Para
2 a 9 de novembro de 2013
Nossa lição fornece
informações interessantes sobre o ritual do Dia da Expiação no Antigo
Testamento. Mas no final dela, na sexta-feira, na seção "Perguntas para reflexão",
uma declaração é feita: "Muitos adventistas do sétimo dia foram ensinados
sobre o Dia da Expiação, de uma forma que os deixou sem a certeza da salvação. Tal
visão vem da falsa compreensão do propósito do Dia da Expiação" (Pergunta
de nº 3, pág. 74 na edição do professor; e 44 na do aluno). Talvez este seja o
lugar onde a mensagem de 1888 pode lançar alguma luz.
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Hebreus capítulos nove e dez deixa claro que existem duas fases do ministério celestial do nosso grande Sumo Sacerdote: (a) o ministério antitípico no primeiro compartimento do santuário (ta hagia, no grego), que Ele começou a ministrar em Sua ascensão, e (b) o Seu ministério de encerramento no segundo apartamento, o Santíssimo (hagia hagion, em grego), no antitípico Dia da Expiação. O ministério de Cristo no primeiro compartimento era para preparar o Seu povo para morrer — um trabalho maravilhoso de fato, mas o Seu ministério no segundo compartimento se destina a preparar um povo para defrontar os testes finais da marca da besta, o selo de Deus, o tempo final de angústia e trasladação na segunda vinda de Cristo.
Hebreus capítulos nove e dez deixa claro que existem duas fases do ministério celestial do nosso grande Sumo Sacerdote: (a) o ministério antitípico no primeiro compartimento do santuário (ta hagia, no grego), que Ele começou a ministrar em Sua ascensão, e (b) o Seu ministério de encerramento no segundo apartamento, o Santíssimo (hagia hagion, em grego), no antitípico Dia da Expiação. O ministério de Cristo no primeiro compartimento era para preparar o Seu povo para morrer — um trabalho maravilhoso de fato, mas o Seu ministério no segundo compartimento se destina a preparar um povo para defrontar os testes finais da marca da besta, o selo de Deus, o tempo final de angústia e trasladação na segunda vinda de Cristo.
Isso significa que Seu
povo deve viver na Terra durante os cataclísmicos últimos dias, quando se defrontará
frontalmente com as últimas tentações de Satanás, mas vai "vencer ... assim como Eu [Cristo] venci." Eles vão honrá-Lo e compartilhar com Ele o Seu trono. Eles
vão refletir a Sua justiça (Apoc. 3:21).
Mas o Apocalipse
também revela que a última grande luta de Cristo é com a cegueira e a mornidão
de Seu próprio povo que não consegue compreender a gravidade do tempo em que
vivem (3:15-19). Urgente, como nunca antes, Ele adverte: "vigiai, pois" (Mat. 24:42).
"1844"
identificou a obra de Deus neste peculiar dia da Expiação. Um santo anjo deu a
Daniel esta profecia: "Até dois mil
e trezentos dias, e o santuário será purificado" (8:14, KJV, *e à
margem consta tarde / manhã). Eram 2300 anos literais, que terminaram em 1844,
quando Cristo, como Sumo Sacerdote, começou aquele ministério final do Dia da Expiação.
Embora este desenvolvimento importante estivesse acontecendo no céu, na terra
três anjos começaram seu trabalho no mundo inteiro de pregação para a
humanidade (Apocalipse 14:6-12).
Mas a franca e pura
verdade permanece: o mundo em geral ainda espera para ouvir a mensagem
proclamada com tanta força que ela prenderá a atenção de "toda nação, tribo, língua e povo.” Esses três primeiros anjos
"voam no meio do céu",
significando nada menos que um ministério muito poderoso. Mas não para aí. Um "outro anjo," um quarto, deve "descer do céu, que tinha grande
poder" de modo que "a terra
foi [possa ser] iluminada com a sua
glória" (Apocalipse 18:1-4 ) .
"1888" faz
figura com "1844" neste cenário profético. Marcou o "início" da mensagem daquele
grande quarto anjo, assim como a pregação profética de Guilherme Miller, em
1831, marcou o início da "mensagem do primeiro anjo." É um passo
surpreendente na
interpretação profética. O céu tencionava que "1888" marcasse o
início do final "alto clamor",
assim como o Pentecostes marcou o início do ministério dos apóstolos. É prudente, considerar que a mensagem de 1888 era para
preparar um povo para a trasladação na
real vinda de Cristo, e não para a morte.
A "purificação"
é o Seu grande dia da expiação, Sua última obra para preparar um povo para
estar pronto quando Jesus vier pela segunda vez. É para ser nada menos do que o
"eu" estar sendo "crucificado
com Cristo" (Gál. 2:20), e "o
mundo" sendo "crucificado"
para eles (6:14). Uma tremenda obra!
Mas como podemos ter
uma firme "certeza da salvação"?
É uma decepção cruel acalmar as pessoas sinceras para dormirem com o pensamento
de que nenhuma preparação espiritual especial é necessária! (*Muitos
aconselham:) "—Simplesmente faça
suas orações como de costume, pague o dízimo, tente ser bom, e você estará OK. Não
há nenhuma diferença em estar pronto para morrer e estar pronto para o tempo de
angústia final." Mas há sim uma diferença e isso está escrito claramente
no vivificante Dia da Expiação. Estes são os últimos dias em que as palavras de
Jesus fazem grande bom senso: “Quando
virdes essas coisas acontecer, sabei que o reino de Deus está perto. ... Olhai
por vós, não aconteça que a qualquer momento. ... aquele dia venha sobre vós de
improviso. Pois, deve vir como um laço sobre todos os que habitam sobre a face
de toda a terra" (Lucas 21:31-35, KJV). Qual é a diferença na
preparação espiritual? Não é uma viagem de grandes obras, mas uma fé mais
desenvolvida — o ingrediente chave da "justificação pela fé," baseado
na experiência.
Assim, a justificação
pela fé é tirada para fora de uma mera declaração legal, e torna-se uma
reconciliação com Deus, uma experiência de comunhão única com Deus, "at-one-ment"
em inglês, que literalmente significa “em uma mente” (*em sintonia com a Divindade). Agora é o tempo para uma
"expiação final", como ministros de Jesus, o Sumo sacerdote no Dia da
Expiação. Se você não resistir ao Espírito Santo, Ele vai dar a você "a mente de Cristo", a maior
alegria que você poderá ter — para estar totalmente "em união" com Ele.
Ellen White viu a
verdade, a mensagem de 1888 de justificação pela fé foi destinada por Deus para
preparar esta geração para a trasladação na vinda de Cristo. Quando o pecador
ouve a Boa Nova e seu coração responde e ele crê, em seguida, ele experimenta a justificação pela fé, que
é o evangelho subjetivo. É a isto que Ellen White estava se referindo quando
ela descreveu a mensagem de 1888 como sendo a justificação pela fé que faz com
que o crente seja "obediente a todos os mandamentos de Deus" (Testemunhos Para Ministros e Obreiros
Evangélicos, págs. 91-93).
A mensagem da justificação
pela fé que o Senhor "enviou" a Seu povo em 1888, destinava-se a
criar nos corações do povo de Deus e na Sua igreja corporativa, aquele anseio por
íntima comunhão ("at-one-ment") com Ele. Era para ser como uma noiva
que de bom grado escolhe "abandonar todos
os outros" para estar com Ele. Era para ser o fim do mundanismo na igreja,
e de toda a idolatria moderna — não imposta por medo, mas por uma resposta
madura ao amor do Esposo.
Existe uma grande
promessa em todo discernimento teológico elevado do livro de Hebreus! O
ministério de Cristo no Seu Santíssimo no santuário celestial O revela como
estando perto de nós, como um verdadeiro Sumo Sacerdote no antigo Israel, que
sempre foi "para o povo," preocupado
com eles, sempre lhes revelando a sua proximidade e seu amor, assim também
Cristo em Seu segundo apartamento no santuário celestial, o Santíssimo, está
ministrando a Sua presença e a Sua bênção para nós, como aquele que é descrito
em Provérbios 18:24 - Ele é "um
amigo mais chegado do que um irmão." Ele tomou sobre Si a natureza
caída e pecaminosa de nosso pai Adão, para que Ele possa nos alcançar onde
estamos, por isso Ele "como nós, em tudo
foi tentado, mas sem pecado" (Heb. 4:15).
Finalmente, Hebreus
nos deixa com a certeza de que todo o poder do Pai, que trouxe Jesus dos mortos,
é dirigido hoje ao trabalho sem precedentes de preparar um povo, para "torná-lo perfeito em toda boa obra
para fazer a Sua vontade, operando em vós o que é agradável à Sua vista"
(13:21, KJV). Boas novas!!!
-A
partir dos escritos de Robert J. Wieland
O irmão Roberto J.
Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em
Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista
do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que
foi jubilado, até sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na
Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local. Ele é autor de
dezenas de livros. Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário
na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à
Conferência Geral: 1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G.
White sobre 1888, e 2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de
Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem receberam mais de 200 recomendações de
Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro
pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas
tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao
segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido.
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