Para
16 a 23 de agosto de 2014
Os
autores da nossa
lição da Escola Sabatina estão
preocupados com o fato de que a unidade da Igreja
está ameaçada. Assim, este tema é enfatizado. Na
verdade, existem muitas questões sociais na igreja que dividem os objetores. Mas a maior ameaça
à unidade é a combinação de teologia
arminiana-calvinista.1 Deus
revelou em nossa história de 1888
a compreensão da justificação pela fé,
o que é consistente com a (*doutrina da) purificação do santuário. Resistência
continuada cria uma lacuna para a penetração de ideias
do protestantismo moderno.
O movimento de 1844 foi o
mais próximo de ser altruísta
e como qualquer
grupo de pessoas, desde a igreja primitiva dos apóstolos que deram as suas posses em uma demonstração de
amor (Ágape)
para ajudar as pessoas em necessidade, inspirados pela então recente demonstração cheia do amor de Deus em
Cristo. Este povo de 1.844,
membros de muitas denominações diferentes, foram os verdadeiros "ecumênicos" de todos os tempos.
Eles seriamente procuraram
cumprir a oração de Cristo para que Seus seguidores "todos sejam
um" (João 17:21). Foi verdade bíblica que trouxe
essas pessoas de muitas convicções
e culturas diferentes naquela unidade. Não
houve fanatismo; apenas uma
doce harmonia em sua crença comum no amor de Cristo.
Como milhões de cristãos ao redor do mundo podem ser unificados? Isto é importante,
porque Jesus disse
que a única maneira que o mundo pode ser levado a crer nEle é quando Seus seguidores "todos sejam um ... para que
o mundo creia que Tu Me enviaste"
(João 17:21). Algo que Ele chama de "Tua verdade," é a única coisa que vai uni-los (João
17:17). Paulo chama de "a verdade do evangelho" (Gál.
2: 5, 14). O sucesso ou fracasso da missão de Cristo
para o mundo, portanto, depende desta "verdade," trazendo o Seu povo,
que professa "guardar os Seus mandamentos e a fé de
Jesus," em uma unidade (Apoc.
14:12).
Pode alguém seguir a Cristo verdadeiramente e não se envolver em
contenda? O próprio Jesus está
fortemente engajado em uma guerra conhecida como "a grande controvérsia entre
Cristo e Satanás." Por que há tanta
oposição quando a verdade é
proclamada, às vezes até na
igreja?
Por
exemplo,
o ensino da Bíblia é claro como a luz solar que o novo concerto são as "melhores promessas" de Deus,
e que o velho concerto são as promessas inúteis
do povo (Heb 8: 8-10)
e entretanto ideias do velho concerto continuam surgindo, e há
tensão e desconfiança onde deveria haver companheirismo agradável e harmonia entre o povo de Deus.
Ele
nos disse
para não ficarmos surpresos por dolorosa
oposição vindo às
vezes de verdadeiro povo de Deus nos
últimos dias. Ele nos diz:
"O discípulo não é superior ao seu mestre (*Luc. 6:40). Não cuideis que vim trazer paz à terra;
não vim trazer paz, mas espada. ..." (Mateus 10:34).
Como Jesus orou: "Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o
que fazem" (Lucas 23:34), Ele ora hoje.
E
a
oração será respondida: Deus perdoa o Seu povo por
se opor e rejeitar o início da
chuva serôdia e do alto clamor; mas Ele também será muito severo. Ele
dá a cada geração apenas uma
chance de aceitar ou rejeitar "o
início" daquele dom raro e mui precioso da chuva
serôdia.
A
unidade é
essencial. Mas a unidade não pode verdadeiramente ser alcançada por uma negação
ou supressão da verdade. Jesus
orou por seus discípulos: "Que todos sejam um" (João
17:21). Pouco antes, Ele disse: "Santifica-os na verdade:
a Tua palavra é a verdade" (João 17:17). E Ele lhes
tinha dado a promessa: "Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará a toda a
verdade" (João 16:13). Ellen
White escreve: "Estamos
para receber a santificação através da obediência à palavra e ao Espírito de verdade. Nós não podemos renunciar à verdade, a fim de realizar esta união; pois os exatos
meios pelos quais ela deve ser adquirida
é a santificação através da verdade.
A sabedoria humana mudaria tudo isso, pensando que esta base de união é muito estreita. Homens simulariam uma
união através da conformidade com
as opiniões populares, através de
um compromisso com o mundo. Mas a verdade é a base de
Deus para a unidade do Seu
povo."2
A ilusão temporária de unidade pode seguir na sequência de ameaças e medo; mas
somente o Espírito Santo, que é o "Espírito da verdade," pode nos trazer para a unidade
pela qual Cristo orou. Aparentemente,
controvérsias ou agitações nem sempre
e necessariamente são um mal absoluto."3 O Espírito Santo nos guia à unidade através da aproximação em submissão à Palavra. Aqueles que se afastam da
verdade são responsáveis por qualquer falta de unidade que pode resultar, e a única maneira de assegurar a unidade de novo é renunciar ao erro e aceitar
a verdade (*grifamos).
Uma
área de
conflito que tem se intensificado
nas mentes e corações por centenas de anos é "justificação
pela fé." A batalha já se arrasta por
mais de dois mil
anos desde Cristo. Um livro inteiro no
Novo Testamento é dedicada ao conflito:
o Livro de Gálatas. Não havia nenhum
modo de alguém poder ser um
cristão àquela época e não tomar
partido (*ao lado do erro) ou ao (*ao lado do) que Paulo declarou ser "a verdade do evangelho"
(Gál. 2: 5, 14)
ou para os falsos mestres que vieram de "Jerusalém" para se opor a ele. E a batalha não diminuiu até hoje!
Quando Jesus, na noite antes da Sua morte orou Sua última oração
ao Seu Pai celestial em João 17, na presença de seus poucos discípulos, Ele claramente resolveu a questão da "justificação
pela fé."4 Esta é a dinâmica da
mensagem de 1888.
Jesus distinguiu entre dois grupos de pessoas:
O primeiro grupo é (*o grupo de) "toda a carne," mencionado em João 17: 2. Ele diz que o
Pai O enviou ao mundo para que Ele possa "dar-lhes a vida eterna." "Como Lhe deste poder sobre toda
a carne, para que dê a vida
eterna a todos quantos lhe deste."
Jesus salvou a
palavra antes de qualquer pessoa
no mundo ter pedido a Ele para
salvá-los. Assim, muitos recusam a salvação deles efetivada por Cristo. Por
persistente resistência a Cristo estão perdidos.
O
segundo grupo
são as pessoas que o Pai "do mundo Lhe deste" (17: 6). "Manifestei o teu nome aos homens que do mundo Me deste; Eram teus, e Tu mos
deste; e guardaram a Tua palavra." Para eles, Ele diz que Ele "manifestou o Teu nome,
e eles observaram” [ou receberam] a bênção que o Pai deu ao mundo "em Cristo."
O
fato de que
muitos "no mundo" não querem
receber o dom que Deus lhes deu,
não significa que o presente não foi
dado a eles. Se uma pessoa se
recusa a crer em Cristo, isso não
quer dizer que Cristo não morreu
por ela. "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito (*para que todo aquele...)" muito antes de você ou eu
escolhermos acreditar ou não! Nossa
incredulidade não pode anular a fé de Deus, diz Paulo
em Rom. 3: 3. No julgamento final diante
do Grande Trono Branco, no final do
milênio bíblico (Apocalipse 20:
11-15) o perdido vai perceber que
sua incredulidade ao longo da vida
foi uma rejeição da "vida eterna," que o Pai lhes dera "em Cristo".
O
que faz
o entendimento de 1888 da justificação pela fé consistente com
a purificação da verdade do santuário (que o nosso
Sumo Sacerdote está revelando a
nós), é o fato de que, quando
o dom de Cristo é apreciado, ele concilia o coração de Deus. A expiação5 com Deus
é alcançada, pois o Ágape divino motiva
a fé que opera a obediência a todos os
mandamentos de Deus. A boa nova é:
Jesus nos salva e nós estamos unidos com Ele para
o serviço em harmonia com a Sua
lei.
Jesus tinha um peso no
coração dEle naquela última noite — a desunião que tem atormentado Seus seguidores através dos tempos. Será que a raiz daquela tragicamente persistente desunião é
a recusa inconsciente de corações
"cristãos" para apreciar que
o dom foi dado ao
mundo? Será que em nossos
corações "mornos" queremos circunscrever ou limitar o amor de Cristo e reduzir a salvação a uma mera oferta? Queremos glória em
nossa própria iniciativa de receber?
Quando entramos na Nova Jerusalém (*será que) queremos dizer: "Eu estou aqui porque eu acreditei! Peguei a oferta! Tomei a
iniciativa de minha salvação!"
(*?)
Parece
muito provável
que os que entrarem vão bater em seus peitos e dizer:
"Eu sou indigno! Eu estou aqui só
por causa da graça de Deus, não por causa da minha iniciativa de crer. Somente a Ele seja
toda a glória! "Oh, que a realização
do presente dado mova os nossos
corações de nossa
mornidão coletiva hoje!
-Paul E. Penno
Notas (*a primeira e a quarta são do tradutor):
1 ) Arminianismo: Jacó Armínio (1560-1609) foi um
teólogo da época da reforma protestante. Ele afirmava que “—Cristo morreu para tornar a salvação à
disposição de todos no mundo. Mas apenas aqueles que fazem algo por crer em
Jesus são salvos.”
Assim o sacrifício de Cristo só fez uma provisão de graça para todos os homens e, portanto, a graça não é eficaz até que se creia em Jesus;
Assim o sacrifício de Cristo só fez uma provisão de graça para todos os homens e, portanto, a graça não é eficaz até que se creia em Jesus;
Por outro lado João Calvino, dizia que: “—Cristo
salvou aqueles por quem Ele morreu, mas a expiação é limitada aos eleitos
pré-selecionados de Deus—.”
A mensagem de 1888 afirma que “—Cristo provou a morte por todo homem”
(Heb. 2:9). Ele pagou o “salário do pecado,” que “é a
morte" (Romanos 6:23) — “a segunda morte” (*Apoc. 20:14).
Um segmento
considerável da igreja e seu ministério inclina-se para conceitos populares de que
não é possível vencer o pecado como tal. Essas ideias foram adaptadas para o
adventismo, seguindo o ponto de vista calvinista de que, se alguém possui uma
natureza pecaminosa, continuar pecando é inevitável e, portanto, desculpável. (Isto
naturalmente nega logicamente o significado peculiar da ideia Adventista do dia
antitípico da expiação.)
Ver mais sobre isto na nota de rodapé de nº 1, na lição 3 do 2º trimestre de 2014.
[2] Ellen G. White, Obreiros Evangélicos, pág. 391. Esta declaração
apareceu em uma publicações inicial apenas uma vez, depois foi omitida.
[3] "O fato de que não há controvérsias ou agitações entre o povo de Deus, não deveria ser olhado como
prova concludente de que eles estão
mantendo com firmeza a sã doutrina. Há razão para temer que não estejam discriminando
claramente entre a verdade e o
erro. Quando não surgem novas questões em resultado da investigação
das Escrituras, quando não aparecem
divergência de opinião que instiguem os
homens a examinar a Bíblia por si
mesmos, para se certificarem de que
possuem a verdade, haverá muitos
agora, como antigamente, que se
apegarão às tradições, cultuando nem sabem o quê.
"Tem-me sido mostrado que muitos dos que professam a verdade presente, não sabem o que creem. Eles não entendem as evidências de sua fé. Não apreciam devidamente a obra para este tempo. Quando chegar o tempo de angústia, e ao examinarem a posição em que se encontram, homens que agora pregam a outros, verificarão que há muitas coisas, para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até serem provados, desconheciam sua grande ignorância" (idem, pág. 298).
"Tem-me sido mostrado que muitos dos que professam a verdade presente, não sabem o que creem. Eles não entendem as evidências de sua fé. Não apreciam devidamente a obra para este tempo. Quando chegar o tempo de angústia, e ao examinarem a posição em que se encontram, homens que agora pregam a outros, verificarão que há muitas coisas, para as quais não podem dar uma razão satisfatória. Até serem provados, desconheciam sua grande ignorância" (idem, pág. 298).
[4] "Grandes
verdades que não foram ouvidas e contempladas desde o dia de Pentecostes, resplandecerão da Palavra de Deus em sua pureza original. Aos que realmente
amam a Deus, o Espírito Santo revelará
verdades que desapareceram da mente, e também lhes revelará verdades inteiramente novas" (Ellen G. White, Fundamentos
da Educação Cristã, pág. 473).
5) “At-one-ment,”
expiação em inglês, significa “em uma mente,” isto é, em
união mental com Deus, ou seja — conciliação da nossa mente e nosso coração com
Deus. Isto é um dom de Cristo que é apreciado pelo
crente.
Paulo Penno é pastor evangelista da
igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte
Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward,
Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos.
Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews.
Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T.
Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O
Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º
Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários
conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da
igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno
Junior. Você pode vê-lo, no
You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja
adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
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