Na semana passada falamos
da importância de entendermos os dois concertos.
O Novo Concerto
ocasionalmente também recebeu a designação de Antiga Aliança ou Velho Concerto,
o que contribuiu para se estabelecer um equívoco na mente de muitos, inclusive
entre nós, como dissemos na semana passada, no artigo então postado com o
título “3º Trim. 2013 — Os Dois Concertos.”
REPETINDO,
graças a Deus, o Senhor nos legou uma excelente explanação, que elucida bem
esse assunto, por intermédio de Ellen G. White, conforme se lê a seguir do livro Patriarcas e Profetas, sendo que as ênfases e as notas de
referência foram todas por nós acrescentadas:
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, pág.
[367] “A lei
cerimonial[1] foi dada por Cristo. Mesmo depois que
ela não mais devia ser observada, Paulo apresentou-a aos judeus em sua
verdadeira posição e valor, mostrando o seu lugar no plano da redenção e sua
relação para com a obra de Cristo; e o grande apóstolo declara gloriosa esta
lei, digna de seu divino Originador. O serviço solene do santuário tipificava
as grandiosas verdades que seriam reveladas durante gerações sucessivas. A
nuvem de incenso que ascendia com as orações de Israel, representa a Sua
justiça que unicamente pode tornar aceitável a Deus a oração do pecador; a
vítima sangrenta sobre o altar do sacrifício dava testemunho de um Redentor
vindouro; e do Santíssimo resplandecia o sinal visível da presença divina.
Assim, através de séculos e séculos de trevas e apostasia, a fé se conservou
viva no coração dos homens, até chegar o tempo para o advento do Messias
prometido.” ...
[370] “Assim
como a Bíblia apresenta duas leis, uma imutável e eterna, e outra provisória e
temporária, assim há dois concertos. O concerto da graça[2] foi feito primeiramente com o homem no
Éden, quando, depois da queda, foi feita uma promessa divina de que a semente
da mulher feriria a cabeça da serpente. A todos os homens este concerto
oferecia perdão, e a graça auxiliadora de Deus para a futura obediência
mediante a fé em Cristo. Prometia-lhes também vida eterna sob condição de
fidelidade para com a lei de Deus. Assim receberam os patriarcas a esperança da
salvação.
"Este mesmo concerto foi renovado a Abraão, na promessa:
"Em tua semente serão benditas todas as nações da Terra." Gên. 22:18. Esta promessa apontava
para Cristo. Assim Abraão a compreendeu (Gál. 3:8 e 16), e confiou em Cristo
para o perdão dos pecados. Foi esta fé que lhe foi atribuída como justiça. O
concerto com Abraão mantinha também a autoridade da lei de Deus. O Senhor
apareceu a Abraão e disse: "Eu sou o Deus todo-poderoso, anda em Minha
presença e sê perfeito." Gên.
17:1. O testemunho de Deus concernente a Seu fiel servo foi: "Abraão obedeceu à Minha voz,
e guardou o Meu mandado, os Meus preceitos, os Meus estatutos, e as Minhas
leis." Gên. 26:5. E o
Senhor lhe declarou:"Estabelecerei o Meu concerto entre Mim e ti e a
tua semente depois de ti em suas gerações, por concerto perpétuo, para te ser a
ti por Deus, e à tua semente depois de ti."Gên. 17:7.
“Se bem que este concerto houvesse sido feito com Adão e renovado a Abraão, não poderia ser ratificado antes da
morte de Cristo. Existira pela promessa de Deus desde que se fez a [371] primeira indicação de redenção; fora
aceito pela fé; contudo, ao ser ratificado por Cristo é chamado um novo
concerto. A lei de Deus foi a base deste concerto, que era simplesmente uma
disposição destinada a levar os homens de novo à harmonia com a vontade divina,
colocando-os onde poderiam obedecer à lei de Deus.
“Outro pacto[3], chamado
nas Escrituras o "velho" concerto, foi formado entre Deus e
Israel no Sinai, e foi então ratificado pelo sangue de um sacrifício[4].
O concerto abraâmico foi ratificado pelo sangue de Cristo, e é chamado o "segundo", ou
o "novo" concerto, porque o sangue pelo qual
foi selado foi vertido depois do sangue do primeiro[5] concerto. Que o Novo Concerto era
válido nos dias de Abraão, evidencia-se
do fato de que foi então confirmado tanto pela promessa como pelo juramento de
Deus, "duas coisas
imutáveis, nas quais é impossível que Deus minta". Heb. 6:18.
“Mas, se o concerto abraâmico continha
a promessa da redenção, por que se formou outro concerto no Sinai[6]?
— Em seu cativeiro, o povo em grande parte (a) perdera o conhecimento de Deus e os
princípios do concerto abraâmico. Libertando-os do Egito, Deus procurou
revelar-lhes Seu poder e misericórdia, a fim de que fossem levados a amá-Lo e
confiar nEle. Trouxe-os ao Mar Vermelho — onde, perseguidos pelos egípcios,
parecia impossível escaparem — a fim de que se compenetrassem de seu completo
desamparo, e da necessidade de auxílio divino; e então lhes operou o
livramento. Assim eles se encheram de amor e gratidão para com Deus, e de
confiança em Seu poder para os ajudar. Ele os ligara a Si na qualidade de seu
Libertador do cativeiro temporal.
“Havia, porém, uma verdade ainda maior a ser-lhes gravada na
mente. Vivendo em meio de idolatria e corrupção, (b) não tinham uma concepção
verdadeira da santidade de Deus, (c) da excessiva pecaminosidade de seu
próprio coração, (d) de sua completa incapacidade para,
por si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, (e) de sua necessidade de um Salvador.
Tudo
isto deveria ser-lhes ensinado.
“Deus os levou ao Sinai; manifestou Sua glória; deu-lhes Sua lei,
com promessa de grandes bênçãos sob condição de obediência: "Se diligentemente ouvirdes a
Minha voz, e guardardes o Meu concerto,[7] então... Me sereis um reino
sacerdotal e o povo santo."Êxo. 19:5 e 6. O povo não compreendia apecaminosidade [372]
de
seus corações, e que sem Cristo lhes era impossível guardar a lei de Deus
; e prontamente entraram em
concerto com Deus. Entendendo que eram capazes
de estabelecer sua própria justiça, declararam: "Tudo o que o Senhor tem
falado faremos, e obedeceremos." Êxo.
24:7. Haviam testemunhado a proclamação da lei, com terrível majestade, e
tremeram aterrorizados diante do monte; e, no entanto, apenas algumas semanas
se passaram para que violassem seu concerto com Deus e se curvassem para adorar
uma imagem esculpida. Não poderiam esperar o favor de Deus mediante um concerto[8] que tinham violado; e agora, vendo sua índole pecaminosa e necessidade de
perdão, foram levados a sentir que necessitavam do Salvador revelado no concerto abraâmico e prefigurado nas
ofertas sacrificais[9].
Agora, pela fé e amor, uniram-se a Deus como seu Libertador do cativeiro do
pecado. Estavam então, preparados para apreciar as bênçãos do novo concerto..
“As condições do "velho
concerto"[11] eram: Obedece e vive - "cumprindo-os [estatutos e juízos] o homem, viverá por eles" (Ezeq. 20:11; Lev. 18:5); mas "maldito aquele que não
confirmar as palavras desta lei". Deut. 27:26. O "novo concerto" foi estabelecido com melhores
promessas: promessas do perdão dos pecados, e da graça
de Deus para renovar o coração, e levá-lo à harmonia com os princípios da
lei de Deus. "Este é o
concerto[12] que farei com a casa de
Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei a Minha lei no seu interior, e
a escreverei no seu coração. ... Porque lhes perdoarei a sua maldade, e nunca
mais Me lembrarei dos seus pecados." Jer.
31:33 e 34.
“A mesma lei que fora gravada em tábuas de pedra, é escrita pelo
Espírito Santo nas tábuas do coração. Em vez de cuidarmos em estabelecer nossa própria justiça, aceitamos a justiça de Cristo. Seu sangue
expia os nossos pecados. Sua obediência é aceita em nosso favor. Então o
coração renovado pelo Espírito Santo produzirá os "frutos do Espírito".
Mediante a graça de Cristo viveremos
em obediência à lei de Deus, escrita em nosso coração. Tendo o Espírito de
Cristo, andaremos como Ele andou. Pelo profeta Ele declarou a respeito de Si
mesmo:"Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a tua lei
está dentro do Meu coração." Sal.
40:8. E, quando esteve entre os homens, disse: "O Pai não Me tem deixado só,
porque Eu faço sempre o que Lhe agrada." João 8:29.
[373] “O apóstolo
Paulo apresenta claramente a relação entre a fé e a lei, no novo concerto. Diz
ele: "Sendo pois
justificados pela fé, temos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo." Rom. 5:1. "Anulamos, pois, a
lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos a lei." Rom. 3:31. "Porquanto o que era
impossível à lei, visto como estava enferma pela carne — ou seja, ela não podia justificar o
homem, porqueem sua natureza pecaminosa este não a poderia guardar — "Deus, enviando o Seu Filho em
semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne; para que
a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas
segundo o Espírito." Rom.
8:3 e 4.
“A obra de Deus é a mesma em todos os tempos, embora haja graus
diversos de desenvolvimento e diferentes manifestações de Seu poder, para
satisfazerem as necessidades dos homens nas várias épocas. Começando com a primeira
promessa evangélica, e vindo através da era patriarcal e judaica, e mesmo até
ao presente, tem havido um desenvolvimento gradual dos propósitos de Deus no
plano da redenção. O Salvador, tipificado nos
ritos e cerimônias da lei judaica, é
precisamente o mesmo que Se revela no evangelho. As nuvens que envolviam Sua
divina pessoa foram removidas; o nevoeiro e as sombras desapareceram; e Jesus,
o Redentor do mundo, Se acha revelado. Aquele que do Sinai proclamou a lei e
entregou a Moisés os preceitos da lei ritual, é o mesmo que proferiu o sermão
do monte. Os grandes princípios de amor a Deus, que estabeleceu como fundamento
da lei e dos profetas, são apenas uma repetição do que Ele dissera por meio de
Moisés ao povo hebreu: "Ouve,
Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus
de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu poder." Deut. 6:4 e 5. "Amarás o teu próximo como a
ti mesmo." Lev. 19:18. O
Ensinador é o mesmo em ambas[13] as dispensações. As reivindicações de
Deus são as mesmas. Os mesmos são os princípios de Seu governo. Pois tudo
procede dAquele "em Quem
não há mudança nem sombra de variação". Tia. 1:17. [14]
[1] Como
ela – a lei cerimonial – ‘foi dada por Cristo’ é
inconcebível que ela fizesse parte daquela Antiga Aliança que ‘gera
filhos para a escravidão’ (Gálatas 4.24) do pecado, simbolizada
por Agar. A lei cerimonial faz, sim, parte da primeira fase da Nova
Aliança, a de antes da cruz, na
qual todos os sacrifícios e ofertas apontavam para Cristo que viria para
tornar-Se a realidade daqueles símbolos.
[2] O ‘concerto da
graça’ ou a ‘Nova Aliança’ teve duas
etapas, fases ou dispensações: a primeira,
antes da cruz; e a segunda,
depois da cruz. Além do ‘concerto
da graça’ há também o ‘concerto do Sinai’ ou a “Velho Concerto,” ou ‘Antiga
Aliança’, a qual foi celebrada em uma cerimônia
única, conforme se lê em Êxodo 24, por
volta de 1491 a.C., cerca de um ano antes da
inauguração do Santuário Terrestre, ocorrida
por volta de 1490 a.C., descrita
em Hebreus 9.18-22. “A
construção do tabernáculo não se iniciou senão algum tempo depois que Israel
chegou ao Sinai; e tal edificação sagrada foi pela primeira vez erguida no início do segundo ano a partir do êxodo.” (Patriarcas e Profetas, pág. 374).
[3] O ‘outro
pacto’ – aqui referido –
trata-se do ‘concerto do
Sinai,” o velho concerto ou
a ‘Antiga Aliança’,
referido em Êxodo 19 e 24. Este é o que ‘gera
filhos para servidão’ (Gal.
4:24) do pecado. É o
concerto da ‘justiça
própria’, das ‘obras
da lei’, a tentativa de se ‘justificar
pela lei’ (Gálatas 5.4).
[6] Ou seja: se já, desde o Éden, existia a Nova Aliança – da graça – por qual razão foi feita
a Antiga Aliança, o Concerto ‘das obras da lei’, que
gera para escravidão? Deus
fez com eles esse Velho Concerto para que, após fracassarem, compreendessem a
necessidade de crerem no verdadeiro e único concerto exequível, o concerto
eterno.
[7] Qual concerto? O ‘abraâmico’ logicamente, pois não havia sido
oficializado nenhum outro concerto entre o Senhor e os homens. Deus estava lhes
propondo a renovação do Novo
Concerto, porém eles – supondo-se capacitados de, por suas próprias forças,
guardar a Lei de Deus propuseram-Lhe o Antigo
Concerto. Pelas cinco razões – supra ressaltadas: a,
b, c, d, e e – o Senhor aceitou a proposta deles e
firmou com eles o Antigo Concerto, o qual teve uma só e única
cerimônia em toda a Bíblia. Entretanto o Antigo Concerto continua vigente e ‘gerando para a servidão’, até
o dia de hoje. Alguém está sob o Velho
Concerto ou Antiga Aliança sempre que pretende guardar a Lei de
Deus, i. é, desenvolver um caráter cristão por suas próprias forças, buscando
forçar sua natureza humana pecaminosa a agir corretamente. Em
outras palavras, sem buscarmos o poder do alto, e tentando vencer uma tentação,
sem um “Assim diz o Senhor”, com fé em Seu poder criador e
transformador, estamos na Antiga
Aliança.
Por outro lado, todos os que se entregam à direção de Deus,
dependendo inteiramente do Seu poder para fazer que a Palavra diz, seguindo o
exemplo de Jesus, registrado em Mateus 4, enfrentam toda tentação, cientes
de que a Palavra [Jesus] tem poder de criar em suas
mentes o conteúdo da citação, estão na Nova
Aliança, entraram, portanto, no ‘descanso
de Deus’ (Heb. 4),
abandonando suas ‘obras da
lei’, seus ‘trapos
da imundícia’ (Isaías
64.6). Obviamente a ‘obediência
por fé’ (Rom. 1.5) no
poder criador da Palavra de Deus não se trata de ‘trapos da imundícia’ e, sim, das vestes ‘de linho finíssimo, resplandecente
e puro. Porque o linho finíssimo são os atos de justiça dos santos.’ (Apoc. 19.8).
Os irmãos que
rejeitaram a mensagem de 1888 negavam que o concerto de Deus se constituísse somente
de promessas unilaterais da parte de
Deus, mas pregavam que o concerto de Deus é um acordo bilateral, mútuo, um
contrato negociado entre Deus e o homem. Diziam que você obedece a fim de que
Deus possa cumprir o prometido. A diferença, segundo eles era, simplesmente, que
cada concerto foi dado para duas diferentes dispensações.
A mensagem de 1888 nos diz que “os dois
concertos não são uma questão de tempo, mas de condição.” Na verdade os dois existem
desde que o pecado entrou no mundo, e existirá até que Cristo volte. Alguém pode
estar vivendo no novo concerto, ou no antigo, dependendo de qual for a sua
compreensão e atitude em relação à sua fé.
O pastor Paulo Penno,
em sua obra The Law and the Covenants in Seventh-day Adventist
History — A Lei e os Concertos na História Adventista do Sétimo Dia—,
pág. 53, nos esclarece que, fazendo-se uma análise da nossa história podemos
ver que os pastores George I. Butler, Roscoe C. Porter e Urias Smith
(destacados opositores da mensagem de 1888), tomaram a posição de que Deus
havia instituído o velho concerto e seus sacrifícios de animais como “uma coisa
boa que Deus havia ordenado para a salvação dos fieis, mas sem utilidade alguma
depois da cruz.”
Segundo Bíblia e o
Espírito de Profecia, só há um plano de salvação, um só concerto (o novo, ou concerto eterno) feito por Deus,
válido para todos os tempos.
Analise e medite sobre
alguns textos bíblicos:
Gál.
4:24: “estas são duas alianças; uma, do
monte Sinai, gerando filhos para a servidão, que é Agar, … mas nós, irmãos,
somos filhos da promessa, como Isaque” (Gál. 4: 24 e 28).
2ª
Cor. 3:7 e 9: As expressões “Mistério da norte”
(p. p. do vs. 7) e “mistério da
condenação” (p. p. do vs. 9), são formas paralelas da frase acima “gerando filhos para a servidão”; e “ministério
da justiça” (ú. p. do vs. 9), equivale à Nova Aliança, ou Novo
Concerto, ou, ainda, O Concerto Eterno.
Heb.
8:13: “Dizendo Nova Aliança, envelheceu a
primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, está perto de acabar”
Neste 3º trim. de 2013
é importante distinguirmos claramente entre os dois concertos.
Como
citamos semana passada no artigo “3º Trim. 2013 — Os Dois Concertos” o Pr. Roberto Wieland diz que quando nós fazemos
uma promessa, é o velho concerto. Não há nelas poder algum. O nosso uso desta
palavra significa que esperamos egoisticamente algo no futuro, uma bênção que
agora é impossível. Mas quando Deus faz a promessa a bênção já vem com ela. “Não são
os filhos da carne que são filhos de Deus, mas os filhos da promessa” (Romanos
9:8).
[8] Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e 24, que “gera filhos para a
escravidão” (Gal. 4:24).
[9] Como está claramente declarado, o Santuário Terrestre com suas
ofertas sacrificais sempre fizeram exclusivamente parte do concerto abraâmico –
o Novo Concerto.
[10] Primeiramente os israelitas fizeram com Deus o Velho Concerto: "Tudo o que o Senhor tem
falado faremos, e obedeceremos." Êxo.
24:7. Em bem pouco tempo romperam tal aliança – por terem adorado o bezerro de
ouro – e: (a) após reconhecerem os princípios do
concerto abraâmico; (b)reconhecendo
a santidade de Deus, (c) dando-se conta da excessiva
pecaminosidade de seu próprio coração, (d) e de sua completa incapacidade para, por
si mesmos, prestar obediência à lei de Deus, e (e) de sua necessidade de um Salvador
fizeram, com o Senhor, um outro concerto: O
concerto da graça, a Nova Aliança, em sua primeira fase, mediante as ordenanças
da Lei Cerimonial, Santuário Terrestre, Sacerdotes, sacrifícios, etc. Depois de
romperem o Velho Concerto, aceitaram o Concerto Abraâmico, que Deus lhes tinha
proposto inicialmente. Não é demais salientarmos: o Concerto Abraâmico também às
vezes é chamado de Velho Concerto, entretanto, não se trata do velho concerto
de Êxo. 19:8 e 24:7, que “gera
filhos para a escravidão,” de
Ex. 19 e 24.
[11] Primeiro concerto ou antiga aliança de Êxodo 19 e 24. Eles haviam
prometido, portanto deviam cumprir. Eclesiastes 5:5 diz: “Melhor é que não votes do que votares e não cumprires.”
[12] Jeremias viveu cerca de 900 anos após o Êxodo. Ao fazer a promessa
de um ‘novo concerto’ com a ‘casa de Israel’ [a Igreja cristã], o Senhor estava Se
referindo, sim, à segunda
fase da Nova Aliança – a de após a cruz – ocasião em que
haveria a substituição do Santuário
Terrestre pelo Celestial; do sacerdócio segundo a ordem de Levi pelo
Sacerdócio ‘segundo a ordem de
Melquisedeque’ (Heb. 6.20) e
dos sacrifícios de animais
pelo sacrifício do Cordeiro de Deus que é realmente o que tira os pecados do
mundo.
Em Hebreus 8.7 lemos: “Porque,
se aquela primeira aliança – antes da cruz – tivesse
sido sem defeito, de maneira alguma estaria sendo buscado lugar para
segunda.” Note-se que o defeito
estava na aliança, não no povo. E qual era o defeito senão este: “Porque é impossível que sangue de
touros e de bodes remova pecados” (Heb.
10.4)!
[13] Quais são as duas dispensações,
referidas acima? São as duas dispensações da Nova
Aliança: a primeira – antes da cruz – e a segunda – depois da cruz! Em Hebreus, a ‘primeira’ fase, etapa ou dispensação da Nova
Aliança é denominada por Paulo como Antiga
Aliança; e a‘segunda’ fase, etapa ou dispensação da Nova
Aliança ele a denomina Nova
Aliança.
Alguém poderia buscar entender que as duas dispensações, supra
referidas, seriam aquela Antiga
Aliança, que gera para a escravidão do pecado – Êxodo 19 e 24 – e a Nova Aliança, iniciada
no Éden e que vai até o Éden restaurado, entretanto tal entendimento laboraria
em equívoco.
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