Para 3
a 10 de janeiro de 2015
Provérbios
não é primariamente sobre não fazer, mas sobre como podemos viver uma vida melhor em 2015. Jesus disse:
"Eu vim para que tenham vida e a tenham em
abundância" (João 10:10). Nós não merecemos isso, mas podemos tê-lo ao máximo, porque Cristo o
concede com base em Sua graça.
Provérbios
4 nos mostra o único caminho
para a vida: Cristo. Eis como as
coisas funcionam: “Ouve, ó filhos, a instrução do seu pai, ... Quando eu era um filho com o meu pai, ... ele me
ensinou ... retenha as minhas palavras; guarde os meus mandamentos, e viva” (Prov. 4: 1- 4, English Standard
Version).
Estamos
ouvindo um pai de
filhos adolescentes dando-lhes instruções sábias. Como faz isso? Ele lhes
diz que aprendeu com o seu pai
quando era menino. Nossos antepassados não estão desqualificados para falar para nossas vidas só porque já se foram. A Bíblia
diz: "Lembre-se de seus líderes ...
e imita
a sua fé"
(Heb.
13: 7).
Os pais mortos falam por experiência comprovada.
Nossa
melhor esperança, sob a orientação do Espírito Santo, é a restauração daquela “mui preciosa mensagem”
que o Senhor enviou, o “começo” da chuva serôdia e do alto clamor.1 A maioria dos apelos de Ellen White para reavivamento e reforma estão dentro do contexto da mensagem de 1888.
“Eu
sei que uma obra deve ser realizada pelo povo, ou muitos não estarão preparados para receber a luz do anjo enviado do céu para iluminar
toda a Terra com a sua glória. Não
penseis que sereis encontrados como vasos para honra no tempo da chuva
serôdia ... se estiverdes ...
acalentando raízes de amargura trazidas
da assembleia em Mineápolis.
... Apelo-vos, homens
em posições de responsabilidade, ...
o Senhor olha com
desagrado àqueles que ... manifestam um desrespeito satânico para com os que deveriam considerar
altamente. "2
O legalismo
se especializa em apelos tradicionais para “começar a viver a vida cristã . . . agora” aparte da
clara verdade do evangelho. Tais apelos
soam bem; são altamente populares (como
o legalismo sempre é); a atitude fácil, natural é acenar
a cabeça e dizer,
amém, “Vamos fazer isso”. E temos resolvido
as coisas assim por um longo tempo.
Nossas exortações piedosas . . . “
devemos ser mais fiéis”, “devemos acordar mais cedo”, “devemos orar mais”,3 “devemos estudar mais a Bíblia”, “devemos
amar mais”, “devemos ser mais semelhantes a Cristo”, “devemos
nos sacrificar mais”, “devemos visitar mais nossos vizinhos “, “devemos trabalhar mais duramente”. Mas dizer
às pessoas o que fazer, sem fornecer a verdadeira motivação do Novo Testamento,
está muito aquém da boa nova do evangelho.
Ellen
White se regozijou com a mensagem
de Jones e
Waggoner porque viu nela uma motivação pela
qual esses imperativos legalistas
familiares do adventismo podiam ser traduzidos em vibrantes recursos habilitadores
do evangelho.
É-nos
dito para olhar adiante, e não para trás. Embora isto
seja verdade, isso falha em apreender que a real necessidade da Igreja é a recuperação da pura verdade
da justificação pela fé, da qual o evangelicalismo popular não é a fonte adequada. Há
esperança para a Igreja se
acreditarmos no conselho de Ellen
White, “Não temos nada a temer quanto ao
futuro, a menos que nos esqueçamos
da maneira em que o Senhor nos tem guiado, e de Seu ensino em nossa história passada”.4 Isso significa dominar a verdade sobre 1888, para que possamos olhar para frente
com entendimento.
Em
Sua cruz, Cristo realmente
redimiu o mundo, morreu a segunda morte
“de todos os homens”, deu-lhes todas as bênçãos com que sempre contaram, inclusive
a luz do sol e a chuva, além do dom da salvação. Ninguém
se perderá dentre os que não resistam à verdade
ou dela descreiam.
Nossa
brilhante esperança é a promessa
do evangelho: “Mas a vereda dos justos
é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito”
(Prov. 4:18).
O
que nos mantém avançando no caminho da sabedoria de Deus é a esperança. Se você escolheu a Cristo, Ele está despontando em sua vida.
Agora pode ser apenas um lampejo de luz
no seu horizonte, mas o sol está nascendo, a escuridão não pode detê-lo, e
Cristo trará a Sua boa obra em você ao brilho do meio-dia: “Aquele que começou a boa obra em vocês,
vai completá-la até ao dia de Cristo Jesus” (Fil. 1:5). Essa luminosa confiança do evangelho é como seguirá
em frente, passo a passo, no
caminho certo.
Nós
“seguimos” a Jesus—nunca ficando parados.
Ele está guiando o Seu povo para se preparar para a Segunda Vinda. “O caminho do justo é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Prov.
4:18). “O evangelho
eterno” de Apocalipse 14:6-15 prepara um povo para o
tempo em que João viu “uma nuvem branca, e sobre a
nuvem assentou-Se um semelhante
ao Filho do homem, . . . a seara da terra está madura.” A segunda vinda de Cristo!
Agora,
como não se perder ao longo do caminho. “Mantenha o seu coração com toda a vigilância, porque dele procedem as fontes da vida”
(Prov. 4:23). Preste atenção ao caminho do evangelho, aplicando-o aos nossos
corações constantemente.
Este
é exatamente o oposto da sabedoria de
nossa cultura. Dizem-nos hoje que se quisermos ser felizes o que
precisamos fazer é reunir em torno de nossa viver egoísta nossa pequena vida, planejada do jeito
como a queremos, com a nossa casa
dos sonhos, e nossa esposa ou
marido “troféu”, nosso trabalho ideal
e todo o resto. Mas
a verdade é que, se temos tudo,
isso só nos fará mais deprimidos e com
raiva, porque todas essas vantagens exteriores só servem para zombar
de nossa tristeza interior.
Precisamos
de nossos corações continuamente
preenchidos com a sempre renovadora vida
de Cristo, pela fé no evangelho. Disse Jesus:
“Se alguém tem sede,
venha a Mim e beba. Quem crê em Mim, como diz a Escritura, de seu interior correrão rios
de água viva” (João 7:37,
38). Não perderemos o nosso caminho
na jornada da vida se continuarmos
indo a Jesus e a beber de Sua aceitação, de Seu perdão, de Suas promessas, de Seu amor. Tudo o mais flui para fora desde
o mais profundo.
Ao
atrairmos o amor que ansiamos de
Jesus, ele flui para
fora na cura por todo o nosso ser. “Desvia de ti a
falsidade da boca, e afasta de ti a perversidade dos lábios. Os teus
olhos olhem para frente, e as tuas pálpebras olhem direto diante de ti. Pondera
a vereda de teus pés, e todos os teus caminhos sejam bem ordenados! Não
declines nem para a direita nem para a esquerda; retira o teu pé do mal” (Provérbios 4: 24-27).
O
Senhor Jesus Cristo, que morreu por você também, reivindica tudo quanto é, da cabeça aos pés. O evangelho lhe chama para entregar o seu próprio corpo a
Ele. Se estamos distraídos da
ligação em tempo real com as misericórdias de Deus,
de modo que nossos corações se tornem frios
e nossas bocas se tornem imprudentes, e os nossos olhos sejam
distantes, e os nossos pés errantes,
estamos só a um passo em falso de
distância para a catástrofe de arrasar
a vida. Não temos que nos
envolver em pecados diretos para terminar nessa
condição, só temos que negligenciar a vigilância de nossos corações deixando de estar alertas. Cada um de nós se
acha sempre a cinco minutos do desastre total. Mas se estivermos recebendo pela fé a efusão do amor de Cristo que
constantemente flui de Seu trono de
graça, não podemos perder o nosso
caminho. (*Grifamos).
Se
você for destro, coloque a sua mão direita à sua frente para que possa olhar para ela. Se for canhoto, estenda a mão esquerda. Você faz muito com essa
mão, o bem e o mal. Mas agora
dedique essa mão a Cristo. Ele pode tornar você sábio
por toda a sua vida com essa mão. Eis do que precisa
lembrar-se: Jesus morreu pela sua mão.
Ele
não morreu somente pelos pecados cometidos
com os seus pés. Ele derramou o Seu
sangue por amor a seus pés,
para resgatar os seus pés, para fazer os
seus pés viverem na vida presente para o louvor da glória de
Sua graça. Seus pés vão ser poderosos para Deus.
Seus pés não mais vão sentir dor. Seus pés não serão
mais capazes de pecar. Na verdade, tudo quanto você é será resgatado. Como pode entregar-se à estultícia agora? Esse não é o seu caminho. Esse não é o seu destino. Cristo separou você
para Si mesmo. Ele terá a palavra final em sua vida, e o Seu propósito
de graça está despontando
em você agora.
Paulo
E. Penno
Notas:
1]
“Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos,” pág. 91;
2] "To
the General Conference" (À Conferência Geral), B-24, 1889; Materiais de Ellen G.
White sobre 1888,
págs. 442, 443;
3] Nevins, “I Must Pray More,” (Devo
Orar Mais) Advent Review and Sabbath
Herald, July 14, 1863, pág. 49.
4] Ellen G. White, Boletim
da Conferência Geral de 1893, pág. 24; Mensagens Escolhidas. 3,
pág. 162. (Na edição Casa Publicadora Brasileira, em Tatuí, de 1987, está à pág. 196;
Testemunhos Para Ministros e Obreiros Evangélicos,
pág. 31.
Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de
Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD,
localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510)
782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia
ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma
extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual
está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White.
Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os
Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos,
escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele,
Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente
escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube,
semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de
Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
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