Para 14 a 21 de junho de 2014
A gente tem a impressão que Deus, ao longo de todas as eras, sempre
desejou que a lei fosse unicamente escrita nos corações e mentes do Seu povo — assim
foi do Éden até Abraão e Moisés, e assim será para a igreja remanescente,
conforme profetizado por (Jeremias 31:33).
Veja, quando o povo chegou ao Sinai, Deus lhe diz: “se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes a Minha Aliança,
então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos” (Êxodo
19:4 e 5, KJV)
A que aliança Deus está se referindo: à única
que então existia, aquela feita com os patriarcas. Parece que
Deus intentou simplesmente escrever Sua lei nos corações e nas mentes dos
israelitas. E isto é realmente o que Ele estava tentando desde Suas promessas
aos patriarcas, e o que Ele promete fazer agora nos últimos Dias.
Mas o povo
estava confiando em si mesmo e prometeu “tudo
o que o Senhor tem falado faremos,” Êxodo 19:8, e isto eles não podiam
cumprir. Desconheciam que eram incapazes
Assim Deus fez outra aliança com os filhos de Israel Ele foi provocado a
assim agir devido à infantilidade deles em precipitadamente prometerem o que
não podiam cumprir. Este é o concerto das obras.
Mas você dirá, espera um
pouco, você está me dizendo que Deus fez um concerto de obras com o povo?
Sim!!! Mas, é a Bíblia e o Espírito de Profecia que diz isto. Trata-se do ‘concerto
do Sinai,’ o Velho Concerto, ou a ‘Antiga Aliança,’ referido em Êxodo
19. Esta é a aliança que ‘gera filhos para a servidão’ do pecado (Gal. 4:24). É
o concerto da ‘justiça própria,’ das ‘obras da lei,’ a tentativa de se
'justificar pela lei" Gálatas 5:4.
Em Hebreus 8:9 Deus chega mesmo e dizer “a aliança que Eu fiz, ...
Minha aliança” (início e meio do verso). Deus fez com eles essa Antiga
Aliança (ou velho concerto). Mas por que um concerto de obras? Porque o povo
prometeu (Êxo. 19:8, e 24: 3 e 7), sem pensar, que eles não podiam cumprir,
como logo após caíram em idolatria (Êxo. 23). O intento de Deus era que, após
falharem em seus próprios esforços, compreendessem que necessitavam do poder
vindo do alto para obedecerem à Sua santa lei, isto é, careciam do poder do
Messias.
Não só a Bíblia, mas Ellen G. White, em Patriarcas
e Profetas, pág. 371, também faz referência a esta segunda aliança: “Outro pacto, chamado nas Escrituras de ‘o velho’
concerto, foi formado entre Deus e Israel no Sinai, ...” (início do segundo
parágrafo daquela página).
Muitos se equivocam ao deixar de distinguir a
diferença entre a Antiga Aliança de Êxodo 19 e 24 e a Nova Aliança.
Também outros deixam de distinguir as duas fases da nova aliança — a de antes
da cruz e a de depois da cruz. Ellen G. White as chama de dispensações:
“O Ensinador é o mesmo em ambas as dispensações” (ob. Citada, pág. 373, final
do 2º parágrafo). Aquela primeira fase, ou dispensação também recebe o título
de Antiga Aliança ou Velho Concerto, o que contribui ainda mais para se
estabelecer equívocos. E tem mais, em Hebreus, a ‘primeira’ fase, etapa ou
dispensação da Nova Aliança é denominada por Paulo como Antiga Aliança; e a
‘segunda’ fase, etapa ou dispensação da Nova Aliança ele a denomina Nova
Aliança, o que contribui ainda mais para que muitos façam confusão. Assim, não
é correto o entendimento de que as duas dispensações, supra referidas, sejam
aquela Antiga Aliança, de Êxodo 19 e 24, que gera filhos para a escravidão do
pecado, e a Nova Aliança, iniciada no Éden e que vai até o Éden restaurado.
Graças a Deus que não nos deixou sem a verdadeira
luz:
1º) o Senhor nos enviou uma “mui preciosa mensagem”
através dos irmãos A.T. Jones e E. J. Waggoner (Testemunho para Ministros,
pág. 91, sic). Este último mensageiro nos diz que “AS ALIANÇAS NÃO SÃO UMA
QUESTÃO DE TEMPO MAS DE CONDIÇÃO.” O antigo
concerto não terminou na cruz, e nem o novo começou naquele momento. Ambos têm
existido desde o Éden, e ambos correm hoje paralelamente. É impossível viver no
novo concerto, e ser incapaz de distingui-lo clara e categoricamente do
antigo. Cristo “foi morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8), ainda
que manifestado no Calvário. Você pode estar vivendo no novo concerto,
ou no antigo, dependendo de qual for a sua compreensão e qual a sua fé em quão
boas são as boas novas do evangelho.
2º) Louvado Seja Deus que, através de Sua serva Ellen G. White nos legou uma excelente
explanação, que elucida bem todo esse assunto, sem deixar margem alguma de
dúvida, conforme se lê a seguir do livro Patriarcas e Profetas, sendo que as ênfases e as notas de referência foram-lhe
todas acrescentadas por nós:
As duas alianças, Ellen G. White em Patriarcas e
Profetas
[Pág. 367]
“A lei cerimonial1 foi
dada por Cristo. Mesmo depois que ela não mais devia ser observada, Paulo
apresentou-a aos judeus em sua verdadeira posição e valor, mostrando o seu
lugar no plano da redenção e sua relação para com a obra de Cristo; e o grande
apóstolo declara gloriosa esta lei, digna de seu divino Originador. O serviço
solene do santuário tipificava as grandiosas verdades que seriam reveladas
durante gerações sucessivas. A nuvem de incenso que ascendia com as orações de
Israel, representa a Sua justiça que unicamente pode tornar aceitável a Deus a
oração do pecador; a vítima sangrenta sobre o altar do sacrifício, dava
testemunho de um Redentor vindouro; e do santo dos santos resplandecia o sinal
visível da presença divina. Assim, através de séculos e séculos de trevas e
apostasia, a fé se conservou viva no coração dos homens até chegar o tempo para
o advento do Messias prometido.”
[370] “Assim como a Bíblia apresenta duas leis, uma
imutável e eterna, e outra provisória e temporária, assim há dois concertos.
O concerto da graça2 foi
feito primeiramente com o homem no Éden, quando, depois da queda, foi feita uma
promessa divina de que a semente da mulher feriria a cabeça da serpente. A
todos os homens este concerto oferecia perdão, e a graça auxiliadora de Deus
para a futura obediência mediante a fé em Cristo. Prometia-lhes também vida
eterna sob condição de fidelidade para com a lei de Deus. Assim receberam os
patriarcas a esperança da salvação.
"Este mesmo concerto foi renovado a Abraão, na
promessa: "Em tua semente serão benditas todas as nações da
Terra." Gên. 22:18. Esta promessa apontava para Cristo. Assim Abraão a
compreendeu (Gál. 3:8 e 16), e confiou em Cristo para o perdão dos pecados. Foi
esta fé que lhe foi atribuída como justiça. O concerto com Abraão mantinha
também a autoridade da lei de Deus. O Senhor apareceu a Abraão e disse: "Eu
sou o Deus todo-poderoso, anda em Minha presença e sê perfeito." Gên.
17:1. O testemunho de Deus concernente a Seu fiel servo foi: "Abraão
obedeceu à Minha voz, e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus
estatutos, e as Minhas leis."Gên. 26:5. E o Senhor lhe declarou: "Estabelecerei
o Meu concerto entre Mim e ti e a tua semente depois de ti em suas gerações,
por concerto perpétuo, para te ser a ti por Deus, e à tua semente depois de
ti." Gên. 17:7.
“Se bem que
este concerto houvesse sido feito com Adão e renovado a Abraão, não poderia ser
ratificado antes da morte de Cristo. Existira pela promessa de Deus desde que
se fez a [371] primeira indicação de redenção; fora aceito pela fé;
contudo, ao ser ratificado por Cristo, é chamado um novo concerto. A lei
de Deus foi a base deste concerto, que era simplesmente uma disposição
destinada a levar os homens de novo à harmonia com a vontade divina,
colocando-os onde poderiam obedecer à lei de Deus.
“Outro pacto3, chamado nas Escrituras o "velho"
concerto, foi formado entre Deus e Israel no Sinai, e foi então ratificado pelo
sangue de um sacrifício4.
O concerto abraâmico foi ratificado pelo sangue de Cristo, e é chamado o "segundo",
ou o "novo"concerto, porque o sangue pelo qual foi
selado foi vertido depois do sangue do primeiro5 concerto. Que o novo concerto era válido nos dias de
Abraão, evidencia-se do fato de que foi então confirmado tanto pela promessa
como pelo juramento de Deus, "duas coisas imutáveis, nas quais é
impossível que Deus minta". Heb. 6:18.
“Mas, se o
concerto abraâmico continha a promessa da redenção, por que se formou outro
concerto no Sinai6? - Em
seu cativeiro, o povo em grande parte (a) perdera
o conhecimento de Deus e os princípios do concerto abraâmico. Libertando-os do
Egito, Deus procurou revelar-lhes Seu poder e misericórdia, a fim de que fossem
levados a amá-Lo e confiar nEle. Trouxe-os ao Mar Vermelho — onde, perseguidos
pelos egípcios, parecia impossível escaparem — a fim de que se compenetrassem
de seu completo desamparo, e da necessidade de auxílio divino; e então lhes
operou o livramento. Assim eles se encheram de amor e gratidão para com Deus, e
de confiança em Seu poder para os ajudar. Ele os ligara a Si na qualidade de
seu Libertador do cativeiro temporal.
“Havia,
porém, uma verdade ainda maior a ser-lhes gravada na mente. Vivendo em meio de
idolatria e corrupção, (b) não
tinham uma concepção verdadeira da santidade de Deus, (c) da excessiva pecaminosidade de seu
próprio coração, (d) de sua
completa incapacidade para, por si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, e (e) de sua necessidade de um Salvador. Tudo
isto deveria ser-lhes ensinado.
“Deus os
levou ao Sinai; manifestou Sua glória; deu-lhes Sua lei, com promessa de
grandes bênçãos sob condição de obediência: "Se diligentemente ouvirdes
a Minha voz, e guardardes o Meu concerto,7 então... Me sereis um reino sacerdotal e o povo
santo." Êxo. 19:5 e 6. O povo não compreendia a pecaminosidade [372]
de seus corações, e que sem Cristo lhes era impossível guardar a lei de Deus; e
prontamente entraram em concerto com Deus. Entendendo que eram capazes de
estabelecer sua própria justiça, declararam: "Tudo o que o Senhor tem
falado faremos, e obedeceremos." Êxo. 24:7. Haviam testemunhado a
proclamação da lei, com terrível majestade, e tremeram aterrorizados diante do
monte; e, no entanto, apenas algumas semanas se passaram antes que violassem
seu concerto com Deus e se curvassem para adorar uma imagem esculpida. Não
poderiam esperar o favor de Deus mediante um concerto8 que
tinham violado; e agora, vendo sua índole pecaminosa e necessidade de perdão,
foram levados a sentir que necessitavam do Salvador revelado no concerto
abraâmico e prefigurado nas ofertas sacrificais9. Agora,
pela fé e amor, uniram-se a Deus como seu Libertador do cativeiro do pecado.
Estavam então, preparados para apreciar as bênçãos do novo concerto.10
“As
condições do "velho concerto"11 eram:
Obedece e vive - "cumprindo-os[estatutos e juízos] o homem,
viverá por eles" (Ezeq. 20:11; Lev. 18:5); mas "maldito aquele
que não confirmar as palavras desta lei". Deut. 27:26. O "novo
concerto" foi estabelecido com melhores promessas: promessas do
perdão dos pecados, e da graça de Deus para renovar o coração, e levá-lo à
harmonia com os princípios da lei de Deus."Este é o concerto12 que farei com a casa de Israel depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei a Minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração. ... Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca mais Me lembrarei dos
seus pecados." Jer. 31:33 e 34.
“A mesma lei
que fora gravada em tábuas de pedra, é escrita pelo Espírito Santo nas tábuas
do coração. Em vez de cuidarmos em estabelecer nossa própria justiça, aceitamos
a justiça de Cristo. Seu sangue expia os nossos pecados. Sua obediência é
aceita em nosso favor. Então o coração renovado pelo Espírito Santo produzirá
os"frutos do Espírito". Mediante a graça de Cristo viveremos
em obediência à lei de Deus, escrita em nosso coração. Tendo o Espírito de
Cristo,13 andaremos como Ele andou. Pelo profeta Ele declarou
a respeito de Si mesmo: "Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu;
sim, a tua lei está dentro do Meu coração." Sal. 40:8. E, quando
esteve entre os homens, disse: "O Pai não Me tem deixado só, porque Eu
faço sempre o que Lhe agrada." João 8:29.
[373] “O apóstolo Paulo apresenta claramente a relação
entre a fé e a lei, no novo concerto. Diz ele: "Sendo pois justificados
pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo." Rom. 5:1.
"Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a
lei." Rom. 3:31. "Porquanto o que era impossível à lei, visto
como estava enferma pela carne — ou seja, ela não podia justificar o homem,
porque em sua natureza pecaminosa este não a poderia guardar — "Deus,
enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o
pecado na carne; para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos
segundo a carne, mas segundo o Espírito." Rom. 8:3 e 4.
“A obra de
Deus é a mesma em todos os tempos, embora haja graus diversos de
desenvolvimento e diferentes manifestações de Seu poder, para satisfazerem as
necessidades dos homens nas várias épocas. Começando com a primeira promessa
evangélica, e vindo através da era patriarcal e judaica, e mesmo até ao
presente, tem havido um desenvolvimento gradual dos propósitos de Deus no plano
da redenção. O Salvador, tipificado nos ritos e cerimônias da lei judaica, é
precisamente o mesmo que Se revela no evangelho. As nuvens que envolviam Sua
divina pessoa foram removidas; o nevoeiro e as sombras desapareceram; e Jesus,
o Redentor do mundo, Se acha revelado. Aquele que do Sinai proclamou a lei e
entregou a Moisés os preceitos da lei ritual, é o mesmo que proferiu o sermão
do monte. Os grandes princípios de amor a Deus, que estabeleceu como fundamento
da lei e dos profetas, são apenas uma repetição do que Ele dissera por meio de
Moisés ao povo hebreu: "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único
Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua
alma, e de todo o teu poder." Deut. 6:4 e 5. "Amarás o teu
próximo como a ti mesmo." Lev. 19:18. O Ensinador é o mesmo em ambas
14 as dispensações. As reivindicações de Deus são as
mesmas. Os mesmos são os princípios de Seu governo. Pois tudo procede dAquele "em
Quem não há mudança nem sombra de variação". Tia. 1:17. 15
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Notas
de referência:
1 Como ela – a lei cerimonial – ‘foi dada por
Cristo’ é inconcebível que ela fizesse parte daquela Antiga Aliança que
‘gera filhos para a escravidão’ (Gálatas 4.24) do pecado,
simbolizada por Agar. A lei cerimonial faz, sim, parte da primeira fase da Nova
Aliança.
2 O ‘concerto da graça’ ou a ‘Nova
Aliança’ teve duas etapas, fases ou dispensações: a primeira,
antes da cruz; e a segunda, depois da cruz. Além do ‘concerto da
graça’ há também o ‘concerto do Sinai’ ou a ‘Antiga
Aliança’, a qual foi celebrada em uma cerimônia única, conforme
se lê em Êxodo 24, por volta de 1491 a.C., cerca de um ano antes da
inauguração do Santuário Terrestre, ocorrida por volta de 1490 a.C., descrita
em Hebreus 9.18-22. “A construção do tabernáculo não se iniciou senão algum
tempo depois que Israel chegou ao Sinai; e tal edificação sagrada foi pela
primeira vez erguida no início do segundo ano a partir do êxodo.”
(PP 374).
3 O ‘outro pacto’ – aqui referido –
trata-se do ‘concerto do Sinai’ ou a ‘Antiga Aliança’,
referido em Êxodo 19 e 24. Este é o que ‘gera filhos para servidão’ (Gal.
4:24) do pecado. É o concerto da ‘justiça própria’, das ‘obras
da lei’, a tentativa de se ‘justificar pela lei’ (Gálatas
5.4).
5 Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e
24.
6 Ou seja: se já, desde o Éden, existia a Nova
Aliança – da graça – por qual razão foi feita a Antiga Aliança,
o Concerto ‘das obras da lei’, que gera para escravidão? Deus
fez com eles essa Antiga Aliança para que, após fracassarem, compreendessem a
necessidade de crerem no verdadeiro e único concerto exequível, o concerto
eterno.
7 Qual concerto? O ‘abraâmico’
logicamente, pois não havia sido oficializado nenhum outro concerto entre o
Senhor e os homens. Deus estava lhes propondo a renovação do Novo
Concerto, porém eles – supondo-se capacitados de, por suas próprias
forças, guardar a Lei de Deus–propuseram-Lhe o Antigo Concerto.
Pelas cinco razões – supra expostas: a, b, c, d, e – o Senhor aceitou a
proposta deles e firmou com eles o Antigo Concerto, o qual teve
uma só e única cerimônia em toda a Bíblia, Êxo. 24:5. Desde a entrada do pecado o Antigo Concerto está vigente, ‘gerando para a servidão’.
Alguém está sob o Antigo Concerto ou Antiga
Aliança sempre que pretende guardar a Lei de Deus, i. é, desenvolver um
caráter cristão por suas próprias forças, buscando forçar sua natureza humana
pecaminosa a agir corretamente. Em outras palavras, sempre que tentamos vencer
uma tentação, sem, fé no poder criador e transformador da Palavra de
Deus, estamos na Antiga Aliança. Em cada tentação Cristo citava a
Palavra de Deus, confiando nEla. Faça igual a Cristo: Defronte o inimigo com um "está escrito",
e o diabo vai desaparecer. “Resisti ao
diabo e ele fugirá de vós” (Tiago 4:7).
Todos os que, seguindo o exemplo de Jesus,
registrado em Mateus 4, enfrentam toda tentação, cientes de que a Palavra
[Jesus] tem poder de criar em suas mentes o conteúdo da citação, estão na Nova
Aliança, entraram, portanto, no ‘descanso de Deus’ (Heb. 4),
abandonando suas ‘obras da lei’, seus ‘trapos da imundícia’
(Isaías 64.6). Obviamente a ‘obediência por fé’ (Rom. 1.5) no
poder criador da Palavra de Deus não se trata de ‘trapos da imundícia’
e, sim, das vestes ‘de linho finíssimo, resplandecente e puro. Porque o
linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.’ (Apoc. 19.8).
8 Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e
24, que “gera filhos para a escravidão” (Gal. 4:24).
9 Como está claramente declarado, o Santuário
Terrestre com suas ofertas sacrificais sempre fizeram parte do concerto
abraâmico – o Novo Concerto – exclusivamente.
10 Primeiramente os israelitas fizeram com Deus o Velho
Concerto: "Tudo o que o Senhor tem falado faremos, e
obedeceremos." Êxo. 24:7. Em bem pouco tempo romperam tal aliança –
por terem adorado o bezerro de ouro – e: (a)
após reconhecerem os princípios do concerto abraâmico; (b)reconhecendo a santidade de Deus, (c) dando-se conta da excessiva
pecaminosidade de seu próprio coração, (d)
e de sua completa incapacidade para, por si mesmos, prestar obediência à
lei de Deus, e (e) de sua
necessidade de um Salvador fizeram, com o Senhor, um outro concerto: O concerto
da graça, a Nova Aliança, em sua primeira fase, mediante as ordenanças da Lei
Cerimonial, Santuário Terrestre, Sacerdotes, sacrifícios, etc. Depois de
romperem o Velho Concerto, aceitaram o Concerto Abraâmico, que Deus lhes tinha
proposto inicialmente. Frisemos: o Concerto Abraâmico também se intitula Velho
Concerto, entretanto trata-se de outra realidade, integralmente diversa daquela
que “gera para a escravidão,” de Ex. 19 e 24.
11 Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e
24.
12 Jeremias viveu cerca de 900 anos após o Êxodo. Ao
fazer a promessa de um ‘novo concerto’ com a ‘casa de
Israel’ [a Igreja cristã], o Senhor estava Se referindo, sim, à segunda
fase da Nova Aliança – a de após a cruz – ocasião em que haveria
a substituição do Santuário Terrestre pelo Celestial; do sacerdócio segundo
a ordem de Levi pelo Sacerdócio ‘segundo a ordem de Melquisedeque’ (Heb.
6.20) e dos sacrifícios de animais pelo sacrifício do Cordeiro de Deus.
Em Hebreus 8.7 lemos: “Porque, se aquela primeira
aliança – antes da cruz – tivesse sido sem defeito, de
maneira alguma estaria sendo buscado lugar para segunda.” Note-se que o defeito
estava na aliança, não no povo. E qual era o defeito senão este: “Porque
é impossível que sangue de touros e de bodes remova pecados” (Heb. 10.4)!
“Os melhores esforços que o homem, em suas próprias
forças pode fazer, não tem valor para satisfazer a santa e justa lei que ele
transgrediu; mas pela fé em Cristo pode ele alegar a justiça de do Filho de
Deus como toda suficiente. ... A fé
genuína apropria-se da justiça de Cristo, e o pecador é feito vencedor com
Cristo; pois ele se faz participante da natureza divina, e assim se combinam
divindade e humanidade” (Mensagens
Escolhidas, Livro 1, págs. 363 e 364).
13 Fil. 2:5, KJV:
“De sorte que haja em vós a mesma mente que houve em Cristo Jesus." O
caráter abnegado de Cristo é visto nos sete passos descendentes que Cristo
tomou para salvar a humanidade.
14
Quais são as duas dispensações, referidas acima? São as duas
dispensações da Nova Aliança: a primeira – antes da
cruz – e a segunda – depois da cruz! Em Hebreus, a ‘primeira’
fase, etapa ou dispensação da Nova Aliança é denominada por Paulo como Antiga
Aliança; e a ‘segunda’ fase, etapa ou dispensação da Nova
Aliança ele a denomina Nova Aliança.
Alguém poderia buscar entender que as duas
dispensações, supra referidas, seriam aquela Antiga Aliança, que
gera para a escravidão do pecado – Êxodo 19 e 24 – e a Nova Aliança,
iniciada no Éden e que vai até o Éden restaurado, entretanto tal entendimento
laboraria em equívoco.
15 Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, pág.
367-373.
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