quinta-feira, 5 de junho de 2014

Lição 10 - Cristo, a Lei e as Alianças, por Paul Penno



Para 30 de maio a 7 de junho de 2014

A verdade da aliança eterna, exposta pelos mensageiros de 1888, é a mensagem do terceiro anjo, em verdade.1 A promessa da aliança de Deus supre a dinâmica tão essencial para uma alegre vida cristã produtiva.
As promessas de Deus a Abraão são "a nova aliança." Paulo nos diz que "aliança" de Deus com Abraão era Sua "promessa" para ele. "A aliança anteriormente confirmada por Deus em Cristo," é "a promessa. ..." (Gál. 3:17).
Nós lemos as promessas de Gênesis: "[1ª] E far-te-ei uma grande nação, [2ª] e abençoar-te-ei [3ª] e engrandecerei o teu nome; [4ª] e tu serás uma bênção. [5ª] E abençoarei os que te abençoarem, [6ª] e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; e [7ª] em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gên. 12:2, 3).
Deus nunca pediu a Abraão para fazer promessa alguma em troca! Abraão fez a única coisa certa que ele poderia fazer quando respondeu com fé: "E creu ele no Senhor, e imputou-lhe isto por justiça" (Gên. 15:6). Isso é tudo o que Deus nos pediu para fazer.
A aliança de Deus é sempre uma promessa unilateral de Sua parte, porque Ele sabe que a nossa natureza é tão fraca e pecadora que não podemos cumprir nossas promessas a Ele. A antiga aliança (*ou velho concerto) gera “filhos para a servidão," diz Paulo (Gál. 4:24). Algumas pessoas na igreja até mesmo desistem em desespero, e muitos relembram sua chamada "experiência cristã" sob uma nuvem constante de desânimo.
Mas a confusão sobre as duas alianças pode ser resolvida de forma muito simples. O problema diz respeito à "lei" que foi dada no Monte Sinai; \será que aquela lei altera a "nova aliança" que foi a promessa direta de Deus a Abraão e, portanto, para nós?
Em vários passos simples em Gálatas 3:15  Paulo esclarece a confusão: o "testamento" (KJV, à margem) ou aliança que alguém faz (mesmo Deus!) não pode ser anulada ou adicionada uma vez que o testador tenha morrido. No "testamento" ou " aliança" de Deus Ele prometeu (e, em seguida, jurou com um juramento solene) para dar a Abraão toda a terra "em perpétua possessão" (Gênesis 17:8). Uma vez que apenas "justiça" pode "habitar" na "nova terra" (2ª Pedro 3:13), a promessa tinha que incluir tornar justos os que creem na promessa de Deus. Por isso, a nova aliança tem que ser a essência da justificação pela fé.
Quando os seres humanos fazem um pacto, é sempre um contrato. Você faz isso e aquilo, e então eu vou fazer isso e aquilo. Mas Deus nunca faz tais barganhas com a gente. Sua nova aliança é sempre uma promessa completa de Sua parte.
Deus disse explicitamente que a Sua promessa foi feita ao descendente de Abraão (singular, "Semente") "que é Cristo" (Gál. 3:16). Nós não ficamos de fora, mas entramos em cena apenas como estando "em Cristo" por adoção, mediante a fé.
Uma vez que Deus fez a promessa solene de Abraão (que Ele selou com um juramento), nada debaixo do céu pode mudar um pingo de modo que a entrega dos Dez Mandamentos no Monte. Sinai 430 anos após o tempo de Abraão, não poderia ser um recurso extra colocado na "nova aliança" (vs. 17).
Em seguida, Paulo faz a pergunta lógica: por que então Deus pronunciou os Dez Mandamentos do Monte Sinai? Foi uma demonstração de indução de terror com raio, terremoto, fogo e um limite de morte (vs. 19). Deus não precisou assustar Abraham desta maneira! Tudo o que tinha de fazer a Abraão era escrever os Dez Mandamentos em seu coração, pois era uma boa nova; então Abraão encontrou a sua maior alegria na obediência. Por que não fazer o mesmo por Israel quando eles estavam reunidos no Monte Sinai em seu caminho para a Terra Prometida?
Paulo explica a razão pela qual a lei tinha de ser escrita na pedra: "a lei ... Foi ordenada por causa das transgressões" (Gál. 3:19). Mas quais foram as "transgressões" que fizeram esta nova "ênfase" ou "realce" necessários?
O estabelecimento da antiga aliança é a resposta. Quando o povo se reuniu no Monte Sinai, Deus disse a Moisés para renovar-lhes a mesma promessa da "nova aliança" que Ele tinha feito a seu pai Abraão: "Se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes [apreciardes] a Minha aliança [com Abraão], então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos" (Êxo. 19:5).
Assim, o Senhor disse a Israel: "Se você ouvir a Minha voz e valorizar a promessa que fiz a seu pai Abraão, você vai ser um tesouro especial para Mim acima de todos os povos." Você vai ser a cabeça e não a cauda; não haverá necessidade de grandes impérios mundiais oprimi-lo.
Mas Israel não entendeu. Eles fizeram uma promessa vã, algo que Deus nunca pediu a Abraão para fazer. "Tudo o que o Senhor tem falado, faremos" (Êxodo 19:8). Assim, eles formaram a velha aliança.
O que Deus poderia fazer? Se eles não irão seguir o caminho com Ele, Ele deve humilhar-Se e seguir o caminho com eles. Um longo desvio agora se torna inevitável.
"De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados" (Gál. 3:24). Paulo viu a antiga aliança que o povo voluntariamente colocou sobre si funcionando como um disciplinador severo, um policial, mantendo o povo de Israel sob custódia até que eles pudessem encontrar a sua liberdade novamente no tipo de justificação pela fé que seu pai Abraão apreciara.
A diferença entre a nova aliança e a antiga aliança é, simplesmente, "quem faz a promessa." Na nova aliança, é Deus; na antiga aliança, é o povo. E a manutenção da promessa depende inteiramente de quem a faz.
O "tutor" ou "carcereiro" da antiga aliança conduziu Israel através dos séculos em uma história implacável de altos e baixos do Sinai por todo o caminho até eles crucificarem o seu Messias. E seus reavivamentos sempre foram frustrados pela mentalidade da velha aliança que produziu retrocesso e apostasia.
O que as duas alianças significam para nós hoje? Os dois concertos não são limitados por questões de tempo,2 como se as pessoas que viveram antigamente estavam automaticamente sob o velho concerto e hoje estamos automaticamente sob o novo. Houve pessoas nos tempos do Antigo Testamento, que viveram sob a nova aliança (Abraão, Moisés, David); e nós hoje podemos estar vivendo sob a antiga aliança, se não entendermos claramente e crermos no evangelho que nos dá liberdade.
Mesmo uma pequena quantidade de ideias da velha aliança misturada com conceitos de outra forma de evangelho podem paralisar uma experiência espiritual saudável e produzir a mornidão que tanto caracteriza a igreja nestes últimos dias. Mornidão em Seu povo é uma mistura de quente e frio, que produz a náusea que Jesus diz O torna tão doente do estômago a ponto de sentir vontade de vomitar (Apoc. 3:17, 18). A cura só pode vir através de uma recuperação completa da nova aliança "a verdade do evangelho."
Corretamente entendida, a mensagem da nova aliança é parte da luz que ainda está para "iluminar a terra com glória" nas horas finais da história do mundo (Apoc. 18:1-4). Muitos, quando ouvirem a sua boa nova vão despertar como que de um sonho. Todas as ordens de Deus se tornarão capacitações,3 e os Dez Mandamentos se tornarão para eles dez declarações preciosas de boas novas.


- Paul E. Penno



Notas do tradutor
:
1)       Ellen G. White: “Várias pessoas me escreveram perguntando se a mensagem de justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e respondi-lhes: 'É verdadeiramente a mensagem do terceiro anjo.' " (Review and Herald, 1 de abril de 1890; Evangelismo, pág. 190)

2)       Os dois concertos existem hoje. Os dois concertos não são questões de tempo, mas de condição. Que ninguém se envaideça de que não possa estar debaixo do velho concerto, pensando que o tempo deste pacto já passou." (Ellet J. Waggoner, As Boas Novas, pág. 100).

3)       Wllen G. White: “ Tudo que deve ser feito a Seu mando pode ser cumprido por Seu poder. Todas as Suas ordens são promessas habilitadoras.”

Nota: "Esta introspecção" e o vídeo desta lição 10 do Pastor Paulo Penno estão na Internet em:
http://1888mpm.org


Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99

Asteriscos (*) indicam acréscimos do tradutor.

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