quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Lição 5 - Discipulando os Enfermos, por Mary Chun



Para 25 de janeiro a 1º de fevereiro de 2014


"Discipular os enfermos" é uma lição maravilhosa de humildade para alcançar aqueles que estão machucados e sofrendo. É também é uma grande "lição de fé."
Quando lemos a Palavra de Deus e o Evangelho, vemos o toque de cura milagrosa de Jesus no Novo Testamento; e no Antigo Testamento há o poder de cura milagrosa através de seu instrumento de servos que amavam a Sua Palavra. É incrível que pessoas foram curadas apenas pelo poder da Sua Palavra.
Quero compartilhar com vocês a minha história favorita (ou você pode dizer, história favorita da irmã Maria Chun sobre o evangelho da fé), sobre a Palavra de Deus apenas falada em Mateus 8:5-13. Lemos sobre a fé do centurião ao ele se aproximar de Jesus falando sobre seu mui querido servo, que “jaz em casa, paralítico e violentamente atormentado"! O centurião verteu sua fé dizendo: "Eu não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu criado há de sarar" (*vs.8).
Você percebe incrível testemunho do centurião? Não muitos viriam a Jesus esperando cura automaticamente com apenas a Sua Palavra falada. Por favor, entre na cena) com o centurião que derramou seu coração de fé para ter seu servo curado. Ele não foi capaz de trazer o servo doente para o Senhor, mas foi capaz de aproximar-se do Senhor e apresentar seus argumentos de que ele é um oficial do exército romano que comandava os soldados sob sua ordem, e estava disposto a apenas ouvir o mandamento do Senhor somente com Sua palavra. Vamos ler o versículo 13 de Mateus 8: “Então Jesus disse ao centurião: ‘Vai, e como creste-te seja feito.’ E naquela mesma hora o seu criado sarou.”
Esta história ilustra uma das grandes verdades da mensagem de 1888, a justificação pela fé. Na primeira página da Review and Herald de 18 de Outubro de 1898, Ellen G. White escreveu: "O conhecimento do que a Escritura quer dizer quando instando sobre nós a necessidade de cultivar a fé, é mais essencial do que qualquer outro conhecimento que pode ser adquirido."
Alonzo T. Jones, em seguida, escreveu na Review and Herald de 29 de novembro: "E por isso vamos daqui em diante, nesta coluna, em cada número da Review and Herald, dar uma lição de fé das Escrituras — o que é, como se desenvolveu, como exercê-la — para que cada leitor deste jornal possa ter esse conhecimento que "é mais importante do que qualquer outro conhecimento que possa ser adquirido."
Jones, nesta primeira "lição de fé", escreveu: "a definição não será tocada agora, mas, ao invés, será citada e estudada uma ilustração de fé — um exemplo que faz sobressair tão claramente que tudo pode se ver na própria ilustração."
O "exemplo" (naquela edição da Review and Herald, de 29 de novembro de 1898) era a história do centurião. Jones continua: "Um dia, um centurião veio a Jesus, e lhe disse: 'Senhor, o meu servo jaz em casa paralítico, sofrendo horrivelmente.’ E Jesus lhe disse: ‘Eu irei curá-lo.’ O centurião, respondendo, disse: ‘Senhor, não sou digno de que entres debaixo do meu telhado, mas dize somente uma palavra, e o meu servo será curado ...’ Jesus, ouvindo isso, admirou e disse aos que O seguiam: ‘Em verdade vos digo, Eu não encontrei tão grande fé, não, nem mesmo em Israel’" (Mat 8:6-10 ) .
"Eis ai o que Jesus declara ser fé. Quando descobrirmos o que ela é, teremos encontrado a definição de fé. Saber o que ela é, é saber o que a fé é. Não pode haver nenhum tipo de dúvida sobre isso, pois Cristo é "o autor ... da fé,” e Ele diz que o que o centurião manifestou era ‘FÉ' — sim, "grande fé" mesmo.
"Onde, então, neste episódio está a fé? O centurião queria que algo fosse feito. Ele queria que o Senhor o fizesse. Mas quando o Senhor disse: “Eu vou lá" e vou curá-lo; o centurião o interceptou, dizendo: “Fala apenas a palavra,” e isso será feito.
"Agora, o que o centurião esperava iria realizar a obra? — “SOMENTE a palavra.” De que ele dependia para a cura de seu servo? — da “palavra SOMENTE.”
"E o Senhor Jesus diz que isso é fé" (Lições sobre a Fé , Págs. 15 e 16) .
Este oficial militar gentio acreditava que Jesus poderia simplesmente dizer a palavra e seu servo mortalmente doente seria curado. Jesus "Se maravilhou, ... e disse ... Eu não encontrei tão grande fé, não, não em Israel." O que foi aquela fé? A crença de que Jesus tinha o poder de curar, simplesmente dizendo uma palavra? Se você disser sim, então você vai se meter em problemas, pois os demônios também acreditam que Jesus pode curar apenas dizendo uma palavra. Essa confiança é insuficiente de uma verdadeira definição de fé, se os demônios também a têm! A Bíblia diz que "os demônios também creem, e estremecem" (Tiago 2:19).
Ao ler a história em seu contexto, começamos a ver que a fé do soldado romano era mais do que isso. Ele tinha começado a compreender o seu pecado à luz da justiça de Cristo, pois ele disse duas coisas: "Eu não sou digno de que Tu entres em minha casa" e "nem ainda me julguei digno vir ter contigo." Agora, os demônios não têm tais sentimentos de humildade e de graça! A fé do centurião não era uma mera confiança mental, mas uma  apreciação de coração. A mensagem de 1888 nos ajuda a ver isso. Um amor incomum tinha enchido o coração deste soldado romano pois ele estava preocupado com o seu servo, e não consigo mesmo. A fé que ele tinha já o tinha transformado e o livrado do egoísmo. E essa não é a experiência dos demônios!
E assim esta história nos ajuda a entender o ingrediente essencial de todo verdadeiro milagre de cura — a fé é uma apreciação de coração pelo sacrifício de Cristo. E assim que eu digo isto, eu percebo mais uma vez o quão fraca e infantil minha pouca fé é, o quanto eu preciso crescer. Você percebe isso também?
Nunca na minha carreira de enfermeira ouvi nosso cardiologista dizer ao seu paciente, "vá e seja livre de ataque cardíaco ou dor no peito, e, não coma mais comidas gordurosas dos restaurantes de fast foods." O paciente, ainda desfrutando de suas rotinas regulares da vida, olharia para o médico e diria: "O quê, o Dr. não vai me dar nenhum remédio?"
Meus amigos, precisamos do próprio Senhor e Salvador assim como nosso amigo centurião, até mesmo a fé do tamanho da semente de mostarda traz cura. Abrace-se com Sua graça e misericórdia em sobreviver no mundo em que vivemos. Cante o hino: “Por Jesus Desprezo o Mundo” (Hino 329 no hinário adventista americano; e 125 no Hinário Adventista brasileiro: "Leve o mundo, mas dá-me Jesus";).

Reflita sobre as palavras:
(*Por Jesus desprezo o mundo,
Pois o seu prazer é vão:
Mas de Cristo o amor profundo
Nunca sofre alteração

Que amplidão, que profundeza
Tem o amor de meu Jesus!
Este amor nos dá certeza
De habitar na eterna luz.)

(*Mas veja a tradução literal para o português deste mesmo hino em inglês:)

"Leve o mundo, mas dá-me Jesus,
todas as suas alegrias são apenas um nome,
mas o Seu amor fica para sempre,
através de anos eternos o mesmo.

Oh, a altura e a profundidade da misericórdia!
Oh, o comprimento e a largura do amor!
Oh, a plenitude da redenção,
penhor da vida eterna acima."

Que você seja abençoado com os tesouros da cura através da Sua Palavra incomparável e os tesouros escondidos do Evangelho de vida e esperança, com o Seu amor incrível. Vá e leve essa alegria de cura aos outros.

-Mary Chun

A irmã Mary Chun é uma enfermeira padrão (com as graduações: RN e BSN), graduada pela Universidade Adventista Andrews, e vive na área de Loma Linda. Ela é membro ativa da igreja da Universidade de Loma Linda, e é a diretora do ministério de Saúde da Universidade de Loma Linda — CHIP = Coronary Health Improvement Project   (Projeto de Melhora da Saúde Coronária). Maria cresceu no sul da California, em cultura chinesa de crenças místicas, mas converteu-se ao adventismo do sétimo dia e agora gosta de estudar a "mui preciosa mensagem" da Justiça de Cristo.
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