terça-feira, 7 de setembro de 2010

Adendo ao Cap. 45 de O Concerto Eterno — 70 Semanas

A Morte de Cristo predita com 500 anos de antecedência

Com Precisão Matemática em Nível de Hora.

“As Escrituras revelam que os antigos profetas não somente se preocuparam em anunciar eventos futuros, como também em indicar o tempo de seu cumprimento: Os 120 anos de graça destinados ao mundo antediluviano (Gênesis 6:3); os 7 dias que precederiam o início da chuva, a qual deveria cair por 40 dias ininterruptos (Gênesis 7:4); os 400 anos de peregrinação da descendência de Abraão (Gênesis 15:13 e Atos 7:6); os 3 dias para o copeiro e para o padeiro de Faraó (Gênesis 40:12, 13, 18 e 19); os 7 anos de fartura e os outros 7 de fome sobre a terra do Egito (Gênesis 41:26, 27, 29 e 30); os 40 anos de jornada no deserto (Números 14:33 e 34); os 3 anos e meio de seca no reinado de Acabe (1 Reis 17:1 e Lucas 4:25); o cativeiro de 70 anos (Jeremias 25:11 e 12; 29:10 e Daniel 9:2) e os 7 tempos de loucura de Nabucodonosor (Daniel 4:16, 23, 25 e 32) foram períodos que delimitaram a realização dos acontecimentos preditos.” (colhido do site http://www.Concertoeterno.com, do irmão Juarez R. Oliveira, em 27/07/06)

“Não poderiam os profetas ter antecipado também a época do advento do Redentor?

“A lógica sugere que sim, o que é confirmado pelo apóstolo Pedro, segundo o qual “os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada’...‘inquiriram e trataram diligentemente’ da salvação, ‘indagando que tempo, ou que ocasião de tempo, o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir e a glória que se lhes havia de seguir.” 1ª Pedro 1:10 e 11.” Ibidem. (*grifamos).

A profecia de Daniel 8:14, particularmente a visão (mareh) das 70 semana, explicada no cap. 9:24-27, é uma previsão do batismo e morte de Cristo, com precisão matemática a nível de hora, conforme a encontramos interpretada na obra Cronological Studies of Daniel 8:14 and 9: 24 – 27” 1, de autoria do irmão Juarez Rodrigues de Oliveira, que calcula com detalhes tal precisão.

A História, bem como uma escritora, há mais de 100 anos atrás, Ellen White, confirmam o ano de 457 a. C. como sendo o da ordem do rei Artaxerxes. Mas não há informação alguma na história, nem na Bíblia, do dia e mês daquele ano em que o decreto foi dado. Como Deus não faz nada sem “revelar o seu intento aos seus servos os profetas”, Amós 3:7, o irmão Juarez concluiu que para iniciar a contagem dos 490 anos a exigência é apenas que haja o decreto. Temos o decreto, ele é de 457, de quando? Não importa, porque Deus não no-lo revelou.

Entretanto é importante notarmos que o assunto de Daniel 8:14 é a purificação do santuário.

O decreto é de 457 a.C., mas Esdras necessitou de algum tempo para listar os que retornariam a Jerusalém, Esdras 8; arrecadar bens e donativos, como era a intimação do rei, etc...

Quanto tempo isto levou? Não o sabemos, só podemos especular, não há fonte alguma disponível: 1, 2, meses? Imagine o que você entende ser razoável. Acrescente a isto mais o seguinte:

Diz o livro de Esdras que saíram no primeiro mês (do calendário judaico), chegaram a Jerusalém no 5º mês, Esdras 7:9; apresentaram as cartas aos governantes de além do rio, assumiram o comando da província, estabeleceram as novas leis (Esdras 7: 25 e 26) que haveriam de regê-la, etc..., etc..., em resumo, já estavam bem avançados no ano 457, e, como a contagem dos anos é inversa, a dedução a ser feita nos cálculos a partir de 457 é de -456 para efeito de subtração do total dos 490 anos (70 semanas X 7= 490 – 456 = 34) e, assim, chegamos ao ano 34 da nossa era quando as 70 semanas, “separadas para o povo judeu,” terminaram com o apedrejamento de Estevão e o início do ministério aos gentios.2

(346) O Reino de Deus Removido do Povo Judeu

Não se esqueçam de que
o assunto de Daniel 8:14 é a purificação do santuário, a data oficial deste evento sendo, como era, e sempre foi, o dia 10 de Tishri, 7º mês judaico (Levitico 16:29). Este dia é chamado pelos judeus de Yom Kippur, o dia mais santo e solene do ano, e, por isso mesmo, tido como “Sábado”, que já se aproximava, tendo os preparativos sido feitos para esta primeira celebração após os retornados chegarem a Jerusalém no 1º dia do 5º mês.

O decreto foi feito por Ciro, renovado por Dario, e complementado por Artaxerxes, mas o ponto que produziu efeito positivo, com o início da edificação da cidade, foi o grande Dia da Expiação do ano de 457 a.C. (dia 10 do 7º mês) depois que Esdras e os judeus retornaram de Babilônia. No livro O Grande Conflito nos é dito que “o decreto consumou-se no outono de 457 a. C.”, pág. 327. e que Para haver perfeita harmonia o período profético tem que começar no outono de 457, idem, pág. 410 (grifamos).

Samuel Sheffield Snow escreveu no longo artigo intitulado Cronologia Profética, no jornal Jubilee Standard, em 5 de Junho de 1844: “As 70 semanas, portanto, começaram no dia 10 do 7º mês. A 69ª semana terminou no 7º mês do ano 27 da nossa era, com a proclamação do evangelho por Jesus dizendo: ‘O TEMPO ESTá CUMPRIDO” (Marcos 1:15)

Usando-se os seguintes Web sites como http://cosmos.com.pt/cosmos/index.html e http://www.imcce.fr/ephemeride-eng.html, e outros programas astronômicos, é possível demonstrar que o período profético de 2.300 anos começam em 10 do mês Tishri, 28/29 de outubro do ano 457 a.C., e, sem dúvida, todas as datas envolvidas são em Jerusalém, que é o ponto de referência, o lugar apontado (Deut. 16:16, Salm. 76: 1 e 2; Luc. 9: 30 e 31). Devido à diferença de fuso horário, a data, no ocidente, de um modo geral, é 22 de outubro.

Já as 69,5 semanas, partindo-se do mesmo dia, 10 do mês Tishri, 28/29 de outubro do ano 457, a.C., nos levam ao dia 14/15 de Nisan, 26/27 de abril do ano 31, a.D. Esta data nos permite confirmar que o ano certo do início da contagem é o ano 457 a.C, em outubro. Daniel diz que a morte de Cristo, entre diferentes efeitos tinha, também, a finalidade de “...selar a visão e a profecia”, Dan. 9:24 (grifamos).

Assim, o que fixa, confirma o período profético é o meio da septuagésima semana. Eis aí talvez a razão porque Deus não permitiu que nenhum historiador, nem escritor sagrado algum, nem mesmo profeta algum, registrasse, o mês, o dia e a hora da assinatura do decreto, pois deseja que fixemos os nossos olhos no Messias, o CENTRO da profecia, e que da Sua morte recuemos 69,5 semanas (486,5 anos) para selarmos a profecia.

Pois bem, partindo-se deste dia da purificação do Santuário, 10 de Tishri, às 3 da tarde, que era o auge do cerimonial do dia da purificação do santuário, bem como foi a hora em que Daniel recebeu a visita do anjo, “... o homem Gabriel ... veio voando rapidamente e me tocou na hora do sacrifício da tarde...” (Dan. 9:21), e usando-se o ano solar e o mês lunar3, e respeitando-se diversas nuances das diferenças entre os calendários envolvidos, chega-se exatamente na hora em que Cristo está reunido com os discípulos à mesa pascoal, na noite da quinta-feira, após o pôr-do-sol, que já era a sexta-feira, 15 de Nisan, no calendário bíblico-judaico, dia da crucificação de Cristo.

Como o irmão Juarez faz estes cálculos?4

Ora, Deus é exato, e, portanto, a matemática não pode desmenti-Lo:

Deve-se tomar como base, como dissemos, o calendário Divino, bíblico-judaico, lunisolar.

Segue-se, então, o seguinte raciocínio: 486,5 (69,5 semanas X 7 = 486,5) anos solares, constituem 177690.3303 (486,5 x 365,242190 = 177690.3303) dias.

Dividindo esse valor pela quantidade de dias de uma lunação, obtêm-se 6017.1615 lunações ou meses lunares (177690.3303 / 29,530589 = 6017.1615).

O cálculo da fração 0.1615 é de 4.7692 dias (0.1615 X 29.53059 = 4.7692). A fração 0.7692 dá perto de um terço de dia, isto é, perto de 8 horas (para o cálculo exato: 0,7692 X 24=18.4608)

O irmão Juarez esteve na Nasa e entre os cálculos feitos através de informações tipológicas e históricas disponíveis que ele havia feito, e o cálculo, através de informações astronômicas, feito pelo Jet Propulsion Laboratory, daquela agencia espacial, detectou-se uma diferença de um minuto.

Vejam a que precisão as conclusões do irmão Juarez chegaram.

Em outras palavras, a precisão é a nível de hora.

Não é fabuloso? Entretanto muitos se negam a ver estas evidências5. É verdade que estes assuntos intricados, dissuadem o homem moderno, que vive em correria, sem tempo para nada, mas Deus foi bondoso em nos simplificar tudo. Nós não necessitamos fazer senão cálculos corriqueiros. Por exemplo, para se chegar à morte de Cristo basta-se adicionar 486,5 anos a 457 a C, com o cuidado de se lembrar de que entre as duas eras (pagã e cristã, não foi incluido o ano zero, o que seria tecnicamente correto como num termômetro) Tudo complicado para nós, leigos, se encontra na Internet já explicado.

Assim, usando o ano solar (365.2422 dias) e o mês lunar (29.53059 dias) veremos que se iniciarmos no dia da expiação (10 de Tishri) e avançarmos 69,5 semanas proféticas, ou 486.5 dias proféticos, ou 486,5 anos, ou 177690.3303 dias, ou 6017.1615 lunações, ou 6017 lunações mais 4.7692 dias, chegamos exatamente na noite e na hora da páscoa em que ali na mesa se encontraram, juntos, pela última vez, os dois cordeiros, o tipo e o antítipo, isto é, no início do dia 15 de Nisan, dia em que Cristo seria morto horas depois.

O esquema cronológico é o seguinte:------- à10 de Tishri, 7º mês judaico, 28/29/10/457 a. C.<------à14/15 de Nisan 26/27 de Abril 31 d.C.

Para se confirmar o começo dos período profético é necessário recuar-se 69,5 semanas do meio da 70ª semana, isto é de 14/15 de Nisan, -486,5 anos = 10 de Tishri, 28/29 de out. de 457 a. C.

—João Soares da Silveira

Notas:

1) Imprensa do UNASP, campus de Engenheiro Coelho, Home Page:

http://www.unaspress.unasp.br O Dr. Alberto R. Timm nos relata na contra-capa deste livro que “Juarez Rodrigues de Oliveira ... desde 1980 começou a estudar aqueles períodos proféticos de tempo ... Na década de 1990 ele visitou diversos dos mais importantes observatórios de astronomia, Bibliotecas da Europa e dos EUA e começou a dialogar sobre o assunto com eruditos adventistas e não-adventistas em todo o mundo ... e isto ajudou a cristalizar os conceitos expressos no presente volume ... que é um marco escolástico ... destas profecias de tempo.” Está sendo providenciada a tradução para o português.

2) Isto eliminou aquela velha explicação de que não existe o ano zero. É lógico que não, e desde jovem eu quebrei a cabeça com este argumento que, já então, me parecia irreal. A transição entre as duas eras se processou assim: -4, -3, -2, -1; 1, 2, 3, 4, ... etc

3) O ano judaico é lunisolar, pois “Deus fez o Sol para governar o dia e a Lua para governar a noite...”, Gen. 1:16 e Salmo 136: 8 e 9. O dia de 24 horas é constituído segundo a Bíblia, primeiro da parte escura, a noite, e, depois da parte clara, o dia. Considere que há diferença de glória entre estes dois astros, Salmo 15:41, e que Acaz tinha um “relógio de sol”, 2º Reis 20:11, ú.p. “Farei voltar dez graus a sombra do relógio de Acaz, pelos quais já declinou com o sol.”, Isaias 38:8.

4) Primeiro, saiba que o ano solar é de 365,242190 dias (isto é, 365 dias e a fração de 0.242190 de um dia). O mês lunar é de 29,530589 dias (29 dias e a fração de 0,530589 de um dia). Estes dados nos são revelados nos livros e sites de astronomia.

5) Há os que opõem muitas objeções: a) “—Se eu for ficar preocupado com lua, lunação, mês lunar, eu vou ficar lunático”; b) Outros dizem: “—A salvação é muito simples, Cristo derramou Seu sangue por nós e já estamos salvos, glória, aleluia!!!” É verdade, a salvação é simples, mas Cristo mesmo nos chama a atenção, em Mateus 24:15 para compreendermos certos detalhes desta profecia. “As páginas do Antigo Testamento estão repletas de referências proféticas ao Redentor do mundo, descrevendo Sua derrota aparente e Seu triunfo final. No entanto, sem uma indicação clara quanto ao tempo de Sua manifestação, a identificação do Messias estaria profundamente comprometida. Um leitor de Isaías 53, por exemplo, ficaria a se indagar “a quem se refere o profeta—Fala de Si mesmo ou de algum outro?” Atos 8:34. Tal dúvida seria pertinente, visto que o próprio Isaías fora martirizado; e, além dele, muitos outros já haviam sofrido injustamente. Para não dar margem a tais incertezas, Deus revelou certos períodos de tempo que atingissem a própria época do Messias, delimitando o início de Sua obra terrestre bem como o seu encerramento.” Em O Conflito dos Séculos, página 457, nos é dito que a pregação do tempo do juízo, na proclamação da 1ª mensagem Angélica, foi ordenada por Deus. “Agostinho, bispo de Hipona, e um dos maiores expoentes da fé católica de todos os tempos, fez alusão a essa impressionante profecia, declarando que “Daniel determinou até o número de anos que passariam antes do advento e paixão de Cristo. O cômputo seria longo reproduzi-lo aqui, além de que outros já o fizeram antes de mim” (SANTO AGOSTINHO, A Cidade de Deus, tomo 2, capítulo XXXIV, n.º 1). Realmente, antes dele, muitos eminentes escritores cristãos já haviam tratado do tema, dentre os quais podem ser citados: Tertuliano; Clemente de Alexandria ; Hipólito, Júlio Africano (todos no terceiro século) e Eusébio de Cesárea (no quarto século), que, embora apresentem inúmeros equívocos exegéticos em suas obras, ao menos demonstraram interesse pelos cômputos proféticos. “O Senhor Jesus deu importância a essa profecia, para nossa advertência, sendo, em realidade, Seu legítimo Autor. Em Mateus 24:15, fazendo referência ao texto das 70 semanas e conectando-o ao evento da destruição de Jerusalém, a se verificar no ano 70 da Era Cristã, Ele advertiu: “Quando, pois, virdes o abominável da desolação de que falou o profeta Daniel, no lugar santo (quem lê entenda).” Ver Daniel 9:27. Depreende-se desse texto que Jesus não somente reconhecia a importância da profecia de Daniel, aplicando-a ao Seu tempo, mas ainda recomendava o seu estudo e correta compreensão.”

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