Para 9 a 16 de agosto de 2014
"O amor era o
elemento em que Cristo Se movia,
andava e trabalhava. ... Devemos seguir o exemplo dado por Cristo, e torna-Lo nosso modelo" (Guia
de estudos das lições da Escola Escola Sabatina dos professores, pág. 81, 3º parágrafo da parte de sábado, colhido de Ellen G. White em “O Cuidado de Deus,”
pág. 26).
Parece simples, basta seguir
o exemplo de amor de Cristo e
você está vivendo como Ele. A maioria das pessoas se concentra em como
um cristão deve agir. Como o carcereiro de
Paulo e Silas que lhes perguntou:
"Senhores, que é necessário que eu
faça para me salvar?" (Atos
16:30). As pessoas pensam que devem procurar por coisas para fazer (*a fim de se salvarem).
Todas as religiões pagãs são baseadas no conceito de seres humanos realizando algum ato excepcional de
modo que o deus imaginário
vá notá-los e conceder
seus pedidos. Há também muitas religiões que se propõem a compreender o evangelho cristão, mas não reconhecem o legalismo
sutil que encontra seu caminho em
seus credos e ensinamentos. A mensagem dada a nossa
igreja em 1888 é tão simples como
a resposta que Paulo e Silas deram ao carcereiro: "Crê no Senhor Jesus e serás salvo." Então “lhe pregaram a palavra do
Senhor” (vs. 31, 32). Não nos é dito exatamente o que Paulo e Silas disseram
ao carcereiro, mas deve ter sido sobre Jesus e o
que Ele fez pela humanidade. Sabemos
que a conversão do carcereiro foi genuína, porque ele imediatamente demonstrou
compaixão. É-nos dito que "tomando-os ele consigo naquela mesma hora
da noite, lavou-lhes os vergões, e logo foi batizado" (vs. 33). É exatamente o que Cristo teria feito. A
reação do carcereiro fluiu
espontaneamente de seu conhecimento
e apreciação da cruz.
Esta história simples
demonstra como ouvir o supremo ato de amor
de Deus (Ágape,
o amor altruísta de
Deus) revelado na cruz, derrete
corações em aceitação e produz boas obras. Também
produz o desejo de declarar
publicamente a morte do ego,
simbolizado pelo batismo.
"Quando o amor de
Cristo está no coração, como um
bom perfume, ele não pode ficar escondido. ... O amor por Jesus será
demonstrado através do desejo de trabalhar como Ele trabalhou para abençoar e erguer a humanidade. ...
Tão logo uma pessoa vem a Cristo,
nasce em seu coração um desejo de
falar aos outros que precioso amigo encontrou em Jesus;
a verdade salvadora e santificante
não pode ser trancada em seu coração"1
Assim, soa mais como
o nosso foco devendo ser o de que haja em nós a mesma mente de Cristo,
a fim de viver como Ele, ao invés de copiar Suas ações. Como é que alguém se reveste da mente de outra pessoa? Humanamente falando
isto é impossível. Mas Paulo simplesmente
nos diz: "De sorte que
haja em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus" (Fil. 2, 5, KJV).
(*A palavra “mente” aparece na Almeida como “sentimento”) e
é traduzida como "atitude" na Bíblia “New American Standard.”
Mas a dificuldade vem com a nossa natureza pecaminosa. Mesmo se nós sinceramente tentarmos desenvolver uma atitude ou mente como
Cristo as nossas mentes são
"inclinadas para nós mesmos," e não são nada como a de Cristo.
Ellet J. Waggoner (*um dos mensageiros de 1888) descreveu
o problema: "Instrumentos. Temos
neste capítulo [Romanos 6: 12-23]
dois termos para descrever
pessoas, ou seja, servos e instrumentos.
São necessários os dois para ilustrar
nossa relação com o pecado e a justiça. O pecado e a justiça
são governantes. Somos
apenas instrumentos em suas mãos.
O tipo de trabalho que de um determinado instrumento vai fazer depende inteiramente de quem o usa.
"Por exemplo, aqui está uma boa caneta; que tipo de trabalho que ela vai fazer? Ela vai fazer um bom trabalho se ela estiver nas mãos de um
calígrafo hábil, mas
nas mãos de um incompetente
seu trabalho será péssimo. ... Mas o homem não é
um mero instrumento. Não, de modo algum. Existe
essa diferença entre homens e instrumentos
comuns: estes não têm escolha quanto a quem deve usá-los,
enquanto os homens têm plena escolha quanto a
quem irão servir. Eles devem
submeter-se, não apenas
uma vez, mas o tempo todo.
Se cederem ao pecado, eles vão cometer pecado. Se se sujeitarem a Deus, para serem
instrumentos em Suas mãos, eles
não podem fazer nada mais, senão o bem, desde que
se submetam a Ele."2
Alonzo T. Jones (*o
outro mensageiro de 1888) foi um
pouco mais profundo: "Em sua
vinda na carne, tendo sido feito
em todas as coisas semelhante a nós, e tendo sido tentado
em todos os pontos como nós,
Ele Se identificou com cada alma humana exatamente aonde esta alma está. E a partir
do lugar onde cada alma humana
está, Ele consagrou para aquela alma um
caminho novo e vivo caminho, (*pelo novo e vivo caminho que ele nos inaugurou, através do véu, isto é, da sua carne”
(Heb. 10:20 através de
todas as vicissitudes e experiências de uma vida inteira, e até mesmo através da morte e do túmulo, para o santíssimo, ...
à destra do trono
da Majestade nos céus!"3
Como isso é feito? "Que
Cristo, o Filho de Deus, como sacerdote
à destra de Deus em
Seu trono, há um "ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo" (*Heb. 8:2),...
deve ser um acessório eterno na fé de cada cristão, a
fim de que a fé seja verdadeira e plena.
"E esta verdadeira
fé em Cristo, o Filho de Deus,
como o verdadeiro sacerdote,
no verdadeiro ministério, do verdadeiro santuário (*Heb. )... que Seu
sacerdócio e ministério põem fim
à transgressão, e dá um fim aos pecados, e
faz com que a reconciliação pela iniquidade, e traz justiça eterna, esta
verdadeira fé vai tornar todos os participantes dessa cerimônia
perfeitos (ênfase no original).
"Na confiança
desta verdadeira fé, que todo crente
em Jesus tome um longo suspiro de paz
para sempre, em gratidão
a Deus que isto é feito:
que a transgressão é terminada em
sua vida ..."4
Observe que a única coisa
que temos a fazer é vir para
a verdadeira fé que Jesus já aperfeiçoou em
Sua carne. O cristianismo não é uma religião de privação, mas de troca de nosso
caráter pecaminoso pelo Seu caráter perfeito. O coração
orgulhoso despreza uma vida de
serviço como abaixo de sua
dignidade.
Mas, "...
o esforço para abençoar os outros vai reagir em bênçãos sobre nós mesmos. Este foi o propósito de Deus em nos dar uma parte a
desempenhar no plano da redenção.
Ele concedeu aos homens
o privilégio de tornarem-se participantes da natureza divina e, por
sua vez, de difundir bênçãos aos seus semelhantes. Esta
é a maior honra, a maior alegria,
que é possível para Deus conceder a homens.
Os que assim se tornarem participantes
em trabalhos de amor são trazidos mais próximos ao seu Criador ...
"Se você vai
para o trabalho como Cristo deseja
que Seus discípulos devam ir,
e conquista almas para Ele, você vai sentir a necessidade de uma
experiência mais profunda e um
maior conhecimento das coisas divinas,
e terá fome e sede
de justiça. Você vai suplicar a
Deus, e sua fé será fortalecida, e sua alma vai beber goles mais profundos no poço da salvação."5
—Arlene Hill
Notas:
[1] Ellen G. White, Caminho a Cristo, págs. 77, 78. (Na 11ª edição — Tatuí, SP, CPB, 2010, págs. 75 e 76).
[2] Ellet J.
Waggoner, Waggoner sobre Romanos, cap. 6, pág. 114.
[3] AT Jones, O Caminho Consagrado à Perfeição Cristã, págs. 87, 88 (Glad Tidings ed.).
[4] Idem., págs. 129-130.
[5] Caminho a Cristo, págs. 79-80.
A irmã Arlene Hill
é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno,
estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista
local. Ela
foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno,
Nevada, USA, Telefone 001 XX (775)
327-4545; 001 XX (775) 322-9642.
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