quarta-feira, 25 de maio de 2011

Lição 9, Um Tição Tirado do Fogo, por Carol A. Kawamoto

Para 21 a 28 de maio de 2011

Esta semana o mundo assistiu com espanto como vários homens influentes tornaram-se notícia com seus "segredos" íntimos revelados. O mais notório é o Sr. Dominique Strauss-Kahn, o poderoso ex-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), descrito como a "carteira do mundo." Ele desfilou diante das câmeras de televisão num "desfile do acusado" em Nova Iorque como um criminoso comum. Arnold Schwarzenegger, ator de Hollywood e ex-governador da Califórnia, admitiu a paternidade de uma criança fora do casamento, destruindo (*o próprio) casamento e, possivelmente, as vidas de seus filhos. Uma revista afirmou que suas ações e as dos outros, "sugere um abuso de poder e uma traição da confiança" (Revista TIME, de 30 de maio de 2011). Há esperança para um mundo que parece estar “mergulhando” no escândalo, desgraça, engano e corrupção? Há esperança para "nós", individualmente e como igreja remanescente corporativa?

A profecia de Zacarias (cap. 3:1-3) diz: Sim! Nosso título da lição, tomado do verso 2, é realmente uma pergunta: "Não é este um tição tirado do fogo?" Zacarias tinha acabado de ver a visão de Josué, o sumo sacerdote, que representa o povo diante do Senhor com Satanás à sua direita. Fazendo essa pergunta, o Senhor repreendeu Satanás.

O "tição" é definido como "uma lenha", "um toco", ou "um graveto usado para atiçar o fogo" (Heb. ‘ud’). Relaciona-se com "o fogo abrasador do Cativeiro [que] teria, eventualmente, consumido o povo escolhido, não tivesse Deus movido os corações dos reis pagãos para mostrarem favor aos Seus filhos dispersos, e não tivessem alguns deles dispostos a responder ao apelo de Deus para fugir de Babilônia (Jer. 51:6, 45, cf. Zac 2: 6)” (Comentário Bíblico Adventista, vol. 4, pág. 1093).

Será que esta antiga história de "arrancar um tição fora do fogo" se aplica a nós hoje? De acordo com Ellen White: "A visão de Zacarias, relativa a Josué e ao Anjo, aplica-se com força particular à experiência do povo de Deus no remate do grande dia da expiação” (Testemunhos Para a Igreja, vol. 5, pág. 472). "Aqui encontramos uma representação do povo de Deus de hoje. Como Josué estava diante do anjo, "vestido com roupas sujas' assim estamos na presença de Cristo, vestidos em roupas de injustiça” (Ellen G. White em Historical Sketches, Esboço, ou Resumo Histórico, pág. 154).1

Citando Zacarias 3:3 Ellen G. White escreveu: "Embora tivessem pecado, Cristo ... arrebatou a humanidade como um tição do fogo. Por sua natureza humana Ele está ligado ao homem, enquanto que pela Sua natureza divina, Ele é um com o Deus infinito. Ajuda é posta ao alcance das almas que perecem. O adversário é repreendido" (Parábolas de Jesus, pág. 169). Cristo, não só nosso advogado, mas nosso juiz repreende Satanás ao pronunciar uma sentença judicial de absolvição sobre a raça. "Mas o Senhor disse a Satanás: o Senhor te repreenda, ó Satanás" (Zac. 3:2). A evidência é clara a partir da Escritura, e de Ellen White.2 De que outra forma poderiam eles vir perante o "Anjo" Juiz em "vestes sujas," a menos que Ele tivesse lhes garantido um perdão temporário legal?

Ellen G. White em Parábolas de Jesus, pág. 169 inclui duas das "mais preciosas" verdades da mensagem de 1888:

1ª) Cristo já realizou algo para todos os seres humanos (toda a raça humana); Ele elegeu "todos os homens" para serem salvos e morreu a segunda morte por "todo homem" (1ª João 4: 14, João 4: 42, Apoc. 2: 11, Apoc. 20: 6). Porque Cristo dá o perdão para a raça de pecadores eles são todos representados por Josué como entrando no juízo investigativo, diante dEle como "o Anjo do Senhor", vestidos de "vestes sujas". Não são as nossas obras que trazemos para a mesa (*para o tribunal). Agora vemos Seu verdadeiro caráter na "hora do Seu juízo" (Apoc. 14: 7).

2ª) Cristo, em Sua natureza humana, tomou sobre Si a "semelhança da carne do pecado, e pelo pecado, condenou o pecado na carne" (Rom. 8:3). Ele “como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" (Heb. 4:15). Assim, Ele é o Salvador "não de longe, mas perto" (Matérias de Ellen G. White sobre 1888, vol. 1, pág. 267, 4º §). Mas os pecadores têm a liberdade de recusar-Lo e rejeitá-Lo.

Mas há mais boas novas para a humanidade e a igreja remanescente? "A promessa feita a Josué [em Zac. 3: 7] é feita para todo o povo remanescente de Deus" (Ellen G. White, em Historical Sketches, pág. 156) É evidente que esta "mudança de roupa", este "manto rico" é puramente um dom de Deus, emanando do amor Ágape de nosso Pai para Seus filhos. "O fato de serem os filhos de Deus representados como estando na presença do Senhor com vestes sujas, deve levar à humildade e profundo exame de coração por parte de todos os que professam Seu nome" (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 471). “A igreja [corporativa] remanescente, com coração quebrantado e fervorosa fé, pleiteará o perdão e livramento por meio de Jesus, seu Advogado” (ibidem, pág. 473).

Nesta "cena de tribunal" mostrada a Zacarias, "as acusações de Satanás contra os que buscam o Senhor não são motivadas pelo desprazer em face de seus pecados. Ele exulta com os defeitos de seu caráter. ... Suas acusações advêm tão somente de sua inimizade a Cristo ... e com diabólico poder e astúcia opera para arrebatar dEle o remanescente dos filhos dos homens que aceitaram a Sua salvação" (ibidem, pág. 470). Satanás, o adversário os está acusando por seus pecados. No grande conflito a acusação de Satanás desses nomes escritos no livro da vida do Cordeiro é uma tentativa de deturpar o caráter de Deus. Satanás usa seus personagens defeituosos para alcançá-Lo. Deus está em julgamento!

Como no antigo Dia da Expiação, o povo seguia seu Sumo Sacerdote "que afligindo suas almas", da mesma forma o mundo inteiro deve seguir o seu Sumo Sacerdote no Santíssimo, liderado pelos 144.000 Elias que iluminarão a Terra com a verdade da "purificação do santuário." "... Se vivemos de acordo com toda a luz que brilha sobre nós, essa luz vai continuar a aumentar, e teremos um registro limpo no céu. A mensagem do terceiro anjo, deve iluminar a terra com sua glória;. Mas apenas aqueles que resistiram a tentação através do poder do Todo-Poderoso será permitido tomar parte em proclamar-la quando ela se desenvolver no alto clamor" (Ellen G. White, em Historical Sketches, Resumo Histórico, pág. 155).

A chave vem nos versos seguintes (3 e 4): Josué estava usando "vestes sujas", representando os pecados corporativos dos israelitas. O Senhor disse: "Tirai-lhe estas vestes sujas" (vs. 4). Ele "removeu a iniquidade" de Josué. Nesta “mudança de vestes” Ele vestiu-lhe vestes finas (" vestes ricas," NVI). Observe que o Senhor não encobriu suas vestes imundas, Ele substituiu-as por "roupas caras" depois de remover a iniquidade ("vestes sujas"). "Mas Jesus, nosso Advogado apresenta um eficaz rogo em favor de todos os que, mediante arrependimento e fé, a Ele confiaram a guarda de sua alma [dispostos a responder ao chamado de Deus para fugir de Babilônia]. Ele defende a causa deles e derrota seu acusador, com poderosos argumentos do Calvário" (Testemunhos para a Igreja, vol. 5, pág. 471).

O sentido último da cruz é a purificação do santuário. Finalmente, a verdade do santuário vem ao todos os seres viventes na terra compreenderem claramente as justas vestes que Cristo dá a todos. Escolhas individuais serão feitas pelo "selo de Deus" ou pela "marca da besta". Sim, mesmo os Dominique Strauss-Kahn e os Arnold Schwarzenegger do mundo têm a mesma oportunidade com os 144.000 para receber as roupas da justiça de Cristo em nosso cósmico Dia da Expiação.

É impossível ter medo do julgamento, quando conhecemos o amor d'Aquele que nos vindica. E é impossível não amá-Lo quando entendemos o que Ele fez por nós na cruz. "Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança. ... No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor" (1ª João 4:17, 18).

Provavelmente nenhum de nós tem uma pequena fração da riqueza e da influência do foco das notícias dos jornais desta semana, mas temos um novo dia, uma nova oportunidade, para honrar a Deus com o pouco que temos. E isso é um dever solene, e também um privilégio alegre, para que possamos dedicar mais um dia de nossas vidas para honrar Aquele que Se entregou por nós. Vamos viver esse novo dia que nos foi dado de tal forma que sejamos capazes de ser felizes no dia em que todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, 2ª Coríntios. 5:10.


- Carol A. Kawamoto

A irmã Carol Kawamoto vive no sopé da bela Serra da Califórnia. Ela freqüenta uma pequena igreja adventista onde foi batizada há muitos anos. Pouco depois do batismo ela conheceu Helen Cate, então editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888 (que também era um membro da mesma igreja) e o pastor Robert J. Wieland, que pregava as verdades da Boa Nova da mensagem de 1888. Ela começou a trabalhar com Helen, que fundou a revista “1888 Message Newsletter” (Noticiário da Mensagem de 1888). Após a morte de Helen, Carol foi eleita editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888, onde teve o privilégio de trabalhar diretamente com o pastor Wieland, redigindo o boletim de notícias para aquela revista, e publicando os numerosos livros dele. Ela continua com o seu amor em partilhar a "mui preciosa mensagem" (TM, pág. 91), através da edição de diversos artigos, de diferentes autores, que publicamos neste blog. Ela tem também outros projetos. Ela envia suas saudações a todos os leitores deste blog no Brasil e em outros países de língua portuguesa.


Notas:

1) Temos dúvidas se esta seria a obra “Historical Sketches of the Foreign Missions of the Seventh-day Adventists” (Resumo Histórico das Missões Estrangeiras dos Adventistas do Sétimo Dia?) Se alguém tem certeza disto favor nos comunicar pelo e-mail agapeed2001@yahoo.com.br

2) "Cristo, como sumo sacerdote, além do véu, de tal modo imortalizou o Calvário que, embora Ele viva para Deus, morre continuamente para o pecado, e assim, se qualquer homem pecar, tem ele um Advogado junto ao Pai. ... Ele tomou em Sua mão o mundo sobre a qual Satanás pretendia presidir, ... e por Sua maravilhosa obra de dar a Sua vida, Ele restaurou toda a raça humana ao favor de Deus" (Mensagens Escolhidas, vol. 1, pág. 343). Esta nota é da irmã Carol.

3) A autora nos informa que colheu trechos do pastor Robert J. Wieland, do devocional que ele mantem na internet sob o título"Dial Daily Bread” e do artigo dele, “O Dia do Julgamento.” Assim, a seguir, damos informações sobre a pessooa dele:

O irmão Roberto J. Wieland é um pastor adventista que foi, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Hoje, jubilado, vive na Califórnia, EUA, onde ainda é atuante na sua igreja local.

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Lição 9, Um Tição Tirado do Fogo, por Todd Guthrie

Para 21 a 28 de maio de 2011

Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça” (1ª João 1: 9).

O que dá a Deus o direito e a autoridade para perdoar e purificar o Seu povo do pecado? É a sua confissão? É Sua fé e justiça? Ou são as duas coisas?

A lição desta semana abrange ambos os aspectos da história de Josué e o Anjo. Josué está representando toda a humanidade, resgatada por Deus em Cristo da destruição certa.

"Cristo tomou sobre a Sua própria alma a culpa de seus pecados. Arrebatou como um tição do fogo. Por sua natureza humana Ele está ligado ao homem, enquanto que pela Sua natureza divina, Ele é um com o Deus infinito. Ajuda é posta ao alcance das almas que perecem. O adversário é repreendido" (Ellen White, Parábolas de Jesus, pág. 169).

Em Sua humanidade glorificada Cristo proveu tudo que é necessário para realmente remover o pecado a partir da experiência de todos que permitirão que Ele o faça. O amor à verdade, e separação pessoal do pecado é o que Deus tem em mente para toda a humanidade ao deixá-Lo colocar a justiça de Cristo sobre eles e neles.

É extremamente importante fazer a escolha certa sobre quem nos veste com a justiça. Se tentarmos colocá-la em nós mesmos, então nós realmente nada temos senão uma peça de roupa suja, não importa quão boa ela possa nos parecer. "Mas quando Cristo nos veste com a Sua justiça, não é para ser desprezada ou rejeitada ... o tirar das vestes sujas é o mesmo que causar a iniquidade passar da pessoa. E assim vemos que quando Cristo nos cobre com o manto de Sua justiça, Ele não fornece uma capa para o pecado, mas lança o pecado para longe. E isto mostra que o perdão dos pecados é algo mais que uma mera forma, algo mais que um mero lançamento no livro de registro do céu, no sentido de que o pecado foi cancelado. O perdão dos pecados é uma realidade, é algo tangível, algo vital que afeta o indivíduo. Ele realmente limpa-o da culpa, e se ele está limpo da culpa, está justificado, tornado justo, ele certamente sofreu uma mudança radical. Ele é, de fato, uma outra pessoa, pois ele obteve esta justiça pela remissão dos pecados, em Cristo" (E. J. Waggoner, 1890, Cristo e Sua Justiça, págs. 64-65).

Essa autoridade que Deus deu a Cristo, através da, e em Sua experiência em tomar a humanidade pecadora caída e conquistar o pecado nesta carne, dá um grande conforto e segurança ao povo de Deus. Temos certeza de que tão logo eles vejam alguma falta na sua pureza de coração e confessem que Deus irá de imediato exercer sua fidelidade e justiça em favor deles em completar o perdão experimentalmente neles:

Josué representa o povo de Deus. Satanás tenta trazer opróbrio contra aqueles que estão tentando servir e honrar a Deus. Ele os apresenta em uma luz duvidosa, como aqueles que estão vestidos de vestes sujas. Deus diz: "Tirai-lhe a roupa suja’. Você não tem o direito de colocá-las sobre eles. Tirai-as. Meu povo pode ter imperfeições de caráter. Eles podem falhar em seus esforços, mas caso se arrependam, vou perdoá-los." (Ellen White, Boletim Diário da Conferência Geral, de 23 de abril de 1901).

Este trabalho é realizado pelo Espírito Santo. "É o Espírito Santo que reprova e convence do pecado, mas Ele é ao mesmo tempo, o Consolador, e Ele convence, mas para confortar. Em vez de afundar no desalento quando somos reprovados por nossos defeitos (e quão quieta e discretamente o Senhor reprova), devemos tomar coragem da reprovação, sabendo que é a maneira que Deus tem para nos revelar o Cristo que salva do pecado. Na convicção encontramos a cura. "Porque o mandamento é lâmpada, e a lei é luz, e as repreensões da correção são o caminho da vida" (Provérbios 6: 23)" (E. J. Waggoner, da revista Present Truth de 2 de agosto, Vol. 16 da série encadernada, página 496).

A notícia gloriosa é que este trabalho virá à conclusão em você e em mim, e em todo o povo de Deus, na medida em que deixamos de resistir à nova veste. Também devemos parar de tentar trazer o nosso próprio vestuário. "Diz o Senhor dos Exércitos, ‘e tirarei a iniquidade desta terra num só dia’" (Zacarias 3:9).

Este trabalho de purificação do santuário é o que o céu está ansioso por fazer desde 1844. "Afligindo o povo de Deus, suas almas perante Ele, suplicando pureza de coração, é dada a ordem, ‘Tirai-lhe estes vestidos sujos’ e são ditas as encorajadoras palavras: ‘Eis que tenho feito com que passe de ti a tua iniqüidade, e te vestirei de vestidos novos" (Zacarias 3:4). As vestes imaculadas da justiça de Cristo são postas sobre os provados tentados, fiéis filhos de Deus. Os desprezados remanescentes estão vestidos de vestes gloriosas, para não mais serem contaminados pela corrupção do mundo. Seus nomes estão conservados no livro da vida do Cordeiro, inscritos entre os fiéis de todos os tempos. Eles resistiram aos ardis do enganador; não foram desviados de sua lealdade pelo rugir do dragão. Agora eles estão eternamente livres dos enganos do tentador. Seus pecados são transferidos para o originador do pecado. A "mitra limpa" lhes é posta sobre suas cabeças" (Ellen White, Profetas e Reis, pág. 591).

Eu não sei sobre você, mas eu almejo a segurança eterna inerente à aplicação final de Zacarias 3. Devemos nós confessar e orar por ela juntos?).

—Todd Guthrie

O irmão Todd Guthrie, é um médico adventista, membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudos de Mensagem de 1888. Ele é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países. Ele e sua família sempre aparecem no canal de televisão adventista Three Angels Broadcasting Network [Canal de Televisão Três Anjos] com música tanto vocal quanto instrumental.

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quinta-feira, 19 de maio de 2011

Lição 8: Vestes de Esplendor, por Paul Penno

Para 14 a 21 de maio de 2011

Há um pesadelo crônico que algumas crianças têm de aparecer nua em público. É possível que o cristão "ande nu" (Apocalipse 16:15), se ele não "vê" seu egoísmo, com que é naturalmente nascido, exposto através de desonestidade, raiva ou infidelidade aos colegas, familiares e amigos. É possível para uma igreja auto-confiante — Laodicéia — ser vista publicamente "despida" (Apoc. 3:17), de acordo com "o Filho do homem" que tem "sete estrelas" em sua "mão direita" (Apoc. 1: 13, 16). Evidentemente, ainda vai precisar de alguma auto-revelação pública, terrivelmente embaraçosa que acabará por levá-la a “que se aborreça por si mesma” e se arrependa (Ellen G. White, Testemunhos Para a Igreja, vol. 8, pág. 250).

Isaías acreditava que ele pudesse dedicar sua vida ao ministério até que um dia ele entrou no templo e viu "o Senhor ... alto e sublime" (Isaías 6:1). Ele viu o caráter de Deus, "Santo, Santo, Santo" (v. 3), e se humilhou em seu rosto. "Ai de mim! ... porque sou um homem de lábios impuros" (v. 5). Ele tinha uma humilde apreciação de coração do amor de Deus. Foi uma revelação da cruz. Ele nunca poderia ter escrito o capítulo 53, sem a experiência do capítulo 6. Elevando a cruz ele tornou-se um ganhador de almas.

O pecado tem deixado o homem exposto nu. Haverá nestes últimos dias "filhos rebeldes" que procuram "cobrir-se com uma cobertura" (Isaías 30:1). Existe uma sutil falsa justicação pela fé, que tornou-se uma cobertura popular para o pecado, que é uma teia de aranha para a proteção do grande e terrível dia do Senhor. "As suas teias ["obras"] não prestam para vestes" (Isaías 59:6).

O falso cristo, se estabeleceu em um ministério do primeiro compartimento (*do santuário celestial) de mera justiça para cobrir o pecado. "Satanás parecia ... conduzir a obra de Deus" (E. G. White, Primeiros Escritos, pág. 56). Tais conceitos evangélicos da justiça pela fé são uma "cobertura [para] eles mesmos com “as suas obras: suas obras são obras de iniquidade" (Isaías 59:6). Vestes substitutas, teologicamente manufaturadas, nunca atingirão o padrão de "ouro, provado no fogo" (Apocalipse 3:18).

Deus não cobre o pecado, mas Ele envolve os pecadores com o Seu manto de justiça — "um vestido de esplendor para o coração pesado" (Isaías 61:3, REB). (*A Almeida Fiel diz: “Vestes de louvor em vez de espírito angustiado”). "Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça" (Isaías 61:10). "Este vestido, fiado nos teares do céu, não tem um fio de origem humana. Em Sua humanidade, Cristo formou um caráter perfeito, e oferece-nos esse caráter" (E. G. White, Parábolas de Jesus, pág. 311, grifamos). "O tear do céu" foi "Sua humanidade." Não é só uma justiça legal que ele imputa aos pecadores. "É um caráter perfeito" (*que) Ele "concede a nós." Esta é a boa nova da mensagem de 1888.

Quem entre o povo de Deus não está doente e cansado do pecado e do mundo? Quem não anseia, (*e) muito, a vinda de Jesus? No entanto, os nossos padrões de pensamento têm sutilmente desculpado o pecado, como um incômodo prático, até que Jesus venha e faça a grande mudança. Ao fazer isso, nós demonstramos uma antipatia à segunda vinda. O Senhor diagnostica o problema: eles "tomam conselho, mas não de Mim, e ... se cobrem com uma cobertura, mas não do meu Espírito, para acrescentar pecado a pecado" (Isaías 30:1, ênfase acrescida). O nosso Sumo Sacerdote, no Dia da Expiação cósmica, diz que Ele ministra Seu amor desde o Santo dos Santos, por meio de "Meu Espírito." Este é o "selo de Deus" (Apocalipse 9:4).

O sentido vital da cruz é a idéia original Adventista da purificação do santuário celeste, que interrompe o fluxo da poluição do pecado, da igreja de Laodicéia. Assim, "os teus pecados" são "apagados" nos "tempos do refrigério [a chuva serôdia]" (Atos 3:19). Não é um programa de obras de viagem.

No entanto, há algo que a noiva deve "fazer" a fim de participar na "ceia das bodas do Cordeiro" (Apoc. 19:9). A "noiva que se enfeita com as suas jóias" (Isaías 61:10). Finalmente, "(*já) a Sua esposa se aprontou" (Apoc. 19:7).por receber de seu amante Supremo a mensagem dO Crucificado em um coração humilde, resposta espontânea de arrependimento, de um grupo corporativo de 144.000. Eles cresceram aprendendo com a história dos fracassos do povo de Deus por mais de 6.000 anos, incluindo a sua própria biografia (*como) "remanescente". 1844 foi a "nossa" grande decepção, mas 1888 foi o grande desapontamento de Cristo." A decepção de Cristo está além da descrição" (E. G. White, "Um Chamado ao Arrependimento", Review and Herald, de 15 de dezembro de 1904).

Cada um dos 144.000 se tornam ganhadores de almas com a mensagem da cruz para carregar para o mundo — a mensagem do terceiro anjo da justificação pela fé, o Salvador que perdoa o pecado — que ilumina o mundo com a glória de Deus, *Apoc 18:1.

O selo do Espírito Santo de Deus é a interseção da revelação do amor de Deus na cruz, com a verdade da purificando do santuário, que se manifesta na obediência a todos os mandamentos de Deus, incluindo o sábado do sétimo dia — a marca" "do poder de Deus para restaurar os pecadores à imagem de Deus.

"Desperta, desperta, Sião, revista-te da tua força; Jerusalém, cidade santa, vista suas roupas esplêndidas!" (Isaías 52:1 REB). (*A Almeida Fiel diz: "Desperta, desperta, veste-te da tua fortaleza, ó Sião; veste-te das tuas roupas formosas, ó Jerusalém, cidade santa”). As belas vestes de Sião são os belos trajes dos habitantes de Sião. Quais são eles? — "Foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente (branco, KJV); porque o linho fino são as justiças dos santos?" (Apoc. 19:8). A ordem: "veste-te da tuas roupas formosas!", indica que eles estão todos preparados.

Rom. 8:3, 4 diz que Cristo foi enviado... para condenar o pecado na carne, “para que a justiça [comunicada = dikaioma] da lei se cumprisse em nós". A palavra "justiça" usada neste verso, significa o caráter justo daqueles que "andam segundo o Espírito". É a justiça comunicada aos santos. "E foi-lhe dado que se vestisse de linho fino, puro e resplandecente (branco, KJV); porque o linho fino é a justiça [comunicada = dikaioma] dos santos" (Apoc. 19:8). Considerando que pela justiça de um o dom da graça veio “sobre todos os homens para justificação da vida" (Rom. 5:18) é a justiça imputada de Cristo.

Eu lhe dou um cheque de mil Reais e você tem o cheque em suas mãos, mas na verdade você não tem um centavo sequer. O dinheiro ainda está no banco, em meu nome. Você só tem mil reais imputados, inúteis para você até que leve o cheque ao banco e "o desconte".

Mas mesmo o dinheiro papel é inútil se não for apoiado por aquilo que é de valor monetário — ouro, prata ou platina. Poderíamos dizer que somente estes, em sua posse são valores comunicados (*transmitidos). Até então o dinheiro em qualquer lugar só teve valor imputado.

Apocalipse 14:1-5 descreve um povo no tempo do fim, que "são irrepreensíveis diante do trono de Deus" (vs. 5), que "seguem o Cordeiro para onde quer que vá" (vs. 4) (*Seguem) não parte do caminho, mas todo ele. Eles recusarão a "marca da besta" (13: 16, 17), e receberão o "selo do Deus vivo" (7: 2).


—Paul E. Penno

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Ig. Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior.

(*) Asteriscos indicam acréscimos feitos no texto original pelo tradutor.

Lição 8: Vestes de Esplendor, por Raul Diaz

Para 14 a 21 de maio de 2011

"Regozijar-me-ei muito no Senhor, minha alma se alegra no meu Deus. Porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça, como um noivo se adorna com turbante sacerdotal, e como a noiva que se enfeita com as suas jóias” (Isaías 61:10, Almeida Fiel).

Um símbolo é um objeto que, por semelhança visual ou de comum acordo entre os usuários, representa algo diferente de si. Em outras palavras, um símbolo é algo que representa ou sugere algo em virtude da relação, associação, convenção ou mesmo semelhança acidental. O grupo mais comum de símbolos é o alfabeto. Embora cada letra represente um som ou sons, combinados, estes sons e letras formam palavras, representando o pensamento daquele que fala ou do escritor. Os símbolos também são usados na matemática e na música, e representam operações específicas, os elementos, quantidades, qualidades ou relações. O ponto é que os símbolos são utilizados para variadas razões, às vezes, para simplificar uma idéia complexa ou fórmula, e outras vezes para ocultar significado ou informar-nos a tomar uma ação específica

A Bíblia está cheia de símbolos, como proféticas bestas, parábolas e vestuário. Conquanto vestuário tipicamente represente personagens, eles podem também representar a função. Nosso texto para memorização compara vestes aos símbolos da salvação e da justiça, fazendo referência tanto a noivas quanto a trajes sacerdotais. Na verdade, na Versão King James (*do rei Tiago) das escrituras, a expressão "como noivo adorna sua cabeça ..." quer dizer "como um noivo que se enfeita." O verbo traduzido "se enfeita” vem de uma palavra hebraica que significa "fazer o trabalho de um sacerdote,"

O desejo de Deus para fazer de todos os filhos de Israel sacerdotes, e não apenas os levitas, é evidente, em Êxodo 19 e 20. Deus diz a Moisés em Êxodo 19: 4-6,

“Vós tendes visto o que fiz aos egípcios, como vos levei sobre asas de águias, e vos trouxe a Mim. Agora, pois, se diligentemente ouvirdes a Minha voz e guardardes a Minha aliança, então sereis a Minha propriedade peculiar dentre todos os povos: porque toda a terra é Minha; E vós Me sereis um reino sacerdotal e um povo santo). Estas são as palavras que falarás aos filhos de Israel.”

Deus disse a Moisés para preparar e santificar o povo para que o Senhor pudesse "proclamá-los" como Seus sacerdotes. Mas, como vemos no capítulo 20, eles recusaram o dom de Deus. Lemos em Êxodo 20: 15-21:

“E todo o povo viu os trovões e os relâmpagos, e o sonido da buzina, e o monte fumegando: e o povo vendo isso, retirou-se, e pôs-se de longe. E disseram a Moisés: Fala tu conosco, e ouviremos: e não fale Deus conosco, para que não morramos. E Moisés disse ao povo: Não temais, Deus veio para vos provar, e para que o Seu temor esteja diante de vós, a fim de que não pequeis. E o povo estava em pé de longe. Moisés, porém, se chegou à escuridão onde Deus estava.”

Deus desejava Se relacionar com o povo como Ele Se relacionava com Moisés, cara a cara e de coração para coração. Mas o povo tinha medo de que o trovão, o relâmpago, e o ruído, significassem que Deus iria matá-los, portanto eles não chegariam perto. Disseram a Moisés: "Fala tu conosco, e ouviremos: mas não fale Deus conosco, para que não morramos." Moisés respondeu: "Não temais, porque Deus veio para vos provar, e para que o Seu temor esteja diante de vós, para que não pequeis" Mas, eles ficaram parados ao longe. Em contraste, Moisés aproximou-se de Deus e saiu ileso, duas vezes subiu a montanha na nuvem espessa e escura. Apesar desta evidência da intenção de Deus para não prejudicá-los, por medo, o povo manteve-se à distância.

A rejeição do plano de Deus para serem um "reino de sacerdotes e uma nação santa", levou Deus a criar Seu plano de emergência. Desde que Seu povo não permitira que Ele Se estabelecesse em seus corações, Ele, em vez disto, viveria entre eles, (Êxodo 25:8). Assim, Deus ordenou a Moisés para construir o Santuário "portátil" e estabelecer o sacerdócio. Essa simbólica parábola viva tornou-se o método de Deus para ensinar o povo. sobre Si mesmo (Êxodo 28: 1-2). Mas, os hebreus "corromperam o seu entendimento, e tornando literal o que era simbólico, eles, efetivamente, se endureceram nas suas crenças da antiga aliança. Assim, eles usaram o sistema do santuário como um método de salvação, apesar do fato de que nem o Santuário, nem os serviços tinham mérito (Hebreus 10:4).

Tivessem os filhos de Israel, na realidade, os filhos de Deus, aceitado Seu plano original, eles teriam sido felizes grandemente no Senhor, e encontrado alegria em Deus. Suas vestes ou carateres teriam sido esplendorosos e teriam sido devidamente vestidos para o casamento real do Cordeiro. Ao permitir que Deus escrevesse a Sua lei em seus corações e mentes, e habitasse neles, eles teriam tido tal intimidade com Deus para serem Seus sacerdotes, intercedendo por outros, rogano por sua salvação, bem como o seu crescimento na graça, verdade e amor.

Que pena que eles perderam sua alta vocação para serem cobertos por Deus. Como é com você? Você está coberto? Se você está lendo isso, é provável que ainda não seja tarde demais. Ele está desejoso, e você?

--Raul Diaz

O irmão Raul Diaz é um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega em diferentes ocasiões e locais, e ensina a lição da escola sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local — Seventh-day Adventist church, na cidade de Mt Vernon, Illinois, localizada no endereço: 12831 N. Norton, Dr. Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A, Tel.: 001 XX (618) 244-7064, endereço eletrônico: www.mtvernonadventist.org


quarta-feira, 11 de maio de 2011

Lição 7, À Sombra de Suas Asas, por Bob Hunsaker

Para o período de 7 a 14 maio de 2011

Esta lição pode ser intitulada, "Um Conto de Duas Vestes.” David é o personagem principal, e ele revela essas duas capas em sua vida.

Por um lado, David escreveu as palavras "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, cujo pecado é coberto" (Salmo 32:1). Davi compreendeu a necessidade de “cobertura” em relação ao pecado.

Por outro lado, a lição diz (*na parte de domingo, 8/5) com razão: "No auge da grandeza, David enfrentou sua batalha mais feroz. A guerra não foi travada nos campos sangrentos de Rabá, mas nos quinze centímetros do campo mental que ficava atrás do lobo frontal de Davi. Satanás escolheu bem sua "arma". O que Golias com sua lança monstruosa não conseguiu fazer com Davi, uma mulher tomando banho, vista do terraço do rei, conseguiu. . . Uma pequena pedra e o gigante caiu ao chão. Um pequeno olhar, e o rei veio abaixo. Davi fez muitas coisas para "cobrir" seu pecado de adultério e evitar a exposição."

Como poderíamos compreender a diferença entre a "cobertura" com que Davi tentou ocultar seu pecado com Bate-Seba e a "cobertura" que David aspirou (*alcançar) durante o seu arrependimento? Ambos são coberturas do pecado? A única diferença é a identidade de quem faz a cobertura? Podemos saber que se ocultamos (cobrimos) os nossos pecados isto é uma coisa ruim, mas que, se Deus cobre os nossos pecados, então é uma coisa boa? Será que estamos realmente falando de duas "coberturas" diferentes?

As duas capas são totalmente diferentes em sua origem, método e finalidade.

Após o seu pecado, Davi tentou cobrir a sua culpa tentando fazer (*com que) Urias (*fosse para casa) dormir com a esposa. Falhando em conseguir isso, Davi matou Urias, ainda que de forma sutil. Como Davi, tentamos cobrir nossos pecados. O encobrimento se origina do medo de punição ou das consequências. Cobrir o nosso pecado sempre envolve decepção posterior. Ações de auto-preservação levam a novas necessidades para encobrir (*as nossas ações erradas).

A origem desse medo, e da necessidade de cobrir, nos leva de volta ao Éden. Adão e Eva creram nas mentiras que Satanás lhes disse sobre Deus. Satanás também disse que Deus era controlador e restritivo (Gênesis 3:1). Satanás disse que Deus era enganador e desonesto (Gênesis 3:4). Satanás concluiu dizendo a Eva que a razão por que Deus era controlador, restritivo, enganador, e desonesto, é que Deus era egoísta, tentando manter sua esfera de existência sublime e bela longe de Adão e Eva.

Quando você crê que alguém, próximo a você, alguém que você confiava, é enganoso, egoísta e controlador, a reação natural é de medo. E então, quando você encontra essa pessoa (Deus), você vai correr para ser “coberto.” Medo, vergonha e remorso vai obrigá-lo a lidar com o seu pecado, transferindo a responsabilidade para longe de si, para o outro. Assim, Adão passou a responsabilidade para Eva e Eva para Deus. Durante milênios nós continuamos a ter cobertura deslocando a responsabilidade pelo nosso pecado para os outros ou a Deus. Isaías chama isso de "refúgio da mentira" (Isaías 28:15). Este refúgio da mentira é realmente um mecanismo psicológico de auto-preservação. É uma cobertura para impedir-nos de ter de olhar e lidar com a culpa, remorso e vergonha e que estão intrínseca e naturalmente ligados com o pecado.

Mas o que é a cobertura de Deus para o pecado? É ela apenas um outro "encobrimento", onde o pecado é deixado intacto, mas apenas coberto até continuar a apodrecer? "Bem-aventurado aquele . . . cujo pecado é coberto" (Salmo 32:1). Em que é a cobertura de Deus pelo pecado diferente da nossa cobertura do pecado?

Quando nós, como Davi, tentamos cobrir o pecado, o objetivo é esconder, dissimular e ocultar o que temos feito. A cobertura de Deus pelo pecado envolve um processo de auto-revelação; de exposição da verdade do que pecado é do que o pecado faz, de modo que vamos enfrentar um ódio por, e medo do pecado. Esse ódio e medo disso em seguida, substitui o medo natural de Deus e inimizade para com Ele (Romanos 5:10 e 8:7). A cobertura de Deus pelo pecado se torna uma proteção contra o pecado!

O pecado é o ente a ser temido, não Deus. Quando encobrimos nossos pecados, ele continuará a trabalhar as suas consequências destrutivas da culpa, vergonha e medo. Quando chegamos a Deus em arrependimento, o resultado não é uma purulenta ferida do pecado, mas uma purificação do pecado, seguido por uma cobertura — ou proteção — do pecado contínuo, da culpa e do medo. É por isso que David podia pleitear, "Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração" (Salmo 139:23). Ele desejava a cura dos efeitos dos pecados passados e, em seguida, a cobertura de proteção contra o pecado futuro. Não mais quer Davi o seu pecado "encoberto". Ele o queria destruido.

Nós temos muitas maneiras de "acobertar" os nossos pecados, que na verdade são formas sutis de mantê-los. O legalismo é um caminho. Nós cobrimos o cerne do interesse próprio e auto-preservação sob uma aparente conformidade externa a um código de ética e comportamento. Mas o problema do pecado, o centro do auto-interesse permanece imperturbável. Como mencionamos anteriormente, nós também podemos "cobrir" os nossos pecados, transferindo a responsabilidade para Deus e outros - "o diabo me fez fazer isso", "eu nasci assim", ou, "se ele não tivesse feito aquilo, então eu não teria feito isso."

"A justiça de Cristo não é uma capa para encobrir pecados não confessados e não abandonados, é um princípio de vida que transforma o caráter e rege a conduta. Santidade é integridade para com Deus" (Ellen White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 555-556). Frequentemente queremos lidar com o pecado por ter a justiça de Cristo cobrindo nosso pecado, ao invés de ter a justiça de Cristo como uma posse real que elimina o pecado fora de nossa vida. A justiça de Cristo não é uma cobertura para o pecado não confessado e não abandonado, mas a justiça de Cristo é um princípio de vida que "controla a nossa conduta." Um princípio que vai nos cobrir (proteger) de ser novamente aprisionado pelo pecado.

Deus não está empenhado em uma cobertura universal do pecado. Deus está envolvido em uma eliminação universal do pecado. Ele busca proteção eterna para todos nós — todo o universo — pela destruição e devastação que vem como as consequências naturais do pecado. Que possamos ser ativa e fervorosamente empenhados em receber "cobertura de Deus" para o pecado. E que nós nunca difundamos a idéia errônea de que a justiça de Cristo é a cobertura do pecado, ao invés de um livramento do pecado.

Deus é nosso amigo. O pecado é o inimigo. Vamos gastar nosso tempo e energia com o nosso amigo, não com o nosso inimigo.


-Bob Hunsaker

O irmão Roberto Hunsaker é um médico adventista que vive em Boston, Massachusetts com sua esposa Andi, que também é uma médica. Ele é ancião, diretor do ministério pessoal, e professor de sua unidade evangelizadora em sua igreja local. Ele tem, também, um programa semanal na rádio (AM WEZE 590), aos domingos à noite, às 19:30 horas, em parceria com o Pastor adventista. Bill Brace, intitulado Portraits of God (Quadros de Deus).

Lição 7, À Sombra de Suas Asas, por Carol Kawamoto

Para 7 a 14 de maio de 2011

O estudo desta semana "À sombra de Suas Asas" tem o objetivo declarado de meditar sobre os salmos de Davi, "sobre a forma como Deus nos abriga e cobre os nossos pecados" (pág. 81, ed. do professor). Este tema de "cobertura para o pecado" é apresentado por todo o estudo diário, e se reflete no gráfico da capa da revisa da lição trimestral, que foi mencionada na Lição 5. Zacarias afirma claramente (3:3, 4) que a "vestes sujas" deveriam ser retiradas de Josué, e então ele seria vestido de "vestes finas”. Não que "vestes finas" seriam colocadas sobre as "vestes sujas" de Josué.

"A única esperança de todo o homem está em Jesus Cristo, que trouxe a veste de Sua justiça para por sobre o pecador que despisse as suas vestes de imundícia. ... Não haverá acobertamento de pecados e faltas para esconder a deformidade de caráter; veste alguma será meio lavada; mas todas serão puras e imaculadas". (Filhos e Filhas de Deus, pág. 66, The Youth’s Instructor de 18 de agosto de 1886).

Em 29 de abril o mundo observou ao o príncipe William, segundo na linha de sucessão ao trono britânico, e Catherine Middleton, foram unidos em matrimônio numa cerimônia real elaborada. A revista Time descreveu o vestido de casamento de Kate como "um dos vestidos mais aguardados da década". Você acha que debaixo desse lindo vestido de noiva havia um vestido velho e sujo, ou roupas de baixo? Acha que Deus faria isso conosco — colocar "vestes finas" sobre a nossa "roupa suja"? Iria Deus simplesmente "encobrir" os nossos pecados, ou ter nossos pecados lavados pelo sangue do Cordeiro (e não por meio de "detergente" e "alvejante")? Deus não encobre ou esconde o nosso pecado; como seres humanos somos bons nisso, como demonstrado pelo rei Davi:

O rei Davi deixou-se envolver em horrível pecado composto de adultério, assassinato, mentiras. Por um ano ou mais, ele foi capaz de reprimir a culpa dolorosa, espezinhando-a e mantendo-a encoberta. E ele blefava e sorria seguindo a sua rotina de governo e compromissos reais, mas quando sozinho, a culpa finalmente o apanhava e sua devastação de alma era horrenda. Nada podia fazê-lo feliz. Mas quando o perdão de Deus veio, David escreveu: "Bem-aventurado aquele cuja transgressão é perdoada, e cujo pecado é coberto” ["apagado”, NVI]. “Bem-aventurado o homem . . . em cujo espírito não há engano. . . . envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia”. (Salmo 32:1-4). Nada no vasto universo é recebido com tanta alegria quanto o perdão de Deus.

Perdão é ótimo, mas há uma outra dimensão envolvida: a eliminação dos pecados. É simultânea com a dádiva de Deus (e o recebimento pela Igreja) da chuva serôdia, que prepara os fiéis para os conflitos finais da história da Terra: "Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor" (Atos 3:19). Quando Ele nos perdoa Ele toma os pecados e os lança nas profundezas do oceano, onde ninguém pode recuperá-los — nem mesmo a si próprio. É o Seu ato objetivo por nós. Mas nós podemos desenterrá-lo de novo, como Judas Iscariotes o fez (ele tinha sido batizado e ordenado ao ministério e até havia operado milagres). Nós podemos "de novo crucificar o Filho de Deus" (Heb. 6:6).

Mas há uma diferença, em princípio, entre o perdão dos pecados no serviço diário do santuário e a eliminação do pecado no Dia da Expiação. Chuva é chuva, quer caia no início da temporada ou mais tarde. Tanto o perdão quanto a eliminação do pecado são pelo sangue de Jesus derramado no Calvário.

A "eliminação dos pecados" é plural, subjetiva; diz respeito ao santuário em si. É o sentido de Daniel 8:14: "O santuário será purificado". O perdão dos nossos pecados nos liberta; a eliminação dos pecados deixa a Deus livre (*das acusações de Satanás quanto ao Seu caráter e à Sua Justiça). O peso acumulado dos pecados do povo de Deus é a culpa que Ele tomou sobre Si no grande conflito com Satanás. Resta-nos uma profunda obra de purificação do coração que é feita no Dia da Expiação. Quando o pecado for totalmente erradicado do coração do Seu povo, o evangelho terá sido finalmente demonstrado como eficaz, "o poder de Deus para a salvação" (Rom. 1:16). O sacrifício de Cristo é plenamente recompensado. Deus é aliviado do fardo que tem carregado ao longo de todo esse tempo.

O verdadeiro perdão que não é rejeitado pelo pecador perdoado prossegue numa experiência posterior de arrependimento. Assim, o Sumo Sacerdote é capaz de apagar os pecados que foram perdoados. Paulo captou a ideia: "Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, E cujos pecados são cobertos" (Rom. 4:7). O perdão expurga o registro, mas Deus também "conta’ como justo" (v. 6, REB) (*“Bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça,” Almeida Fiel). Em outras palavras, o perdão é Deus, “dando" a um alienado coração arrependimento/reconciliação "para que a justiça da lei se cumprisse em nós" (Rom. 8:4). "O perdão tem um sentido mais amplo do que muitos supõem. . . . O perdão de Deus não é meramente um ato judicial pelo qual Ele nos liberta da condenação. É não somente perdão pelo pecado, mas livramento do pecado. É o transbordamento de amor redentor que transforma o coração" (O Maior Discurso de Cristo, pág. 114, *grifamos).

Mas deve haver um termo final — aquele "apagamento" que Pedro menciona em Atos 3:19. O livro de Hebreus explica o que o nosso Salvador está fazendo agora. Nunca foi feito antes — o preparo de um povo (Sua Noiva) para a Sua segunda vinda pessoal, literal.

No seu apoio entusiástico da mensagem de 1888, Ellen White disse: "Estamos no dia da expiação, e devemos trabalhar em harmonia com a obra de Cristo de purificação do santuário dos pecados do povo. Que nenhum homem que deseja ser encontrado com a veste nupcial, resista a nosso Senhor na trabalho de Seu ofício" (Review and Herald, 21 de janeiro de 1890. Ellen G. White).

A mensagem de 1888 fez da purificação do santuário um assunto prático. Ela viu que a verdade adventista da purificação do santuário com uma visão mais completa da justificação pela fé era como a confluência de dois rios que fluíam separadamente, mas agora se uniram para produzir uma maré que poderia suportar com segurança a viagem do navio ao porto. Ela viu na mensagem de 1888 os gloriosos meios da graça divina para tornar um povo preparado para a vinda do Senhor. É como os dois grandes rios, a verdade do santuário e da justificação pela fé, se juntam. A mensagem não apenas apela a uma vida santa, mas também fornece os meios — a perfeição do caráter do povo de Deus em Cristo, por um lado, e por outro, a destruição final do pecado e dos pecadores e a purificação do universo de toda mácula do pecado. É Cristo plenamente formado em cada crente.

Será que Deus esteve retendo a Sua graça de modo que nenhuma geração anterior pudesse estar "pronta" para as bodas do Cordeiro? O ministério do Sumo Sacerdote no santuário celeste é realizar para o povo de Deus o que nunca foi realizado através de todos os milênios da história. O Sumo Sacerdote “purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao SENHOR trarão oferta em justiça" (Mal. 3:3). Estas serão ofertas livres de preocupações centralizadas no eu, que é a base do pecado. A verdadeira Noiva vai se casar com o Seu marido porque O ama.

"Habitarei no teu tabernáculo para sempre; abrigar-me-ei no esconderijo das Tuas asas" (Salmo 61:4).

"O Sol da Justiça brilhará com cura em suas asas, e toda a terra será cheia da Sua glória" (Manuscript Releases, vol. 17, pág. 10)

—Carol A. Kawamoto

Principais fontes: Robert J. Wieland, "Dial Daily Bread" (Pão Diário Discado) e "A Justiça Pela Fé e a Purificação do Santuário".

A irmã Carol Kawamoto vive no sopé da bela Serra da Califórnia. Ela freqüenta uma pequena igreja adventista onde foi batizada há muitos anos. Pouco depois do batismo ela conheceu Helen Cate, então editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888 (que também era um membro da mesma igreja) e o pastor Robert J. Wieland, que pregava as verdades da Boa Nova da mensagem de 1888. Ela começou a trabalhar com Helen, que fundou a revista “1888 Message Newsletter” (Noticiário da Mensagem de 1888). Após a morte de Helen, Carol foi eleita editora para o Comitê de Estudos da Mensagem de1888, onde teve o privilégio de trabalhar diretamente com o pastor Wieland, redigindo o boletim de notícias para aquela revista, e publicando os numerosos livros dele. Ela continua com o seu amor em partilhar a "mui preciosa mensagem" (TM, pág. 91), através da edição de diversos artigos, de diferentes autores, que publicamos neste blog. Ela tem também outros projetos. Ela envia suas saudações a todos os leitores deste blog no Brasil e em outros países de língua portuguesa.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Lição 6, O Manto de Elias e Eliseu, por Paul Penno

Para o período de 30 de abril a 7 de maio de 2011

A maior seca da história do antigo Israel registrada ocorreu no reinado do rei Acabe e da rainha Jezabel. Nenhuma chuva, nem sequer uma gota de orvalho, caiu sobre a terra ressequida por três anos e meio; as pessoas estavam morrendo em todos os lugares em consequência do desastre nacional.

Da mesma forma, uma crise enfrenta a igreja do Senhor nos últimos dias, se não houver uma "chuva" do Espírito Santo caindo sobre ela em todo o mundo, em copiosas chuvas de graça. Como muitos israelitas morreram, devido à seca, nos dias de Acabe, assim muitos no Israel moderno sofrem, por falta das verdadeiras torrentes de "chuva", do Céu, e eles caem vítimas das inteligentes contrafações que o inimigo no grande conflito com Cristo impinge sobre eles. Especialmente os Jovens e adolescentes perecem espiritualmente, se forem privados do novíssimo "pão da vida". Todo tipo de vento de doutrina está soprando.

O antigo Israel havia orado durante séculos pelo cumprimento de suas profecias messiânicas. O propósito de sua existência como um povo dependia da vinda do Messias prometido a seu pai Abraão. Quando Jesus nasceu na manjedoura de Belém, foram poucos os que saudaram a sua chegada, que passou despercebida.

O equivalente do Messias do Israel antigo para o moderno Israel é o derramamento da chuva serôdia consistente com o alto clamor da mensagem do terceiro anjo. Este é o clímax do propósito da existência da igreja adventista do sétimo dia, a fim de amadurecer o grão para a colheita e fortalecê-la a desempenhar um papel em iluminar cada alma na terra com as boas-novas de Deus (Apoc. 18:1). As orações do povo de Deus têm implorado a Ele por esse dom já por bem mais de 167 anos. Temos nós a capa de Elias, para reconhecer o Espírito, quando Ele nos fala com uma voz mansa e delicada?

O "manto" representa o Espírito e a mensagem de Elias (2º Reis 2:8-15). "Agora Eliseu ficou no lugar de Elias."1 "Quando o Senhor, em Sua providência considera oportuno remover de Sua obra aqueles a quem Ele deu sabedoria, Ele ajuda e fortalece seus sucessores. ... podem eles ser mesmo mais sábios do que seus predecessores."2

A mensagem de Elias foi o de trazer de "volta o seu coração [de Israel]" (1º Reis 18:37). Ao absorver um falso culto a Baal das nações ao redor deles, o coração do antigo Israel estava separado de Deus. Baal é o culto do eu, disfarçado como adoração de Cristo. Levou cerca de 100 anos para tal apostasia quebrar as relações sociais e familiares de Israel, tanto do antigo como do moderno, Mal. 4:6.

Quando Elias centrou a atenção das pessoas sobre o altar e "então caiu fogo do Senhor e consumiu o holocausto",... "o que vendo todo o povo" ... "caíram sobre seus rostos, e disseram: Só O SENHOR é Deus" (1º Reis 18: 38, 39). Israel como uma corporação recebeu o dom do arrependimento, por volverem-se de Baal "ao Senhor." Elias proclamou a mensagem ditada pelo Espírito da cruz e prostrou o povo em sua identificação com o Crucificado.

A chuva serôdia veio como orvalho acompanhando a mensagem de Elias ("alto clamor"), e seguindo rapidamente em seu encalço veio "um ruído de abundante chuva" (vs. 41).

O Espírito Santo já havia feito um sinal de vitória para Israel no Monte. Carmelo, mas Elias não ficoou ali muito tempo para acompanhar e fortalecer o povo com boas novas. Ele fugiu do seu posto de dever por medo das consequências (*da atitude) de Jezabel.

O mesmo Espírito Santo falou "a palavra do Senhor" a Elias em seu exílio auto-imposto na caverna, perguntando-lhe: "Que fazes aqui Elias?" (1ª Reis 19:9). Elias fugiu de Israel para se salvar, "buscam a minha vida" — ele ainda entendia corretamente a sua mensagem: "Tenho sido muito zeloso pelo SENHOR" (v. 10). Ele estava preocupado com o Senhor, que firmou a Sua reputação em Israel através de quem Ele havia prometido (*o Messias) a "Semente".

Mas o Senhor não havia terminado com Elias. Ele o levou para o Monte Sinai e novamente o comissionou, como um "remanescente" em Israel, com uma mensagem. Alguém, nem que seja apenas uma pessoa, tem que manter a esperança viva no Prometido. Elias tem que passar no teste da fé (ouro refinado no fogo) que é motivado por uma apreciação do amor de Deus.

E assim havia ventos ciclônicos suficientes para mover pedras do tamanho de casas. Houve um terremoto épico. Houve um incêndio que a tudo consome. Nenhum destes tumultos abalou Elias. "E eis que passava o Senhor" e Elias teve a certeza da presença de Deus (vs. 11).

O que induziu a admiração e o respeito de Elias, foi "uma voz mansa e delicada" do Espírito Santo (vs. 12, 13). "É a voz mansa e delicada do Espírito de Deus que tem o poder de convencer e converter as almas dos homens"3 Foi esta voz que falou tal verdade penetrante à alma de Elias, que o levou a envolver “o seu rosto na sua capa" em reverência. "Que fazes aqui, Elias?" (Vs. 13). Enviei-lhe Eu aqui?

A mensagem de Elias focou na promessa da aliança eterna de Deus em Cristo, os "altares" de Deus, e os "profetas" de Deus (vs. 14). A cruz é a dinâmica da boa-nova, que liberta do pecado, e esta é a mensagem do dom de profecia. Todos os três aspectos do evangelho foram falsificados pela incredulidade da velha aliança; uma ingratidão pelo sacrifício; e desrespeito, pelo Espírito de profecia.

Como no cumprimento da mensagem de Elias em João Batista, a mensagem que vem "antes do grande e terrível dia do Senhor" (*Mal. 4:5), será “com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto” (Lucas 1:17). Parece que a "mensagem do terceiro anjo em verdade”4 Apocalipse 14:1-12) e a "mensagem de Elias" são as mesmas: arrependimento permeando o "Corpo de Cristo." Tudo vem junto: a "mensagem de Elias" é a do "outro anjo, que tinha grande poder” de Apocalipse 18:1-4, é o final "evangelho eterno" de 14:6-15; é a enfática repetição "caiu, caiu Babilônia" do versículo 8; é o "testemunho" do Senhor Jesus" ao anjo da igreja de Laodicéia," a última das sete igrejas da história (3:14-21); é a chamada para ser zeloso e arrepender-se, vs. 19, e, finalmente, é o apelo do decepcionado Amante com o Cântico dos Cânticos a Sua candidata a Noiva para consumar a longamente adiada "bodas do Cordeiro" (19: 7, 8). E, Elias concilia seu coração a Ele! (*A mensagem de) 1888 foi o início de nossa mensagem de Elias — o "alto clamor" e a "chuva serôdia" — que interrompe a seca e alimenta os jovens e adultos com pão fresco do alto. "A verdade do evangelho", pode ser recuperada (Gálatas 2:5):

A) "Deus é ágape" (1ª João 4:8). "Nós o amamos porque Ele nos amou primeiro" (v. 19). Deus ama as pessoas más e feias.

B) A mensagem da cruz é que cada alma vale a vida do Filho de Deus e a do Pai, que O deu ao mundo (João 3:16). Nossos corações estão em inimizade para com Ele, e, portanto, precisamos da expiação.

C) Daqui resulta necessariamente que é fácil ser salvo e difícil de se perder, ao você ver o preço que o amado Filho de Deus pagou ao morrer por você.

D) O sentido último da cruz é a verdade da purificação do santuário. Nosso Sumo Sacerdote ministra Seu constrangedor amor, nos dando arrependimento (Apoc. 3:19). Um "remanescente" de Laodicéia vai corporativamente se arrepender.

E) A verdade do santuário é um Salvador, que está perto de nós, tendo vencido tentações. Ele tomou a "semelhança" de nossa "carne do pecado" (Rom. 8:3). Podemos “vencer",“assim comoEle "venceu" (Apoc. 3:21).

F) Eles entendem a verdade dos dois concertos com a intersecção da cruz, o Sábado, a justificação pela fé, o santuário, e o selo de Deus. Um povo está preparado para enfrentar o teste final da marca da besta e cumprir um voto a Deus "na hora do Seu juízo." Com o amor à lei de Deus dado aos 144.000, que são justos pela fé nEle, e preparados para a Sua segunda vinda (1 João 3:3).



—Paul E. Penno



Notas (das citações dos escritos de Ellen G. White):

1) The Little Things” (As Pequenas Coisas) The Youth’s Instructor, de 28 de abril de 1898.

2) Profetas e Reis, pág. 228;

3) “A Necessidade de se Morrer para o eu,” publicado na Review and Herald de 18 de junho de 1889;

4) The Review and Herald, de 1º de abril de 1890.

Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista da cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de A.T. Jones e E. J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Ig. Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. 1