Para 20 a 27 de julho de 2013
De
acordo com o nosso guia de estudos deste trimestre: Quando o povo de Deus
estudar, orar e testemunhar, então eles terão o avivamento.1 Em
outras palavras, (*supõe-se que) o avivamento vem como resultado de algo que
devemos empreender. A idéia é que o nosso desempenho produz o reavivamento do
Espírito Santo. As promessas do velho concerto do antigo Israel nunca resultaram
em duradouro avivamento e reforma.
Depois
de mais de 2000 anos, quanto progresso temos "nós" feito como povo de
Deus? Pense neles então: Israel esperou o Messias deles vir "a qualquer
momento,” assim como nós estamos esperando o mesmo Messias voltar "praticamente
agora" — pelo menos, "em breve". Eles sabiam há 2000 anos atrás,
como sabemos agora, que deve vir "um grande movimento de reforma entre o
povo de Deus", a fim de estar pronto para o Messias. Havia um clima de expectativa
entre o povo de Deus àquela época, como há agora. E, principalmente em suas
mentes, estava uma dúvida que, falando francamente, está em nossas mentes hoje:
"Que faremos para executarmos as
obras de Deus?" (João 6:28).
Hoje,
existem seminários e sermões apresentados que são variações dessa questão.
"Que programa, que dever, que plano, devemos fazer para que possamos ter
esse ‘grande movimento reformatório’ de reavivamento, em preparação para o
retorno de nosso Messias?" Há cuidadoso estudo nos escritos bíblicos e
inspirados que produzem uma grande quantidade de citações sobre deveres do que
"fazer" — sobre reforma da saúde, alimentação, boas obras, dízimos,
ofertas, testemunho, e devocionais. E algumas pessoas sinceras são brilhantes e
têm re-enfatizado esta questão, assim: "O que não devemos fazer, para realizar as obras de Deus?"
"Que hábitos mundanos devemos abandonar, a fim de realizarmos esta grande
reforma?" E cada professor tem um novo programa, ele diz: “desta vez se
você fizer isto ou aquilo vai funcionar, ou se você parar de fazer isto ou
aquilo que é mundano. Deve haver algo que possamos fazer (ou não fazer) para
curar a doença de indiferença em todo o mundo que todos concordamos aflige a
igreja. Nós ansiamos por algum programa, alguma idéia nova, algum plano de uma comissão
de algumas mentes férteis.
Será
que Jesus tinha a solução há 2000 anos atrás? "A obra de Deus é esta: que creiais nAquele que Ele [Deus] enviou" (v. 29). A solução não está
em fazer alguma coisa, mas em ver alguma coisa. Vamos "ver."
Jesus
não está esperando por você para iniciar ou mesmo manter uma relação salvífica
com Ele. Ele mesmo tomou a iniciativa de construí-la: "Não me escolhestes a Mim “mas,” Eu vos escolhi a vós" (João
15:16). O que Ele está querendo saber é como Ele pode construir um
companheirismo unilateral com você! (*isto é, sem a sua ação, ou abstinência
sua, de algum problema seu. É Ele que vai realizar isto em você). Ele satisfez
todos os requisitos (*necessários para sua salvação), a sua obra agora é
responder — que é, o que significa "crer". Ele demonstrou todo o amor
e dádiva primeiro, João 3:16.
Ele
procura manter a comunhão através do sopro do Espírito Santo diariamente, mesmo
a todo instante: "Os teus ouvidos
ouvirão a palavra do que está por detrás de ti, dizendo: Este é o caminho,
andai nele, sem vos desviardes nem para a direita nem para a esquerda"
(Isaías 30:21)2. "...O
Pai vos dará outro Consolador, que vai ficar com vocês para sempre. Ele é o
Espírito, que revela a verdade sobre Deus" (João 14:16, 17, Versão Boas Novas). Sim, isso é verdade,
acredite. Ele vai ficar com você a menos que você tome a iniciativa de afastá-Lo.
Nós
trabalhamos duro, vigorosamente, para proclamar o
evangelho. Mas será que existe um método ainda não experimentado de ganhar
almas? Não meramente por apertar botões eletrônicos, mas que tenha um pacote de
poder embutido que as pessoas simples, que acreditam na mensagem, possam
assistir conversões acontecerem?
Se
você vai regularmente à igreja, você já ouviu os apelos: "—Faça mais,
trabalhe mais (*dê mais estudos bíblicos) ganhe mais almas! Veja como as
Testemunhas de Jeová e os Mórmons vão de porta em porta, por que não nos
esforçarmos mais?—" Mas será isso o que Jesus tinha em mente quando disse:
"IDE..." Será que existe uma
maneira mais eficaz para terminar a grande comissão evangélica?
Quem
não anseia ver uma muito maior eficiência em ganhar almas? Os apóstolos faziam
pouca pressão sobre os primeiros cristãos. Paulo elogia os tessalonicenses ao
invés de estimulá-los: "Não só por
vós soou a palavra do Senhor por toda a Macedônia e Acaia, mas as notícias
sobre sua fé em Deus tem ido a todos os lugares. Não há nada, então, que
precisemos dizer" (1ª Tes. 1:8, Versão
Boas Novas). Um sonho de um evangelista ou pastor (ou administrator) de igreja!
Não há necessidade de promoção de alta pressão.
Era
o evangelho dos tessalonicenses autopropagável? Parece que ele tinha o seu
próprio pacote de poder embutido nele. Ele motivou as pessoas até ao ponto de
se pensar que eram extravagantemente zelosos: "Se enlouquecemos... [ou]
em nossa mente sã, ... o amor [Ágape] de Cristo nos constrange, porque estamos
convencidos de que Um morreu por todos, logo todos morreram. E Ele morreu por
todos, para que os que vivem não vivam mais para si mesmos" (2ª
Coríntios. 5:13-15, NVI).
Em
outras palavras, eles sentiram uma motivação impulsionada por algo especial que
eles viram no sacrifício de Cristo. Uma vez que você compreenda o que aconteceu,
você simplesmente não pode ficar parado. A língua presa tinha que falar, e os
tímidos tornarem-se ousados (*“E será
aquele homem ... como ribeiros de águas em lugares secos, ... e o coração dos
imprudentes entenderá o conhecimento; e a língua dos gagos estará pronta para
falar distintamente,” Isa. 32:4; “Naquele
dia o Senhor protegerá os habitantes de Jerusalém; e o mais fraco dentre eles
naquele dia será como Davi, e a casa de Davi será como Deus, como o anjo do
Senhor diante deles,” Zac. 12:8). Você viu o Messias tornar-Se o segundo
Adão, Ele morreu "por todos". Isso
significava que — se Ele não tivesse morrido você estaria morto. Desde que Ele
Se tornou corporativamente um com a raça humana, "todos morreram" nEle;
a partir de então, ninguém pode continuar "vivendo
para si mesmo" (*2ª
Cor. 5:15). Você
já não podia mais pensar que pertencia a si mesmo, ou que qualquer coisa que
possuía era sua. Com um só golpe divino, laços humanos de preocupação
egocêntrica foram rompidos. A cruz fez isso.
Um
novo propósito para viver assumiu o comando: se você acreditava neste evangelho
de auto-propagação, você só tinha que viver "para
Aquele que morreu" por você, e não era medo (*do inferno) ou esperança
de recompensa (*da vida eterna) que te movia. Materialismo, sensualidade, todas
as motivações egoístas foram transcendidas por esta nova razão fenomenal para
viver. Você se viu eternamente em dívida para com o Filho de Deus. E a ideia
pegou, porque havia corações sinceros em todos os lugares. Judeus e gentios
surgiram dos lugares mais inesperados, prontos para responder (*positivamente).
Esse
entendimento do que a cruz significava, primeiro irrompeu na mente das pessoas
no dia de Pentecostes. "Vós negastes
o Santo e o Justo", exclamou Pedro "Vocês"
mataram o Príncipe da vida, ao qual Deus ressuscitou dentre os mortos, do que
nós somos testemunhas. ... Arrependei-vos, pois, e convertei-vos" (Atos
3:14, 15 e 19) E eles se arrependeram, e se converteram. A verdade em Ágape compeliu multidões obrigadas a
responder — 3.000 em um dia.
Esta
foi "a chuva temporã." Hoje aguardamos "a chuva serôdia."
Em 1888 o Senhor "enviou" a nós "o começo" da mensagem.
Ellen White a chamou de "a luz que irá iluminar a terra com a sua glória"
(*ref. a Apoc. 19:7). Se tivesse sido aceita, “então a forte, clara luz do
outro anjo que desce do céu com grande poder, teria enchido a terra com sua glória
... mensageiros celestiais têm lamentado, impacientes com a demora .... Anjos
do céu tentavam comunicar a justificação pela fé, a justiça de Cristo, através
de agentes humanos." "O alto clamor do terceiro anjo já começou na revelação
da justiça de Cristo."3
Esse
evangelho de auto-propagação no Pentecostes acompanhou o inicio da obra de
Cristo no céu como Sumo Sacerdote. Agora Sua obra final no dia cósmico da
Expiação será acompanhada por um plenamente desenvolvido "evangelho eterno", que vai "iluminar a terra com glória". A mesma motivação de
exaltação da cruz vai alimentar aquela explosão final de ganhar almas.
- Paul E. Penno
O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor
adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor
de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a
África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua
morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era
atuante na sua igreja local. Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o
pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles
nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que fossem
publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que fosse
publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem
receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988,
a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de
4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de
Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo
ainda atendido.
Notas:
[1] Na lição de quinta-feira, último parágrafo, lemos “Há três elementos essenciais no reavivamento: oração, estudo da Palavra de Deus e testemunho. Quando os filhos de Deus O buscam em intercessão fervorosa e sincera, quando enchem a mente com as verdades da Sua Palavra, e testemunham apaixonadamente sobre Seu amor e verdade, Deus intervém e abre portas incomuns para a proclamação da verdade” (pág. 47 do guia de estudos dos professores; e pág. 29 do guia de estudos do aluno).
[1] Na lição de quinta-feira, último parágrafo, lemos “Há três elementos essenciais no reavivamento: oração, estudo da Palavra de Deus e testemunho. Quando os filhos de Deus O buscam em intercessão fervorosa e sincera, quando enchem a mente com as verdades da Sua Palavra, e testemunham apaixonadamente sobre Seu amor e verdade, Deus intervém e abre portas incomuns para a proclamação da verdade” (pág. 47 do guia de estudos dos professores; e pág. 29 do guia de estudos do aluno).
2) A versão KJV para
Isaías 30:21 usada pelo Pr. Paulo Penno diz: “quando você se desviar para a direita, e quando você se desviar para a
esquerda. ..." Na Almeida esta é a maneira de traduzir também da
Versão Boas Novas. O Comentário Bíblico
Adventista diz: “Deus lhes garantiria a guia do Espírito Santo para
dirigi-los corretamente de extraviarem-se. Todos
que quiserem podem ouvir esta “voz mansa
e delicada” (1ª Reis19:12). (Vol.4, pág. 220).
[3]
Materiais de Ellen G. White Sobre 1888, vol. 2, pág., 673, e
vol. 3, págs. 1070-1071, 1073.
Nota:
No site Sabbath School Today, Escola Sabatina Hoje, e o vídeo dessa lição do
Pastor Paulo Penno estão na Internet em: http://1888mpm.org
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