sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Sem Mim Nada Podeis Fazer, Para a lição 1 do 1º Trim. /2010,

“Estai em mim, e Eu estarei em vós” (João 15:4)

Como posso crer que um Deus Santo venha habitar em mim, pecador que sou, e levar-me a produzir frutos?

Só há um modo de crer nisso: Ele já veio a este mundo e assumiu a nossa natureza pecaminosa, já viveu em nossa carne uma vida santa, e — o que Ele fez uma vez Ele pode faze-lo novamente.

Jesus nos convida: 'Permanecei em Mim' ou 'Estai em Mini' (João 15:4). Se entendermos corretamente o que significa a expressão 'em Cristo', e qual a realidade nela envolvida, estaremos em melhores condições de compreender, profundamente, as 'boas-novas' o evangelho da salvação e de vive-lo. O tema 'em Cristo' abarca a graça divina! Paulo, em suas epístolas, refere-se mais que 200 vezes ao conceito 'em Cristo', “em Mim”, 'em Cristo Jesus', 'no Senhor', 'em Jesus', 'nEle', 'no Amado', 'com Ele', 'com Cristo', 'nAquele'. Conhecê-Lo é uma fonte de segurança, gozo, alegria e contagiante entusiasmo! É o tema central da teologia paulina!

O conceito 'em Cristo', para nós, com nossa maneira humana de nos expressarmos, é um tanto complicado e difícil de se compreender, porque raciocinamos e nos expressamos em termos individuais, não em termos corporativos ou de representação coletiva.

"Como alguém pode estar em outra pessoa?" "Como posso eu 'estar em Cristo'?" "O que significa, realmente, 'permanecer em Jesus'?"

Algumas ilustrações pertinentes!

Por exemplo, quando o presidente da nossa nação assina um acordo com outro país, o

faz por todos os brasileiros, e seu ato afeta a todos nós. Apenas por ser o representante legal da nossa nação, de todos nós, é que pode assiná-lo; do contrário, seu ato teria sido considerado como ilegítimo, inválido e inadmissível.

Biblicamente, diríamos que nós estávamos 'nopresidente', quando ele assinou o acordo.

Assinamos o acordo 'nele'! O presidente, sendo nós, assinou o acordo por nós! E a notícia poderia aparecer, numa manchete, assim: "Hoje firmamos um acordo com tal nação 'no nosso presidente'"! Entretanto, essa não é a maneira de um jornalista nos passar tal informação!

Se um pai rico for à falência, também seus filhos seriam afetados: empobreceriam ou nasceriam pobres. Se o pai enriquecesse, os filhos participariam da riqueza, nasceriam em berço de ouro. Biblicamente, dir-se-ia que os filhos se empobreceram, ou se enriqueceram, 'nos seus pais'. Assim, 'Estar em Cristo' tem um significado semelhante e é muito, muito profundo. Esse conceito baseia-se na solidariedade bíblica, a ideia de que uma pessoa representa a muitos, age em nome deles, e seus atos pessoais [bons ou maus] afetam a todos.

Alguns exemplos bíblicos!

'Ora, Isaque orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto ela era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rebeca, sua mulher, concebeu. E os filhos [Esaú e Jacó] lutavam no ventre dela; então ela disse: Por que estou eu assim? E foi consultar ao Senhor. Respondeu-lhe o Senhor: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o mais velho servirá ao mais moço.' (Génesis 25:21-23). Essa profecia não se cumpriu na vida desses dois irmãos, e sim, na dos seus descendentes, — árabes [edomitas] e israelitas — os quais, no — ventre de Rebeca, estavam 'em Esaú' e 'em Jacó', respectivamente.

Eis outro exemplo: Leiamos Hebreus 7:9-10 - VEJAM: "E por assim dizer, também Levi, que recebia dízimos, pagou-os na pessoa de Abraão. Porque Levi ainda não tinha sido gerado por seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste. " (Hebreus 7.9-10). Quando Abraão devolveu o dízimo, Levi, seu bisneto, estava implicado naquele seu ato, que o afetou. Por considerar Abraão como uma unidade corporativa, a Bíblia se expressa assim: 'Levi... pagou-os na pessoa de Abraão.' Levi estava 'em Abraão'. Essa é a maneira da Bíblia se expressar a respeito da solidariedade coletiva ou de uma unidade corporativa. Outros exemplos: Gên. 12:3; 1a Samuel 17:8-10.

Uma imperfeita compreensão!

Você conhece uma ilustração, muito difundida entre os cristãos, na qual a morte de Jesus, na cruz, é equiparada à de um pai inocente, que aceita morrer no lugar, ou como substituto, de um filho condenado à morte?

Trata-se de uma ilustração popular e comovente, mas ... está ela bem alinhada com o conceito 'em Cristo'? Em outras palavras, espelha bem a realidade do que, efetivamente, aconteceu?

Considere: o referido pai, muito embora estivesse sofrendo as consequências do crime do filho, em sua consciência teria a si próprio, sempre como inocente, e nunca como culpado. Teria o filho por culpado, não a si próprio!

Se fosse esse o caso, como teria sido possível a Jesus sentir-Se realmente tão separado do Pai, tão indigno, devido aos pecados de toda a humanidade, a ponto de Sua angústia mental fazê-Lo suar gotas de sangue? Lucas 22:44.

Mas Cristo não cometeu pecado algum. Ele não deixou de ser inocente. Não! O que estamos realçando é o fato de que Ele, efetivamente, sentiu como se fossem Suas, a culpa e a 2a morte que eram nossas. E, ao começar a senti-las, disse: 'A Minha alma está profundamente triste até à morte' (Mat. 26:38).

A questão é: 'Como pôde Ele, sendo inocente, sentir como Seus os nossos pecados, as nossas culpas e a consequente separação do Pai, por nós?' Quanto mais você compreender como Ele pôde angustiar-Se em nossos pecados e em nossas culpas, tanto mais apto estará a rejubilar-se na Sua perfeita obediência, que lhe pertence 'em Cristo'\ "Aquele que se gloria, glorie-se no Senhor" (1ª Cor. 1:31).

Compreendamos bem esta questão!

Tanto na Bíblia, como nas leis humanas, NÃO se concebe a possibilidade de uma pessoa inocente morrer no lugar de outra culpada! Tanto a culpa como o mérito são intransferíveis. A transferência de culpa é imoral, inválida, ilegítima, ilegal e, eticamente inadmissível.

Leiamos Deut. 24:16. "Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugar dos pais: cada qual será morto pelo seu pecado. " Também Ezequiel 18:20 "... o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai a iniquidade do filho: a justiça do justo ficará sobre ele, e a perversidade do perverso cairá sobre este. "

'Como pôde então Jesus, sendo inocente, legalmente, morrer pêlos pecados de todo o mundo, assumindo a culpa de todos nós?'

Sabemos, sim, que as Sagradas Escrituras nos informam também que 'Deus dá prova do Seu amor para conosco, em que, quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós' (Rom. 5:8). Se tanto a lei de Deus como as leis humanas não admitem a possibilidade de um inocente ser punido em lugar de um culpado, como pôde ser isto legal e aceitável, no caso de Jesus? E há ainda mais outra questão correlata: 'Como é legalmente aceitável que Deus Pai nos credite a perfeita obediência de Seu Filho?

Como pode Alguém obedecer pêlos outros?' As respostas encontram-se no conceito 'em Cristo'\ Ei-las:

Os nossos dois Pais: O 1° e o 2° Adão!

O que Adão — enquanto representante da raça humana — e Jesus Cristo fizeram afetou todos os seres humanos, a humanidade toda. "Visto que a morte veio por um homem, também por um homem veio a ressurreição dos mortos. Porque assim como em Adão todos morrem, assim também todos serão vivificados em Cristo" (1a Coríntios 15:21-22).

"Pois assim está escrito: o primeiro homem, Adão, foi feito alma vivente. O último Adão, porém, é espirito vivificante [que dá vida]" (1a Coríntios 15:45). Quando Adão pecou, afetou todos os seus descendentes, e, tendo eles, consientemente, também, cedido ao mal, passaram, assim, à condenação da 2a morte. A partir do instante em que pecou, Adão deixou de ser o representante da humanidade. A raça humana caída passou a necessitar, assim, de um novo cabeça: o segundo Adão. O 1° Adão gera filhos 'escravos do pecado', sujeitos, dominados pela lei do pecado, a lei do egoísmo. Por isso: 'deveis nascer de novo' (João 3:7, BJ), pois Jesus — o 2° Adão — gera filhos 'livres da lei do pecado', sujeitos, dominados pela lei do amor, a 'lei do Espírito da vida' (Rom. 8:2). 'Em Adão' éramos escravos do pecado; mas 'em Cristo' viemos a ser livres daquela escravidão de continuar pecando.

"Para esta liberdade foi que Cristo nos libertou" (Gál. 5:1). Ele nos libertou da escravidão de continuar pecando não da obediência à lei.

'Em Adão' fomos um fracasso; 'em Cristo' somos um sucesso!

'Em Adão' e 'em Cristo'

Toda a raça humana estava 'em Adão', o nosso primeiro pai. Assim temos que:

a) Deus criou, corporativamente, todos os homens em um único homem — 'em Adão'. Um — o cabeça da humanidade — recebeu a vida. Logo, todos os seus descendentes, estando 'em Adão', a receberam 'nele'. Todas as vidas humanas são uma multiplicação da vida de Adão: 'de um só fez toda raça humana' (Atos 17:26). Todos nascemos 'em Adão.'

b) Satanás arruinou, corporativamente, todos os homens em um único homem — 'no primeiro Adão'. Um — o cabeça da humanidade — pecou. Logo, todos os seus descendentes foram prejudicados, passaram a ter a natureza pecaminosa, porque estavam 'nele'. E, por essa razão, Adão passou a gerar os seus descendentes 'à sua semelhança, conforme a sua imagem' (Gên. 5:3), i. é, passamos a nascer sob o domínio da lei do egoísmo, e sujeitos a dificuldades, ao envelhecimento e à consequente primeira morte, chamada de sono na Bíblia.

Após termos nascido 'em Adão', 'vendidos à escravidão do pecado' (Rom. 7:14), i. é, com tendências hereditárias ao mal, cedemos a elas conscientemente; e, assim, pecamos, tornando-nos culpados e condenados também à segunda morte.

Rom. 6:23 nos diz que 'O salário do pecado é a morte' mas é a segunda morte, que é gerada, exclusivamente, por pecado pessoal. 'Em Adão' todo ser humano registrou uma história de fracasso.

C) Deus redimiu, corporativamente, todos os homens em um único Homem — 'em Cristo'.

(c l) Foi no ventre de Maria que Deus Pai formou o novo Cabeça da humanidade, o 2° Adão.

Na encarnação, Deus Pai tomou a natureza divina de Jesus e a uniu com a natureza da raça caída, pecaminosa, com inclinações ao mal e que precisava ser redimida. Assim, Jesus, nascendo Divino / Humano, veio a ser a 'escada de .laço'. Em João l :51 Jesus disse "Vereis o céu
aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo SOBRE o Filho do Homem," ver Génesis 28:12,
que uniu a humanidade toda à Divindade. A natureza humana de Cristo não foi apenas a
natureza de uma única Pessoa, mas, antes, representou toda a humanidade, a qual estava
'nEle.'

Toda a raça humana uniu-se à natureza divina 'em Cristo' Aquela vida humana, assumida por Cristo, representou a todos nós, bons e maus, crentes e descrentes. Todos estivemos 'nEle' em Sua encarnação.

Sua natureza humana abrangeu as demais naturezas de todos os seres humanos, de todas as épocas

A natureza humana de Cristo representou, corporativamente, toda a raça pecaminosa, tendente ao mal ou, em outras palavras, todos os humanos estavam 'em Cristo', na Sua encarnação.

Assim, Paulo escreveu: "É por causa dEle [Deus Pai] que estais em Cristo. " (1a Cor. 1:30). A parte humana de Cristo foi realmente a corporativa humanidade fracassada, pecaminosa, que Ele veio redimir.

Porque Sua natureza humana representava toda a humanidade, Deus Pai formou, no ventre de Maria: o 2° Adão; o novo Cabeça da Raça pecaminosa; o novo Representante da humanidade; o nosso Fiador; o Penhor [Garantia]; o Substituto legal; o nosso 'Irmão mais velho'', o Primogénito da raça caída; o nosso Parente achegado; o Resgatador; Alguém, em legítimas condições de ser o nosso Salvador, i. é, de viver e de morrer por nós.

Ao unirem-se a Divindade com a Humanidade pecaminosa 'em Cristo', Jesus tornou-Se nós, a humanidade toda —, e nós nos tornamos coletivamente um 'nEle', conforme Gaiatas 3:28, ú.p.: '...porque todos vós sois um em Cristo Jesus'. Somos, legalmente, um só corpo 'nEle'.

Dessa forma, Jesus, sendo nós todos, adquiriu o direito legal de viver e agir por nós. Todos os Seus atos afetariam todos os humanos, porque todos estavam 'nEle'

Assim, Deus deu um novo 'Pai-eíerno' à raça humana, agora caída. "Porque um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu, a Ele caberá o domínio e o Seu nome será: Conselheiro, Maravilhoso, Deus-forte, Pai eterno, Príncipe-da-paz. " (Isaías 9:5-6 BJ).

(c 2) Jesus viveu perfeitamente: logo, todos os seres humanos, por estarem corporativamente 'nEle', viveram perfeitamente 'nEle'. Ele, sendo nós, viveu vitoriosamente, satisfazendo perfeitamente todas as demandas da lei em nosso favor. Somos todos legalmente perfeitos 'nEle' Cristo, sendo nós, venceu a Satanás, obedecendo perfeitamente à Lei por nós\ Tudo o que Ele fez, nós o fizemos 'nEle', porque Ele venceu sendo nós, coletivamente. Sendo nós, pôde viver por nós\ Todos nós estivemos 'nEle' enquanto Ele vivia Sua vida perfeita, não cedendo a Satanás, nenhuma única vez, nem em pensamento. Sua vitória é nossa vitória, devido ao fato de que nós estávamos 'nEle' em todos os atos de Sua vida após a encarnação.

Quando Golias foi derrotado [1a Samuel 17], como todos os israelitas estavam ‘em Davi', venceram 'nele'; assim, quando Jesus venceu a Satanás, nós o vencemos 'em Cristo'. Todo ser humano obedeceu, perfeitamente, à Lei de Deus 'nEle', porque todos os seres humanos estavam 'em Jesus', através da Sua corporativa humanidade.

Ele, sendo nós, adquiriu o direito de obedecer por nós, de nos imputar [nos creditar] a Sua vida perfeita, Sua obediência à Lei, e assim, conferiu a todos nós, gratuitamente, o direito à vida eterna. 'Em Cristo', a humanidade toda passou a registrar uma história de completo sucesso, o que confere, a cada crente, o direito legal de ir para o céu. Ele deu-nos o título ao céu, gratuitamente!

(c 3) Jesus morreu na cruz: logo, todos os seres humanos foram, corporativamente, crucificados 'com Ele'e morreram 'nEle'

"Pois o amor de Cristo nos constrange, porque julgamos assim: se Um morreu por todos, logo todos morreram" (2a Cor. 5:14). "Fiel é a palavra: se já morremos com Ele, também viveremos com Ele" (2a Tim. 2:11).

Jesus, sendo inocente, não precisava passar pela morte, mas a humanidade toda, que estava 'nEle', cometera pecados e devia sofrer aquela penalidade. Jesus, sendo nós, pôde também morrer por nósl Quando Ele morreu na cruz, não foi um homem morrendo em vez de todos os outros homens; mas, sim, TODA A HUMANIDADE morrendo 'nEle'.

'NEle', toda a humanidade foi julgada, executada e morreu na cruz. "Chegou o momento de ser julgado este mundo, e agora o seu príncipe será expulso. E Eu, quando for levantado da terra, atrairei todos a Mini mesmo. Isto dizia, significando de que género de morte estava para morrer " (João 12:31-33). Todos nós — 'este mundo' — estivemos na cruz e fomos julgados e executados, pagando o preço da 2a morte. A morte sacrificai de Cristo foi corporativa. E, assim, Ele mudou o status, a condição da humanidade: de condenada para a de legalmente justificada. "Ele é a propiciação pêlos nossos pecados, e não somente pêlos nossos, mas também pêlos de todo o mundo. " (1a João 2:2).

É fato que as Escrituras ensinam que Cristo morreu por nós, como nosso Substituto; entretanto, devemos compreender que a razão de Ele poder fazê-lo é porque todos os homens, toda a humanidade, estava implicada 'nEle'. Jesus, por ser nós, morreu por nós] Por ter assumido coletivamente todos os seres humanos, desde Adão até o último que nascer, toda a humanidade morreu na cruz 'nEle'.

Cristo na cruz, não foi um Homem morrendo no lugar de todos, simplesmente; porque isto teria sido ilegal.

O erróneo entendimento da doutrina de Jesus como nosso Substituto, tem provocado a rejeição do evangelho. Uma mente, perspicaz e esclarecida, considerará inconcebível que uma pessoa inocente sofra as consequências dos crimes de outra. Tanto perante as leis humanas, como na Bíblia, é um fato inadmissível, um absurdo.

Entendendo corretamente a doutrina da substituição como Jesus sendo todos nós, legalmente morreu por nós. Assim, todos morreram 'em Um único Homem', o que não significa que pagamos o preço da 2a morte. Ele pagou aquele preço e, portanto, nenhum crédito é devido ao ser humano, pois nós nada fizemos para estar legalmente 'nEle'

Desde o Getsêmani até a cruz, um raciocínio, semelhante a este, certamente passou pelo consentimento mental de Jesus: "— Sim, Eu concordo em deixar de existir para sempre, pois, como consequência, uma multidão dos Meus irmãos, entre eles Enoque, Jó, Elias, Moisés, Daniel, etc., poderão gozar das delicias de uma vida de interminável felicidade. —"

Ele nos amou mais do que a Si próprio! O fato de que Jesus, sendo nós, sofrer a 2a morte por todos nós, a fim de que a humanidade gozasse o privilégio da vida eterna, é uma realidade que nos constrange a servi-Lo por amor, 2a Cor. 5:14-16. "Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como Eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros" (João 13:34).

Os salvos nunca terão que experimentar a 2a morte, que Cristo provou, em favor da humanidade; mas todos nós estávamos implicados naquela morte, assim como Levi estava implicado 'em Abraão', quando este pagou o dízimo a Melquisedeque.

d) Deus nos ressuscitou, corporativamente, a todos nós 'em um único Homem' 'em Cristo'. 'E juntamente com Ele nos ressuscitou.' (Efésios 2:6). "Portanto, já que vocês ressuscitaram com Cristo, procurem as coisas que são do alto ..." (Col. 3:1). Quando Jesus ressuscitou, a raça humana ressuscitou 'nEle', glorificada, i. é, com uma natureza sem tendências ao mal!

Quando Ele passou da morte para a vida, nós triunfamos 'nEle', para vivermos 'em novidade de vida' (Rom. 6.4), i. é, em contínua vitória sobre a morte espiritual, o pecado, o ego. Em Romanos 6:1-22 Paulo explica, mais detalhadamente, o significado de participar da ressurreição de Cristo: 'o pecado não terá mais domínio sobre vós'. (Rom. 6:14). Passamos da morte espiritual à vidal

Como fazer para consegui-lo? Amigo, os próximos capítulos (do livro Como Ser Realmente Feliz) tratarão, precisa e detalhadamente, do 'COMO?'

e) Deus 'nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus.' (Efésios 2:6). Todo ser

humano esteve 'nEle', também quando Ele subiu ao Céu, passando a exercer Seu ministério no Santuário Celestial. "Ora, do que estamos dizendo, o ponto principal é este: Temos um Sumo Sacerdote tal, que Se assentou nos céus à direita do trono da Majestade, Ministro do santuário, e do verdadeiro tabernáculo, que o Senhor fundou, e não o homem. " (Heb. 8:1-2).

Toda a humanidade está legalmente assentada à direita do Todo Poderoso, 'em Cristo' e 'com Cristo', 'para comparecer, agora, por nós, diante de Deus'. (Heb. 9:24). Porém, apenas os cristãos estão participando também subjetivamente de Seu ministério no Santuário celestial, onde Ele 'vive sempre para interceder por eles'. (Hebreus 7:25).

Assentar-se 'com Cristo', em Seu trono, significa participar também da intercessão, que Jesus está fazendo no Céu; igualmente envolve fazermos orações em favor do nosso próximo, pois: 'vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real... para proclamardes as virtudes dAquele ...' (1a Pedro 2:9), i. é, a fim de revelar, com a nossa vida, a excelência de Seu caráter de amor ágape.

'Em Cristo'Desde quando?

A partir de quando, toda a humanidade esteve, legalmente, 'em Cristo"? A Bíblia nos informa a respeito do 'Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo'. (Apõe. 13:8). Mas o plano divino concretizou-se quando, no ventre de Maria, Deus Pai tomou, corporativamente, toda a raça humana pecaminosa e a uniu à Divindade 'em Cristo'.

Legalmente todo ser humano está 'nEle' e Lhe pertence 'porque fostes comprados por preço ...' (1a Cor. 6:20). Todos os pecados da humanidade puderam assim ser, objetiva e legalmente, suportados por Cristo, porque toda a raça humana estava 'nEle' ou, em outras palavras, porque Ele foi todos os homens, assim como o nosso presidente ao assinar o acordo pêlos brasileiros! Ele pôde, legalmente, redimir a humanidade toda porque toda a raça humana estava 'nEle’ predestinando-nos à salvação, mas deixando-nos livres para crer na salvação ou rejeitá-la. Rom. 8:28-30.

Quão significativas são as Suas palavras: 'Eu sou o caminho...' 'Sou a porta das ovelhas. ... Se alguém entrar por Mim, será salvo.'(João 14:6; 10:7-9).

Compreender a expressão 'em Cristo' significa compreender como, legalmente, Sua obediência perfeita e Sua morte, na cruz, nos podem ser imputadas, creditadas, pois nós estávamos 'nEle', vivendo vitoriosamente, derrotando a Satanás e pagando integralmente todas as culpas das nossas transgressões, a penalidade da segunda morte. Como nós estávamos nEle' em todos os atos de Sua vitoriosa vida, podemos, legalmente, reclamar para nós a justiça de Cristo pela fé, uma vez que, na encarnação, Jesus tornou-Se 'nós' e agiu 'sendo nós'. Compreende você por que nós não poderíamos 'estar em Cristo', se Ele tivesse vindo em 'carne santa"? Jesus poderia salvar tão somente a humanidade que Ele assumisse! Se, na encarnação, Ele tivesse unido Sua Divindade com a natureza de Adão antes-da-queda, nós, pecaminosos, não poderíamos estar 'em Cristo', porque não teria sido a nossa natureza humana, com tendências ao mal, que teria se unido à Divindade! E isso, consequentemente, teria destruído, totalmente, o plano da salvação! Não sendo nós, Ele não poderia viver e morrer por nós.



Como posso Crer que um Deus Santo pode Habitar em mim, pecador, e levar-me a produzir frutos?

Isto tem que ser aceito pela fé, crendo no conceito ‘em Cristo’. Só há um modo de crer nisso: — O que Ele fez uma vez pode faze-lo novamente. Ele já veio a este mundo e assumiu a nossa natureza pecaminosa, já viveu sendo nós, em nossa carne — carne tal qual você e eu temos — quando aqui habitou entre nós, a fim de Ser Deus conosco (não um deus pagão, "cuja morada não é com os homens," Dan. 2:11).

Não fora assim não poderíamos crer que Ele habita em nós pecadores.

Devemos confessar isto a todo momento (1a João 4:2). Declarar constantemente que Ele está desejoso de atuar em nós, cada dia, para produzirmos fruto, frutos do Espírito. E Ele está desejoso de faze-lo, e só não o fará se O obstarmos.

Mas não é suficiente confessarmos que Jesus veio em carne pecaminosa quando aqui habitou entre nós; não é isto que trará salvação a qualquer indivíduo. Conhecendo o caráter de Deus, que Se humilhou ao descer até nós, devemos confessar que Ele está desejoso de vir agora habitar em você e em mim, em nossa natureza pecaminosa, e levar-nos a sermos fecundos em obras do Espírito. Cristo encarnou-se há 2.000 anos para demonstrar tal possibilidade.

Aquele que nega ter ele vindo então e assumido a nossa natureza caída e pecaminosa, não tem como crer que Ele possa habitar em nós hoje.

São dois os aspectos do Evangelho, da Justificação:

As 'boas-novas' têm um aspecto objetívo e outro subjetivo. O aspecto objetívo das boas-novas baseia-se, exclusivamente, em realidades históricas: a encarnação, a vida, a morte, a ressurreição e a intercessão de Cristo. Assim, o aspecto objetivo tem existência por si mesmo, independentemente de qualquer ação do pecador. É incondicional, anterior à fé, ao conhecimento ou a qualquer outra resposta, positiva ou negativa, do pecador. Refere-se à 'veste nupcial' [Mateus 22:11] i. é, ao que Cristo, sendo nós, legalmente, fez por toda a humanidade ou, se preferir, ao que Deus Pai fez por nós 'em Cristo'. Rom. 5:8-10; 1a João 2:2; 4.14; Heb. 2:9; 1a Tim. 4:10; João 1:29, Tito 2:11, etc.

Já o aspecto subjetivo está relacionado com receber e usar a 'veste nupcial', i. é, é a experiência pessoal do 'Cristo em nós', revivendo Sua vida em nossa carne pecaminosa. Trata-se do que é vivenciado individualmente pelo pecador sob a assistência do Espírito Santo. T Coríntios 5:14-17.

Assim precisa-se fazer distinção entre a justificação legal, objetiva, histórica, universal e a justificação pela fé, que é subjetiva, experiencial, pessoal!

O 1° nascimento é compulsório! O 2° é por consentimento!

Sem qualquer participação ou escolha de nossa parte, tivemos o primeiro nascimento, 'em Adão' compulsoriamente. E o que fizemos 'nele' nos afetou indistintamente: sofrimentos, envelhecimento, 1a morte, etc. Entretanto, passamos à condenação da 2a morte, apenas depois de ter cometido pecado consciente!

Assim também, sem qualquer participação ou escolha de nossa parte, o que nós fizemos legalmente 'em Cristo' beneficiou-nos compulsoriamente, bem como à humanidade toda, possibilitando a continuidade da vida, proteção contra o maligno e o sustento ao pecador, indistintamente. Entretanto, a salvação torna-se efetiva apenas a partir do instante em que, conscientemente, cremos nela!

Assim, como a condenação à 2a morte — disponibilizada por Adão — não se efetiva até o momento em que o homem peque conscientemente, também a justificação — disponibilizada por Cristo — não se torna efetiva para salvação, até o momento em que o homem crê nela!


Quando cremos, pela fé, que nós também estamos 'em Cristo', tornamo-nos conscientes de que as consequências de todos os nossos pecados já haviam sido resolvidas, mesmo antes de nascermos e que nós podemos nos apresentar perfeitos diante de Deus Pai, 'em Cristo', trajando as vestes da Sua imaculada justiça, creditada a nós! É a 'veste nupcial'!

"Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegará no meu Deus, porque me vestiu de vestes de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como noivo que se adorna com uma grinalda, e como noiva que se enfeita com as suas jóias. " (Isaías 61:10). É imprescindível usar a 'veste nupcial'!

Muito embora todos os feitos de Cristo pertençam, legal e objetivamente, a cada ser humano, individualmente [Rom. 5:18], porque todos estão 'em Cristo', os mais preciosos benefícios não são efetivos para nós, nem se tornam uma experiência subjetiva em nós, até o momento em que, pela fé, crermos neles. E para passarmos pelo segundo — ou novo — nascimento 'em Cristo', é necessário, também, o nosso consentimento, consciente e voluntário, pois Deus não viola o nosso livre arbítrio.

Manifestar fé, crer, é não rejeitar o Dom Divino 'em Cristo', i. é, permitir sermos beneficiados por aquilo que Deus fez por nós 'em Jesus.' Quando o crente diz 'sim' aos Seus anseios, quanto à salvação, o Pai o considera como ele é 'em Cristo' e lhe diz: 'Este é o Meu Filho amado, em Quem Me comprazo.' (Mateus 3:17).

O que nós fizemos 'em Cristo ' não o experimentamos automaticamente, mas o recebemos como um presente, como um Dom de Deus. Tal como sucede com qualquer outro presente que recebemos, ele é nosso, mas não desfrutamos dele se o rejeitarmos.

Quando recebemos o Seu maravilhoso presente, somos justificados pela fé 'nEle'. Se, porém, rejeitarmos o presente. Deus não nos forçará a que o recebamos, que, gentilmente, nos oferece 'em Cristo'. Ele sempre respeitará o livre-arbítrio com que nos criou.

Por que razão muitos se perderão?

Não se perderão por Cristo não os ter salvado. Na verdade, Ele salvou a todos, porque toda a humanidade está legalmente 'nEle' em todos os atos de Sua vida! Perder-se-ão apenas aqueles que recusarem o Dom da salvação 'em Cristo' Assim, dizemos que somos salvos pela fé ou condenados pela incredulidade, pela persistente recusa do Dom de Deus. Ele nunca nos forçará, nem nos obrigará, pois é gentil e respeitoso.

O crer está subordinado à vontade humana, não à razão, ao entendimento. A vontade é soberana e reina absoluta sobre a razão. Se um homem não quer, sua razão, seu entendimento e sua consciência nada podem fazer. Quem tem vontade, cria condições; quem não a tem, cria desculpas!

Prezado irmão, ficou você alegre ao receber a informação de que você também está 'em Cristo' em Sua encarnação, vida, morte, ressurreição e ministério no Santuário. Está você de acordo em permitir ao Salvador Jesus viver a vida dEle em você?

Crê você também em Cristo como seu Salvador pessoal?

Adaptado do capítulo 8 da obra

Como Ser Realmente Feliz.

Se você desejar possuir este livro escreva-nos. A edição de 2009 está com alguns capítulos a mais e saiu com 364 págs. O custo é de apenas R$ 3,00, + postagem.

agapeed2001(@)yahoo.com.br

_________________________