quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A Mensagem do Santuário Faz Sentido?

A Mensagem do Santuário Faz Sentido?1

*“Ela nos revela o desfecho triunfante da controvérsia entre a justiça e o pecado”. Evangelismo, página 222, e O Grande Conflito, pág. 488).

A mensagem de 1888 explica este mistério do Santuário?

Uma questão tem constantemente surgido: “O que aconteceu em 1844 tem algum outro significado além de ser um quebra cabeça?”

A menos que se encontre uma resposta (*para esta pergunta), a devoção pela nossa “Mensagem do Santuário” perde o seu valor.

E, se isso acontecer, diga adeus a qualquer mensagem significativa (*da denominação Adventista de Sétimo Dia) além do que têm, por exemplo, os “Batistas do Sétimo Dia”.

Um desafio é constantemente lançado contra nós: Podem vocês adventistas provar a “mensagem do Santuário”, inclusive 1844 e o “Juízo Investigativo” com a Bíblia somente, sem usar Ellen White como muleta?

Bem, batizado em Cristo nesta igreja, e por muitas décadas pregando a mensagem do Santuário, eu tenho ponderado sobre este problema. Sem nenhuma confusão ou dúvida interna. Eu tenho usado somente a Bíblia para apresentar a doutrina do Santuário para os não-adventistas, quando tenho preparado pessoas para o batismo.

Eu a vejo ensinada na bíblia, sem precisar buscar ajuda de Ellen G. White, tão claramente quanto vejo a verdade do sábado. Ela disse:

“A compreensão correta do ministério do Santuário Celestial constitui o alicerce de nossa fé.” Evangelismo, página 221.

(*Você há de encontrar outras denominações que observam o Sábado. Você achará outros movimentos que pregam a reforma de saúde. Existem mesmo grupos que crêem na mortalidade da alma. Mas, a doutrina do Santuário é) o único ensinamento dos adventistas do Sétimo Dia que nos fazem diferentes de todas as demais denominações. “Essa doutrina é a coluna que sustenta a estrutura de nossa posição.” Carta 126, de 1897.

Ela estava certa, “O Santuário no Céu é o próprio centro da obra de Cristo em favor dos homens.” Evangelismo, pág. 222. O que Cristo está ministrando lá, para aqueles que a receberão, é a experiência da justificação pela fé. Essa é a atividade na qual Ele se ocupa em Seu “ofício” Sumo-Sacerdotal.

A mensagem do Santuário se relaciona intimamente com essa verdade especial (*da obra intercessora de Cristo em nosso favor).

Muitos dizem: “—vocês adventistas são ingênuos, passaram por uma lavagem cerebral.” Bem, pelo menos eu gosto de ensinar esta, e todas as demais verdades da Bíblia. E tenho feito isto a pessoas de todos os níveis sociais e culturais, pessoas pensantes, que não se deixam enganar por fábulas; batizando-as em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo, e que permanecem a vida toda comprometidos com os adventistas do Sétimo Dia, (*ensinando estas verdades a outros mais, e estes a ainda outros, e a todos fazendo o mais inteiro e completo sentido)

“A Doutrina do Santuário é um conjunto completo de verdades, ligadas harmoniosamente entre si, mostrando que a mão de Deus dirige o grande movimento do advento.” O Grande Conflito, pág. 423.

Então surge a pergunta: Por que há tantos adventistas relegando a doutrina do Santuário? Por que, por exemplo, nosso atual editor associado do Comentário Bíblico Adventista repudia (*esta doutrina) totalmente?2

Ele diz que é questão de responsabilidade. É algo que funciona como uma desvantagem para o obreiro, e ele afirma que há muitos de nossos pastores e líderes que intimamente duvidam (*da verdade desta doutrina), embora permaneçam na igreja como empregados. Ele insinua que eles gostam de salários e ajudas de custo que os obreiros recebem (“perks”).

O que eles têm entendido como a mensagem do Santuário tem sempre sido somente uma fria doutrina teológica. Nunca se tornou uma verdade que prende e ardentemente toca o coração. Nunca aprenderam a amar a verdade.

Esta mensagem os deixou frios, e, possivelmente, em muitos casos, pior do que isto, os deixou dominados por temeroso pesadelo. Eles vêem o ministério de Cristo no (*segundo) compartimento do santuário, chamado Santíssimo, ou Santo dos Santos, como um julgamento de tribunal, onde nossa própria existência é posta em risco. Uma escorregadela em rejeição no juízo investigativo seria ou é um despacho para o inferno.

Assim esta visão distorcida da doutrina do santuário, não é mero conhecimento teológico irrelevante; seu efeito colateral para eles é um terror espiritual.

É importante entender esta questão. Uma declaração de Ellen White faz simples e bom sentido. Ë uma breve passagem onde ela diz que se nós rejeitamos a passagem de Cristo de um compartimento para outro no Seu ministério no Santuário em 1844, nos colocamos em aberto para uma decepção do falso cristo, se postando no lugar do Verdadeiro, estabelecendo uma exibição repleta de milagres. Atualmente a contrafação se tornou extremamente sofisticada.

Entretanto nós defrontamos a influência de um ex-proeminente e influente líder adventista do Sétimo Dia que repudiou estas introspecções sobre uma diferença nas duas fases do ministério sumo-sacerdotal de Cristo. Pode não ser falta dele se sentir deste modo, afinal de contas ministros e líderes em nosso passado geralmente ensinaram a mensagem do Santuário divorciada da iluminação especial da mensagem de 1888 deste modo a “mui preciosa mensagem” foi seqüestrada.

Ellen White nos disse em 1896 que “O inimigo os impediu de obter a eficiência que poderiam ter tido em proclamar esta verdade e pela ação de nossos próprios irmãos a luz tem sido, em grande medida, conservada afastada do mundo”. Mensagens Escolhidas, volume 1, página 235.

Assim, sejamos clementes para com estes que hoje rejeitam a mensagem do Santuário, e “olhando para ti mesmo para que não sejas também tentado”, Gálatas 6:1. Estas pessoas que entre nós atualmente estão rejeitado a mensagem do Santuário, provavelmente nunca captaram a mensagem de 1888. Possivelmente eles cresceram e passaram pela escola adventista e seminário teológico universitário, sem ninguém os ensinar esta mensagem nem sua história.

Até hoje nenhum de nossos seminários teológicos oferece um curso sobre a mensagem de 1888. Qualquer que a aprende o faz por acidente.

Esta mensagem eleva a particular mensagem adventista do Sétimo Dia do Santuário fora da confusão e perplexidade, e a reveste do brilhante manto da justiça de Cristo, isto é, o evangelho visto como mui Boas-Novas.

O amante Senhor, em sua providência colocou em minhas mãos, aparentemente por acidente, dois livros que aqueceram meu coração, através da particular idéia do Santuário, na mensagem de 1888:

1º) “Glad Tidings”, “As Boas Novas”, ou “As Alegres Novas” do Pr. Ellet J. Waggoner, um dos mensageiros de 1888, do qual eu aprendi a diferença entre o Velho e o Novo Concertos. Descobri que o Evangelho é mui Boas Novas, muito melhores do que em meus 9 anos, que então eu tinha de adventismo, e que dele havia até então ouvido apresentado. Prendeu minha atenção, cativou meu coração, e ainda o faz até hoje. Eu vejo justificação pela fé para muito além do que uma fria fórmula teológica. São Boas-Novas, muito além do que pastores e lideres de diversas denominações, que não vêem a verdade do sábado, nem a doutrina do Santuário, nem a verdade a respeito dos santos dormindo esperando a ressurreição “em Cristo”.

Deus tem muitos nas igrejas que observam o domingo, vivendo de acordo com a luz quem têm. Eu vim de uma delas. Eles simplesmente não vêem a idéia da justiça pela fé como nos foi outorgada em 1888, porque eles não vêem que no que nós chamamos morte, o homem dorme até a ressurreição, e eles não sabem seguir a Cristo em Sua obra de expiação no Santíssimo compartimento do Santuário.

O segundo livro que me veio à mão, era um exemplar velho e surrado, com as pontas das folhas todas dobradas e enroladas, do livro “O Caminho Consagrado para a perfeição Cristã”, de autoria de Alonzo T. Jones, o outro mensageiro de 1888. Ali eu descobri uma nova perspectiva.

Era eu estúpido e ingênuo? Talvez sim:

O Santuário Celestial não pode nunca ser “purificado”3 até que, primeiro que tudo, o coração do povo de Deus seja purificado. É assim simples. E é muito mais do que um truque de registro legalístico, pelo qual Deus olha no sentido oposto, enquanto nós continuamos a pecar. O fator omitido é suprido por um novo e claro entendimento de Justificação pela fé. Ellen White disse que “A mensagem de 1888 é a terceira mensagem Angélica em verdade”. Review and Herald, 1 de abril de 1890.

“Fé”crê quando algumas mulheres falam a você no domingo de manhã em que Jesus ressuscitou dos mortos, e você não O viu. A fé não espera para por os seus dedos nas feridas da Sua mão e no seu lado, como Tomé insistiu.

De acordo com 1ª João 4: 16, a verdade requer um grande comprometimento, mais do que mera convicção intelectual: “Nós temos sabido e acreditado”. É assim que nós seguimos ao verdadeiro Cristo em Seu ministério no lugar Santíssimo, convincente evidência objetiva, uma apreciação do coração dele.

Como a Mensagem de 1888 nos levou a nos apaixonarmos com a mensagem adventista do Sétimo Dia do Santuário?

Vejamos nove pontos fundamentais:

1º) Veja o hino 107 do Hinário Adventista, iáfkmçlkkçldkfHHHHIntrrrr/090009oooinário AdventistaHiiiHHHHhHhHHHHHwjgllk“Alegrias Vem Trazendo”4 de João e Carlos Weslley, onde se vê que (*estes dois irmãos) sentiam, em 1747, a necessidade por algo que ainda não entendiam claramente; a quarta estrofe, que diz:

Termina, então a Tua nova criação,

Puros e sem mancha,5 nos fazes ser

Permita-nos ver a Tua grande salvação,

Perfeitamente restaurada em Ti,

É como o Santuário deve ser “purificado.”

(*Esta salvação que os irmãos Wesley viam no santuário é chamada, no Novo Testamento, de “o caminho”, e, mesmo no Velho Testamento, João e Carlos Wesley devem ter se deparado com aquele majestoso verso que diz: “O Teu caminho ó Deus, está no Santuário”, Salmo 77:13, na Almeida Revista e Corrigida). Os irmãos Wesley estavam tentando colocar o dedo na especial verdade que instruiu a mensagem de 1888, a mensagem da Justiça de Cristo, que iluminaria, em 1888 e anos seguintes, e, por não ter isto ocorrido, ainda há de iluminará toda a terra com glória, Apocalipse 18:1. Os irmãos Wesley poderiam ter realizado aquilo por que estavam procurando, mas eles viveram antes do tempo (*marcado no calendário divino através do profeta Daniel).

2) A purificação do santuário celestial faz diferença em um viver prático no dia-a-dia. Se é impossível para o Santuário no céu ser “purificado”3 até que o coração do povo de Deus na terra seja puro, então isto tem uma importante conclusão: Cristo, como nosso Sumo-Sacerdote está se especializando agora em convencer Seu povo de prévios desconhecidos pecados. À medida que cada pecado do dia-a-dia é visto e (*abandonado) esquecido por sua graça, a especial obra de purificação se desenvolve. O Sumo-Sacerdote planeja que seja completa. E Ele quer que seja logo. Ele a fará se o Seu povo não se opuser a Ele.

3) Isto não é, meramente, uma presunção legal da parte de Deus, algo que Ele sabe muito bem que não é ainda realidade. Quando Apocalipse 14:12 declarar: “—Aqui estão os que guardam os mandamentos de Deus...”—há de ser verdade. Este povo terá então vencido, “assim como Cristo venceu”, Apocalipse 3:21. Eles não terão, simplesmente, sido legalmente considerados justos, como tal contrário à realidade. O evangelho objetivo terá, finalmente, se tornado demonstrado completamente subjetivo.

Não ridicularize esta solene verdade, como muitos fazem, pois, se você o fizer, você será como aquele capitão, “em cuja mão o rei se encostava”, e que ridicularizou a profecia de Eliseu de que um milagre de abundância de víveres ocorreria “no dia seguinte”, II Reis 7:2 e 17. Ele o viu, mas não participou da benção. Lucas 20: 35.6

Quando Ellen White fala dos “1800 anos” do ministério de Cristo no Primeiro Compartimento do Santuário Celestial, nenhuma vez Ele teve um grupo corporativo de crentes na terra cuja fé assim amadureceu. Ninguém foi trasladado durante aqueles longos séculos.

Mas, agora, vem uma mudança em Seu ministério;

Ele está no Segundo compartimento. É o Dia cósmico da Expiação.

O santuário celestial está, afinal, “purificado”, (*no sentido de que) Ele agora, tem um grupo de pessoas cujos corações foram curados de cada raiz de alienação de Deus . A “expiação” se tornou uma reconciliação com Ele mesmo, completa no Dia antitípico da Expiação.

Quando João e Carlos Wesley estavam tentando captar isto, eles estavam amargamente contra, até mesmo por (*influência de) Augusto Toplady, autor do amoroso hino “Rocha Eterna”, nº 195, no nosso “Hinário Adventista”, “Rock of Ages”, hino de nº 300 no hinário adventista americano.

Exatamente a idéia de vencer completamente “assim como Cristo venceu”, era considerada fanática, e rotulada como “perfeccionismo”.

Mesmo hoje há pessoas devotas, assim como Augusto Toplady, que vêem a idéia de purificação do santuário, (*da mensagem de 1888) como um “perfeccionismo” impossível, desencorajador de se pensar. A razão é que está faltando uma ligação no entendimento deles (* e isto veremos no tópico que se segueJ

4) A idéia de 1888 da purificação do santuário não é a de que o povo de Deus vá realizar esta obra. O Sumo-Sacerdote é que o faz; e Seu povo para de resistí-Lo “no trabalho de Sua função”, (para emprestar a expressão de Ellen White em “Caminho A Cristo”, pág. 27, mas ATENÇÃO, esta expressão só está na edição de 1892,7

O povo de Deus, agora, permite que Ele os purifique. Eles removem os obstáculos que O impedem de atingir seus corações. A Bíblia nunca disse que o antigo Israel tinha que limpar o santuário. Sempre foi o Sumo-Sacerdote que o fez..

Proeminente na mensagem de 1888 é a idéia de cessar de lutar contra o Senhor. Somente na conferencia Geral de 1888 Ellen G. White declarou isto tão claramente:

“Poderá o pecador resistir a esse amor, poderá recusar-se a ser atraído para Cristo. Se, porém, não se opuser, será levado para Ele... em arrependimento de seus pecados”. Caminho a Cristo, Pág. 27, edição, em inglês , de 1892.

Parar de resistir a Jesus, é a essência desta idéia da purificação do santuário.

Ao que parece Ellen White pegou esta idéia de Jones e Waggoner.

As Boas-Novas são melhores do que muitos adventistas sempre pensaram ser.

No começo do ano de 1890 Ellen White foi levada a escrever uma série de artigos na nossa Revista Adventista americana, Review and Herald, entre 21 de janeiro e 28 de março, que ligava esta idéia com a obra de Cristo no Santíssimo do Santuário. E ela conectou isto tudo, diretamente com a mensagem de 1888:

“Estamos no dia da expiação, e temos que proceder em harmonia com a obra de Cristo, de purificação do santuário dos pecados do povo. Que nenhum homem, que deseje achar-se trajado com as vestes núpciais, resista ao Senhor na Sua função.” Review and Herald, 21/01/1890.

“Cristo ... está purificando o santuário dos pecados do povo. O que devemos fazer? Para estar em harmonia com a Sua obra ... um povo deve estar preparado para o grande dia de Deus”, Idem, 28/01/1890.

“A obra mediadora de Cristo, os grandes e sagrados mistérios da redenção, não são estudados ou compreendidos pelo povo que reivindica ter luz que nenhum outro povo na face da terra tem”, Idem, 4/02/1890.

“Cristo está purificando o templo no céu, dos pecados do povo, e nós devemos trabalhar em harmonia com Ele aqui da terra, limpando o templo da alma de sua corrupção moral”, Idem, 11/02/1890.

“Muitos há entre nós que têm preconceito contra a doutrina do santuário que estamos estudando nestas reuniões, e não virão para ouvi-las.” Idem , 18/02/1890.

“A dormitante igreja deve ser despertada ... O povo não entrou no lugar santíssimo ... Há aridez espiritual nas igrejas ... Eles se opõe sem saber ao que.” Idem, 25/02/1890.

“Devemos defrontar incredulidade em cada forma no mundo, mas é quando encontramos descrença naqueles que devem ser líderes do povo, que nossas almas são feridas.” Idem, 04/03/1890.

“Por aproximadamente dois anos temos insistido com o povo para vir e aceitar a luz e a verdade, referente à justiça de Cristo, e eles não sabem se devem vir e se apossar desta verdade ou não.” Idem, 11/03/1890.

“Vocês têm tido luz do céu pelo último ano e meio ... Estes que têm recusado a receber a verdade, se interpõe entre o povo e a luz ... Por quanto tempo irão aqueles que estão no comando da obra, manter-se indiferentes à mensagem de Deus? Idem, 18/03/1890.

E, finalmente, “Nossas igrejas estão morrendo por falta de serem instruídas quanto à justiça de Cristo,” idem, 28/03/1890.

Parece que ninguém em Batle Creek8 captou o que ela estava falando. Advinha qual foi a recompensa por estes artigos na nossa revista Review and Herald?

“Exílio!!!” para a Austrália no ano que se seguiu. Waggoner pouco depois foi enviado para a Inglaterra9

5) A resposta à nossa indagação inicial, em termos simples, é: a diferença entre o ministério de Cristo no Primeiro Compartimento do Santuário e no Segundo, é o que Ele faz em Seus crentes?

Até 1844 foi preparar os fiéis para morrerem, a fim de que pudessem ser “tidos por merecedores” de serem ressuscitados na primeira ressurreição. E esta é uma grande obra para nosso Somo Sacerdote fazer. Se qualquer de nós for chamado para morrer, que estejamos preparados!

Mas, quando olhado no contexto, Seu ministério, no lugar Santíssimo, o segundo compartimento do Santuário celestial, tem como objetivo, especialmente, preparar um povo para ser trasladado sem experimentar a morte.

Enquanto eles ainda estão na carne, eles devem ver a Jesus, devem encontra-Lo, face-a-face, o que somente “os puros de coração” podem suportar. Estes devem estar “vivos e permanecer até a vinda do Senhor ... e serão arrebatados juntamente com [os santos ressuscitados de todas a eras] para o encontro do Senhor nos ares”, I Tess. 4: 15 – 18.

A mensagem adventista do Santuário faz especial sentido à luz do sermão de Cristo em Mat. 24.

Tinha sido o propósito do Céu que a segunda vinda fosse com a “geração”daqueles que vissem os “sinais”da Sua breve volta—a queda das estrelas (*o escurecimento do Sol... etc., Mat. 24:29). Foi assim que nossos pioneiros a entenderam, e é isto exatamente o que as palavras de Jesus dizem. (*No vs. 30 nos é dito: “... e verão o Filho do homem vindo nas nuvens do céu ...”, e no vs. 34, Jesus disse: “...não passará esta geração sem que todas estas coisas aconteçam. Grifamos.

O inexplicável atraso (*na volta de Cristo) é o resultado de “resistir ao Senhor no trabalho de Sua função Sumo-Sacerdotal.

A comissão evangélica, à luz de Apoc. 18:1-4, poderia ter sido completada cinco anos após 1888, de acordo com o Boletim da Conferência Geral de 1893, pág. 419.

E, do livro Manuscript Release, nº 1180, pág. 12, que você poderá encontrar no terceiro volume dos materiais de Ellen G. White relativo a 188810, pág. 1130, isto:

“Se cada soldado de Cristo tivesse cumprido seu dever, se cada sentinela nos muros de Sião tivesse dado à trombeta o sonido certo, o mundo teria ouvido a mensagem de advertência, mas, a obra está com anos de atraso.”11

O atraso em terminar a purificação do santuário celestial não foi devido a alguma pane nos computadores celestiais, ou por qualquer ineficiência angelical.

O problema está “conosco”.

6) A mensagem de 1888 também livra as mentes da perplexidade a respeito do que Cristo está fazendo agora. Está Ele tirando umas férias? Ou absorvido em algum canto do Seu grande universo?

O que Ele faz, é, obviamente, Sua “obra”. Pois o grande conflito com Satanás continua, e o arquiinimigo está trabalhando intensamente. Não há tempo para Jesus tirar férias. Batalhas mais reais do que qualquer lutada com armamentos bélicos físicos está acontecendo.

A única coisa certa para o povo de Deus fazer é solidarizar-se com Cristo neste conflito. Isto é o que Ellen G. White quis dizer quando falou que devemos seguir a Cristo até dentro do Santo dos Santos, ou, o Santíssimo do Santuário, conforme vimos a pouco da Revista Adventista, Review and Herald, de 25 Fevereiro de 1890:

“A dormitante igreja deve ser despertada ... O povo não entrou no lugar santíssimo ... Há aridez espiritual nas igrejas ... Eles se opõe sem saber ao que.”

7) A idéia da purificação do santuário, que nos foi revelada em 1888, também concede, para aqueles que a entendem, uma nova motivação para seguir a Cristo.

Medo do Juízo Investigativo é “laçado fora”. Isto, outra vez, é parte do cósmico “Dia da Expiação”—um tempo para a finalmente realizada unidade com Cristo.

Livra do medo tanto quanto Ele mesmo foi libertado do temor em Sua vida na terra. Nossa natural egoística preocupação por salvação é sublimada por um maior interesse pelo triunfo de Cristo. Isto, outra vez, é o resultado da unidade do Dia da Expiação com Ele.

8) A verdade do Santuário conduz, diretamente, à Noiva de Cristo se preparando. Esta singularidade é algo que nunca aconteceu em toda a história passada “—pois são chegadas as bodas do Cordeiro, e já Sua noiva se aprontou”, Apoc. 19:7.14

Algo especial está preparado para aqueles que são convidados para as bodas do Cordeiro, Apocalipse 19: 6-9. Como indivíduos, todos (incluído aqueles dos últimos dias), são convidados para as núpcias. Mas, como um corpo, a igreja do grande Dia da Expiação torna-se a Noiva de Cristo.

Nossa primeira reação natural é: “—Ó isto é muito bom para ser verdade!!!”

Antecipando nossa tentação de duvidar, o anjo disse a João: “Escreve, pois estas palavras são verdadeiras e fiéis”, Apoc. 21:5, ú.p.

9) A mensagem da Testemunha Verdadeira ao “anjo da igreja de Laodicéia, vem a ser a própria verdade do Santuário.

Esta mensagem não se tornou uma peça de museu no porão da nossa denominação; ela prende corações no mundo inteiro hoje, onde quer que seja apresentada. O Espírito Santo impressiona as almas que procuram seguir a Cristo em Sua muito mais abundante graça para vencer.

Esta mensagem do Santuário é aquela a que a serva do Senhor se referiu ao dizer “Em Sua grande misericórdia enviou o Senhor mui preciosa mensagem através dos irmãos Waggoner e Jones, .....[*mostrando]13 ... ... .... Seu imutável amor pela família humana.”, Testemunhos para Ministros, págs. 91 e 92. Esta bendita mensagem deve ainda “iluminar a terra com Sua glória”, Apoc. 18:1.

Graças a Deus que isto assim será. E há de ser em breve.

Pr. Roberto J. Wieland.

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Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira.

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Notas do tradutor:

1) Este estudo foi apresentado pelo Pr. Roberto Wieland na Conferência Nacional Americana do comitê de estudos da Mensagem de 1888, realizada em uma escola Adventista, da cidade de Mont Vernon, no estado de Ohio, no ano de 2002. O Pr. Roberto Wieland é um incansável servo do Senhor. Serviu à nossa igreja por toda sua vida.

2) Conforme lhes falamos na nota anterior, o Pr. Roberto Wieland escreveu isto em 2002, assim tal obreiro mencionado talvez possa não mais estar ocupando hoje a posição de editor associado do Comentário Bíblico Adventista.

3) A palavra “purificado”, ou “justificado”, ou “tornado justo” são diferentes sentidos válidos do verbo hebraico “purificado”, em Daniel 8: 14.

4) O hino 107, “Alegrias Vem Trazendo” de autoria dos irmãos João e Carlos Weslley, (em inglês é o hino 191, ao qual deram o título “Divino Amor, Que a Todo Amor Excede.” Reconhecemos que a versão com rima seria quase impossível, mas retratamos no texto acima a tradução literal das palavras.

5) Ou, santos, como em português.

6) O capitão, “em cuja mão o rei se encostava”, é um impressionante relato da conseqüência de se descrer das promessas divinas, II Reis 7: 2 e 17. Aos olhos humanos parecia impossível haver abundância de víveres “no dia seguinte”, naquele cerco militar que Samaria se encontrava, versos 1 e 18. Leia a história toda em II Reis 6: 32 a 7: 20, e, então, medite em Lucas 20: 35.

7) Ellen White diz, em “Caminho A Cristo”, pág. 27, edição de 1892, que é o Sumo-Sacerdote que realiza a obra de purificação do santuário dos corações do povo de Deus, a fim de parar de resistir a Cristo “no trabalho de Sua função”. Mas, ATENÇÃO, posteriores edições em Inglês, as em português, na quinta página do capítulo “Arrependimento”, ou “Mudança de Rumo”, não mais trazem esta expressão, somente a edição em inglês de 1892. Ela foi omitida desde então

8) Batle Creek era, na época, o centro da administração da obra adventista.

9) Também pode ter tido influência naquela decisão da Conferência Geral o fato de que com a rejeição da “mui preciosa mensagem” de 1888 pela liderança da igreja, a irmã White, Waggoner e Jones passaram a percorrer juntos, e por conta própria, as igrejas, em mini-séries de conferência sobre Justificação pela Fé, que tiveram ampla aceitação entre os leigos. Isto causou um acirrado ciúme entre a liderança. Este trio foi assim desmontado, sendo a irmã White enviada para a Austrália, Waggoner para a Inglaterra e Jones permaneceu nos EUA.

10) Esta citação do livro Manuscript Release, nº 1180, pág. 12, você poderá encontrar no volume dos Matérias de Ellen G. White sobre a mensagem de 1888, pág. 1130. Em 1950 dois zelosos obreiros, os pastores Donald Short e Roberto Wieland, fizeram dois pedidos à Conferência Geral; 1º) que fosse publicado tudo que ela havia escrito a respeito de 1888, e, 2º) que fosse publicada uma antologia de toda a mensagem de 1888, tal como pregaram os dois mensageiros que a apresentaram, E.J.Waggoner e A.T.Jones, a fim de que cada membro da igreja pudesse avaliar por si mesmo esta mensagem.

Somente o primeiro pedido foi atendido, e assim mesmo 38 anos depois, isto é, no centenário da assembléia de Mineápolis, 1988. Quanto ao segundo pedido tem havido resistência até hoje, a despeito do fato de a serva do Senhor ter endossado a estes dois obreiros e seus sermões e escritos por volta de 350 vezes nos 4 volumes da obra citada..

11) Ao dizermos isto, aqui e acolá, muitos têm nos interpelado: “—Estou feliz que Cristo não tenha vindo naquela época, porque então eu não estaria em cena.” Entretanto esta é uma consideração puramente egoística. Nosso grande interesse deve ser vindicar o caráter de Deus. E agora que existimos Ele espera de nós que vivamos, pelo Seu poder testemunhando com nossa vida da Sua Justiça e do Seu amor.

12) Lembre-se, isto foi escrito 5 anos após 1888, em 1893, e, segundo ouvimos, a obra de Mateus 24:14 já estaria então concluída e Cristo já teria vindo a esta terra para levar Seu povo.

13) Eu deveria transcrever aqui todo o texto, incluindo o que foi acima omitido com as reticências, mas leia o texto original por você mesmo. Aliás uma lida até quase o final do capítulo vai talvez lhe surpreender, como aconteceu comigo e mina esposa quando o lemos pelas primeiras vezes. Naquela época nem sabíamos, como ocorre com a maioria do povo de Deus hoje, que a mensagem tinha sido rejeitada. Sempre fomos informados que foi aceita.

14) No livro "Os Movimentos do Êxodo e do Advento, em Tipo e Antítipo.” Escrito pelo pastor Taylo G. Bunch em 1937, à pág. 149 (pág. 225 na edição de 1997), no capítulo 30, no subtítulo “Uma Divina Visitação”, analisando Isaias 52:1-10, ele diz. "Aqui é retratada a divina visitação e fim do cativeiro do moderno Israel. 'Quando Jeová retorna a Sião' (Standard Version, verso 8). 'Quando o Senhor converter a Sião' (Bíblia Douai). 'Todas as vossas sentinelas estão clamado num cântico de triunfo, pois veem o Eterno face a face ao Ele retornar a Sião' (versão de James Moffatt). (*'Quando o Senhor fizer Sião voltar', Almeida Fiel). Esta é uma descrição da mensagem laodiceana e os benditos resultados de sua aceitação. Sião está adormecida e sem as vestes da justiça de Cristo. Deus a chama para despertar e levantar-se do pó e 'assenta-te em meu trono' (Standard Version, verso 2). A Igreja está inconvertida e despreparada para a vinda do Noivo. A glória do Senhor a abandonou por causa da condição laodiceana, mas agora o Senhor 'retorna' com poder pentecostal e a chuva serôdia é derramada e a obra terminada. Essa gloriosa visitação do poder divino e da obra de reavivamento e reforma é também descrita em Miquéias 7:15-20 e Joel 2:1, 12-32. Quando o povo do Advento volver-se ao Senhor de todo o coração, 'Ele voltará e se arrependerá, e deixará após Si uma bênção'” (*Joel 2:14).

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