obras; para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim e Eu no Pai" (João 10:38; ver também 14:10).
Quando recebemos a nossa força do Pai e do Filho, através do ministério do Espírito Santo abraçamos uma maior compreensão de quem o nosso Salvador verdadeiramente é. Isso amplia e constrói a nossa comunhão com Deus, porque estamos sendo recriados e renovados em Deus, e Deus é livre para nos fortalecer e à Sua igreja, para fazer as obras que preparou de antemão para nós. Veja de onde o poder vem! Jesus disse: "Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus" (João 3:21, ênfase adicionada).
Nós ainda não compreendemos totalmente isto como igreja. Quando o entendermos o resultado será uma maior experiência, mas podemos esperar enfrentar oposição, perseguição e rejeição, não por causa de um conjunto de comportamentos, mas por causa de um novo coração e uma mente cheia da agenda de Deus e não da nossa própria. O amor incondicional a Deus e ao próximo não é popular, mas é justiça. Quando nós abraçarmos este evangelho que é para ir a todo o mundo, o mundo vai tomar conhecimento e nos vai colocar em observação. Oposição virá de ambas as direções, de fora e de dentro do corpo de Cristo.
Paulo experimentou tal oposição: "Porque vós mesmos irmãos, bem sabeis que a nossa vinda para convosco não foi vã; mas, mesmo depois de já termos padecido e sido agravados em Filipos, como sabeis, tornamo-nos ousados em nosso Deus, para vos falar o evangelho de Deus com grande combate" (1ª Tess. 2: 1 e 2). A oposição não foi por causa da guarda o sábado por Paulo, nem foi porque ele agiu preconceituosamente em relação aos gentios, foi porque Paulo queria que todos soubessem a maior de todas as notícias do mundo. Isto entrou em choque com os costumes dos judeus conservadores e liberais e a própria comunidade descrente. Paulo introduziu a todos a uma nova família em Deus e em Cristo.
A perseguição de dentro e fora da igreja vem por causa de nossa completa rendição, e por pertencermos a esta família que ama incondicionalmente, e estende a mesma graça livremente a todas as pessoas desprezadas ​​do mundo, assim como o próprio Cristo fez! Quando chegarmos a compreender e experimentar pessoalmente estar "em Cristo" vamos experimentar perseguição. O mundo despreza aqueles que amam os outros incondicionalmente, falam de injustiças, chamam a igreja para uma maior experiência em Cristo, subjugam seu espírito crítico e julgador e andam como fez Cristo. A Bíblia diz: "E também todos os que piamente querem viver em Cristo Jesus padecerão perseguições" (2ª Tim. 3:12).
"Nossas maiores provações virão daqueles que professam santidade. Foi assim com o Redentor do mundo; vai ser assim com Seus seguidores. ... Aqueles que levam a sério ganhar a coroa da vida eterna não precisam ser surpreendidos ou desanimados porque a cada passo em direção à Canaã celestial eles se deparam com os obstáculos e encontram provações. ... O Salvador sabe o que é melhor. A fé cresce pelo conflito com a dúvida, dificuldade e provação. A virtude ganha força pela resistência à tentação"2 Considere também o seguinte pensamento: "Apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios.” O apóstolo Paulo nos adverte que “Isto é o que podemos esperar. Nossas maiores provações serão ocasionadas por aqueles que uma vez advogaram a verdade, mas que se voltaram dela para o mundo, e a pisaram a pés com ódio e escárnio"3
Devemos estar dispostos a lembrar nossa história inicial. Passamos por uma experiência no início da formação da nossa igreja quando a mensagem da justificação pela fé veio à tona como a mensagem que devemos dar ao mundo. Houve perseguição imediata àqueles que estavam dispostos a pregar o que Jesus pregou e que Paulo proclamou ao mundo de sua época.
A frase, "À igreja dos tessalonicenses em Deus, o Pai, e no Senhor Jesus Cristo" (*2ª Tess.1:1) descreve a vida de uma igreja corporativa que vai criar perseguição. É uma coisa estranha, mas a perseguição será gerada por aqueles que vivem pela fé nos seus desempenhos da lei de Deus.
A nova igreja de Tessalônica estava a caminho de se aproximar da segunda vinda de Jesus, assim como nós estamos hoje. Mas há um "guarda-chuva" sobre nós: estamos em Deus e em Cristo para nos ver através da jornada, confiando nEles em sua comunhão conosco, e nos capacitando como igreja e como indivíduos.

- Stephen McCandless

O irmão Steven McCandless é um pastor adventista do sétimo dia já por 26 anos em igrejas no noroeste do Pacífico e no estado de Nevada. Ele e sua esposa Sheree estão atualmente apoiando a igreja por seu ministério de comunicação de massa, través do cinema, vídeo e outras mídias, que estão promovendo uma maior compreensão da justificação pela fé, tal como apresentado pelos mensageiros de Deus em 1888. Eles também estão trabalhando em um documentário de experiências de fé, assim como um filme baseado em jovens de diversas etnias encontrando o evangelho como apresentado no livro de Apocalipse.


Notas finais (de Ellen G. White):
1) Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, págs. 91, 92.
2) Nossa Alta Vocação, (Meditações Matinais, 1962), pág. 361.                              
3) Evangelismo, págs. 624, 625.                                                                               
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