Para a lição 10, ref. ao dia de sábado, 31 de maio
de 2014
Houve Duas Alianças.
A introdução
da nossa lição 10 (parte de sábado à tarde, 31/5), nos diz: “Embora a Bíblia
fale de alianças no plural ... na realidade só existe a aliança da graça.”
Isto é
verdade em se falando do concerto ou aliança que realmente funciona para a
salvação, o concerto eterno, assim, continua a frase, “só existe a aliança da
graça, na qual a salvação é dada aos pecadores, com base não em seus méritos,
mas nos méritos de Jesus” (pág. 120 da lição dos professores; 66 na do aluno,
em português, e 80 em inglês).
Entretanto
houve outra aliança feita por Deus com os filhos de Israel porque Ele foi
provocado a assim agir devido à infantilidade deles em precipitadamente
prometer o que não podiam cumprir. Este é o concerto das obras.
Mas você dirá, espera um pouco, você está me
dizendo que Deus fez um concerto de obras com o povo? Sim!!! Mas, é a Bíblia e
o Espírito de Profecia que diz isto. Trata-se do ‘concerto do Sinai,’ o Velho
Concerto, ou a ‘Antiga Aliança,’ referido em Êxodo 19. Esta é a aliança que
‘gera filhos para a servidão’ do pecado (Gal. 4:24). É o concerto da ‘justiça
própria,’ das ‘obras da lei,’ a tentativa de se 'justificar pela lei"
Gálatas 5:4. se ‘justificar pela lei’ (Gálatas 5.4).
Em Hebreus
8:9 Deus chega mesmo e dizer “a aliança que Eu fiz, ... Minha aliança”
(início e meio do verso). Deus fez com eles essa Antiga Aliança (ou velho
concerto) para que, após fracassarem (como realmente fracassaram, Êxo. 23),
compreendessem a necessidade de crer no verdadeiro e único concerto exequível
(é neste aspecto que a nossa lição deve estar dizendo que existiu apenas “a
aliança da graça”). Mas por que Deus fez este concerto de obras? Porque o povo
prometeu (Êxo. 19:8, e 24: 3 e 7), sem pensar, que eles não podiam cumprir, como
logo após caíram em idolatria (Êxo. 23), para que, após falharem em seus
próprios esforços, compreendessem que necessitavam do poder vindo do alto para
obedecerem, que careciam do poder do Messias.
Por sua vez
Ellen G. White, em Patriarcas e Profetas, pág. 371, também faz
referência a esta segunda aliança: “Outro pacto,
chamado nas Escrituras de ‘o velho’ concerto, foi formado entre Deus e
Israel no Sinai, ...” (início do segundo parágrafo daquela página).
Muitos
se equivocam ao deixar de distinguir a diferença entre a Antiga Aliança
de Êxodo 19 e a Nova Aliança. Também outros deixam de distinguir as duas
fases da nova aliança — a de antes da cruz e a de depois da cruz. Ellen G.
White as chama de dispensações: “O Ensinador é o mesmo em ambas as
dispensações” (ob. Citada, pág. 373, final do 2º parágrafo). Aquela primeira
fase, ou dispensação também recebe o título de Antiga Aliança ou Velho
Concerto, o que contribui ainda mais para se estabelecer o referido equívoco. E
tem mais, em Hebreus, a ‘primeira’ fase, etapa ou dispensação da Nova Aliança é
denominada por Paulo como Antiga Aliança; e a ‘segunda’ fase, etapa ou
dispensação da Nova Aliança ele a denomina Nova Aliança, o que contribui ainda
mais para que muitos façam confusão. Alguém poderia buscar entender que as duas
dispensações, supra referidas, seriam aquela Antiga Aliança, de Êxodo 19 que
gera para a escravidão do pecado, e a Nova Aliança, iniciada no Éden e que vai
até o Éden restaurado, entretanto tal entendimento laboraria em equívoco.
Graças a Deus que não nos deixou sem a verdadeira
luz:
1º) o Senhor nos enviou uma “mui preciosa mensagem”
através dos irmãos A.T. Jones e E. J. Waggoner (Testemunho para Ministros,
pág. 91, sic). Este último mensageiro nos diz que “AS ALIANÇAS NÃO SÃO UMA
QUESTÃO DE TEMPO MAS DE CONDIÇÃO.” O antigo
concerto não terminou na cruz, e nem o novo começou naquele momento. Ambos têm
existido desde o Éden, e ambos correm hoje paralelamente. É impossível viver no
novo concerto, e ser incapaz de distingui-lo clara e categoricamente do
antigo. Cristo “foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8), ainda
que manifestado no Calvário. Você pode estar vivendo no novo concerto,
ou no antigo, dependendo de qual for a sua compreensão e qual a sua fé em quão
boas são as boas novas do evangelho.
2º) Louvado Seja Deus que, através de Sua serva Ellen G. White nos legou uma excelente
explanação, que elucida bem todo esse assunto, sem deixar margem alguma de
dúvida, conforme se lê a seguir do livro Patriarcas e Profetas, sendo que as ênfases e as notas de referência foram-lhe
todas acrescentadas por nós:
As duas alianças — Patriarcas e Profetas
[367] “A lei cerimonial1 foi dada por Cristo. Mesmo depois que ela não mais
devia ser observada, Paulo apresentou-a aos judeus em sua verdadeira posição e
valor, mostrando o seu lugar no plano da redenção e sua relação para com a obra
de Cristo; e o grande apóstolo declara gloriosa esta lei, digna de seu divino
Originador. O serviço solene do santuário tipificava as grandiosas verdades que
seriam reveladas durante gerações sucessivas. A nuvem de incenso que ascendia
com as orações de Israel, representa a Sua justiça que unicamente pode tornar
aceitável a Deus a oração do pecador; a vítima sangrenta sobre o altar do
sacrifício, dava testemunho de um Redentor vindouro; e do santo dos santos
resplandecia o sinal visível da presença divina. Assim, através de séculos e
séculos de trevas e apostasia, a fé se conservou viva no coração dos homens até
chegar o tempo para o advento do Messias prometido.” ...
[370]
“Assim como a Bíblia apresenta duas leis, uma imutável e eterna, e outra
provisória e temporária, assim há dois concertos. O concerto da graça2 foi feito primeiramente
com o homem no Éden, quando, depois da queda, foi feita uma promessa divina de
que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente. A todos os homens este
concerto oferecia perdão, e a graça auxiliadora de Deus para a futura obediência
mediante a fé em Cristo. Prometia-lhes também vida eterna sob condição de
fidelidade para com a lei de Deus. Assim receberam os patriarcas a esperança da
salvação.
"Este mesmo concerto foi renovado a Abraão, na
promessa: "Em tua semente serão benditas todas as nações da
Terra." Gên. 22:18. Esta promessa apontava para Cristo. Assim Abraão a
compreendeu (Gál. 3:8 e 16), e confiou em Cristo para o perdão dos pecados. Foi
esta fé que lhe foi atribuída como justiça. O concerto com Abraão mantinha
também a autoridade da lei de Deus. O Senhor apareceu a Abraão e disse: "Eu
sou o Deus todo-poderoso, anda em Minha presença e sê perfeito." Gên.
17:1. O testemunho de Deus concernente a Seu fiel servo foi: "Abraão
obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus
estatutos, e as Minhas leis."Gên. 26:5. E o Senhor lhe declarou: "Estabelecerei
o Meu concerto entre Mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações,
por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente depois de
ti." Gên. 17:7.
“Se bem que este concerto houvesse sido feito com
Adão e renovado a Abraão, não poderia ser ratificado antes da morte de Cristo.
Existira pela promessa de Deus desde que se fez a [371] primeira
indicação de redenção; fora aceito pela fé; contudo, ao ser ratificado por
Cristo, é chamado um novo concerto. A lei de Deus foi a base deste
concerto, que era simplesmente uma disposição destinada a levar os homens de
novo à harmonia com a vontade divina, colocando-os onde poderiam obedecer à lei
de Deus.
“Outro pacto3, chamado nas Escrituras o "velho"
concerto, foi formado entre Deus e Israel no Sinai, e foi então ratificado pelo
sangue de um sacrifício4.
O concerto abraâmico foi ratificado pelo sangue de Cristo, e é chamado o "segundo",
ou o "novo"concerto, porque o sangue pelo qual foi
selado foi vertido depois do sangue do primeiro5 concerto. Que o novo concerto era válido nos dias de
Abraão, evidencia-se do fato de que foi então confirmado tanto pela promessa
como pelo juramento de Deus,"duas coisas imutáveis, nas quais é
impossível que Deus minta". Heb. 6:18.
“Mas, se o concerto abraâmico continha a promessa
da redenção, por que se formou outro concerto no Sinai6? - Em
seu cativeiro, o povo em grande parte (a) perdera
o conhecimento de Deus e os princípios do concerto abraâmico. Libertando-os do
Egito, Deus procurou revelar-lhes Seu poder e misericórdia, a fim de que fossem
levados a amá-Lo e confiar nEle. Trouxe-os ao Mar Vermelho — onde, perseguidos
pelos egípcios, parecia impossível escaparem — a fim de que se compenetrassem
de seu completo desamparo, e da necessidade de auxílio divino; e então lhes
operou o livramento. Assim eles se encheram de amor e gratidão para com Deus, e
de confiança em Seu poder para os ajudar. Ele os ligara a Si na qualidade de
seu Libertador do cativeiro temporal.
“Havia,
porém, uma verdade ainda maior a ser-lhes gravada na mente. Vivendo em meio de
idolatria e corrupção, (b) não
tinham uma concepção verdadeira da santidade de Deus, (c) da excessiva pecaminosidade de seu
próprio coração, (d) de sua
completa incapacidade para, por si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, e (e) de sua necessidade de um Salvador. Tudo isto
deveria ser-lhes ensinado.
“Deus os levou ao Sinai; manifestou Sua glória;
deu-lhes Sua lei, com promessa de grandes bênçãos sob condição de obediência: "Se
diligentemente ouvirdes a Minha voz, e guardardes o Meu concerto,7 então... Me sereis um
reino sacerdotal e o povo santo." Êxo. 19:5 e 6. O povo não
compreendia a pecaminosidade [372] de seus corações, e que sem Cristo
lhes era impossível guardar a lei de Deus; e prontamente entraram em concerto
com Deus. Entendendo que eram capazes de estabelecer sua própria justiça,
declararam: "Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e
obedeceremos." Êxo. 24:7. Haviam testemunhado a proclamação da lei,
com terrível majestade, e tremeram aterrorizados diante do monte; e, no
entanto, apenas algumas semanas se passaram antes que violassem seu concerto
com Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. Não poderiam esperar
o favor de Deus mediante um concerto8 que
tinham violado; e agora, vendo sua índole pecaminosa e necessidade de perdão,
foram levados a sentir que necessitavam do Salvador revelado no concerto
abraâmico e prefigurado nas ofertas sacrificais9. Agora,
pela fé e amor, uniram-se a Deus como seu Libertador do cativeiro do pecado.
Estavam então, preparados para apreciar as bênçãos do novo concerto.10
“As
condições do "velho concerto"11 eram:
Obedece e vive - "cumprindo-os[estatutos e juízos] o homem,
viverá por eles" (Ezeq. 20:11; Lev. 18:5); mas "maldito aquele
que não confirmar as palavras desta lei". Deut. 27:26. O "novo
concerto" foi estabelecido com melhores promessas: promessas do
perdão dos pecados, e da graça de Deus para renovar o coração, e levá-lo à
harmonia com os princípios da lei de Deus."Este é o concerto12 que farei com a casa de Israel depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei a Minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração. ... Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos
seus pecados." Jer. 31:33 e 34.
“A mesma lei que fora gravada em tábuas de pedra, é
escrita pelo Espírito Santo nas tábuas do coração. Em vez de cuidarmos em
estabelecer nossa própria justiça, aceitamos a justiça de Cristo. Seu sangue
expia os nossos pecados. Sua obediência é aceita em nosso favor. Então o
coração renovado pelo Espírito Santo produzirá os"frutos do
Espírito". Mediante a graça de Cristo viveremos em obediência à lei de
Deus, escrita em nosso coração. Tendo o Espírito de Cristo, andaremos como Ele
andou. Pelo profeta Ele declarou a respeito de Si mesmo: "Deleito-Me em
fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a tua lei está dentro do Meu
coração." Sal. 40:8. E, quando esteve entre os homens, disse: "O
Pai não Me tem deixado só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada." João 8:29.
[373]
“O apóstolo Paulo apresenta claramente a relação entre a fé e a lei, no novo
concerto. Diz ele: "Sendo pois justificados pela fé, temos paz com
Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo." Rom. 5:1. "Anulamos,
pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." Rom.
3:31. "Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma
pela carne — ou seja, ela não podia justificar o homem, porque em sua
natureza pecaminosa este não a poderia guardar — "Deus,
enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o
pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos
segundo a carne, mas segundo o Espírito." Rom. 8:3 e 4.
“A obra de Deus é a mesma em todos os tempos,
embora haja graus diversos de desenvolvimento e diferentes manifestações de Seu
poder, para satisfazerem as necessidades dos homens nas várias épocas.
Começando com a primeira promessa evangélica, e vindo através da era patriarcal
e judaica, e mesmo até ao presente, tem havido um desenvolvimento gradual dos
propósitos de Deus no plano da redenção. O Salvador, tipificado nos ritos e
cerimônias da lei judaica, é precisamente o mesmo que Se revela no evangelho. As
nuvens que envolviam Sua divina pessoa foram removidas; o nevoeiro e as sombras
desapareceram; e Jesus, o Redentor do mundo, Se acha revelado. Aquele que do
Sinai proclamou a lei e entregou a Moisés os preceitos da lei ritual, é o mesmo
que proferiu o sermão do monte. Os grandes princípios de amor a Deus, que
estabeleceu como fundamento da lei e dos profetas, são apenas uma repetição do
que Ele dissera por meio de Moisés ao povo hebreu: "Ouve, Israel, o
Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o
teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder." Deut. 6:4 e
5. "Amarás o teu próximo como a ti mesmo." Lev. 19:18. O
Ensinador é o mesmo em ambas13 as
dispensações. As reivindicações de Deus são as mesmas. Os mesmos são os
princípios de Seu governo. Pois tudo procede dAquele "em Quem não há
mudança nem sombra de variação". Tia. 1:17. 14
__________________
Notas
de referência:
[1] Como ela – a lei cerimonial – ‘foi dada por Cristo’
é inconcebível que ela fizesse parte daquela Antiga Aliança que ‘gera
filhos para a escravidão’ (Gálatas 4.24) do pecado, simbolizada por
Agar. A lei cerimonial faz, sim, parte da primeira fase da Nova Aliança.
[2] O ‘concerto da graça’ ou
a ‘Nova Aliança’ teve duas etapas, fases ou dispensações:
a primeira, antes da cruz; e a segunda, depois da cruz. Além do ‘concerto
da graça’ há também o ‘concerto do Sinai’ ou a ‘Antiga
Aliança’, a qual foi celebrada em uma cerimônia única, conforme
se lê em Êxodo 24, por volta de 1491 a.C., cerca de um ano antes da
inauguração do Santuário Terrestre, ocorrida por volta de 1490 a.C.,descrita
em Hebreus 9.18-22. “A construção do tabernáculo não se iniciou senão algum
tempo depois que Israel chegou ao Sinai; e tal edificação sagrada foi pela
primeira vez erguida no início do segundo ano a partir do êxodo.”
(PP 374).
[3] O ‘outro pacto’ – aqui
referido – trata-se do ‘concerto do Sinai’ ou a ‘Antiga
Aliança’, referido em Êxodo 19 e 24. Este é o que ‘gera filhos para
servidão’ (Gal. 4:24) do pecado. É o concerto da ‘justiça
própria’, das ‘obras da lei’, a tentativa de se ‘justificar
pela lei’ (Gálatas 5.4).
[4] Sacrifício de novilhos, conforme Êxodo 24.5.
[5] Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e 24.
[6] Ou seja: se já, desde o Éden, existia a Nova Aliança
– da graça – por qual razão foi feita a Antiga Aliança, o Concerto
‘das obras da lei’, que gera para escravidão? Deus fez com eles
essa Antiga Aliança para que, após fracassarem, compreendessem a necessidade de
crerem no verdadeiro e único concerto exequível, o concerto eterno.
[7] Qual concerto? O ‘abraâmico’
logicamente, pois não havia sido oficializado nenhum outro concerto entre o
Senhor e os homens. Deus estava lhes propondo a renovação do Novo
Concerto, porém eles – supondo-se capacitados de, por suas próprias
forças, guardar a Lei de Deus–propuseram-Lhe o Antigo Concerto.
Pelas cinco razões – supra expostas: a, b, c, d, e – o Senhor aceitou a
proposta deles e firmou com eles oAntigo Concerto, o qual teve
uma só e única cerimônia em toda a Bíblia. Entretanto o Antigo Concerto
continua vigente e ‘gerando para a servidão’, até o dia de hoje.
Alguém está sob o Antigo Concerto ou Antiga
Aliança sempre que pretende guardar a Lei de Deus, i. é, desenvolver um
caráter cristão por suas próprias forças, buscando forçar sua natureza humana
pecaminosa a agir corretamente. Em outras palavras, sempre que tentamos vencer
uma tentação, sem citar a Palavra de Deus, com fé em Seu poder criador e
transformador, estamos na Antiga Aliança. Faça igual a Cristo: Defronte o
inimigo com um "está escrito",
e o diabo vai desaparecer. “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).
Por outro lado, todos os que, seguindo o exemplo de
Jesus, registrado em Mateus 4, enfrentam toda tentação, cientes de que a Palavra
[Jesus] tem poder de criar em suas mentes o conteúdo da citação, estão na Nova
Aliança, entraram, portanto, no ‘descanso de Deus’ (Heb. 4),
abandonando suas ‘obras da lei’, seus ‘trapos da imundícia’
(Isaías 64.6). Obviamente a ‘obediência por fé’ (Rom. 1.5) no
poder criador da Palavra de Deus não se trata de ‘trapos da imundícia’
e, sim, das vestes ‘de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o
linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.’ (Apoc. 19.8).
[8] Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e 24, que
“gera filhos para a escravidão” (Gal. 4:24).
[9] Como está claramente declarado, o Santuário Terrestre com
suas ofertas sacrificais sempre fizeram parte do concerto abraâmico – o Novo
Concerto – exclusivamente.
[10] Primeiramente os israelitas fizeram com Deus o Velho Concerto:
"Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos." Êxo.
24:7. Em bem pouco tempo romperam tal aliança – por terem adorado o bezerro de
ouro – e: (a) após reconhecerem os
princípios do concerto abraâmico; (b)reconhecendo
a santidade de Deus, (c) dando-se
conta da excessiva pecaminosidade de seu próprio coração, (d) e de sua completa incapacidade para, por
si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, e (e) de sua necessidade de um Salvador fizeram, com o Senhor,
um outro concerto: O concerto da graça, a Nova Aliança, em sua primeira
fase, mediante as ordenanças da Lei Cerimonial, Santuário Terrestre,
Sacerdotes, sacrifícios, etc. Depois de romperem o Velho Concerto, aceitaram o
Concerto Abraâmico, que Deus lhes tinha proposto inicialmente. Frisemos: o
Concerto Abraâmico também se intitula Velho Concerto, entretanto trata-se de
outra realidade, integralmente diversa daquela que “gera para a escravidão,”
de Ex. 19 e 24.
[11] Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e 24.
[12] Jeremias viveu cerca de 900 anos após o Êxodo. Ao fazer a
promessa de um ‘novo concerto’ com a ‘casa de Israel’
[a Igreja cristã], o Senhor estava Se referindo, sim, à segunda fase
da Nova Aliança – a de após a cruz – ocasião em que haveria a
substituição do Santuário Terrestre pelo Celestial; do sacerdócio segundo
a ordem de Levi pelo Sacerdócio ‘segundo a ordem de Melquisedeque’ (Heb.
6.20) e dos sacrifícios de animais pelo sacrifício do Cordeiro de Deus.
Em Hebreus 8.7 lemos: “Porque, se aquela primeira
aliança – antes da cruz – tivesse sido sem defeito, de
maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda.” Note-se que o defeito
estava na aliança, não no povo. E qual era o defeito senão este: “Porque
é impossível que sangue de touros e de bodes remova pecados” (Heb. 10.4)!
[13] Quais são as duas dispensações, referidas
acima? São as duas dispensações da Nova Aliança: a primeira
– antes da cruz – e a segunda – depois da cruz! Em Hebreus, a
‘primeira’ fase, etapa ou dispensação da Nova Aliança é
denominada por Paulo como Antiga Aliança; e a ‘segunda’
fase, etapa ou dispensação da Nova Aliança ele a denomina Nova Aliança.
Alguém poderia buscar entender que as duas
dispensações, supra referidas, seriam aquela Antiga Aliança, que
gera para a escravidão do pecado – Êxodo 19 e 24 – e a Nova Aliança,
iniciada no Éden e que vai até o Éden restaurado, entretanto tal entendimento
laboraria em equívoco.
[14]
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, pág. 367-373.
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