quinta-feira, 26 de junho de 2014

Lição 13 - O Reino de Cristo e a Lei, por Paulo E. Penno



Para 21 a 28 de junho de 2014

Todo governo deve ter uma lei, uma Constituição. Se o governo de seu país fosse abolir todas as leis de trânsito das rodovias, você nunca se atreveria a viajar para qualquer lugar. Se alguém caminhasse pela estrada gritando: "Todas as leis de trânsito estão abolidas! Dirija em qualquer lado da estrada, por favor! Liberdade!" as pessoas saberiam que ele era um louco, e a polícia iria imediatamente prendê-lo.
Assim que alguém começa a encontrar falha na "lei perfeita da liberdade" de Deus, podemos também saber que ele é ou um tolo, ou é escravo do inimigo de Deus. Na verdade, este é o teste pelo qual podemos saber se Deus enviou um homem, ou se Satanás o enviou. Este é um aviso razoável, ao concluirmos esta série de estudos sobre Cristo e Sua lei.
As pessoas que dizem que a lei de Deus foi abolida não podem ter sido enviadas por Deus, pois o próprio Jesus disse: "Não cuideis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim ab-rogar, mas cumprir. ... Qualquer, pois, que violar um destes mandamentos, por menor que seja, e assim ensinar aos homens, será chamado o menor no reino dos céus; aquele, porém, que os cumprir e ensinar será chamado grande no reino dos céus" (Mat. 5:17-20).
Todo ser humano sobre a face da terra deve escolher entre a "gloriosa liberdade" dos filhos de Deus em obediência à Sua perfeita "lei da liberdade" em Seu reino, ou a escravidão de obediência à regra do mal de Satanás.
O inventor mestre de todos os esquemas diabólicos quer constranger Cristo. Se Satanás pudesse perpetuar o pecado entre o povo de Deus, ele alcançaria seu sucesso. Esta é a sua melhor maneira de sabotar o reino de Cristo.
Vamos encarar a realidade: apatia constante agora é pecado. E conforme o tempo passa, vai ser vista como uma crucificação de Cristo novamente. O inimigo não pode atualmente usar força física. Sua estratégia tem sido a de aproveitar-se da nossa ignorância do que o pecado é e, assim, induzir-nos numa paralisia espiritual. A nossa típica mornidão é uma letargia de aspecto encantador nas fronteiras do reino celestial.
Aqui está a fonte do mal. A campanha de Satanás na Terra contra Deus é uma luta cósmica que supera todas as nossas preocupações mesquinhas por nossa própria salvação pessoal. O destino de um mundo está em posição crítica. Mas, mais ainda: algo ainda maior está envolvido. Deus não pode ser um tirano no universo, governando sobre pessoas relutantes que não confiam nEle. O destino de Seu governo está em posição crítica também.
Se tiranos políticos caíram porque seus povos se libertaram das cadeias da opressão, exigindo democracia, assim certamente deve Deus reger somente pela voluntária aclamação do fundo do coração de seus súditos. Mentiras de Satanás devem ser desmascaradas e ele deve ser derrotado para que o reino de Deus seja estabelecido.
A guerra entre o bem e o mal não pode continuar para sempre, pois se isso acontecer vai provar que Deus é impotente. E isso significará que a verdade não pode prevalecer. Nenhuma notícia poderia ser pior do que esta. Vitória para a justiça deve vir. Este é precisamente o cenário que a Bíblia revela no livro do Apocalipse:
"Agora é chegada a salvação, e a força, e o reino do nosso Deus, e o poder do Seu Cristo: porque já o acusador de nossos irmãos é derrubado, o qual diante do nosso Deus os acusava de dia e de noite.  E eles o venceram pelo sangue. do Cordeiro e pela palavra do seu testemunho; e não amaram as suas vidas até à morte" (Apoc. 12:10, 11).
A verdadeira "salvação" é maior do que a nossa segurança pessoal. É a salvação da causa da justiça e da verdade. A nossa salvação pessoal está envolvida naquela maior salvação, como salvar o dedo do afogamento está incluído em salvar o seu corpo. Na verdade, a nossa salvação pessoal seria inútil sem que a maior salvação tivesse sido alcançada. Não há nenhuma maneira de almas "salvas" poderem existir independentemente de Deus!
Cada vez que oramos a oração do Senhor, nós oramos a oração que pode acabar sobre as nossas cabeças em entendimento. Este estabelecimento do "reino de Deus" é o mesmo que o objetivo da oração do Senhor: "Venha o Teu reino, seja feita Tua vontade, assim na terra como no céu" (Mat. 6:10).
O "reino" ainda não "veio." Tem sido aguardado o seu estabelecimento agora já por dois milênios desde que Cristo nos deu esta oração de expectativa; muitos que reverenciam a Bíblia como a Palavra de Deus lutam com a convicção de que está atrasado. Tem sido prejudicada. Mas eles também estão convencidos de que, se houver algum atraso, a honra de Deus será comprometida.
A vinda do reino também é equivalente ao grande clímax da obra de Cristo como Sumo Sacerdote do mundo: "Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus,... não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-Se das nossas fraquezas; porém um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Heb. 4:14, 15). A mensagem de 1888 é sobre a obra de nosso Sumo Sacerdote; reconciliar os corações alienados do povo de Deus a Ele; outro nome para isso é o ministério do Dia antitípico da Expiação (uma palavra simples, em unidade de coração com Deus). Sim, para isso acontecer seria um milagre; mas isso é o que a oração do Senhor tem proferido por todo este longo tempo!
A vinda do "reino" é equivalente ao grande "outro anjo [que] sai do templo, clamando com grande voz ao que está assentado sobre a nuvem: ‘Lança a Tua foice, e sega; a hora de segar Te é vinda, porque já a seara da terra está madura’" (Apoc. 14:15). É o grande final da história probatória desta terra.
Outra palavra para expiação é "a purificação do santuário celestial" (Dan. 8:14), uma frase que só faz sentido se for entendida como a purificação dos corações do povo de Deus de todo o pecado, conhecidos e também desconhecidos. A honra e vindicação de Cristo no "grande conflito com Satanás" está envolvida, portanto, no estabelecimento, do "reino". Essa é a nossa verdadeira motivação, algo que transcende a nossa preocupação para salvar nossas próprias pobres pequenas almas.
A inimizade e a guerra de Satanás estão agora dirigidas contra "nossos irmãos," isto é, contra todos os que são leais a Deus. Aqueles que são leais a Satanás permanecem ao lado dele. Todos os seres humanos estão, portanto, envolvidos nesta grande guerra espiritual, e ninguém pode eximir-se de estar em um ou outro lado.
Lealdade para com Deus é cara, pois significa (para muitos, pelo menos) o sacrifício da própria vida. Mas isso não é difícil para eles, pois eles são leais "até à morte" por meio da fé "no sangue do Cordeiro." Cristo foi fiel a eles "até a morte", "até mesmo a morte de cruz" (Fil. 2:8). Eles dizem: "Te agradecemos Senhor" por tal sacrifício.

- Paul E. Penno


Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

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