Para 28 de novembro a 5
de dezembro e 2015
“Porque a visão é
ainda para o tempo determinado, mas se apressa para o fim, e não
enganará; se tardar, espera-o, porque certamente virá, não
tardará. Eis que a sua alma está orgulhosa, não é reta nele; mas
o justo pela sua fé viverá”.
(Hab 2: 3, 4.).
O contexto deste
versículo é previsão do cativeiro babilônico de Judá. Mas a
linguagem é ampla o suficiente para abranger grande parte da
história humana, mesmo no fim dos tempos. Deus não mais fala em
termos condicionais. Séculos de avisos condicionais para
arrependimento foram dados e cada um foi ridicularizado, explicados
distorcidamente e os mensageiros desacreditados ou simplesmente
ignorados. Julgamento ocorreu e será executado; “certamente
virá”. Mesmo
que pareça improvável por aparentemente “tardar”,
ou atrasar, “certamente
virá”.
Em Jeremias 37:1-10, o
Senhor deu instruções ao rei Zedequias de que sua tentativa de
aliar-se com o Egito por sua ajuda contra o cerco dos caldeus seria
um fracasso e que eles iriam ser capturados. Jeremias foi chamado de
traidor e lançado na prisão.
Que lição este
momento triste na história de Judá têm para nós hoje? Se vemos
isso apenas como detalhe para embelezar o registro histórico,
perdemos uma bênção vital. A marcha de Judá à apostasia era
completamente injustificada e evitável. Instruções e advertências
ao longo de séculos de Deus parecem simples, do nosso ponto de
vista, curioso e inexplicável. Pensamos que “nunca faríamos
isso”. Mas, antes de nos empenharmos em excessiva auto-satisfação,
um exame de consciência caberia muito bem.
Na Assembleia da
Associação Geral de 1901, o pastor William
Warren
Prescott
comparou o tempo apenas antes da destruição de Jerusalém e do
cativeiro babilônico:
“Agora estamos
atravessando as mesmas circunstâncias de novo [A Igreja] está
ameaçada de destruição E por quê? Pela mesma razão que em tempos
antigos — porque eles recusaram a verdade, porque haviam recusado a
mensagem de Deus, porque tinham se afastado de um serviço de coração
e haviam aceitado forma e cerimônia em lugar daquela operação da
vida de Deus no coração e alma”.1
Referindo-se à
Assembleia da Associação Geral de 1901, Ellen White disse: “O
resultado da última Assembleia da Associação Geral tem sido a
maior e mais terrível tristeza da minha vida Nenhuma alteração foi
feita O espírito que devia ter sido trazido a toda a Obra como
resultado dessa reunião não se deu porque os homens não receberam
os testemunhos do Espírito de Deus. ... Assim, hoje sobre aqueles
que tiveram luz e evidências, mas que se recusaram a dar ouvidos às
advertências e apelos do Senhor, os ais celestiais são
pronunciados”.2
Em 18 de fevereiro de
1902, o edifício principal do Sanatório de Battle Creek — o
hospital — foi incendiado. Dez meses depois, em 30 de dezembro de
1902, a Review
and Herald
experimentou a mesma sorte.
“Hoje Deus está
vendo o Seu povo. Devemos procurar descobrir o que Ele quer dizer
quando arrasa o nosso sanatório e a nossa editora. Não vamos
continuar avançando como se não houvesse nada de errado”.3
“Pouco tempo depois
que o fogo destruiu o escritório da Review and Herald, um artigo de
Ellen White foi impresso na Review”, em que era claramente afirmado
que a destruição do Sanatório e do escritório da Review pelo fogo
era uma visitação de Deus por conta dos desvios persistentes dos
Seus caminhos, e o fracasso em agir de acordo com o aviso e instrução
que tinham sido dados por muitos anos através do Espírito de
Profecia.” No entanto, pouco tempo depois de 1903 a Assembleia da
Associação Geral, numa “reunião dos acionistas da Review
and Herald,
a declaração foi reiterada perante uma audiência pública de que
aqueles incêndios não foram os juízos de Deus. …
“Aqueles que estão
familiarizados com as circunstâncias de nosso trabalho e de nossas
instituições aqui, especialmente durante os últimos dez ou quinze
anos, não precisam ser lembrados das muitas palavras de advertência
e instrução que o Senhor nos enviou através de Seu porta-voz
escolhido, até que o juízo de Deus caiu em cima de nós pelo nosso
fracasso em obedecer, e é totalmente inútil e, pior do que inútil,
tentar esconder isso de nossos próprios olhos ou dos olhos do mundo.
O que poderia ter sido salvo por acatar a palavras de instrução e
aviso tornou-se agora uma calamidade pública sobre nós, mas, apesar
de tudo isso, há ainda vozes que dizem que este não é um
julgamento sobre nós”.4
O principal problema de
Israel era o orgulho. O orgulho nos leva a rejeitar o conselho de
Deus em favor de nossas próprias fantasias, não importa quão longe
esteja da verdade. Há aqueles que afirmam que nós, como Igreja,
aceitamos a verdade da mensagem de 1888. Dizem que a temos ensinado
desde então, por isso não há necessidade de uma investigação
mais aprofundada. Este é um “espírito de preconceito e crítica
farisaicos. Tão logo isso seja acatado, os anjos se afastam de nós,
pois eles não podem ministrar em pecado. Vós possuís em grande
medida o mesmo espírito que foi revelado na Assembleia de
Mineápolis. O engano que dominava mentes ainda existe. Alguns não
estão dispostos a ver e reconhecer seus erros, e sua cegueira de
espírito permanece”.5
“Alguns falam em
louvor, [da mensagem] como se fosse um cavalo ou uma vaca que
estivessem inspecionando visando à compra, se os termos lhes
convierem. A verdade precisa ser trazida para a sua própria
experiência de vida, o Espírito Santo tem que ser um poder
duradouro na vida, santificando a alma dia após dia, e preparando,
moldando e formando o caráter segundo o modelo divino”.6
Se a incredulidade que
resultou nos juízos enviados por Deus à nossa Igreja na destruição
de nossa principal editora e hospital há tantos anos persiste até
hoje, podemos esperar consequências diferentes em nossa geração?
Talvez ele não virá na forma de prédios em chama, mas as pessoas
pensantes hoje estão preocupadas com a perda trágica de muitos de
nossos jovens. Eles ouviram ideias do Velho Concerto de que a
religião é difícil e que agradar a Deus é quase impossível. A
mensagem do Novo Concerto que podemos acreditar é de que a justiça
realmente é pela fé, e é isso que os jovens de qualquer idade
precisam ouvir. Devemos ver a perda da nossa juventude como uma
calamidade muito maior do que a perda de um par de edifícios.
--Arlene
Hill
Notas:
1)
Sermão pregado pelo pastor William Warren Prescott em 15 de Abril de
1901, publicado no Boletim
da
Conferencia
Geral do
dia
17;
2)
Carta de Ellen G. White escrita ao Juiz Jesse Arthur em 14 de Janeiro
de 1903, publicada em Manuscript
Releases,
vol. 13, págs. 122, 123;
3)
Sermão “Lições
do Reinado de Josias”, pregado
por Ellen G. White em 30 de março de 1903, registrado no Boletim da
Conferência Geral de 1903 em 1º de abril de 1903;
4)
Nota editorial "Instruction
and Response,"
[Instruções e Respostas] publicado na Review
and Herald,
em 19 de maio de 1903;
5)
Ellen G. White, Boletim
Diário da Conferência Geral,
de 13 de Abril de 1891;
[6]
Carta de nº 22, de Ellen G. White ao pastor Ole Andres Olsen, então
presidente da Associação Geral, escrita em 23 de novembro de 1892;
publicado em Pamphlets,
[Panfletos] Nº 2, com o título "Appeal
and Suggestions to Conference Officers,"
[Apelos e Sugestões aos oficiais da Conferência Geral] 1893.
A
irmã Arlene
Hill
é uma advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na
cidade de Reno, estado de Nevada, onde é professora da Escola
Sabatina na igreja adventista local. Ela
foi um dos principais oradores no seminário “É
a Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”,
que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista do
Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th
Street, Reno, Nevada, USA, Telefone 001 XX (775)
327-4545; 001
XX (775)
322-9642.
Ela também foi oradora do seminário “Elias, convertendo
corações”, realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, na
igreja adventista Valley
Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço:
14919
Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
Nota:
Asteriscos (*) indicam acréscimos feitos pelo tradutor.
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