Para 17 a 24 de agosto de 2013
Um dos dons que o Espírito Santo dá às pessoas
convertidas é o discernimento, o que, em linguagem simples, é a capacidade de
reconhecer a verdade em situações difíceis. Um detetive é capaz de reconhecer
um indício incriminador em um caso de assassinato. Isso é o discernimento, algo
que a maioria de nós não tem.
O apóstolo João nos dá uma pista para reconhecer a
diferença entre um falso profeta e um verdadeiro, entre um falso cristo e o
verdadeiro Cristo: Ele diz: "provai se
os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas têm levantado no
mundo" (1ª João 4:1). Em outras palavras, não se deixe enganar! Você
não quer acabar levando a marca da besta! Uma pista de João? "Todo espírito que não confessa que
Jesus Cristo veio em carne não é de Deus. E este é o espírito do anticristo" (v. 3).
Dois Cristos são claramente distinguidos em
Apocalipse 13:8, os poderes por trás da Besta, e do Cordeiro, um termo usado para designar Cristo como O Crucificado.
“Cordeiro que foi morto." Assim,
o verdadeiro Cristo é o Cristo da cruz; o Cristo de Babilônia, aquele que
desprezou a cruz. Segue-se que o verdadeiro Cristo é o único que vai atrair os
homens, se Ele é levantado como o Crucificado, João 12: 34, 33; Gál 3:1. O
falso Cristo é o "radiante"1,
cativante amável, gentil, aquele que, literalmente, atrai todos os homens
(exceto aqueles cujos nomes estão escritos no Livro da Vida do Cordeiro),
quando ele se levantar, mas não expressando de que morte haveria de morrer. Em
outras palavras, o poder desse "cristo" para apelar está em suas
maneiras amáveis, cativantes, para fazer as pessoas felizes, tranquilas, integrada e dar-lhes
uma "vida abundante", sem o apelo da cruz. O falso cristo terá completamente
tudo o que o verdadeiro Cristo tem, poder para curar os enfermos, expulsar os
demônios, purificar os leprosos, libertar as pessoas das ansiedades,
preocupações, etc., alimentar milhares, o sorriso (constante), uma
personalidade radiante, completamente tudo exceto
as marcas dos cravos da cruz.
Em um sermão a respeito da Sessão da Conferência
Geral de 1888, Ellen G. White disse: "Deixe-me dizer-vos, irmãos, se vocês
tiverem discernimento, vocês podem entender onde Deus está trabalhando. Vocês
não precisam de milagres maravilhosos para testemunhar disso, porque vocês veem
que os milagres não fizeram qualquer bem para os judeus".2
O Senhor quer que o Seu amor (Ágape) endireite nosso pensamento (se é que vamos permitir que Ele
faça isso por nós). É o Espírito Santo que faz isso, e Ele sempre vai nos levar
à Palavra, a Bíblia. Nossa lição da Escola Sabatina cita o Salmo 119, que
contém uma importante "salvaguarda"— "Lâmpada para os meus pés é a Tua palavra, e luz para o meu
caminho" (v. 105).
Entesoure este livro! Se você humildemente pedir ao
Senhor para fazer você se tornar um "gigante" na Palavra, Ele irá
abençoá-lo e você vai crescer em conhecimento que você nunca sonhou poder ser
seu. Este "conhecimento" é "a
verdade do evangelho", e "a
verdade vos libertará" (Gál. 2:5; João 8:32). A verdade é o que
aconteceu na cruz. Sem extremismo a igreja vai proclamar "a terceira
mensagem angélica em verdade"3, a ponto
de nada mais se propor a saber ... “senão
a Jesus Cristo, e este crucificado" (1ª Cor. 2:2). Permita que a
verdade solene amplie sua mente e "expanda [seu] coração", como orou
Davi no Salmo 119:32, para que possa "compreender"
as suas vastas dimensões — "a
largura, e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor (Ágape) de Cristo" (Efé. 3:14-19).
Nossa lição (*no meio do 1º parágrafo de
terça-feira) sugere que “o fanatismo tende a ser desequilibrado, focalizando um
aspecto da fé e negligenciando todos os outros." Uma “pergunta para
reflexão” é depois formulada (*na parte de sexta-feira): "Como você pode
ajudar a [sua igreja local] a encontrar o equilíbrio certo?" Mas o que é
fé? Como a Bíblia a define? Não é um sinônimo para obras! O diabo odeia a idéia
de salvação pela fé somente, pela fé que opera. Se, de qualquer forma, ele pode
injetar em nosso pensamento a idéia de que a fé é, em si, obras então ele tem
nos enganado. João 3:16 resume isto:
"Deus amou", "Deus deu", e nós "cremos" (o
mesmo em grego como termos fé). A fé é uma resposta do coração humano ao amor e
dádiva de Deus. (*E as obras são uma consequência apenas).
Os cristãos conservadores por centenas de anos têm
discutido (mesmo argumentado) a relação entre fé e obras. Sua palavra favorita
usada para descrevê-la é "equilíbrio". A ideia popular é que é
preciso manter a fé e as obras, em "equilíbrio". Se você falar sobre
a fé por dez minutos, então você também deve falar sobre obras por dez minutos.
No entanto, uma pesquisa em uma concordância revela que em nenhum lugar na
Bíblia é a palavra "equilíbrio", usada para descrever essa relação.
Nos escritos inspirados, não há praticamente nada que sugira o uso da palavra
como sendo apropriado. As escritura e os escritos inspirados são claros
"além de qualquer dúvida" de que a salvação é totalmente pela graça,
mediante a fé, e Paulo abre mesmo um parênteses para acrescentar: "Não vem das obras, para que ninguém se glorie" (Efésios
2:8 e 9). A idéia de "equilíbrio" sugere fortemente que a salvação é
pela fé e pelas obras, meio a meio. Que, se for verdade, certamente daria os
salvos algo por que se vangloriar: "—Sim, Jesus me salvou, mas olha, eu
fiz a minha parte também!"
Sim, a Bíblia é a verdade — só existe um Salvador —
Jesus; nenhum de nós é um co-salvador. A
salvação não é uma transação bilateral, é 100% salvação em Cristo, recebida
pela fé. Mas a fé não é uma "fé morta" que o apóstolo Tiago condena, 2:20.
A "fé morta" não pode produzir nada mais que auto-justificação (que
não tem uma fragrância muito agradável!). Uma fé viva funciona, tem que
trabalhar, vai trabalhar, sempre opera. (As "obras" é um verbo e não
um substantivo.) "Na obra cristã há ampla margem para a atividade de todos
os dons dados por Deus. Todos devem ser unidos em executar as reivindicações de
Deus, revelando a cada passo avante aquela fé que opera por amor e purifica a
alma."4
A boa nova é que Deus ama a Sua igreja
infinitamente mais do que podemos amá-la. Ele está pronto para operar reforma
tão logo Ele possa encontrar agentes humanos preparados para cooperar de
maneira inteligente e humilde com Ele. Ele vai fazer o que essa citação
inspirada diz: "O Senhor levantará homens para levar a mensagem da verdade
para o mundo e para o Seu povo. Se aqueles em posições de responsabilidade não
avançarem nas oportunidades providas por Deus, tendo uma mensagem apropriada
para este tempo, as palavras de advertência serão dadas a outros que serão
fiéis à sua responsabilidade. Mesmo os cristãos jovens serão escolhidos para 'clamar em voz alta, e não se deterem’
(Isa. 58:1)".5 Em outras palavras, o Senhor já está operando; a
nossa tarefa é discernir o que Ele está fazendo e quem Ele está usando. Não ousemos
errar no julgamento!
-A partir dos escritos de Robert J. Wieland
Notas:
1) “Radiante” é um
adjetivo usado nos escritos da Nova Era para descrever Lúcifer. Stewart Best (que
nos parece ser ??? um autor do movimento Left
Bihind) diz que o radiante cristo (lúcifer) é a verdade que irá te libertar.
A palavra radiante nem mesmo se encontra na Bíblia, na versão KJV, mas você
pode encontrar nos escritos da Nova Era as frases “aparência de
Cristo” e “realidade radiante inerente”.
2) Materiais de Ellen G. White sobre
1888, vol. 2, "O espírito de
discernimento", pág. 607 (leitura recomendada).
3) Há 113 anos Ellen G. White
escreveu: “Diversos têm me perguntado se a mensagem de justificação pela fé é a
mensagem dos três anjos, e eu respondi, ‘é a mensagem dos três anjos em
verdade.’” (Review and Herald, de 1º de April de
1890). Vejam que justificação pela fé não é um preâmbulo, ou introdução, ou
preparação, mas é o próprio coração da tríplice mensagem angélica.
4) Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, livro 1, págs. 114,
115. Manuscrito 16, de 1901.
5) Ellen G. White, O Obreiro da Escola Sabatina, artigo
publicado em 1º de abril de 1892;
O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor
adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor
de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a
África. Ele deu sua vida por Cristo na África. Desde que foi jubilado, até sua
morte, em julho de 2011, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era
atuante na sua igreja local. Ele é autor de dezenas de livros. Em 1950 ele e o
pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles
nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral: 1º) que fossem
publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e 2º) que fosse
publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones. Eles e sua mensagem
receberam mais de 200 recomendações de Ellen G. White. 38 anos depois, em 1988,
a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de
4 volumes com um total de 1821 páginas tamanho A4, com o título Materiais de
Ellen G. White sobre 1888. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo
ainda atendido.
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