Para 7 a 14 de
setembro de 2013
A maioria das
religiões e filosofias ensina que é possível redirecionar padrões de pensamento
da mente com um esforço suficientemente consciente. Concentração ou meditação
geralmente é o método recomendado, por isso os devotos passam o maior tempo
possível, esvaziando a mente de pensamentos terrenos na expectativa de alguma manifestação dos deuses.
Se você não tiver atingido o nirvana, deve se esforçar mais, os deuses vão
ficar indiferentes a você até que alcance esse impalpável
nível mais elevado.
Esta é uma
falsificação do velho concerto de Satanás, mas, como em
todas as falsificações, contém elementos que são verdadeiros. É verdade que
Deus quer que nossos padrões de pensamento mudem, não para trazê-Lo para mais perto de nós, mas para que possamos aceitar mais de Suas
bênçãos. É verdade que a meditação ajuda a focar a mente, mas não como um fim
em si mesma, e sim como um meio de colocar nossas mentes à disposição de Deus.
A “manifestação” pode ocorrer ou não, mas como o fenômeno do recebimento do
Espírito Santo no Pentecostes, não é para nos dar uma experiência mística,
conhecida apenas pelo indivíduo. Qualquer manifestação procede de ver novas
facetas de Deus ao meditarmos sobre a Sua palavra, e não no “nada”, na
esperança de conseguir uma revelação privada.
É verdade
que, pela contemplação somos transformados. Mas o que significa “contemplar”?
Não pode significar que olhamos para um objeto 24 horas por dia, 7 dias por
semana. A única coisa que um cristão deve querer é tornar-se mais semelhante a
Cristo, então, logicamente, ele ou ela deve passar um tempo estudando e
meditando sobre Ele. Isso parece simples, mas temos um inimigo que está
tentando lotar as nossas vidas com tudo o mais. Há tantas distrações neste
mundo, e tendemos a pensar nelas como irresistíveis, mas isso é uma mentira de
Satanás. É verdade, as distrações, como a TV, existem, mas é apenas uma caixa e
tela que você possui. A menos que tenha programado, ela não se ligará sozinha
ou a canais específicos. A escolha de quando, quanto e o que ver depende de
você. Tendemos a pensar na sedução da TV como irresistível, mas, como todas as
outras distrações do mundo, é sempre uma escolha.
O problema é
como fazer as escolhas certas. A resposta não pode ser um esforço voltado para
as obras de reprogramar nossa mente para não fazer escolhas erradas. Ellet J.
Waggoner o descreveu assim:
“Vamos agora aplicar esta ilustração num caso
de conflito contra o pecado. Lá vem uma forte tentação de fazer uma coisa
conhecida como errada. Temos muitas vezes provado para nossa tristeza a força
da tentação, porque ela tem nos vencido, de modo que sabemos que não temos
força para resisti-la. Mas agora os nossos olhos estão no Senhor, que disse
para irmos com ousadia ao trono da graça, a fim de receber misericórdia e achar
graça para socorro em ocasião oportuna. Então começamos a orar a Deus pedindo ajuda.
E oramos a Deus, que nos é revelado na Bíblia como o Criador do céu e da Terra.
Começamos, não com uma declaração queixosa da nossa fraqueza, mas com um alegre
reconhecimento da poderosa ação de Deus. Estando isso resolvido, podemos nos
aventurar a expor a nossa dificuldade e a nossa fraqueza. Se afirmamos a nossa
fraqueza em primeiro lugar, e nossa situação desanimadora, estamos nos
colocando adiante de Deus. Nesse caso, Satanás vai ampliar a dificuldade e
lançar a sua escuridão à nossa volta para que nada mais possamos ver, a não ser
a nossa fraqueza, e assim, embora o nosso clamor e súplicas possam ser
fervorosos e agonizantes, serão em vão porque não terão o elemento essencial de
acreditar que Deus existe e que Ele é tudo o que Se revelou” (Cristo e Sua Justiça, pág. 92).
Somos
exortados a que “haja em vós a mesma mente que houve também em Cristo Jesus”
(Fil. 2:5, KJV), mas como vamos fazer isso? Paulo descreve as etapas a que
Cristo estava disposto a submeter-Se ao vir a esta Terra: “Que, sendo em forma de
Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus” (v. 6). Como isso ajuda a pessoa
a lutar contra o pecado? Não somos Deus, mas muitas vezes tentamos ser. A
idolatria é, em última análise, o culto de si mesmo e das suas próprias ideias.
Não estamos em pé de igualdade diante de Deus e qualquer tentativa de inserir a
nossa própria filosofia de como adorá-Lo é uma homenagem a nós mesmos. Quando
Adão decidiu comer do fruto proibido, ele estava afirmando suas ideias sobre o
que era melhor para ele acima do que Deus havia instruído. Nunca devemos
esquecer que Ele é o nosso Deus criador.
Cristo (*esvaziou-Se
dos Seus atributos) pôs de lado Seus privilégios divinos e tomou a forma de um
servo (vs. 7, 8). Os seres humanos nunca querem descer e diminuir sua posição
na vida, o seu desejo é sempre melhorar e avançar. Cristo esteve disposto a
humilhar-Se em obediência às exigências do plano de salvação acordado pela
Divindade (vs. 8).
No Seu
derradeiro ato de humildade, Cristo Se submeteu ao método mais temido de morte,
a de cruz. Os judeus foram instruídos (Deut. 21:22, 23) de que se você fosse
condenado à morte num “madeiro”, era amaldiçoado por Deus e não tinha nenhuma
esperança de ressurreição. Uma coisa é Cristo ter morrido pela raça humana ignorante
e ingrata, mas foi pela fé que Cristo Se dispôs a tornar-Se maldição por nós
com a possibilidade muito real de nunca mais ver a vida novamente. Cristo
estava disposto a crer na promessa de Seu Pai celestial de não deixá-Lo no
Sheol (a sepultura, Salmo 49:15).
Nossa
humildade é o de que Deus precisa para permitir a obra do Espírito Santo em
nossa mente de modo a modificá-la. “E se consentirmos, Ele vai identificar-Se
com os nossos pensamentos e objetivos, para combinar nossos corações e mentes
em conformidade com a Sua vontade, que, obedecendo-Lhe, não estaremos senão
seguindo nossos próprios impulsos. A vontade, refinada, santificada, encontrará
o seu mais elevado deleite em fazer o Seu serviço. Quando conhecermos a Deus
como é nosso privilégio conhecê-Lo, nossa vida será uma vida de contínua
obediência . Mediante o apreço do caráter de Cristo, através da comunhão com
Deus, o pecado se nos tornará odioso” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, pág. 668)
Satanás
sempre apela a nossa natureza do velho concerto, que se empenha em contribuir
com tudo concernente a nossa experiência com Deus. Com o antigo Israel
prometemos a Deus que “tudo quanto o
Senhor tem falado faremos!” (Êx. 19:8 ), (*”e OBEDECEREMOS, 24:7). Não
percebemos que nascemos com inimizade à Sua lei e precisamos de Seu poder
criativo para mudar isso.
A boa nova é
que Deus prometeu fazer isso por nós. “Mas esta é a aliança que farei com a casa de Israel depois daqueles
dias, diz o Senhor: Porei a minha lei no seu interior, e a escreverei no seu
coração; e eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo”. (Jer. 31:33 ).
“E lhes darei um só coração, e um
espírito novo porei dentro deles; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e
lhes darei um coração de carne; para que andem nos meus estatutos, e guardem os
meus juízos, e os cumpram; e eles me serão por povo, e eu lhes serei por Deus”.
(Eze. 11:19 , 20).
Observe a
pessoa que está fazendo toda a ação é Deus, não nós. Nenhuma quantidade de
concentração vai mudar os nossos pensamentos que estavam “gravados” em nosso
coração de pedra, mas um Deus Criador pode dar um novo coração de carne. Que maravilhosa esperança!.
--Arlene Hill
A irmã Arlene Hill é uma
advogada aposentada da Califórnia, EUA. Ela agora mora na cidade de Reno,
estado de Nevada, onde é professora da Escola Sabatina na igreja adventista
local. Ela
foi um dos principais oradores no seminário “É a Justiça Pela Fé, Relevante
Hoje?”, que se realizou na sua igreja em maio de 2010, a Igreja Adventista
do Sétimo Dia, localizada no endereço: 7125 Weest 4th Street , Reno,
Nevada, USA, Telefone
001 XX (775) 327-4545; 001 XX (775) 322-9642.