Para 10 a 17 de janeiro de 2015
“Porque o mandamento é lâmpada,
e a lei é luz; e as repreensões da correção são o caminho da vida” (Prov.
6:23). Nosso texto para memorização nos lembra que a posição final dos santos
deve-se a que a fé de Jesus observa todos os mandamentos de Deus em nós. Isto
se dá como resultado da verdade afirmado em Gálatas 2:20: “Já estou crucificado
com Cristo”. Isto significa que eu morri neste crucifixão, mas o apóstolo
continua a dizer: “já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e a vida
que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus”. Jesus observou todos
os mandamentos de Deus. Ele está vivendo Sua vida em mim por meio do Espírito,
e como tal é que Apocalipse 14:12 descreve a vida de Cristo em Seu povo. O Seu
povo vive pela fé, e é essa fé em Jesus que atua mediante o amor que obedece a
lei de Deus.
O princípio subjacente aos
mandamentos não diz respeito a roubar, mentir, ou até mesmo matar. Embora a lei
de Deus requeira de nós o não envolvimento nessas atividades ou pensamentos, estão
na própria constituição e núcleo de nossa humanidade desde a Queda. Portanto, é
impossível ao homem, seja um pagão ou um professo ministro de Deus, abster-se,
não importa o montante de esforço ou desejo, dessas obras da carne. As obras do
homem são apenas isso, obras do homem.
Quando Deus “obra” Ele assina o
Seu trabalho com o Seu nome e selo. Deus não assina obra alguma que não haja
feito, pois isso não seria apropriado. O homem assina o que faz; Deus assina o
que faz, e, no fim, o selo de Deus, não a assinatura do homem, é o fator
determinante. A obediência de Jesus à lei é a única obediência aceita pela lei
e, portanto, pode ser selada. A própria obediência do homem jamais será aceita,
pois todos os esforços do homem procedem dele e não da fé, portanto, todos os
seus esforços para cumprir a lei são apenas pecado: “Porque tudo o que não procede
de fé é pecado” (Rom. 14:23).
Apocalipse 14:12 afirma que os
mandamentos de Deus são observados (ou cridos) por causa da fé em Jesus e por
seu meio. Se os esforços e méritos do homem merecessem realmente alguma
consideração, João, o Revelador, perdeu uma ótima oportunidade de mencioná-los
aqui.
Os mandamentos de Deus são as
promessas de Deus. “Então falou Deus todas estas palavras, dizendo: Eu sou o
Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão” (Êxo.
20: 1-2). Deus já livrou a todos do pecado e de seus vícios “prediletos”. O
problema parece ser que a maioria aceita as exigências da Lei enquanto nega o
poder do Legislador cumprir Sua própria lei! Isto é o mesmo que aceitar a
criação, mas negar o poder de Deus para realizá-la. Onde não há poder, não há
poder. Nenhuma quantidade de saltos que dê o homem para cima e para baixo pode
produzir o que não possui naturalmente. Assim, Deus nos promete que, por Ele já
nos ter livrado, não devemos furtar, cometer adultério, etc. Que notícia
maravilhosa!
Paulo confessa: “Estou
crucificado com Cristo e já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e a
vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou e
a Si mesmo se entregou por mim” (Gál. 2:20). “Morremos”, contudo a vida que
está no interior é a de Cristo e Ele traz a sua obediência a nós, por nós e
como nós. Os mortos são libertados do pecado (Rom. 6: 7, 8, 14, 18, 22) e toda
a conversa sobre como uma pessoa se sente se comete adultério é apenas um
desvio—uma declaração de incredulidade no poder de Deus. É Cristo do começo ao
fim. Ponto final!
Quanto ao envolvimento do homem
na sua própria salvação: “Se reunirdes tudo o que é bom e santo e nobre e
encantador no homem, e, em seguida, apresentardes a questão aos anjos de Deus
como tendo um papel na salvação da alma humana ou em mérito, a proposição seria
rejeitada como traição” (Materiais de Ellen G. White sobre 1888”, vol. 2, pág.
816). A marca de todos os pagãos ou religião pagã é a de que o homem deve fazer
algo para contribuir para a sua própria salvação.
E. J. Waggoner, um dos dois
mensageiros da mensagem de 1888, escreveu o seguinte em The Glad Tidings, capítulo
2.1 Estas passagens tratam
da questão da vida e morte dos mandamentos:
“Cristo dá liberdade do pecado.
Sua vida é ‘a lei perfeita da liberdade’. ‘Pela lei vem o pleno conhecimento do
pecado’ (Rom. 3:20), mas não a liberdade do pecado. ‘A lei é santa, e o
mandamento é santo, justo e bom’ (Rom. 7:12), pois dá o conhecimento do pecado,
condenando-o. É uma placa de sinalização, que indica o caminho, mas não nos
leva até ele. Pode nos dizer que estamos fora do caminho, mas só Jesus Cristo
pode nos fazer andar nele, pois Ele é o caminho. O pecado é escravidão. Somente
aqueles que guardam os mandamentos de Deus estão em liberdade (Salmo 119: 45);
e os mandamentos podem ser observados somente pela fé em Cristo. Rom. 8: 3,4.
“Portanto, quem quer que induza
as pessoas a confiar na lei para a justiça sem Cristo simplesmente as coloca
sob um jugo e as prende em cativeiro. Quando um homem condenado pela lei é
lançado na prisão, ele não pode ser livrado de suas correntes pela lei que o
mantém lá. Mas isso não é culpa da lei. Só por ser uma boa lei ela não pode
dizer que um homem culpado é inocente.
“Além disso, não há um só que
tenha força para observar a lei, pois as suas necessidades são grandes. Embora
ninguém possa ser justificado pelas obras da lei, a culpa não está na lei, mas
no indivíduo. Aceite a Cristo no coração pela fé, e a justiça da lei vai estar
lá também. Como o salmista diz: ‘Deleito-me em fazer a tua vontade, ó Deus meu;
sim, dentro do Meu coração está a Tua lei’ (Salmo 40:8). Aquele que lance fora
da lei, porque não vai ao mal chamar bem, também rejeita a Deus porque Ele ‘não
tem por inocente o culpado’ (Êxo. 34: 7). Mas Deus vai remover a culpa, e,
assim, tornar o pecador justo, ou seja, em harmonia com a lei.
“Muito se perde por não se
notar exatamente o que as Escrituras dizem. No original em Gálatas 2:16 temos a
‘fé de Cristo’, assim como em Apocalipse 14:12 temos a ‘fé de Jesus’. Ele é ‘o
autor e consumador da nossa fé’ (Heb. 12: 2). ‘A fé vem pelo ouvir, e o ouvir
pela Palavra de Deus’ (Rom. 10:17), e Cristo é a Palavra. Deus ‘repartiu a cada
um a medida da fé’ (Rom. 12: 3) em dar Cristo a todos os homens.
“Assim, não há oportunidade
para ninguém alegar que a sua fé seja fraca. Um homem pode ser ‘fraco na fé’,
isto é, pode ter medo de depender de fé; mas a própria fé é tão forte como a
Palavra de Deus. Somente Cristo é justo. Ele venceu o mundo. Só ele tem o poder
de fazê-lo. Nele está toda a plenitude de Deus, porque a lei—o próprio Deus—está
em seu coração. Ele somente observou e pode observar a lei com perfeição.
Portanto, somente por Sua fé—fé viva, isto é, Sua vida em nós—podemos ser
tornados justos.
“Isto é suficiente. Ele é uma ‘Pedra
provada’. A fé que Ele nos dá é a Sua própria fé provada e aprovada, e ela não falhará
em qualquer circunstância. Não somos exortados a tentar fazer tão bem como Ele
fez, ou tentar exercer tanta fé quanto Ele tinha, mas simplesmente tomar a Sua
fé, e deixá-la operar por amor, e purificar o coração. Ela vai fazê-lo! (Gal.
5: 6).
“A todos quantos O receberam,
deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que creem no seu nome” (João
1:12). Isto é, todos os que creram em Seu nome receberam. Crer no Seu nome é acreditar
que Ele é o Filho de Deus. Crer que Ele é o Filho de Deus significa crer que
Ele veio em carne, carne humana, a nossa carne. O Seu nome é ‘Deus conosco’.
“Então, crendo em Cristo, somos
justificados pela fé de Cristo, uma vez que temos a Ele, pessoalmente, habitando
em nós, exercendo a Sua própria fé. Todo o poder no céu e na terra está em Suas
mãos. Reconhecendo isso, nós simplesmente permitimos que Ele exercite o Seu
próprio poder em Sua própria maneira. Isso ele faz ‘muito mais abundantemente’
pelo ‘poder que opera em nós’”.
Começamos com este verso: “Porque
o mandamento é lâmpada, e a lei é luz; e as repreensões da correção são o
caminho da vida” (Prov. 6:23). E fechamos com a palavra do apóstolo João em
relação ao nosso versículo: “Nele estava a vida, e a vida era a luz dos homens.
E a luz resplandeceu nas trevas, e as trevas não a compreenderam. E o Verbo se
fez carne e habitou entre nós, e vimos a sua glória, glória como a do Unigênito
do Pai, cheio de graça e de verdade” (João 1: 4-5, 14).
—Os materiais desta lição foi
compilado por Daniel H. Peters
dos escritos de Ellen G. White, E. J.
Waggoner, e diversos
escritos dos ensinamentos da mensagem de 1888
Notae:
[1] The Glad
Tidings, (As Boas Novas) Publicações Glad Tidings;
O irmão Daniel Peters vive na parte leste da cidade de Los
Angeles, Estado da Califórnia, EUA, e trabalha como Conselheiro Oficial
antidrogas e álcool para mães e mulheres grávidas. O seu coração foi sensivelmente
tocado pela “mui preciosa mensagem” (Test. p/ Ministros, págs. 91 e 92) e sua
vida tem sido apaixonadamente dedicada a esta mensagem que Deus outorgou à Sua
igreja em 1888. Ele e sua família são membros da igreja adventista do sétimo
dia de Whittier, uma cidade a 19 kms ao sul de Los Angeles, localizada no nº
8841 na Calmada Avenue, Whittier, Ca. 90605, EUA. Ele é tataraneto de Ellet J.
Waggoner. O irmão Daniel é um ardoroso estudante da Bíblia e do Espírito de
Profecia e de toda literatura relativa à mensagem de 1888. Ele foi um dos
principais oradores no seminário “É a
Justiça Pela Fé, Relevante Hoje?”, realizado em 21 e 22 de maio de 2010) na
Igreja Adventista do Sétimo Dia da cidade de Reno, estado de Nevada, localizada
na 7125 Weest 4th Street.
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