Deus está pronto para o desafio. Ele esperou a Sua vez. A exposição suprema foi reservada para o concurso final. Da última geração Deus selecionará Seu escolhidos. Não os fortes nem os poderosos, não os honrados nem os ricos, não os sábios nem os entendidos, mas pessoas comuns e vulgares irá Deus tomar, e por meio deles fará Sua demonstração. Satanás alegou que os que, no passado, serviram a Deus, o fizeram por motivos mercenários, que Deus os paparicou, e que ele, Satanás, não teve livre acesso a eles. Se lhe tivesse sido dada plena permissão para aplicar seu método, eles também seriam vencidos. Ele acusa que Deus tem medo de deixá-lo fazer isto. "Dá-me uma chance justa," diz Satanás, "e eu ganharei a vitória" (*sobre eles).
“E então, para silenciar para sempre as acusações de Satanás; para tornar evidente que Seu povo O serve por motivos de lealdade e justiça, sem interesse de recompensa; para limpar o Seu próprio nome e caráter das acusações de injustiça e arbitrariedade; e para mostrar aos anjos e homens que Sua lei pode ser guardada pelo mais fraco dos homens, sob as circunstâncias mais desencorajadoras e mais desfavoráveis, Deus permite Satanás tentar Seu povo, da última geração, ao extremo. Serão ameaçados, torturados, perseguidos. Ficarão face a face com a morte quando sair o decreto para adorar a besta e sua imagem (Apoc. 13: 15). Mas não cederão. Estão dispostos a morrer antes que pecar.
“Deus retira Seu Espírito da terra. Satanás terá uma medida maior de controle do que já teve antes. É verdade que ele não poderá matar o povo de Deus, mas isso parece ser a única limitação. E ele usará cada permissão que tem. Sabe o que está em jogo. É agora ou nunca.
“Deus, para fazer a demonstração completa, faz mais uma coisa. Esconde-Se. O Santuário no céu está fechado. Os santos clamam a Deus de dia e de noite por libertação, mas Ele aparece não ouvir. Os escolhidos de Deus estão atravessando o Getsêmani. Eles estão passando por uma pequena parte da experiência de Cristo durante as três horas na cruz. Aparentemente devem enfrentar suas batalhas sozinhos. Devem viver à vista de um Deus santo sem um intercessor.
“Mas embora Cristo tenha terminado Sua intercessão, os santos são ainda o objeto e cuidado do Seu amor. Santos anjos os vigiam. Deus lhes provê proteção de seus inimigos; fornece-lhes comida; os protege de destruição, e os supre com graça e poder para um viver santo (Veja Salmo 91). Mas estão ainda no mundo, ainda tentados, afligidos, atormentados.
“Vencerão eles a prova? Aos olhos humanos parece impossível. Se ao menos Deus pudesse vir livrar-los, tudo estariam bem, mas eles estão determinados a resistir o maligno. Se necessário for morrerão, mas não pecarão. Satanás não tem nenhum poder—e nunca teve—para fazer qualquer homem pecar. Ele pode tentar, pode seduzir, pode ameaçar; mas não pode compelir. E agora Deus demonstra, pelo mais fraco dos fracos, que não há nenhuma desculpa, e nunca houve para qualquer homem pecar. Se homens na última geração com êxito podem repelir o ataque de Satanás; se podem fazer isto com todas as circunstâncias mais adversas contra eles, e com o santuário fechado, que desculpa há para os homens pecarem?” (Milian Lauritz Adreasen em The Sanctuary Service , O Serviço do Santuário, escrito em 1937).
Os 144.000
Na última geração Deus dá a demonstração final de que os homens podem guardar a lei de Deus e que podem viver sem pecar. Deus faz tudo para tornar a demonstração completa. A única limitação que Deus põe sobre Satanás é que não pode matar os santos. Pode tentá-los, pode atormentar e pode ameaçá-los; e faz o seu melhor. Mas falha. Não pode fazê-los pecar. Ele vencem a prova, e Deus põe Seu selo sobre eles.
Através da última geração de santos Deus finalmente é vindicado. Por eles Ele derrota Satanás e ganha a vitória. Formam uma parte vital do plano de Deus. Passam por lutas impressionantes; “contra as hostes espirituais da maldade nos lugares celestiais” (*Ef. 6:12). Mas eles puseram sua confiança no Mais Alto, e não serão envergonhados. Sofreram fome e sede, mas agora "nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá sobre eles. Porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará, e lhes servirá de guia para as fontes vivas das águas; e Deus limpará de seus olhos toda a lágrima” (Apocalipse 7:16, 17).
Eles "seguem o Cordeiro para onde quer que vá" (Apocalipse 14:4). Quando por fim as portas do templo se abrirem, uma voz soará: "Somente os 144.000 entram neste lugar" (Ellen G. Ehite, Primeiros Escritos, pág. 19). Pela fé eles seguiram o Cordeiro aqui. Foram com Ele no lugar santo; seguiram-nO ao santíssimo. E, doravante, unicamente os que assim O seguirem aqui, O seguirão ali.
Serão reis e sacerdotes. Eles O seguirão ao santíssimo, onde somente o Sumo Sacerdote pode entrar. Ficarão de pé na presença desvendada de Deus. Eles O seguirão "onde que vá". Eles não apenas estarão "diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo" (Apocalipse 7:15) mas sentar-se-ão com Ele no Seu trono, assim como Ele também venceu, e sentou-Se com Seu Pai no Seu trono, Apoc. 3:21.
A questão de maior importância no universo não é a salvação de homens, importante quanto isto possa parecer. A coisa mais importante é a vindicação do nome do Deus das falsas acusações feitas por Satanás. A controvérsia se aproxima do fim. Deus está preparando Seu povo para o último grande conflito. Satanás também se prepara. O desafio está perante nós e será decidido na vida do povo de Deus. Deus depende de nós como dependeu de Jó. Está Sua confiança bem colocada?
É um maravilhoso privilégio conceder a este povo ajudar a limpar o nome de Deus por nosso testemunho. É maravilhoso que sejamos permitidos testificar por Ele. Mas não deve ser esquecido, no entanto, que este testemunho é um testemunho de vida, não meramente de palavras. "NEle estava a vida; e a vida era a luz dos homens” (João 1:4). "A vida era a luz". Assim era com Cristo, também assim deve ser então conosco. Nossa vida deve ser uma luz, como Sua vida o era. Dar às pessoas a luz é mais que do que entregar-lhes um folheto. Nossa vida é a luz. Ao vivermos, damos luz aos outros, Sem vida, sem vivermos a luz, nossas palavras ficam sozinhas. Mas ao nossa vida tornar-se luz, nossas palavras tornam-se eficazes. É nossa vida que deve testificar para Deus.
Possa a igreja de Deus apreciar o sublime privilégio dado a ela! "Vós sois as minhas testemunhas, diz o Senhor” (Isaias 43:10). “Deus estranho não houve entre vós, pois vós sois as Minhas testemunhas, diz o Senhor; que Eu Sou Deus" (Verso 12). Possamos nós ser reais testemunhas, testificando o que Deus fez por nós!
Tudo isto está intimamente ligado com o trabalho do Dia da Expiação. Nesse dia o povo de Israel, tendo confessado seus pecados, eram completamente purificados. Eles já foram perdoados; agora o pecado foi separado deles. Eram
Nós agora vivemos no grande dia antitípico da purificação do santuário. Cada pecado deve ser confessado e pela fé ser enviado de antemão a julgamento. Ao o sumo sacerdote entrar no santíssimo, assim o povo de Deus deve agora ficar face a face com Deus. Devem saber que cada pecado é confessado, que nenhuma mancha de mal resta.
A purificação do santuário no céu dependente da purificação do povo de Deus na terra. Quão importante, então, que o povo de Deus seja santo e sem culpa! Neles cada pecado deve ser queimado, de modo que possam estar à vista de um Deus santo e viver com o fogo devorador. "Ouvi, vós os que estais longe, o que tenho feito; e vós que estais perto, conheceis o Meu poder. Os pecadores de Sião se assombram, o tremor surpreendeu os hipócritas. Quem dentre nós habitará com o fogo consumidor? Quem dentre nós habitará com as labaredas eternas? O que anda com justiça e o que fala com retidão; o que rejeita o ganho da opressão, que sacode das suas mãos todo o suborno; o que tapa os seus ouvidos para não ouvir falar de derramamento de sangue e fecha seus olhos para não ver o mal. Este habitará nas alturas; as fortalezas das rochas serão o seu alto refúgio, o seu pão lhe será dado, as suas águas serão certas" (Isaias 33:13-16).
Por Milian Lauritz Andreasen1
Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira
Notas do tradutor:
1) Este artigo foi extraído do livro O Serviço de Santuário, 1937 de Milian Lauritz Andreasen. Ele serviu como presidente da Associação da Grande Nova Iorque (de 1909 - 1910), presidente de Seminário Teológico de Hutchinson (de 1910 - 1918), decano de Faculdade da União Atlântica (de 1918 - 1922), decano de Faculdade Missionário de Washington (agora Faculdade da União de Columbia) (de 1922 - 1924), presidente da Associação de Minnesota (de 1924 - 1931), presidente de Faculdade da União do Nebraska (de 1931 - 1938), e secretário ministerial da Conferência Geral (de 1941 - 1950). No Seminário Teológico Adventista do Sétimo Dia (agora localizado na Universidade de Andrews) (de 1937 – 1949), e foi reconhecido como o principal acadêmico denominacional no (*assunto da) expiação e temas relacionados.
Desde 1937 Andreasen apresentou o pacote que tomou as implicações da fé adventista, como ele entendeu ser sua conclusão lógica. Sua discussão com a igreja foi sobre a teologia da expiação e a humanidade de Cristo que foram expressadas nas perguntas do livro Questões Sobre Doutrina (QSD). Andreasen argumentou que o livro estabeleceu uma mudança sinistra na teologia adventista do sétimo dia. No seu livro, O Serviço de Santuário, Andreasen reuniu isto tudo junto no capítulo de encerramento, A Última Geração. Andreasen aconselhou que QSD não fosse publicado, e discutiu extensivamente com líderes de igreja para corrigir as idéias que eles, finalmente, colocaram
Livros do Pastror Milian Lauritz Andreasen:
· Isaiah, the Gospel Prophet (Review & Herald, 1928)
· Man, Here and Hereafter (Pacific Press, 1937)
· The Sanctuary Service (Review & Herald, 1937)
· The Faith of Jesus and the Commandments of God (Review & Herald, 1939)
· The Sabbath, Which Day and Why? (Review & Herald, 1942)
· A Faith to Live By (Review & Herald, 1943)
· Following the Master (Southern Publishing Association, 1947)
· The Book of Hebrews (Review & Herald, 1948)
· The Faith of Jesus (Review & Herald, 1949)
· God's Holy Day (Review & Herald, 1949)
· A Day from
· Saints and Sinners (Review & Herald, 1951)
· What Can a Man Believe? (Review & Herald, 1951)
· Prayer (Pacific Press, 1957)
· Letters to the Churches (Hudson Printing Company, 1959)