A verdade é que se você pudesse livrar-se do pecado você não necessitaria de Deus, e se pudesse livrar-se de um pecado, eventualmente você poderia livrar-se de todos os pecados e Cristo teria morrido em vão.
“Ressuscitando Deus a seu Filho Jesus, primeiro O enviou a vós, para que nisso vos abençoasse, no apartar, a cada um de vós, das vossas maldades” (Atos 3:26).
Cada um pode dizer, se desejar: ‘O SENHOR, deveras sou teu servo; sou teu servo, filho da tua serva; soltaste as minhas ataduras” (Salmo 116:16).
"Isto é verdade, quer nós creiamos ou não. Somos servos do Senhor, embora nós, teimosamente, possamos recusar servir. Ele nos comprou; e tendo-nos adquirido, quebrou cada algema que nos impede de servi-Lo. Mas, se nós acreditamos, temos a vitória que vence o mundo (1ª João 5:4; João 16:33). A mensagem para nós é que a nossa 'guerra acabou' e nossa 'iniqüidade é perdoada' (Isaias 40:2).
'Meu pecado -- oh, a felicidade do pensamento glorioso!
Meu pecado, não em parte, mas todos,
Está pregado a Sua cruz, e eu não o carrego mais,
Louvai ao Senhor, louvai ao Senhor, O minha alma!’
"Toda esta libertação é 'de acordo com a vontade de nosso Deus e Pai'. A vontade de Deus é a nossa santificação (1ª Tess. 4:3). Ele quer que todos os homens sejam salvos e venham ao conhecimento da verdade (1ª Tim. 2:4). E Ele 'faz todas as coisas, segundo o conselho da sua vontade’ (Efésios 1:11). 'Você está querendo ensinar salvação universal?’ alguém pode perguntar. Quero ensinar somente o que a Palavra de Deus ensina — 'que a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens,’ (Tito 2:11). Deus trouxe salvação para cada homem, e a deu a ele; mas a maioria desdenha dela e a joga fora. O juízo revelará o fato de que salvação plena foi dada a cada homem e que os perdidos deliberadamente jogaram fora sua posse de primogenitura".1
Lembre-se sempre de que o Evangelho é o poder de Deus para a salvação e não o poder do homem.
Em 1ª Coríntios 2:1-5, Paulo escreve que ele não veio declarando o mistério de Deus com sublimidade de palavras ou de sabedoria humana, mas no poder de Deus. Ele só quis conhecer a Cristo e Este crucificado entre eles. Colossenses 1:26, 27 explica que o mistério de Deus "é Cristo em vós, a esperança da glória" (glória é caráter). Seguir este mistério de Deus a Apocalípce 10:5-7, nós lemos, "Mas nos dias da voz do sétimo anjo, quando tocar a sua trombeta, se cumprirá o segredo (o mistério) de Deus.” Isto é a conclusão do caráter de Deus em nós exatamente antes do fim do tempo de angústia .
Escrevendo sobre a experiência do apóstolo Paulo, Waggoner diz, "1) O Evangelho é um mistério. 2) É um mistério tornado conhecido pela revelação de Jesus Cristo. 3) Não foi meramente que Jesus Cristo Se revelou ao apóstolo, mas que lhe foi dado conhecer o mistério pela revelação de Jesus Cristo nele. ... A conclusão, portanto, é que o Evangelho é a revelação de Jesus Cristo nos homens.”2
Estando crucificado com Cristo, já não sou eu mais quem vive, mas Cristo que vive em mim, e a presente vida mortal que eu agora estou vivendo nesta carne eu vivo pela fé do Filho de Deus que me amou e Se deu por mim (Gal. 2:20). "Mesmo agora Cristo carrega os pecados do mundo inteiro, pois todas as coisas subsistem nEle' (*Col. 1:17). ... Portanto, onde quer que pecado é encontrado, podemos estar seguros de que lá está a cruz de Cristo".3
"Assim, crendo em Cristo, nós somos justificados pela fé de Cristo, desde que nós O tenhamos pessoalmente morando em nós,’ [pelo Espírito,] e ‘exercitando o própria fé".4 Sua fé que nunca falhou em guardar os mandamentos de Deus e Sua vida interminável que permanece em nós até ao fim (Apoc. 14:12).
"Em romanos 6:6 (KJV) Paulo escreve, 'o nosso velho homem foi com Ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.’
"O que é desfeito é o corpo do pecado, e é destruído pela simples presença pessoal da vida de Cristo. É destruído a fim de que possamos ser libertados de seu poder e não mais necessitemos servi-lo. É destruído para todo o mundo, porque Cristo, na própria carne, aboliu 'a inimizade,' a mente carnal do pecador. Nossos pecados, nossas fraquezas, estavam sobre Ele. Para cada alma a vitória foi ganhada, e o inimigo foi desarmado. Temos só que crer na vitória, que Cristo ganhou. A vitória sobre todos os pecados já é uma realidade".5
"O escândalo da cruz é que a cruz é uma confissão de fraqueza e pecado humano, e de incapacidade para fazer qualquer coisa boa. Tomar a cruz de Cristo significa depender unicamente dEle para tudo, e isto é o que leva ao abatimento de todo orgulho humano. Os homens amam iludir-se com a idéia de que são independentes. Mas, que a cruz seja pregada, e feito saber que no homem não habita nenhuma coisa boa, e que tudo deve ser recebido como um presente (*um dom), e imediatamente alguém é ofendido".6
A carne não pode ser convertida. Deve ser crucificada.
—Daniel Peters
Notas do autor:
1) The Glad Tidings, (Boas Novas) de Ellet J. Waggoner, um dos dois mensageiros de 1888, págs. 13, 14 (Pacific Press Publishing Assn.; edição de Glad Tidings Publishers);
2) The Everlasting Covenant, (O Concerto Eterno) também de Ellet J. Waggoner, págs. 18, 19 (edição de Glad Tidings Publishers);
3) The Glad Tidings, pág. 44;
4) Idem, pág. 42;
5) Idem, pág. 43;
6) Idem, pág. 113.
Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.
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