Provérbios é um livro poético de
declarações práticas, essenciais, cheias de significado, concisas,
convincentes, em matérias de um viver espiritual piedoso.
Provérbios na língua hebraica
significa um ditado popular conciso, um rifão, um brocado, uma “parábola,”
colocar-se uma coisa ao lado de outra para comparação. O livro de Hebreus e, em
verdade, a maior parábola que temos na Bíblia. Provérbios é, geralmente, uma
breve declaração de sabedoria prática que compara, ou contrasta as ideias. Um
exemplo: “Prata escolhida é a língua do
justo; o coração dos perversos é de nenhum valor” (Provérbios 10:20).
PROVÉRBIOS foi
escrito principalmente por Salomão e derivou da verdadeira sabedoria que lhe
brotou de um correto relacionamento com Deus. O livro de Provérbios vai além de
ser um tratado religioso, sendo um compêndio de instrução moral ética,
aplicável a muitas situações práticas da vida.
“Ao passarem
os anos, e aumentando a fama de Salomão, buscou ele honrar a Deus acrescentando
sua força mental e espiritual e constantemente repartindo com outros as bênçãos
recebidas. Ninguém compreendia melhor que ele, haver sido pelo favor de Jeová
que entrara na posse do poder, sabedoria e entendimento, e que esses dons
foram-lhe concedidos para que ele pudesse dar ao mundo o conhecimento
do Rei dos reis. Salomão tomou especial interesse pela História Natural, mas suas
pesquisas não estavam limitadas a um determinado ramo do saber. Mediante
diligente estudo de todas as coisas criadas, tanto animadas como inanimadas,
adquiriu clara concepção do Criador. Nas forças da Natureza, no mundo mineral e
animal, e em toda árvore, arbusto e flor, ele via a revelação da sabedoria de
Deus; e ao procurar aprender mais e mais, seu conhecimento de Deus e seu amor
por Ele constantemente aumentavam.
“A divinamente inspirada sabedoria de
Salomão encontrou expressão em cânticos de louvor e em muitos provérbios.
"E disse três mil provérbios, e foram os seus cânticos mil e cinco. Também
falou das árvores, desde o cedro que está no Líbano, até ao hissopo que nasce
na parede; também falou dos animais e das aves, e dos répteis e dos
peixes". I Reis 4:32 e 33.
“Nos
provérbios de Salomão estão esboçados princípios de santo viver e elevados
intentos; princípios oriundos do Céu e que conduzem à piedade; princípios que
devem reger cada ato da vida. Foi a ampla disseminação destes princípios, e o
reconhecimento de Deus como Aquele a quem pertencem todo louvor e honra, que
fez dos primeiros tempos do reinado de Salomão, uma ocasião de erguimento moral
bem como de prosperidade material.
"Bem-aventurado
o homem que acha sabedoria", escreveu ele, "e o homem que adquire
conhecimento. Porque melhor é a sua mercadoria do que a mercadoria de prata, e
a sua renda do que o ouro mais fino. Mais preciosa é do que os rubins, e tudo o
que podes desejar não se pode comparar a ela. Aumento de dias há na sua mão
direita; na sua esquerda riquezas e honra. Os seus caminhos são caminhos de
delícias, e todas as suas veredas paz. É árvore da vida para os que a seguram,
e bem-aventurados são todos os que a retêm." Prov. 3:13-18.
"A sabedoria é a coisa principal,
adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis adquire o
conhecimento." Prov. 4:7. "O temor do Senhor é o princípio da
sabedoria." Sal. 111:10. "O temor do Senhor é aborrecer o mal; a
soberba, e a arrogância, e o mau caminho, e a boca perversa, aborreço." Prov.
8:13.
“Oxalá tivesse
Salomão em seus últimos anos atentado para estas maravilhosas palavras de
sabedoria Quem dera aquele que declarou: "Os lábios dos sábios derramarão
o conhecimento" (Prov. 15:7) e que ensinara, ele próprio, os reis da Terra
a render ao Rei dos reis o louvor que haviam intentado dar a um governador
terreno, não tivesse jamais tomado para si com "boca perversa", em
"soberba" e "arrogância" a glória devida a Deus somente!” (Profetas e Reis, págs. 33 e 34, os 6
últimos parágrafos do 1º capítulo).
Oramos para
que neste trimestre possamos ver as belezas dos encantamentos de Cristo que nos
veem através dos provérbios de Salomão, ao Deus lhe ter concedido “dons ...
para que ele pudesse dar ao mundo o conhecimento do Rei dos reis.”
Seu irmão em
Cristo,
João Soares da
Silveira
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