quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Jesus, A Fonte PURA da Salvação

A lição de 2ª Feira, 3 de novembro de 2008 nos fala de Pecado e impureza.

Em Levíticos temos diversas e variadas Leis sobre a pureza (Lev. 11:1 a 15:33). Tratam da pureza cerimonial e higiênica, moral e ritual, intencional o não-intencional. Sore as leis cerimônias de Levíticos 11, o Comentário Bíblico, Vol. 1 pág. 757, diz

“Estas leis tratavam com o sistema de adoração que prefigurava a cruz.”

Nos simbolismos dos rituais de purificação prescritos por Deus, que apontavam para a obra de Cristo, havia sempre uma medida drástica ao final, uma casa com “lepra” era demolida, roupas eram queimadas, uma cisterna em que um animal (símbolo do pecado) caia era tampada, mas neste caso havia uma exceção: quando a cisterna era brotante (isto é quando havia uma fonte de água dentro dela, brotando água continuamente), tirava-se o animal e, a fonte permanecia limpa. Jesus é esta fonte brotante.

Leviticos 11 fala sobre os animais limpos e os imundos. Do versículo 29 em diante fala sobre os animais mortos e todo que tocar neles, estando mortos, será imundo. O verso 37 fala que tudo aquilo sobre que cair qualquer coisa deles, estando eles mortos, será imundo, mas o verso 36 diz: “porém a fonte ou cisterna, em que se recolhem águas, será limpa”, mas quem tocar no seu cadáver será imundo.” A versão King James diz: porém a fonte ou cisterna, (na qual haja) abundância de água será limpa...” A Almeida Revisada diz: porém a fonte ou cisterna, em que há depósito de água será limpa...”

A figura é de uma fonte brotante de águas artesianas que vêm das profundezas da terra, e jorra cada dia bilhões de litros de água provenientes da Rocha, água cristalina, pura e leve, refrescante e saudável. Esse fenômeno nos fala das misericórdias de Deus que se renovam cada dia em nossa vida, porque elas não têm fim. Cristo é esta fonte, de onde nos flui constantemente a Água da Vida. Uma Fonte de águas permanentes, inesgotáveis, de abundantes águas da graça de Deus, fonte de justiça e amor, verdade e salvação, jorrando sem cessar, trazendo-nos vida hoje e eternamente.

Jesus prometeu-nos que qualquer um que “crê” nEle terá um poço de água fresca cintilante de vida, saltando de sua alma mais íntima, para refrescar qualquer um com quem ele entre em contato (João 7:37-39).

“Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza” (Zacarias 13:1).

“Vós com alegria tirareis águas das fontes de salvação” (Isaias 12:3)

“Se alguém tem sede, venha a Mim e beba” (João 7:37).

Essas águas purificadoras simbolizam "a lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo, que abundantemente Ele derramou sobre nós, por Jesus Cristo, nosso Salvador" (Tito 3:5, 6).

“Fonte dos jardins, poço das águas vivas” é a Palavra de Deus (Cantares 4:15). (Profetas e Reis, pág. 234.e O Maio Discurso de Cristo, 37)

Como no reino físico, assim ocorre no espiritual. Ao aprendermos a nos alimentar da palavra de Deus—o pão de céu — beber da Fonte da água da viva e aquecer-nos nos raios de luz vindos do "Sol da Justiça" cresceremos na plena estatura espiritual de homens e mulheres em Cristo Jesus.

“Devemos contemplar a Cristo, e contemplando somos transformados. Temos de ir a Ele, como a uma fonte aberta e inexaurível, da qual podemos beber repetidamente e encontrar sempre novo suprimento. Não olheis para baixo, como se estivésseis ligados à Terra. Não façais constantemente um exame de vossa fé, arrancando-a, como se fosse uma flor, para ver se tem alguma raiz. A fé cresce imperceptivelmente.” Bible Echo, 15 de fevereiro de 1893, pág. 77.

“Aquele que busca matar a sede nas fontes deste mundo, beberá apenas para tornar a ter sede. Por toda parte estão os homens descontentes. Anseiam qualquer coisa que lhes supra a necessidade da alma. Unicamente Um lhes pode satisfazer essa necessidade. O que o mundo necessita é "o Desejado de todas as nações", é Cristo. A divina graça que só Ele pode comunicar, é uma água viva, purificadora, refrigerante e revigoradora da alma (grifamos).

“... As cisternas esvaziar-se-ão, os poços se hão de secar; nosso Redentor, porém, é uma fonte inesgotável. Podemos beber, e beber mais, e sempre encontraremos novo abastecimento. Aquele em quem Cristo habita, tem em si mesmo a fonte da bênção - "uma fonte de água que salte para a vida eterna". João 4:14. Dessa fonte poderá tirar forças e graça suficientes para todas as suas necessidades.” O Desejado de Todas as Nações, pág. 187, 3ª página do cap. XIX.

Ao Cristo “assumir” a nossa natureza caída, pecaminosa, o antítipo daquela figura de Lev. 11:36 encontrou o tipo. Retira-se o animal morto (símbolo do pecado) e a fonte “será limpa.” Cristo foi feito pecado por nós, mas Ele, ao assumir a nossa natureza, não foi contaminado, Ele não pecou.

Quando a Bíblia e a serva do Senhor falam da santidade de Cristo, e que Ele nunca pecou, não estão negando a natureza humana, igual à nossa, que Cristo assumiu; simplesmente estão falando que, a despeito de portar este equipamento defeituoso que é a nossa natureza caída, Ele nunca o pôs em funcionamento, nunca pecou. Ele podia assim dizer que “o inimigo nada tem em Mim”.

Não procede pois o mais corriqueiro dos argumentos dos que querem negar esta gloriosa verdade da condescendência do Rei do Universo ao vir a este mundo e assumir a mesma natureza que você e eu temos. A Sua humilhação é a Sua glória.

O argumento que eles usam é “—se Cristo tinha a nossa natureza caída então Ele era um pecador e necessitava de um salvador.” Este é um raciocínio errado originário da idéia católico-romana da teoria do “pecado original”, que entende ser o pecado “status”, isto é, eu peco porque sou filho de Adão, ou, porque tenho a natureza pecaminosa. Ora, porque Adão pecou eu herdei a natureza pecaminosa, mas peco porque escolho pecar, eu não sou culpado pelo pecado dele. Que pecado é escolha é abundantemente declarado nas Sagradas Escrituras.

Distorcendo este ponto, partindo do “pecado original”, Santo Agostinho criou a doutrina do marianismo, e, daí, foi obrigado a contornar os efeitos deste erro, estabelecendo outras doutrinas não bíblicas, como o limbo, o purgatório, etc.

Este conceito errôneo do “Pecado Original” foi incorporado pelas igrejas populares de hoje, e é defendido inclusive por muitos entre nós, alguns declaradamente, outros, embora o neguem, fazem afirmações que implicam nele. Realmente obra do anticristo que o apostolo Paulo disse que viria, mas que já estava no mundo (1ª João 4: 3).

—João Soares da Silveira