Para 5 a 12
de dezembro de 2015
A
propósito da lição desta semana, intitulada “A ALIANÇA,” apresentamos, além da
introspecção do pastor Paulo E. Peno, este artigo que esclarece as diferenças entre
os dois concertos.
A Nova
Aliança ocasionalmente também recebeu a designação de Novo Concerto, ou Antiga
Aliança ou Velho Concerto, o que contribuiu para se estabelecer um equívoco na
mente de muitos, inclusive entre nós.
Graças a Deus, o Senhor nos legou uma excelente explanação, que elucida
bem esse assunto, por intermédio de Ellen G. White, conforme se lê a seguir do
livro Patriarcas e Profetas, sendo que as ênfases e as
notas de referência foram todas por nós acrescentadas:
Ellen G.
White, Patriarcas e Profetas, pág.
[367] “A lei cerimonial[1] foi
dada por Cristo. Mesmo depois que ela não mais devia ser observada, Paulo
apresentou-a aos judeus em sua verdadeira posição e valor, mostrando o seu
lugar no plano da redenção e sua relação para com a obra de Cristo; e o grande
apóstolo declara gloriosa esta lei, digna de seu divino Originador. O serviço
solene do santuário tipificava as grandiosas verdades que seriam reveladas
durante gerações sucessivas. A nuvem de incenso que ascendia com as orações de
Israel, representa a Sua justiça que unicamente pode tornar aceitável a Deus a
oração do pecador; a vítima sangrenta sobre o altar do sacrifício dava
testemunho de um Redentor vindouro; e do Santíssimo resplandecia o sinal
visível da presença divina. Assim, através de séculos e séculos de trevas e
apostasia, a fé se conservou viva no coração dos homens, até chegar o tempo
para o advento do Messias prometido.” ...
[370] “Assim como a Bíblia apresenta
duas leis, uma imutável e eterna, e outra provisória e temporária, assim há dois concertos. O concerto da graça[2] foi
feito primeiramente com o homem no Éden, quando, depois da queda, foi feita uma
promessa divina de que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente. A
todos os homens este concerto oferecia perdão, e a graça auxiliadora de Deus
para a futura obediência mediante a fé em Cristo. Prometia-lhes também
vida eterna sob condição de fidelidade para com a lei de Deus. Assim receberam
os patriarcas a esperança da salvação.
"Este mesmo
concerto foi renovado a Abraão, na promessa: "Em tua semente serão
benditas todas as nações da Terra." Gên. 22:18. Esta promessa
apontava para Cristo. Assim Abraão a compreendeu (Gál. 3:8 e 16), e confiou em
Cristo para o perdão dos pecados. Foi esta fé que lhe foi atribuída como
justiça. O concerto com Abraão mantinha também a autoridade da lei de Deus. O
Senhor apareceu a Abraão e disse: "Eu sou o Deus todo-poderoso, anda em
Minha presença e sê perfeito." Gên. 17:1. O testemunho de Deus
concernente a Seu fiel servo foi: "Abraão obedeceu à Minha voz, e
guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas
leis." Gên. 26:5. E o Senhor lhe declarou:"Estabelecerei
o Meu concerto entre Mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações,
por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente depois de
ti."Gên. 17:7.
“Se bem que este
concerto houvesse sido feito com Adão e renovado a Abraão, não
poderia ser ratificado antes da morte de Cristo. Existira pela promessa de Deus
desde que se fez a [371] primeira indicação de redenção; fora
aceito pela fé; contudo, ao ser ratificado por Cristo é chamado um novo concerto.
A lei de Deus foi a base deste concerto, que era simplesmente uma disposição
destinada a levar os homens de novo à harmonia com a vontade divina,
colocando-os onde poderiam obedecer à lei de Deus.
“Outro pacto[3], chamado nas Escrituras o "velho" concerto,
foi formado entre Deus e Israel no Sinai, e foi então ratificado pelo sangue de
um sacrifício[4].
O concerto abraâmico foi ratificado pelo sangue de Cristo, e é chamado o "segundo",
ou o "novo" concerto, porque o sangue pelo
qual foi selado foi vertido depois do sangue do primeiro[5] concerto.
Que o Novo Concerto era válido nos dias de Abraão, evidencia-se do
fato de que foi então confirmado tanto pela promessa como pelo juramento de
Deus, "duas coisas imutáveis, nas quais é impossível que Deus
minta". Heb. 6:18.
“Mas, se o concerto
abraâmico continha a promessa da redenção, por que se formou
outro concerto no Sinai[6]?
— Em seu cativeiro, o povo em grande parte (a) perdera o
conhecimento de Deus e os princípios do concerto abraâmico. Libertando-os do
Egito, Deus procurou revelar-lhes Seu poder e misericórdia, a fim de que fossem
levados a amá-Lo e confiar nEle. Trouxe-os ao Mar Vermelho — onde, perseguidos
pelos egípcios, parecia impossível escaparem — a fim de que se compenetrassem
de seu completo desamparo, e da necessidade de auxílio divino; e então lhes
operou o livramento. Assim eles se encheram de amor e gratidão para com Deus, e
de confiança em Seu poder para os ajudar. Ele os ligara a Si na qualidade de
seu Libertador do cativeiro temporal.
“Havia, porém, uma
verdade ainda maior a ser-lhes gravada na mente. Vivendo em meio de idolatria e
corrupção, (b) não tinham uma concepção verdadeira da
santidade de Deus, (c) da excessiva pecaminosidade de seu
próprio coração, (d) de sua completa incapacidade para, por si
mesmos, prestar obediência à lei de Deus, (e) de sua necessidade
de um Salvador. Tudo isto deveria ser-lhes ensinado.
“Deus os levou ao
Sinai; manifestou Sua glória; deu-lhes Sua lei, com promessa de grandes bênçãos
sob condição de obediência: "Se diligentemente ouvirdes a Minha
voz, e guardardes o Meu concerto,[7] então...
Me sereis um reino sacerdotal e o povo santo."Êxo. 19:5 e 6. O povo não compreendia apecaminosidade [372]
de
seus corações, e que sem Cristo lhes era impossível guardar a lei de Deus
; e prontamente entraram em concerto com Deus. Entendendo que eram capazes de estabelecer sua própria justiça,
declararam: "Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e
obedeceremos." Êxo. 24:7. Haviam testemunhado a proclamação da
lei, com terrível majestade, e tremeram aterrorizados diante do monte; e, no
entanto, apenas algumas semanas se passaram para que violassem seu concerto com
Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. Não poderiam esperar o
favor de Deus mediante um concerto[8] que
tinham violado; e agora, vendo sua índole
pecaminosa e necessidade de perdão, foram levados a sentir que necessitavam
do Salvador revelado no concerto abraâmico
e prefigurado nas ofertas sacrificais[9].
Agora, pela fé e amor, uniram-se a Deus como seu Libertador do cativeiro do
pecado. Estavam então, preparados para apreciar as bênçãos do novo concerto..
“As condições do "velho
concerto"[11] eram:
Obedece e vive - "cumprindo-os [estatutos e juízos] o
homem, viverá por eles" (Ezeq. 20:11; Lev. 18:5); mas
"maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei". Deut.
27:26. O "novo concerto" foi estabelecido com
melhores promessas: promessas do perdão dos pecados, e da graça de Deus para renovar o coração, e levá-lo à harmonia com os
princípios da lei de Deus. "Este é o concerto[12] que
farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a Minha
lei no seu interior, e a escreverei no seu coração. ... Porque lhes perdoarei a
sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos seus pecados." Jer.
31:33 e 34.
“A mesma lei que fora
gravada em tábuas de pedra, é escrita pelo Espírito Santo nas tábuas do
coração. Em vez de cuidarmos em estabelecer nossa própria justiça, aceitamos a justiça de Cristo. Seu sangue expia os
nossos pecados. Sua obediência é aceita em nosso favor. Então o coração renovado
pelo Espírito Santo produzirá os "frutos do Espírito".
Mediante a graça de Cristo viveremos em obediência à lei de Deus, escrita
em nosso coração. Tendo o Espírito de Cristo, andaremos como Ele andou. Pelo
profeta Ele declarou a respeito de Si mesmo:"Deleito-Me em fazer a Tua
vontade, ó Deus Meu; sim, a tua lei está dentro do Meu coração." Sal.
40:8. E, quando esteve entre os homens, disse: "O Pai não Me tem
deixado só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada." João 8:29.
[373] “O
apóstolo Paulo apresenta claramente a relação entre a fé e a lei, no novo
concerto. Diz ele: "Sendo pois justificados pela fé, temos paz com
Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo." Rom. 5:1.
"Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a
lei." Rom. 3:31. "Porquanto o que era impossível à
lei, visto como estava enferma pela carne — ou seja, ela não podia
justificar o homem, porqueem sua natureza pecaminosa este não a poderia guardar
— "Deus, enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado,
pelo pecado condenou o pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse
em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito." Rom.
8:3 e 4.
“A obra de Deus é a
mesma em todos os tempos, embora haja graus diversos de desenvolvimento e
diferentes manifestações de Seu poder, para satisfazerem as necessidades dos
homens nas várias épocas. Começando com a primeira promessa evangélica, e vindo
através da era patriarcal e judaica, e mesmo até ao presente, tem havido um
desenvolvimento gradual dos propósitos de Deus no plano da redenção. O Salvador, tipificado nos ritos e cerimônias da
lei judaica, é precisamente o mesmo que Se revela no evangelho. As
nuvens que envolviam Sua divina pessoa foram removidas; o nevoeiro e as sombras
desapareceram; e Jesus, o Redentor do mundo, Se acha revelado. Aquele que do
Sinai proclamou a lei e entregou a Moisés os preceitos da lei ritual, é o mesmo
que proferiu o sermão do monte. Os grandes princípios de amor a Deus, que
estabeleceu como fundamento da lei e dos profetas, são apenas uma repetição do
que Ele dissera por meio de Moisés ao povo hebreu: "Ouve, Israel,
o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder." Deut.
6:4 e 5. "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Lev.
19:18. O Ensinador é o mesmo em ambas[13] as
dispensações. As reivindicações de Deus são as mesmas. Os mesmos são os
princípios de Seu governo. Pois tudo procede dAquele "em Quem não
há mudança nem sombra de variação". Tia. 1:17. [14]
[1] Como ela
– a lei cerimonial – ‘foi dada por Cristo’ é
inconcebível que ela fizesse parte daquela Antiga Aliança que ‘gera
filhos para a escravidão’ (Gálatas 4.24) do pecado,
simbolizada por Agar. A lei cerimonial faz, sim, parte da primeira fase da Nova
Aliança, a de antes da cruz, na qual todos os sacrifícios e
ofertas apontavam para Cristo que viria para tornar-Se a realidade daqueles
símbolos.
[2] O ‘concerto da graça’ ou a ‘Nova Aliança’ teve duas etapas, fases ou
dispensações: a primeira, antes da cruz; e a segunda, depois da cruz. Além do ‘concerto da graça’ há também o ‘concerto do Sinai’ ou a “Velho Concerto,” ou ‘Antiga Aliança’, a qual foi
celebrada em uma cerimônia única, conforme se lê em
Êxodo 24, por volta de 1491 a.C., cerca de um ano antes
da inauguração do Santuário Terrestre, ocorrida por volta de 1490 a.C., descrita em Hebreus 9.18-22. “A construção do
tabernáculo não se iniciou senão algum tempo depois que Israel chegou ao Sinai;
e tal edificação sagrada foi pela primeira vez erguida no início do segundo ano a partir do êxodo.” (Patriarcas e Profetas, pág. 374).
[3] O ‘outro pacto’ – aqui referido – trata-se do ‘concerto do Sinai,” o velho concerto ou a ‘Antiga Aliança’, referido em Êxodo
19 e 24. Este é o que ‘gera filhos para
servidão’ (Gal. 4:24) do pecado. É o concerto da ‘justiça própria’, das ‘obras da lei’, a tentativa de se ‘justificar pela lei’ (Gálatas 5.4).
[6] Ou seja: se já, desde o Éden, existia a Nova Aliança – da graça – por qual razão foi feita a Antiga Aliança, o Concerto ‘das obras da lei’, que gera para escravidão? Deus fez com eles esse Velho Concerto para que, após fracassarem,
compreendessem a necessidade de crerem no verdadeiro e único concerto
exequível, o concerto eterno.
[7] Qual concerto? O ‘abraâmico’ logicamente, pois não havia sido
oficializado nenhum outro concerto entre o Senhor e os homens. Deus estava lhes
propondo a renovação do Novo Concerto, porém eles –
supondo-se capacitados de, por suas próprias forças, guardar a Lei de
Deus propuseram-Lhe o Antigo Concerto. Pelas cinco razões
– supra ressaltadas: a, b, c, d, e e – o Senhor aceitou a
proposta deles e firmou com eles o Antigo Concerto, o qual teve
uma só e única cerimônia em toda a Bíblia. Entretanto o Antigo Concerto
continua vigente e ‘gerando para a servidão’, até o dia de hoje.
Alguém está sob o Velho Concerto ou Antiga Aliança sempre que pretende guardar a Lei de Deus, i. é, desenvolver um caráter
cristão por suas próprias forças, buscando forçar sua natureza humana
pecaminosa a agir corretamente. Em outras palavras,
sem buscarmos o poder do alto, e tentando vencer uma tentação, sem um “Assim diz o Senhor”, com fé em Seu poder criador e
transformador, estamos na Antiga Aliança.
Por outro lado, todos
os que se entregam à direção de Deus, dependendo inteiramente do Seu poder para
fazer que a Palavra diz, seguindo o exemplo de Jesus, registrado em Mateus 4,
enfrentam toda tentação, cientes de que a Palavra [Jesus]
tem poder de criar em suas mentes o conteúdo da citação, estão na Nova Aliança, entraram, portanto, no ‘descanso de Deus’ (Heb. 4), abandonando suas ‘obras da lei’, seus ‘trapos da imundícia’ (Isaías 64.6).
Obviamente a ‘obediência por fé’ (Rom. 1.5) no poder criador da Palavra de Deus não se trata de ‘trapos da imundícia’ e, sim, das vestes ‘de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o linho finíssimo são
os atos de justiça dos santos.’ (Apoc. 19.8).
Os irmãos
que rejeitaram a mensagem de 1888 negavam que o concerto de Deus se
constituísse somente de promessas
unilaterais da parte de Deus, mas pregavam que o concerto de Deus é um acordo
bilateral, mútuo, um contrato negociado entre Deus e o homem. Diziam que você
obedece a fim de que Deus possa cumprir o prometido. A diferença, segundo eles
era, simplesmente, que cada concerto foi dado para duas diferentes
dispensações.
A mensagem de 1888
nos diz que “os dois concertos não são uma
questão de tempo, mas de condição.” Na verdade os dois existem desde que o pecado
entrou no mundo, e existirá até que Cristo volte. Alguém pode estar vivendo no
novo concerto, ou no antigo, dependendo de qual for a sua compreensão e atitude
em relação à sua fé.
O pastor
Paulo Penno, em sua obra The Law and the Covenants
in Seventh-day Adventist History — A Lei e
os Concertos na História Adventista do Sétimo Dia—, pág. 53, nos
esclarece que, fazendo-se uma análise da nossa história podemos ver que
os pastores George I. Butler, Roscoe C. Porter e Urias Smith (destacados
opositores da mensagem de 1888), tomaram a posição de que Deus havia instituído
o velho concerto e seus sacrifícios de animais como “uma coisa boa que Deus havia
ordenado para a salvação dos fieis, mas sem utilidade alguma depois da cruz.”
Segundo
Bíblia e o Espírito de Profecia, só há um plano de salvação, um só concerto (o
novo, ou concerto eterno)
feito por Deus, válido para todos os tempos.
Analise e
medite sobre alguns textos bíblicos:
Gál. 4:24: “estas são duas
alianças; uma, do monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar, …
mas nós, irmãos, somos filhos da promessa, como Isaque” (Gál. 4: 24 e 28).
2ª Cor. 3:7 e 9: As expressões “Mistério
da norte” (p. p. do vs. 7) e “mistério
da condenação” (p. p. do vs. 9), são formas paralelas da frase acima “gerando filhos para a servidão”; e “ministério
da justiça” (ú. p. do vs. 9), equivale à Nova Aliança, ou Novo
Concerto, ou, ainda, O Concerto Eterno.
Heb. 8:13: “Dizendo Nova Aliança,
envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, está perto
de acabar”
Neste 3º trim. de 2013 é importante distinguirmos claramente entre os
dois concertos.
Como
citamos semana passada no artigo “3º Trim. 2013 — Os Dois Concertos” o Pr. Roberto Wieland diz que quando nós fazemos
uma promessa, é o velho concerto. Não há nelas poder algum. O nosso uso desta
palavra significa que esperamos egoisticamente algo no futuro, uma bênção que
agora é impossível. Mas quando Deus faz a promessa a bênção já vem com ela. “Não são
os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa” (Romanos
9:8).
[8] Primeiro concerto ou antiga aliança de
Êxodo 19 e 24, que “gera filhos para a
escravidão” (Gal. 4:24).
[9] Como está claramente declarado, o Santuário
Terrestre com suas ofertas sacrificais sempre fizeram exclusivamente parte do
concerto abraâmico – o Novo Concerto.
[10] Primeiramente os israelitas fizeram com
Deus o Velho Concerto: "Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos." Êxo. 24:7. Em bem pouco tempo romperam tal aliança – por terem adorado o
bezerro de ouro – e: (a) após reconhecerem os
princípios do concerto abraâmico; (b)reconhecendo a
santidade de Deus, (c) dando-se conta da
excessiva pecaminosidade de seu próprio coração, (d) e de sua completa incapacidade para, por si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, e (e) de sua necessidade de um Salvador fizeram, com o Senhor, um outro concerto: O concerto da graça, a Nova
Aliança, em sua primeira fase, mediante as ordenanças da Lei Cerimonial,
Santuário Terrestre, Sacerdotes, sacrifícios, etc. Depois de romperem o Velho
Concerto, aceitaram o Concerto Abraâmico, que Deus lhes tinha proposto
inicialmente. Não é demais salientarmos: o Concerto Abraâmico também às vezes é
chamado de Velho Concerto, entretanto, não se trata do velho concerto de Êxo.
19:8 e 24:7, que “gera filhos para a escravidão,” de Ex. 19 e 24.
[11] Primeiro concerto ou antiga aliança de
Êxodo 19 e 24. Eles haviam prometido, portanto deviam cumprir. Eclesiastes 5:5
diz: “Melhor é que não votes do que votares e não
cumprires.”
[12] Jeremias viveu cerca de 900 anos após o
Êxodo. Ao fazer a promessa de um ‘novo concerto’ com a ‘casa de Israel’ [a Igreja cristã], o Senhor estava Se referindo, sim, à segunda fase da Nova Aliança – a de após a cruz – ocasião em que
haveria a substituição do Santuário Terrestre pelo
Celestial; do sacerdócio segundo a ordem de Levi pelo Sacerdócio ‘segundo a ordem de
Melquisedeque’ (Heb. 6.20) e dos sacrifícios de animais pelo sacrifício do Cordeiro de Deus que é realmente o que
tira os pecados do mundo.
Em Hebreus 8.7 lemos: “Porque, se aquela primeira aliança – antes da cruz – tivesse sido sem
defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda.” Note-se que o defeito estava na aliança, não no povo. E qual era o defeito
senão este: “Porque é impossível que sangue de
touros e de bodes remova pecados” (Heb. 10.4)!
[13] Quais são as duas dispensações, referidas acima? São as duas dispensações da Nova Aliança: a primeira – antes da cruz – e a
segunda – depois da cruz! Em Hebreus, a ‘primeira’ fase, etapa ou dispensação da Nova
Aliança é denominada por Paulo como Antiga Aliança; e a‘segunda’ fase, etapa ou
dispensação da Nova Aliança ele a denomina Nova Aliança.
Alguém poderia buscar entender que as
duas dispensações, supra referidas, seriam aquela Antiga Aliança, que gera para a
escravidão do pecado – Êxodo 19 e 24 – e a Nova Aliança, iniciada no Éden e
que vai até o Éden restaurado, entretanto tal entendimento laboraria em
equívoco.
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