Para a semana
O verso para memorizar para esta semana, Salmos 19:1-2, diz que: "Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das Suas mãos. Um dia discursa a outro dia, e uma noite revela sabedoria a outra noite". Nós geralmente o aplicamos, corretamente, a uma percepção de que na natureza, vemos a glória (poder) da supremacia e influência criadora de Deus. Quem não se surpreende – religiosos e irreligiosos – com o tamanho, (*a maravilha), e o poder mostrados no nosso universo?
Por exemplo, calcula-se que a energia que o Sol produz em um segundo, poderia fornecer energia para toda a energia atual necessária na terra por cerca de um milhão de anos! E o nosso sol é apenas uma estrela de tamanho médio; outras estrelas ("sóis") são enormes em comparação com o nosso sol! Além disso, nossas melhores estimativas atuais são de que existem cerca de 200 bilhões de galáxias no nosso universo com uma média de 100 bilhões de "sóis" por galáxia. A energia combinada de todas essas estrelas é inconcebível. Sem dúvida, os céus realmente proclamam a glória e o poder de Deus.
Mas nós, como cristãos, entendemos que a glória de Deus é muito mais profunda e mais significativa do que o Seu poder criativo. Em última análise, enquanto o poder criativo de Deus pode causar sentir admiração e espanto, e, provavelmente, algum medo de Seu poder, Deus deseja que vejamos o Seu poder apenas como é, um canal para o Seu amor e bondade para conosco. O poder bruto somente, nunca pode levar alguém a amar e respeitar a pessoa que possui o poder, a menos que nós vejamos este poder manifesto de uma forma segura, responsável e solidária.
É por isso que a Escritura nos diz que a glória de Deus não é primariamente Sua "força" ou poder criativo ou soberano. A escritura dá-nos uma apreciação mais profunda de que a glória de Deus se refere, mais significativamente, ao Seu caráter. Como muitos de nós podemos estar cientes, quando Moisés em Êxodo 33 e 34, pediu para ver a "glória" de Deus, o que foi mostrado a Moisés não foi uma exibição de força bruta, como um vulcão, um terremoto, um show de raios laser ou revelação maciça de fogo, mas sim uma revelação do caráter de Deus – Sua bondade, misericórdia, perdão e justiça. A maior glória de Deus não é o Seu poder, mas a beleza e bondade inerentes em seu caráter.
Mas, embora seja claro que os céus e toda a criação nos revelem a glória ou o poder de Deus, como é que a criação nos revela a Sua glória ou caráter? Como e onde, na natureza e criação, vemos a bondade, a misericórdia e a equidade do caráter de Deus? Isso, muitas vezes, é menos intuitivo, e nós não o percebemos facilmente.
Às vezes vemos relatos disso nas histórias que lemos, ecos de como o Jardim do Éden deve ter sido. Você pode estar familiarizado com a história de “Christian the lion”, (cristão, o leão), que foi um vídeo do YouTube, muito visto alguns anos atrás. Christian era um filhote de leão comprado na (*loja de departamentos) Harrods, de Londres, no final dos anos 60, por dois solteiros que viviam em um apartamento
(*Em duas ocasiões), um e dois anos mais tarde, os homens foram visitar Christian na natureza, mas foram advertidos de que Christian, provavelmente, poderia não mais reconhecê-los, e (*poderia) atacá-los. (*Mas decidiram ir assim mesmo). Os dois encontros, gravados em vídeo, mostram Christian correndo em direção aos dois homens, pulando e jogando as patas ao redor deles, e abraçando-os. Mesmo as duas leoas ante a alegria de Christian saudaram os dois jovens sem hostilidade! Que belo retrato de amizade e de interação que Deus intentou existisse, e que existiu no Éden, entre o homem e o animal. (*Veja os diversos filmes no YouTube ou no Google, simplesmente digitando “Christian the lion.” Alguns dos filmes têm legenda em português).
1ª João.4: 16 nos diz que o atributo essencial, a realidade fundamental, a verdade mais básica de quem é Deus, é que Deus é amor. Todos os aspectos da glória de Deus, do caráter de Deus, podem ser entendidos através das lentes do amor. Em 1ª Cor.13 é definido para nós a essência do amor, dizendo que o amor "não busca os seus próprios interesse." (vs. 5). O amor não procura, ou olha, ou sequer tem preocupação alguma “consigo próprio", por seu eu. Amor – dito no sentido positivo – olha para o outro. A essência do amor, a natureza de Deus, é olhar para fora, para o bem do outro, em detrimento de Si mesmo. É por isso que João 3:16 define o amor de Deus como a dádiva de Seu Filho unigênito. Deus existe, porque Ele é amor, motivado pelo desejo de abençoar e ajudar os outros, a qualquer custo para Ele.
Mas como podemos ver esse princípio, essa glória do caráter de Deus na natureza? "Não há nada, a não ser o coração egoísta do homem, que viva para si apenas. Nenhum pássaro que fende os ares, nenhum animal que se move sobre a terra, deixa de servir a qualquer outra vida. Folha alguma da floresta, nem humilde haste de erva é sem utilidade. Toda árvore, arbusto e folha exalam aquele elemento de vida, sem o qual nenhum homem ou animal poderia existir, e o homem e o animal, por sua vez, servem, à vida da árvore, do arbusto e da folha. As flores exalam fragrância e desabrocham sua beleza em bênção ao mundo. O Sol derrama sua luz para alegrar a mil mundos. O próprio oceano, a origem de todas as nossas fontes, recebe as correntes de toda a terra, mas recebe para dar. Os vapores que ascendem do seu seio caem em chuveiros para regar a terra, a fim de que ela produza e floresça" (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, págs. 20 e 21)
Tudo na natureza vive para dar a outro, assim como Deus vive para dar aos outros. Tudo na natureza se gasta em benefício de outro, como Deus Se dedica para o benefício de outros. As plantas recebem água do solo e dióxido de carbono de nós, do que elas produzem hidratos de carbono e oxigênio para nós, usando a energia da luz solar. Nós damos a elas o dióxido de carbono, e elas nos dão oxigênio. Que ilustração perfeita do caráter de Deus. Um círculo perfeito de beneficência! O amor vem de Deus para abençoar-nos, e, em troca, pela apreciação de Sua doação a nós, devolvemos a Ele o nosso amor e gratidão.
Os oceanos recebem água de córregos e rios, e depois eles dão a água de volta para a terra, em nuvens, das quais precipita a água para formar esses mesmos córregos e rios. Outro círculo perfeito de doação, que resulta
Eu não busco a Minha própria glória", mas a glória daquele que Me enviou. João 8:50, 7:18. “Nada faço por Mim’ (João 8:28), disse Cristo; ‘o Pai que vive, Me enviou, e eu vivo pelo Pai’ (João 6:57), ‘Eu não busco a Minha glória’ (João 8:50), mas ‘a dAquele que Me enviou’ (João 7:18). Manifesta-se nestas palavras o grande princípio que é a lei da vida no universo... Assim, nas cortes celestes, em Seu ministério por todos os seres criados: através do amado Filho, flui para todos a vida do Pai; por meio do Filho ela volve em louvor e jubiloso serviço, uma onda de amor, à grande Fonte de tudo. E assim, através de Cristo o circuito da beneficência se completa, representando o caráter do grande Doador, a lei da vida" (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, página 21). Que possamos participar com Deus nesse círculo de beneficência. - uns pelos outros, e para o próprio Deus - e possam as lições do caráter de Deus (glória), na natureza, mover-nos para sermos mudados ao podermos discernir essas lições.
– Bob Hunsaker
O irmão Roberto Hunsaker é um médico adventista que vive em Boston, Massachusetts com sua esposa Andi, que também é uma médica. Ele é ancião, diretor do ministério pessoal, e professor de sua unidade evangelizadora em sua igreja local. Ele tem, também, um programa semanal na rádio (AM WEZE 590), aos domingos à noite, às 19:30 horas, em parceria com o Pastor adventista. Bill Brace, intitulado Portraits of God (Quadros de Deus).
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