Para 13 a 20 de julho de 2013
O
que é muitas vezes negligenciado por aqueles que dizem que amam a Bíblia, e,
talvez, não seja culpa deles; é — será possível que tenha sido mantida longe
deles?
Ambos,
Antigo e Novo Testamentos, ensinam uma idéia totalmente ausente em qualquer
outro escrito da época: um amor que tem dimensões nunca sonhadas pela
humanidade — é Ágape no Novo Testamento
Grego. É a história do Filho de Deus que desceu do céu para tornar-Se um
verdadeiro ser humano, para sempre (sim, Ele foi dado a nós por toda a
eternidade para sempre!), tomando sobre Si todas as tendências (*herdadas1) da humanidade caída, entretanto vivendo nessa
natureza uma vida sem pecado, de amor desinteressado; sem consideração para
consigo mesmo até ao ponto de "morte
de cruz" o que implicou derramar
até a última gota de Sua vida (Fil. 2:5-8). Para Ele, a "morte de cruz" significava
suportar a ira eterna do Pai contra o pecado, o que significava o fim da (Sua)
existência. Ele deu-Se a Si mesmo ao inferno em Seu amor pela humanidade caída
(cf. Atos 2:26, 27).
Esta exata idéia chocou àqueles que ouviram
os apóstolos proclamá-la. A idéia de Ágape
alvoroçou o mundo de então. (cf. Atos 17:6). Ela encorajou
a humanidade; nenhuma religião pagã tinha pensado nessa idéia. Ela ainda nos
estimula hoje! Alguns questionam a sua realidade: como poderia Cristo ter
morrido a nossa segunda morte se Ele foi ressuscitado? Seu ser desprovido de
qualquer esperança egoística seja o que for é uma "grande idéia,"
muito grande para sondar. Laodicea parece incapaz de captá-la. Cada cordeiro
que foi sacrificado na Páscoa morreu para sempre; nenhum foi ressuscitado. Jesus deu-Se a Si mesmo para tornar-Se o
Cordeiro de Deus; e isto também era dar adeus para sempre tanto quanto Seu
compromisso significava.
Tal
Ágape é a idéia central e única do
livro que chamamos de "Bíblia
Sagrada," independentemente da versão que seus tradutores possam usar.
Os anjos se maravilham com ela; e nós também a admiramos?
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Não há nenhuma dúvida nas mentes dos adventistas do sétimo dia de que a Palavra de Deus seja o fundamento para reavivamento e reforma. Nosso verso para memorizar diz: "vivifica-me segundo a Tua Palavra" (Salmo 119:154), indicando que algo deve acontecer antes que nós possamos alguma vez cumprir a tarefa especial que Ele nos "ordenou" a fazer: "Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em o nome do Pai, e do o Filho, e do Espírito Santo" (Mat. 28:19, 20).
Mas, primeiro, as nossas
próprias almas precisam ser revividas ["ganhas"] pelas Boa Novas. Se
o amor a esta verdade for bem-vinda em nossos corações, nada pode impedí-lo de
que " flui" para os outros. Pondere esta promessa de Jesus em João 7:38:
"Quem crê em Mim, como diz a
Escritura, rios de água viva correrão de seu ventre". Ellen G. White escreveu:
"Cristo crucificado — fale
isso, ore isso, cante isso, e isso quebrará e conquistará os corações.... Almas estão sedentas pela água da
vida. Não permita que elas se distanciem de você vazias. Revele o amor de
Cristo a eles. Conduza-os a Jesus, e Ele irá dar-lhes o pão da vida e a água da
salvação" (Review and Herald, de
22 de nov. de 1892).
Você
não pode ganhar almas com más notícias, apenas com boas novas.
“Cristo tem de revelar-Se ao pecador como o
Salvador morto pelos pecados do mundo; e, ao contemplarmos o Cordeiro de
Deus sobre a cruz do Calvário, começa a desdobrar-se ao nosso espírito o
mistério da redenção, e a bondade de Deus nos leva ao arrependimento. Morrendo
pelos pecadores, Cristo manifestou um amor que é incompreensível; e esse amor,
ao ser contemplado pelo pecador, abranda-lhe o coração, impressiona-lhe o
espírito e inspira-lhe contrição à alma” (Caminho a Cristo, págs. 26, 27).
Despertar
em nossas almas aquela fome e sede é o propósito da mensagem de 1888 da justiça
de Cristo. O evangelho é o pão da vida; e uma vez que você o prove, você sempre
vai depois querer "comer" dele. Que alegria! Sempre estar com fome e
sedento por mais. Todos os entretenimentos do mundo perdem seu apelo quando
você "prova" do evangelho tal como ele é. Muitos estão agora
testificando que aquela fome tem sido despertada em suas almas por ouvirem ou
lerem as verdades da mensagem de 1888.
Ellet
J. Waggoner, um dos dois "mensageiros" de 1888 escreveu: "Que há
um poder na palavra de Deus, muito acima do que de qualquer outro livro, não
pode ser posta em dúvida. O Senhor através do profeta Jeremias repreende os
falsos profetas, que falam suas próprias palavras em vez das palavras de Deus,
e diz: “Que tem a palha com o trigo?
Porventura a Minha palavra não é como um fogo” (Jer. 23:28, 29). A palavra
do Senhor é a semente pela qual o pecador nasce de novo. Nós aprendemos que a
palavra de Deus é a semente, a partir da qual somos transformados em novas
criaturas em Cristo. A palavra, em seguida, tem poder de dar vida (ver 1ª Pedro
1:22, 23).
"Com
o conhecimento de que a palavra de Deus é a semente pela qual os homens [e
mulheres] são gerados em uma nova vida, e que o esconderijo da palavra no
coração guarda uma pessoa de pecar, podemos facilmente entender 1ª João 3:9: 'Qualquer que é nascido de Deus não comete
pecado; ... porque é nascido de Deus.”
Quão simples!
"Jesus, nosso grande Exemplo, deu-nos uma ilustração
disto. Quando tentado em cada ponto pelo diabo, Sua única resposta foi, ‘Está
escrito,' seguido por um texto da Escritura que se aplicava ao caso específico exatamente.
O cristão que estiver firme deve fazer o mesma coisa. Não há nenhum outro caminho.
"Possa
o pensamento de que Deus está na palavra ser um novo incentivo para todos
ganharem tempo e força para o seu trabalho por tomar a partir dele mais tempo
para se alimentar da fonte da força divina." (trechos de "A Palavra que Reside no Coração.” Signs
of the Times, de 14 de Julho de 1890).
Qual
é a verdadeira motivação que irá levar-nos a seguir o Senhor até o fim? “Não é o temor do castigo, ou a
esperança da recompensa eterna, que leva os discípulos de Cristo a segui-Lo.
Contemplam o incomparável amor do Salvador revelado em Sua peregrinação na
Terra, da manjedoura de Belém à cruz do Calvário, e essa visão dEle atrai,
abranda e subjuga o coração. O amor desperta na alma dos que O contemplam.
Ouvem-Lhe a voz e seguem-nO” (O Desejado
de Todas as Nações, pág. 480)
Esta mui elevada motivação tornar-se-á compreendida no
fim dos tempos mais do que foi entendida na igreja em todas as eras passadas —
uma preocupação por Cristo de que Ele receba a Sua recompensa e encontre Seu
"remanescente" na erradicação final do pecado. Toda motivação egocêntrica
com base meramente em medo do inferno ou esperança de recompensa é menos
eficaz. A mais alta motivação é simbolizada no clímax de Escritura — a Noiva de
Cristo aprontando-se para as bodas do Cordeiro, (*Apoc, 19:7).
Uma
oração que o Pai ama ouvir e responder é o pedido para o Espírito Santo
"tornar conhecidas" Suas palavras a você (Prov. 1:23). Pleiteie para
que Ele lhe dê uma "fome e sede de
justiça" (Mat. 5:6) — este é o caminho da "felicidade" (que
significa ser "bem-aventurado"). E você vai se surpreender quantas
vezes o Senhor irá abrir as portas para você compartilhar tesouros da verdade
que você descobriu em sua leitura pessoal da Bíblia.
- Compilado a partir de os escritos de Robert J. Wieland.
Nota do tradutor:
1) De acordo com Gên. 3:15, Jesus devia ser a ‘semente’ de uma
mulher caída, uma mãe que tivesse, em sua natureza humana, as tendências
hereditárias ao mal. Na nossa
natureza humana temos tendências hereditárias e cultivadas. Jesus ao assumir a
nossa natureza caída tinha as primeiras, mas durante sua vida na terra não
adquiriu as segundas, porque Ele nunca cultivou o pecado. Tendo assumido uma
natureza humana como a nossa, Cristo
não a corrompeu, pois nunca cedeu às tentações, ou, em outras
palavras, em Sua natureza humana, NUNCA houve tendências ao mal CULTIVADAS. “Aqui a provação de Cristo foi muito
maior do que a de Adão e Eva, pois Ele assumiu nossa natureza, decaída mas não corrompida, e que não se perverteria a menos que
Ele aceitasse as palavras de Satanás em lugar das palavras de Deus.” (Ms
57, 1890; 16MR 182.3. Ênfases acrescentadas).
Jesus assumiu a mesma natureza humana que nós temos, isto é, tomou sobre
Si a ‘máquina de pecar’, mas nunca a pôs em funcionamento, embora fosse tentado
tanto por dentro como por fora como nós o somos. E, para não consentir com as
tendências ao mal hereditárias, que Ele odiava, oriundas de Sua natureza
humana, “Sua vida foi de abnegação...” no original, ”one of self denial,”
literalmente: “uma vida de negar o eu...” (Testemunhos
para a Igreja,, vol. 9, pág. 69. Ênfase acrescentada). Se Ele tivesse tido
a natureza humana igual à de Adão antes da queda, Ele não teria tido qualquer
necessidade de negar o eu, pois o eu de Adão antes do pecado já era
naturalmente governado pela lei do amor.
O irmão Roberto J. Wieland foi um
pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É
autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para
a África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até
sua morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda
era atuante na sua igreja local. Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele
e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias
deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que
fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que
fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua
mensagem receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White. 38 anos depois,
em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na
publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de Ellen G. White sobre 1888. Quanto
ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido.
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