quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Lição 12 - O Anticristo - Roma e Antíoco, por Robert Van Ornam

Para 15 a 22 de setembro de 2012

Nossa lição faz uma digressão diferente esta semana ao focalizar o ponto de vista defendido hoje pelo mundo cristão ao estudar as profecias de Daniel. Nós aqui olharemos perguntas gerais: "Que diferença esta visão de Antíoco como o chifre pequeno faz ao evangelho em Daniel?" "Há alguma razão por que o ponto de vista sobre Antíoco está tão predominante, e o que nós talvez estejamos perdendo se aceitamos tal crença?"
Para responder a estas perguntas nós necessitamos, primeiramente, revisar por que Deus enviou Israel a Babilônia. Normalmente supomos que o propósito do Deus para o cativeiro era, principalmente, castigar a Israel pela rebelião e obstinação. No entanto, numa análise mais detalhada do livro de Jeremias sugere um propósito mais redentivo. No capítulo 25 Jeremias fala do desagrado de Deus com Seu povo, e que seriam levados por Nabucodonosor como escravos.
É bom notarmos que esta edição inteira das lições deste trimestre nos leva a pensar no clamor de Israel por um rei, a fim de ser como as outras nações (1º Sam. 8:1-5; cf. 7:3-4). Eles ainda não criam que Deus é suficientemente grande para dirigi-los. Agora parece que deixará Israel ter a melhor possível oportunidade de ver as outras nações e como operam. No capítulo 29 Jeremias pega o mesmo tema de como Israel irá a Babilônia, mas note Seu intento:
“'Passados setenta anos em Babilônia, atentarei para vós, e cumprirei sobre vós a Minha boa palavra, tornando-vos a trazer a este lugar. Pois Eu sei os planos que tenho para vós,' diz o Senhor, 'planos de paz e não de mal, para vos dar uma esperança e um futuro. Então Me invocareis, e ireis, e orareis a Mim, e eu vos ouvirei. Buscar-Me-eis e Me achareis, quando Me buscardes de todo o vosso coração'” (Jer. 29:10-13).
Parece que a intenção de Deus era fazer com que Israel aprendesse das suas experiências em Babilônia sobre a sua necessidade de um novo coração. Por favor, leia Jeremias 30-31, especialmente 31:31-34, e comparem as instruções de Deus a Moisés em Deuteronômio 4-11.
Note a ênfase sobre a conexão entre servir a Deus de coração e o perigo da adoração a Baal. É como se Deus estivesse pondo outra série evangelística em Babilônia como fez no Egito para apartar gradualmente Seu povo dos falsos deuses e construir fé Nele e em Seus meios, os pondo onde eles teriam que O comparar detalhadamente com outros deuses!
Quando vemos a explícita intenção de Deus em enviar Israel a Babilônia, então as questões que são tratadas nas profecias de Daniel tomam numa importância mais profunda. Por exemplo, a sugestão de que Antíoco é o chifre pequeno porque profanou o templo Judeu por erigir ídolos em seu recinto e oferecendo sacrifícios estranhos não apela às questões de Deus com Israel como delineadas por Jeremias. Israel já tinha profanado o templo de certa maneira muito pior que Babilônia ou Antíoco jamais podiam fazer por sua rebelião de coração e então negando que tivessem feito algo mal (veja Jer. 7: 4-11). A idéia de que restaurando o templo físico e seus serviços resolveriam o problema parece fútil a menos que as reais questões estejam em foco.
Mesmo antes do tempo de Antíoco (174-165 a.C.), Deus falou por Malaquias sobre o que o Seu povo estava fazendo depois de retornar de Babilônia. Deus viu a condição do povo e o que eles faziam no templo que Zerobabel restaurou (Eze. 8:1-17). Deus estava tão decepcionado que disse, "Oxalá houvesse entre vós alguém que fechasse as portas [do templo] para que não acendesse debalde o fogo em Meu altar! Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei de vossa mão a oferta” (Mal. 1:10). Claramente Israel não tinha entendido o seu problema, e mais especificamente o presente do Novo Concerto de Deus de um novo coração e uma vida de retidão, pela fé Nele.
Com a vinda de 1844, atenção foi dirigida ao santuário celestial. Pela questão do Sábado o mundo foi outra vez levado a encarar o problema de Israel. O Sábado focalizou atenção sobre a lei e seu relacionamento com o evangelho em meios que a maioria não tinha entendido. O Velho Testamento tinha sido visto como sendo somente para os judeus, e o Novo para os cristãos. Agora isto foi desafiado. A necessidade para limpar o coração dos pecados necessita ser vista à luz da lei e do evangelho. Infelizmente, muitos de nossos pioneiros tornaram-se ardorosos defensores do Sábado e não conseguiram ver as questões mais profundas de Cristo e Sua justiça e o que isto significava para o mundo.
Quando E. J. Waggoner e A. T. Jones (os "mensageiros" de 1888) começaram a falar na lei e no evangelho, eles trouxeram um novo foco. A questão do concerto enfatizou a necessidade de melhor entender o que Deus originalmente tinha esperado de Israel em como eles deveriam obedecê-lO. Os outros aspectos singulares, tal como o que Cristo tinha feito por todos os homens; a proximidade de Cristo ao pecador, etc., todo unido em endereçar a real questão que Deus tinha lidado com Seu povo bem desde o princípio. A mensagem de 1888 era um presente do Céu para finalmente vencer o coração pecaminoso que tinha desviado o povo de Deus durante tantos anos. Não é isto o que nós deveríamos ter esperado "o começo" do alto clamor e da chuva serôdia fazer?
Então, retornamos às duas perguntas com que nós começamos.
(1ª) "Que diferença esta visão de Antíoco como o chifre pequeno faz ao evangelho em Daniel?" Posta de maneira simples, a visão de Antíoco destroi a profecia dos 2300 dias que revela o horário de Deus para finalmente resolver o problema da Sua igreja. Os serviços do santuário adequadamente entendidos mostra que a intenção de Deus em limpar a terra do pecado inclui limpar os corações de Seu povo, e eles necessitavam entender Seus meios que fariam com que o trabalho fosse feito. Nada menos o fará.
(2ª) "Há alguma razão por que o ponto de vista sobre Antíoco está tão predominante e o que nós talvez estejamos perdendo se aceitamos tal crença?"
Outra vez de uma maneira simples, encaramos um inimigo que está determinado a nos distrair da fonte de nossa separação de nosso Pai Celestial. Nada que nos cega para a nossa real necessidade e seu remédio enquanto nosso Salvador está preparando o trabalho final para Sua vinda finalmente nos tornará inadequados para a eternidade. Jesus não está disposto que qualquer pessoa se perca. O trabalho que está ante nós é muito importante. Que possamos reunir coragem e força da história de salvação provida por Deus para Seu povo desde o início, sabendo que trabalhamos em harmonia com o propósito do Céu neste Dia de Expiação.
Robert Van Ornam

Tradução de João Soares da Silveira.