Para 26 de dezembro de 2015 a 2 de janeiro
de 2016
Bem-vindos a
um novo ciclo de lições da Escola Sabatina sobre o tema do grande conflito na
Bíblia. Nosso objetivo é deixar a dinâmica da mensagem de 1888 resplandecer
através dessas lições.
Podemos
entender como guerras podem irromper neste mundo pecaminoso e escuro; mas, como
poderia haver “guerra no céu”? (Apoc. 12:7) O céu é um lugar perfeito! Quem
começou isso?
A Bíblia diz
claramente que o pecado originou-se com Lúcifer, o mais elevado dos anjos.1 Ele procurou espalhar a rebelião. E muitos anjos se
uniram a ele.2 Mas quem
começou o conflito que resultou em “o grande dragão ... o Diabo, e Satanás” ser
lançado fora (vs. 9)?
Ellen White
diz que a nova ideia de Lucifer de “...exaltação do eu, ao contrário do plano
do Criador, pressagiou o mal e o despertou nas mentes daqueles para quem a
glória de Deus era suprema.”3 Esta
quieta, inteligente e secreta “exaltação do eu” teria prosseguido e avançado
mais e mais se não fossem algumas “mentes” leais a Deus “despertadas” para se
oporem a ela. Foram os que começaram a “guerra no céu”! Eles não se contentaram
em deixar essa obra dissimulada prosseguir sem oposição.
Esta guerra
contra Deus não começou no inferno, pois não havia inferno na época, mas
começou num lugar perfeito no céu. Foi lá que Satanás inventou o princípio do
amor próprio. Esta era uma ideia nova no universo de paz de Deus que havia
estado repleto com altruísmo e harmonia. O livro do Apocalipse descreve a
guerra entre Satanás e “Miguel”, um outro nome para Cristo.
“Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos
batalharam contra o dragão, e combateram o dragão e os seus anjos, e não
prevaleceram, nem o seu lugar se achou mais no céu. E o grande dragão, a antiga
serpente, chamada o Diabo, e Satanás, que engana todo o mundo foi precipitado
para a Terra, e os seus anjos foram expulsos com ele” (Apo. 12:7-9).
A partir disso
aprendemos algumas verdades importantes. A arma de Satanás na batalha era a
mentira; a arma de Cristo era a verdade. A verdade triunfou sobre a mentira
(ela sempre triunfará!). Alguns dos anjos se juntaram a Satanás na sua
rebelião, acreditando nas mentiras dele. Satanás enganou “o mundo inteiro”, de
modo que agora ele e seus anjos estão neste planeta travando guerra contra
Deus. Na sua grande maioria os habitantes da Terra são “enganados” pelo diabo e
seus anjos maus (ou espíritos). Assim, não há segurança em seguir as multidões!
Naquela fatídica manhã de sexta-feira na sala de julgamento de Pilatos, quando
Jesus estava diante dele, foi a multidão que gritou: “Crucifica-o!” Aqueles que
permaneceram leais a Jesus constituíam uma minoria, e sempre serão assim.
Satanás foi
“precipitado para a Terra”, porque os nossos primeiros pais o acolheram (Gên.
3). Agora a controvérsia cósmica continua aqui até que “nossos irmãos” vençam a
Satanás “pelo sangue do Cordeiro e pela
palavra do seu testemunho” (duas coisas!), e “não amaram suas vidas até à morte” ( Apoc. 12: 9-12). Quando entre
eles aquela original “exaltação do eu” é renunciada a vitória final vem.
As mentiras de
Satanás devem ser desmascaradas e ele deve ser derrotado para que o Reino de
Deus seja estabelecido. A guerra entre o bem e o mal não pode continuar para
sempre, pois se isso acontecer ele vai provar que Deus é impotente. E isso vai
significar que a verdade não pode prevalecer. Nenhuma notícia poderia ser pior
do que essa. A vitória para a justiça deve ocorrer.
E é aí que a
mensagem de 1888, quanto à verdade do santuário, emerge brilhantemente. Durante
o julgamento, muitas vezes mencionado como o “grande conflito”, Deus está para
os habitantes desta Terra, pelo menos, numa espécie de exílio. Como o rei Davi
se sentiu obrigado a desocupar o trono em Jerusalém e partir para o exílio temporário
quando o seu filho Absalão se rebelou, assim Deus estabeleceu o Seu
“quartel-general de campo” temporário onde a guerra é direcionada a pôr fim à
rebelião. O santuário é o “tabernáculo” ou “tenda” de Deus.4
A honra do
santuário é a honra do trono de Deus. Essa honra está em perigo até que os
problemas sejam por fim resolvidos. Assim como a palavra “faraó” para os
antigos egípcios denotava “casa do governo,” do mesmo modo a “purificação do
santuário”, significa a reivindicação da “casa” ou governo de Deus em relação
ao problema do pecado. O santuário é o cenário para todas as atividades de
Cristo.
Vitória para a
justiça é precisamente o cenário que a Bíblia revela no livro do Apocalipse: “E ouvi uma grande voz no céu, que dizia:
Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do
seu Cristo; porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do
nosso Deus os acusava de dia e de noite. E eles o venceram pelo sangue do
Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à
morte” (Apoc. 12:10, 11).
A verdadeira
“salvação” é maior do que a nossa segurança pessoal. É a salvação da causa da
justiça e da verdade. A nossa salvação pessoal está envolvida nessa salvação
maior, como salvar o dedo de um afogamento está incluído na salvação do seu
corpo. Na verdade, a nossa salvação pessoal seria inútil sem uma maior salvação
ter sido alcançada. Não há nenhuma maneira em que almas “salvas” possam existir
independentemente de Deus!
Este
estabelecimento do “reino de Deus” é o mesmo que o objetivo da oração do
Senhor: “Venha o Teu reino, seja feita a
Tua vontade assim na Terra como no céu” (Mat. 6:10).
A inimizade e
guerra de Satanás são agora dirigidas contra os “nossos irmãos”, isto é, contra
todos os que são leais a Deus. Aqueles que são leais a Satanás permanecem do
seu lado. Todos os seres humanos estão, portanto, envolvidos nesta grande
guerra espiritual, e ninguém pode eximir-se de estar de um ou outro lado.
A lealdade
para com Deus é cara, pois significa (para muitos, pelo menos) o sacrifício da
própria vida.
Mas isso não é
difícil para eles, porque são leais “até
à morte” por meio da fé “no sangue do
Cordeiro”. Cristo foi leal a eles “até
a morte”, “até mesmo a morte de cruz”
(Fil. 2: 8). Eles dizem “obrigado” por tal sacrifício.
—Paul E. Penno
Notas:
1) Eze. 28:12-15; Isa. 14:12-14;
2) "The third part," [A terceira parte]
Apoc. 12:4;
3) Ellen G. White, O Grande Conflito pág.494;
4) Cf. Heb. 9:2; 9:11; Apoc.13:6; 15:5; 21:3;
Paulo
Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na
Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no
endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi
ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos
escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele
escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja
Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos
sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também
pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E.
Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo
corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada
no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia. Você pode vê-lo, no You Tube,
semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de
Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do
tradutor.
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