Para 23 a 30 de agosto de 2014
Considere
o
tema da lição — "Nossa Missão". Qual é a nossa missão como adventistas do sétimo dia? Deu-nos Jesus uma missão peculiarpara o
mundo? Ou somos apenas reflexo "eu também" da missão
de outras igrejas para o mundo? É nossa
missão, a mesma que os batistas
ou nazarenos ou
algum outro grupo evangélico? Uma revisão superficial da lição nos deixaria com essa impressão.
É nossa missão batizar o maior número de pessoas possível? Que
bem fazemos aos conversos se essas
pessoas não estão preparadas para a grande prova da marca
da besta, e, ao final falharem?
Que bem fazemos se
as pessoas batizadas se tornarem apenas membros de Laodicéia?
Que tipo de discipulado é esse?
Nós,
como
Igreja mundial estamos, na verdade
escrevendo um "livro" sobre "discipulado". O último capítulo é sobre um "discipulado" tão maduro, tão completo, que prepara os "discípulos" de todo o mundo para estar pronto para a última provação humana, prepara-os
para ficar firmes durante o derramamento das sete últimas pragas, prepará-los para enfrentar o teste final da terminação da graça. Isso será o "discipulado"
definitivo.
Ou
estamos
acelerando a conclusão da comissão evangélica, ou vamos continuar nossa história de 125 anos adiando as gloriosas "bodas do Cordeiro" (Apocalipse
19: 7, 8). Em 1888, há 125 anos, o Senhor Jesus quis propor à "esposa"
corporativa, a quem Ele ama: "Vamos
nos casar!" Todo o Céu estava esperando para se alegrar, “porque
vindas são as bodas do Cordeiro, e
já a Sua esposa se aprontou" (Apocalipse 19: 7). Mas não, ainda não.
Por
que precisamos nós
voltar na história a 1888 e dedicar tempo para o que aconteceu lá? não é satisfatório que nós simplesmente encaremos o futuro?
Duas
memoráveis datas na história adventista demandam atenção
especial: 1844 e 1888 — os primeiros sinais
do início profético da purificação do santuário celeste, o Dia da Expiação (Dan. 8:14), e o início do soar da
trombeta do sétimo anjo (Apoc. 11: 15-19).
O
ministério do
Sumo Sacerdote no primeiro compartimento (a primeira fase do Seu
ministério expiatório no santuário antes de 1844)
prepara os fiéis para
a morte. E essa é uma obra
maravilhosa. O ministério no
segundo apartamento (ou fase) é especificamente
para preparar um povo corporativo de
Deus para a trasladação sem ver a
morte.
A
segunda data,
1888, marca o início do derramamento mui aguardado da chuva serôdia e do
alto clamor. Se a mensagem especial
que os três anjos de Apocalipse
14 proclamam é "o
evangelho eterno" no contexto do
Dia da Expiação, então é óbvio
que o evangelho não pode ser claramente entendido exceto no contexto
da purificação do santuário.
Se o povo de Deus irá proclamar fielmente a mensagem do
selamento, o Senhor prometeu que irá
conter o explosivo mal no mundo, até que
a proclamação da mensagem seja concluída.
Mas se a Igreja não proclamar fielmente a única
mensagem que pode preparar um povo para a volta de Cristo, Ele não pode conter
essas forças malignas globais que
estão quase explodindo (*grifamos).
Deus instruiu "quatro anjos" para "segurar" os "quatro ventos" da paixão humana, "até que tenhamos selado os
servos do nosso Deus" (veja
Apoc. 7: 1-4, e Primeiros
Escritos, págs. 36 -38).
O soltar dos "quatro ventos" será o completo
colapso da ordem social, decência,
moralidade, fidelidade, incluindo a segurança econômica e política.
Apenas
proclamar
uma mensagem que prepara as pessoas para
a morte já não é suficientemente bom.
O tempo deve vir quando
haverá uma mensagem que prepara
um povo para a Segunda Vinda. A história e a inspiração são claras de que a chuva serôdia e o alto clamor foram
"em grande medida resistidos
e rejeitados."1
O
Senhor não
adiou Seu retorno; nós o temos atrasado. Não há
nenhum problema defrontando a igreja
mundial tão grave como a nossa
relação com o Espírito Santo, a
terceira Pessoa da Divindade. A mensageira
inspirada do Senhor disse da experiência de 1888: "Eu
sei que naquele tempo o Espírito
de Deus foi insultado."2
Mais
uma vez,
"Todo o universo do céu testemunhou o tratamento vergonhoso dado a Jesus Cristo,
representado pelo Espírito Santo. Tivesse
Cristo estado na frente deles O teriam tratado de forma semelhante àquela em que os judeus trataram a Cristo."3 Mas que diferença isso faz para nós em 2014? Será
que este terrível pecado de
1888 tem qualquer efeito significativo sobre nós agora?
Sim, esse pecado tem um efeito sério sobre a nossa relação com o Espírito Santo hoje. Ele
atrasou a preparação do povo de Deus para a vinda
do Senhor, por 125 anos. Por
natureza, não somos melhores do
que eles. Por natureza, não somos
melhores do que os nossos pais que insultaram o Espírito Santo (*em
Mineapolis, em 1888) e mostraram inimizade
contra Cristo ao se oporem aos Seus
mensageiros delegados.
Até que plena compreensão e total
arrependimento tragam a cura plena
e a reconciliação, a alienação
espiritual irá continuar. Os
corações duros e atitude mental (*de oposição) dos nossos antepassados são
repassados para nós "através da influência de mente
sobre a mente."4 A Bíblia declara que esta também foi a experiência dos antigos judeus: "... vós sempre resistis
ao Espírito Santo, assim vós sois como vossos pais"
(Atos 7:51).5
Praticamente sem exceção, os adventistas do Sétimo Dia reconhecem nossa
necessidade do Espírito Santo. A
chuva serôdia prepara o grão
para a colheita; grandes aumentos
numéricos para a igreja não indicam necessariamente a recepção da chuva serôdia.
O
Senhor enviou
"o começo" da chuva serôdia
em uma "mui preciosa
mensagem" que nos foi entregue na Sessão
da Conferência Geral em Minneapolis
em 1888. A essência desta mensagem
era o chamado de Cristo para
a liderança da igreja de Laodicéia
"se arrepender." Era Seu plano
que os lideres da Conferência Geral e das associações mundiais não ficassem "indiferentes" ou hostis à mensagem, mas
sinceramente a recebessem. Reconhecendo e alegremente aceitando a verdade, toda a liderança da igreja teria respondido à liderança do Espírito Santo, e nossas casas
publicadoras e a Review and
Herald teriam entrado unidos e em harmonia
com o alegre trabalho. Os leigos estavam prontos e teriam cooperado. Assim, a comissão
evangélica poderia ter sido concluída naquela geração. Mas não foi.
O
que
não aconteceu, então, deve acontecer no
futuro. E o "cenário" vai
acontecer, porque o Senhor Jesus
não morreu em vão. Ele ainda “verá o fruto do trabalho da sua
alma, e ficará satisfeito” (Isa.
53:11). Ele tem muitas
pessoas de coração honesto na Igreja
Adventista do Sétimo Dia que serão leais a Ele e à Sua
verdade, até a morte. Arrependimento
corporativo e denominacional
é o trabalho no contexto do antitípico Dia da Expiação. Satanás está determinado a opor-se até o fim amargo.
Vamos ter certeza de que nós não estamos do lado do inimigo, quer seja por apoio ativo ou por omissão.
--Paul E. Penno
Notas
(a última é do tradutor):
[1] Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, livro 1, pags, 234, 235.
[2] Materiais de Ellen G. White sobre 1888, pág. 1043.
[3] Idem., pág. 1479. (*Este texto é parte do final de uma carta de advertência que
Ellen G. White escreveu da Austrália à
liderança da Igreja em Battle Creck,
em 16 de janeiro de 1896).
[4] Ellen G. White, Nossa Alta Vocação, pág. 109.
5) Às
bordas de Canaã os desobedientes israelitas
“não puderam entrar por causa da incredulidade” (Hebreus 3:19). Ellen G.
White traçou um paralelo entre este verso e a condição de nossa igreja hoje: “Por
quarenta anos a incredulidade, a murmuração e a rebelião excluíram o antigo
Israel da terra de Canaã. Os mesmos pecados têm retardado a entrada do Israel
moderno na Canaã celestial. Em nenhum dos casos houve falta da parte das
promessas de Deus. É a incredulidade, a mundanidade, a falta de consagração e a
contenda entre o professo povo de Deus que nos têm detido neste mundo de pecado
e dor por tantos anos” (Manuscrito 4, de 1883, e
Evangelismo, pág. 696)
Paulo Penno é pastor evangelista da
igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte
Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward,
Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após
o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente
ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J.
Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen
G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os
Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos
anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai
dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando
a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
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