domingo, 19 de março de 2017

O Espírito Santo nos preparará para a Chuva Serôdia



Lição EXTRA para o 1º Trimestre de 2017
Na lição 11, parte de sábado, 18/3/17, 3ª linha, lemos: “O Espírito Santo tem poder incomparável para nos tornar vencedores...”
 “O Espírito Santo tem poder incomparável para nos tornar vencedores...” em quê?
Em “Eventos Finais” Ellen G. White traça para a nossa igreja os grandes acontecimentos que teremos que enfrentar: Capítulo 11 — Enganos satânicos nos últimos dias; Capítulo 12 — A sacudidura; Capítulo 13 — A chuva serôdia; Capítulo 14 — O alto clamor; Capítulo 15 — O selo de Deus e a marca da besta, e, Capítulo 18 — As sete últimas pragas e os justos. O Espírito Santo é que preparará a Igreja de Laodiceia para estes grandes eventos que estão à nossa frente. Mas a chuva serôdia, engloba todos os assuntos acima apontados e será o Espírito Santo, que nos trará poder para vencermos a este turbilhão que sobre nós virá.
Em visão, Ellen White descreve a tremenda experiência pela qual o povo de Deus passará especialmente ao serem libertos para “tomar posse da verdade”. Ela pergunta ao anjo: “O que operou essa grande mudança?” O anjo lhe responde: “É a chuva serôdia, o refrigero da presença do Senhor, o alto clamor do terceiro anjo” (Visão sobre a sacudidura futura em 20/11/1857, artigo O Futuro na revista Review and Herald de 31/11/1857; e Primeiros Escritos, p. 269-271).
"As grandes verdades que foram ouvidas e contempladas desde o dia de Pentecostes, resplandecerão da Palavra de Deus em sua pureza original. Aos que verdadeiramente amam a Deus, o Espírito Santo revelará verdades que desapareceram da mente, e também revelará verdades inteiramente novas" (Fundamentos da Educação Cristã, pág. 473).
E quanto poder será este???                               
Joel 2:23 diz que a chuva temporã foi dada “em justa medida” (Almeida Fiel). E a versão do Rei Tiago diz “moderadamente”.
Ellen G. White diz que a chuva serôdia “virá de forma tão repentina como foi em 1844, e com dez vezes mais poder” (Coleção Spalding e Magan, pág. 4) do que foi a chuva temporã.
Podem os irmão imaginar que teremos dez vezes mais poder agora do que tiveram os discípulos no Pentecostes? Como subsistiremos sem a preparação do Espírito Santo? Como venceremos na sacudidura, no alto clamor; na marca da besta e nas sete últimas pragas sem a preparação do Espírito Santo para vencermos estes desafios?
"A verdade do evangelho" é uma compreensão da justificação pela fé que é consistente com e paralela à verdade da purificação do santuário celestial. O que dois mensageiros apresentaram na Assembeia da Associação Geral de 1888 uniu justificação e santificação como uma coisa só. Em outras palavras, uma apreciação do amor de Cristo ao justificar todo o mundo em Sua cruz, torna-se o grande motivador para a fé cooperar com o Espírito Santo no perfeiçoamento do caráter cristão. A justificação realizada na cruz produz justificação pela fé, que, por sua vez prepara a pessoa para a segunda vinda.
Ellen White confirma que essa percepção "da chuva serôdia" do evangelho foi objeto de oposição na era de 1888. Houve "oposição manifestada em Minneapolis contra a mensagem do Senhor através dos Irmãos [E. J.] Waggoner e [A. T.] Jones. Excitando aquela oposição, Satanás teve êxito em afastar do povo, em grande medida, o poder especial do Espírito Santo que Deus anelava comunicar-lhes.O inimigo impediu-os de obter a eficiência que poderiam ter tido em levar a verdade ao mundo, como os apóstolos a proclamaram depois do dia de Pentecostes. Sofreu resistência a luz que deve iluminar toda a terra com a sua glória [Apocalipse 18: 1] e pela ação de nossos próprios irmãos tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo” (Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 234 e 235).
Podem os irmãos imaginar agora porque o nosso guia deste trimestre omitiu este assunto??? É que a  oposição manifestada em Minneapolis continua até hoje. Para usarmos as próprias palavras da lição, o fato é que “muitos desses pecados estão no âmbito individual. No entanto, há também uma dimensão coletiva envolvida” (2ª e 3ª linhas do primeiro parágrafo de domingo).
Mas finalmente a Igreja será vitoriosa! Zacarias 12:10 a 13:1 trás a grande esperança para sermos vencedores (falaremos disto uns parágrafos à frente):  
Estamos em busca do que o Espírito Santo está nos ensinando com respeito às boas novas à luz da "chuva serôdia". A palavra "justificação" ou "justiça" significa endireitar o que é torto. Qual é a boa nova transformadora do coração que pode mudar a alienação e resistência que o povo de Deus revela para com Ele? Qual é a nossa compatibilização com a mensagem?
O que é "a chuva serôdia" do Espírito Santo? Existem alguns fatos simples e claros que, pelo menos, começarão a esclarecer nossa perplexidade:
A história da "chuva serôdia" (veja Joel 2:23) ajudará a explicar o que é a "chuva serôdia". Foi no Pentecostes que o verdadeiro povo de Deus (aqueles que creram em Cristo) recebeu o derramamento do verdadeiro Espírito Santo de Deus. Agora, depois de dois milênios, esperamos que o dom do Espírito Santo seja novamente dado como o complemento da bênção “anterior”.
A "chuva temporã" foi a luz da verdade dada como um dom — a percepção da verdade que o professo povo de Deus tinha rejeitado, assassinado e crucificado o Senhor da glória. Essa bênção não foi tanto um forte barulho como uma luz brilhante: Pedro proclamou que aquelas pessoas ali presentes haviam crucificado o Messias, o Filho de Deus. "Saiba, pois, com certeza toda a casa de Israel que a esse Jesus, a quem vós crucificastes, Deus O fez Senhor e Cristo. E ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração" (Atos 2:36, 37).
A chuva serôdia será, portanto, um dom do Espírito Santo que trará a verdadeira e última convicção do pecado que somente Ele pode trazer aos corações humanos: a culpa da crucificação de Cristo é o nosso pecado. Mas essa é uma verdade que ainda não compreendemos claramente. Quando o povo de Deus compreender essa realidade, haverá o maior arrependimento dos séculos (Zac. 12:10 a 13: 1).
 “Mas sobre a casa de Davi (a liderança da Igreja Adventista) e sobre os habitantes de Jerusalém (os membros da igreja) derramarei o Espírito de graça e de suplicas; e olharão para Mim a quem traspassaram; e prantearão sobre ele, como que pranteia pelo (seu) filho unigênito; e chorarão amargamente por ele, como se chora amargamente pelo (seu) primogênito ...Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi (a liderança da igreja adventista) e para os habitantes de Jerusalém (os membros), para purificação do pecado e da imundícia” (Zac. 12:10; 13:1).
Esta se tornará a experiência "final" de reconciliação com Cristo, algo conhecido como "a expiação final".
Isso tornará possível um movimento, um segundo “Pentecostes”, uma mensagem a ser proclamada em todo o mundo que “iluminará a terra com a sua glória” (*Apoc. 18;1) e preparará um povo para o retorno de Cristo.
Está a chuva serôdia caindo agora? 
De acordo com o que lemos na Escritura, quando a chuva vem e quando ela for aceita, a obra será concluída na mesma geração. Nossos líderes há mais de um século têm dito que a chuva está caindo (tempo verbal presente); ainda que o trabalho não tenha sido concluído e na maioria esses líderes já estejam mortos. Grandes batismos não são um sinal da chuva serôdia.
A chuva serôdia prepara o grão para a colheita. Embora seja verdade que o Senhor pode estar trabalhando de maneira que não reconhecemos, também é verdade que “em grande medida” a chuva serôdia e o alto clamor foram resistidos e rejeitados nos anos seguintes a 1888 (Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 234 e 235). A importante pergunta é: O Senhor renovará o derramamento da chuva serôdia quando não há arrependimento por rejeitá-la quando Ele a enviou? Será que Ele enviará aos judeus um novo Messias quando eles não se arrependerem do que lhes fora enviado cerca de 2.000 anos atrás?
A promessa é: “Ele vos dará em justa medida (moderadamente, na KJV) a chuva temporã; fará descer a chuva no primeiro mês, a temporã e a serôdia” (Joel 2:23). “A chuva temporã” no Pentecostes é identificada com um “mestre de justiça” (ver margem, KJV). Assim, a chuva temporã foi claramente especificada como uma mensagem de justiça pela fé. A promessa “da chuva serôdia” é paralela à “chuva temporã” — uma mensagem de justiça.
 “Enquanto Cristo está no santuário ... a ‘chuva serôdia’, ou o refrigério da presença do Senhor, virá, para dar poder à grande voz (o alto clamor) do terceiro anjo ...” (Primeiros Escritos, págs. 85, 86). O Espírito Santo é o nosso Mestre de justiça..

João Soares da Silveira

Obs.: Os textos bíblicos foram colhidos da Almeida Fiel.

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