terça-feira, 8 de junho de 2010

Lição 11 — Otimismo: Felicidade e Cura, por Mark Duncan

A ciência médica há muito reconheceu o vínculo entre a mente e o corpo. Mais de duas décadas atrás, a minha turma de faculdade discutiu doenças psicossomáticas. Alguns médicos acreditam que mais de 90% de todas as doenças têm uma relação psicossomática. Multidões estão doentes por causa de padrões de pensamento negativo.

Comer, beber e outros hábitos que envolvem intemperança têm um efeito poderoso sobre o corpo. A mente não é menos poderosa. Esta é uma das razões pelas quais a Bíblia nos incentiva a louvar ao Senhor continuamente, e para manter nossa mente focada nas promessas da Palavra. A Bíblia até mesmo diz: "Não vos entristeçais; porque a alegria do Senhor é a vossa força" (Neemias 8:10). Se tivermos em mente o Amor de Deus e nos regozijarmos em Sua graça salvadora, vamos ficar livres da depressão e desânimo.

Aqueles que entendem o evangelho têm um motivo para se alegrar. Eles terão de enfrentar provações, dificuldades e desalentos, como todos os outros habitantes deste planeta caído, mas a sua esperança finalmente se encontra para além deste mundo, em algo que não pode ser tirado. "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?" (Romanos 8:35).

Em última análise, o pecado é a causa de toda a infelicidade e desespero. Sem o pecado, nunca teria havido tristeza. Este conhecimento o inimigo usa contra nós. Somos tentados, como os miseráveis consoladores de Jó, a crer que o problema significa que deve haver algum pecado em nossas vidas pelos quais nós estamos sendo punidos. Se o problema continuar por muito tempo, somos tentados a acreditar que Deus está realmente zangado conosco e podemos temer que o nosso caso é irremediável. Aquele que compreende a boa nova do evangelho sabe que este é o raciocínio do inimigo e, portanto, pode evitar o desespero completo.

Permanecendo na luz que brota da cruz, nós sabemos e estamos certos de que os nossos pecados, não importa quão terríveis sejam, estão todos perdoados. Jesus os pagou a todos. A lição de sexta-feira nos lembra esta verdade: "Sem a cruz não teria o homem nenhuma união com o Pai. Dela depende toda a nossa esperança. Daí brilha a luz do amor do Salvador; e, quando ao pé da cruz o pecador contempla Aquele que morreu para salvá-lo, pode rejubilar-se com grande alegria, pois seus pecados estão perdoados. Ao ajoelhar-se em fé junto à cruz, alcançou ele o mais alto lugar que o homem pode atingir" (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, págs. 209 -210).

A cruz garante que nossos pecados estão perdoados! Sabendo isto, quem pode desesperar? Quem pode tornar-se tão desanimado ou ansioso que lhe roube a paz ou o sono ou a saúde? A cruz é a revelação do perdão de Deus de todos os nossos pecados.

Muitos não entendem o significado da cruz. Este ponto é ilustrado por um evento histórico.

Em 06 de dezembro de 1829 dois homens, Tiago Wilson e George Porter assaltaram um carteiro na Pensilvânia e foram detidos, condenados e sentenciados à morte por enforcamento. Amigos de George Wilson apelaram ao presidente Andrew Jackson, que concedeu um perdão presidencial. No entanto, o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decidiu que o perdão devia ser apresentado ao tribunal para que a sentença fosse mudada. Por mais surpreendente que possa parecer para um observador externo, Wilson se recusou a fazer isso. Na verdade, ele rejeitou o perdão e, portanto, foi enforcado.

Esta história tem sido repetidamente comparada com a redenção que Cristo ratificou no Calvário. O raciocínio sugere que, se nós não nos valermos do que Cristo fez ao se arrepender e confessar nossos pecados, então não temos o perdão. Foi mesmo sugerido que a morte de Cristo não nos beneficia. Diz-se que o perdão torna-se nulo e sem sentido e morremos para o pecado pelo qual Jesus "provisionalmente" derramou o Seu sangue.

Muitos não sabem que existe um outro tipo de perdão (*nos Estados Unidos) que pode ser concedido e recebido por um condenado. É chamado de perdão parlamentar. Se o Parlamento ou o Congresso dos Estados Unidos concede um perdão, o mesmo não tem que ser aceito ou apresentado a um tribunal para resultar em mudança da pena. Um perdão parlamentar é considerado um "direito público" e obriga o tribunal a suspender a execução ou pena, independentemente a pessoa que foi perdoada apresentar ou não a documentação ao tribunal.

É o perdão de Deus apenas um "indulto presidencial" ou é como um "perdão parlamentar"? Quando "Cristo morreu por nossos pecados" (1ª Cor. 15:3) foi algo que foi privadamente apresentado ao condenado ou é uma questão de registro público?

"Cristo. . . aboliu a morte e trouxe à luz a vida ...” (2ª Tim. 1:10). Assim, parece que o perdão de Deus é mais como um "perdão parlamentar" do que um “perdão presidencial." É uma questão de registro público. Esta é talvez uma das razões que, quando Cristo caiu ao chão, "morrendo" no Jardim do Getsêmani, um anjo foi enviado para O fortalecer (cf. ST 8/14/79). Sua morte tinha de ser um evento público, a fim de justificar a decisão de Deus permitir que a humanidade vivesse, apesar de sua culpa.

É verdade que o individuo que, em última instância e, finalmente, se recusar a crer em Jesus Cristo como seu Salvador, e entregar-se à Sua liderança, será condenado pela segunda vez. Esta condenação Jesus nunca fez e nunca vai expiar por ela. A segunda morte do pecador no lago de fogo é a punição para esta rebelião, dolosa, persistente.

Mas a boa-nova é que "a condenação trazida sobre a raça em Adão foi totalmente invertida. Todos estão sob a provação da graça. Todos foram resgatados da maldição da lei (Gal. 3:13) e até justifica a vida de provação (Rm 5:18). Esta justificação de vida é um período de provação concedido ao mundo para que todos possam crer em Jesus Cristo e ser justificados para a vida eterna" (KM Duncan e ED Peters, Em busca do GUT, pág. 27).

Portanto, aquele que entende o evangelho de forma adequada, como é explicado na Bíblia, e não de acordo com a filosofia armênia, entende que todos os seus pecados já foram perdoados. A sentença de morte foi "abolida", e tempo foi concedido em que ele pode aprender a deixar Cristo viver Sua vida nele, bem como ser seu substituto. A salvação é tão plena, tão livre e tão completa que cada homem pode gloriar-se na esperança que não pode ser extinto e alegria que é insaciável. Assim, faz sentido “alegrar-se sempre no Senhor.” Temos todas as razões para termos felicidade e otimismo que leva à saúde.

—Mark Duncan

O irmão Marcos Duncan é um engenheiro, que vive na cidade de Fort Wayne, no estado de Indiana, EUA. Na igreja adventista que frequenta, localizada no endereço: 228 W. Lexington Ave, Fort Wayne, Indiana, 46.807, USA. ele é ancião, pianista, e professor da escola sabatina, mas também faz parte da mesa administrativa da igreja, na comissão audiovisual e tecnológica.

Tradução e acréscimos, marcados com asteriscos, de João Soares da Silveira
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