quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Lição 6 – Expiação em Símbolos - I

Deus preferiu antes morrer por nós que viver sem nós.

Satanás "... discernia nessas cerimônias um símbolo de comunhão entre a Terra e céu. Aplicou-se a interceptar essa comunhão. Desfigurou a Deus, e deu falsa interpretação aos ritos que apontaram ao Salvador. Os homens foram levados a temer Deus como um Ser que Se deleitasse na destruição deles. Os sacrifícios que deveriam haver revelado Seu amor, eram oferecidos apenas para Lhe apaziguar a ira" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 115, 2ª pág. do cap. 12).

Quando os filhos de Israel demonstraram sua mentalidade de escravo no Sinai e prometeram "tudo que o Senhor tem falado, faremos" (Ex. 19:8), era inevitável que entendessem mal o grande símbolo coletivo do plano de salvação representado pelo santuário.

"... E o colocar o tabernáculo no meio do acampamento de Israel era uma ilustração, uma parábola e sugestão, da verdade de que Ele moraria dentro de cada indivíduo". Efésios 3:16-19. Alguns daquela nação, em cada geração, viam no santuário esta grande verdade que salva. Mas como um corpo, em todos os tempos, Israel perdeu este pensamento; e ficando somente com a idéia de Sua morada no tabernáculo no meio do acampamento, eles falharam em ter a Sua própria presença pessoal morando em seu viver individual. Assim sua adoração tornou-se só exterior e formal, antes que interior e espiritual" (A. T. Jones, um dos mensageiros de 1888, em O Caminho Consagrado para a Perfeição Cristã, págs. 72, 73).

Deus usou o símbolo da criança enjeitada, abandonada, em Ezequiel 16, para simbolizar a perversão que Israel tinha feito dos Seus símbolos do santuário. O Senhor adornou Seu Israel com símbolos do templo, ouro, prata, linho fino, seda, e pano bordado, e Ele nutriu a noiva com boa farinha, mel, e óleo (vs. 13). Entretanto, ela brincou de prostituta e atribuiu estes símbolos como fornecidos por seus outros deuses. Recusaram ver que eram simbólicos da obra de Deus de santificação dentro deles.

Quando Jesus começou o Seu ministério, Ele expulsou (*do templo) os comerciantes que vendiam os símbolos do santuário (João 2:12-22). O povo tinha perdido completamente uma visão de sua importância real. (*Achavam que) era suficiente que obtivessem um animal e executassem o ritual de sacrifício porque vieram a acreditar que salvação foi produzida pelo ato em si, não o Sacrifício que ele representava. Israel acreditou que a presença de Deus estava limitada ao propiciatório dentro do templo terreno feito pelo homem.

Sem entendimento adequado dos concertos, nós repetiremos o erro do Israel antigo concernente a importância do sistema sacrifical. No Novo Concerto, Deus promete escrever Sua lei nos nossos corações. Só Deus pode mudar o coração pecaminoso. Entretanto, demonstramos nosso equívoco deste princípio quando insistimos em usar os dez mandamentos para forçar mudança exterior sem ter em conta mudança genuína de coração. Não cometemos nós o mesmo erro que Israel quando gravamos os mandamentos em letreiros de vários materiais, mesmo pedra, e os pomos nas paredes de nossas escolas e igrejas e até mesmo nos pára-choques? (*No Brasil os colocamos nas praças públicas). Por nosso legalismo formal, nós demonstramos que estamos satisfeitos em ter Deus em nosso meio, mas não dentro de nós.

Bem no fim, quando o quarto anjo de Apocalipse 18 iluminar a terra inteira com sua glória, os comerciantes da terra chorarão e lamentarão "porque ninguém mais compra suas mercadorias" (vs. 11). Estas mercadorias estão descritas nos verses 12 e 13, e os artigos listados são elementos básicos do templo. Mesmo os mercadores de símbolos religiosos não podem mais enganar as pessoas de que estes são a coisa real depois que viram a glória genuína de Deus.

O quarto anjo de Apocalipse 18 amplia as mensagens dos três anjos de Apocalipse 14. A mensagem final de evangelho desmente a alegação de Satanás de que Deus não pode produzir um povo que permitirá Deus assim mudar os seus corações de tal modo que Seu caráter possa ser perfeitamente reproduzido neles. O símbolo do Seu caráter é corporificado na Sua lei. Como o Israel antigo, podemos perverter os símbolos do concerto de graça. O grande simbolismo adventista do sétimo dia, do entendimento de Daniel 8:14, de purificação do santuário, pode ser pervertido num sistema complicado de datas e sacrifícios onde a mensagem genuína de graça que transforma corações é perdida em todos os detalhes. A capacidade de reproduzir o gráfico dos 2300 dias com todos os detalhes não nos salvará. Mesmo a humilhe aceitação da obra de Deus de purificar os nossos corações também não nos pode salvar, mas só nos qualifica para a vida na economia celestial de amor.

Todos os símbolos apontam à Cruz, onde Deus estava em Cristo reconciliando o mundo consigo mesmo. Isso é o que nos salva. A dependência em algo mais é uma perversão.

Arlene Hill

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.