quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Lição 14, Anunciando a Glória da Cruz, por Paul Penno

Título original deseta Lição (em Inglês): Orgulhando-se na Cruz
Para 24 a 31 de dezembro de 2011
Todos já ouvimos uma história sobre a cidade que foi construída à beira de um precipício. Pessoas estavam sempre caindo do penhasco. Assim, os preocupados habitantes da cidade decidiram construir um hospital e comprar uma ambulância. No entanto, pessoas ainda caiam no abismo. Então alguém Teve uma idéia brilhante. Construir uma cerca à beira do abismo!
Até à idade de dezoito anos três quartos dos jovens que cresceram na igreja, frequentando a Escola Sabatina, e com educação Cristã, a estão deixando. E os seus pais limpam as lágrimas. A principal razão disso é o "legalismo". Por que não construir uma cerca? Dê-lhes uma Boa Nova.
Temos estudado o Livro de Gálatas por 14 Semanas. A mensagem de 1888 foi lançada pelo livro de Gálatas.1 É uma mensagem da Testemunha Verdadeira à Igreja de Laodicéia.2
Paulo está realmente inflamado a respeito do problema do legalismo na última parte do livro de Gálatas. O legalismo é uma palavra constantemente mencionada, mas o que ela significa? Legalismo é aquela motivação do antigo concerto para fazer algo a fim de ser salvo, por causa do “pensamento do grupo.” Paulo diz: "esses vos obrigam" (Gál. 6:12). Os gálatas são compelidos a obedecer às normas do grupo com base no medo. "Os fariseus que tinham crido" fizeram o bem para se gloriarem na carne (Atos 15:05; Gál. 6:13).
Eles têm a evidência de que ensinar "obediência" funciona. Sua fé, que funciona bem de acordo com uma conformidade exterior, é uma obediência rígida como a dos fariseus que leva a uma deliciosa presunção na atitude "Tudo o Que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos" (Êxodo 24:7), que muito satisfaz com nós mesmos. Olhe àqueles que são circuncidados (Gál. 6:13).
Você sabe que está na atmosfera do "legalismo" se você deve tomar a iniciativa na sua salvação. A atmosfera de "graça" é, Deus tomou a iniciativa na sua salvação.
O Seu coração anseia a alegria que encheu o coração dos primeiros apóstolos? Sim! Nós não estamos satisfeitos com um maçante, sombrio tipo de experiência espiritual sem entusiasmo, embora possa ser comum. O Que fizeram os apóstolos que parece que não temos? Eles viram o significado da cruz de Cristo!
A "Glória ... na cruz" não é um exercício de futilidade (Gal. 6:14). Falar sobre a cruz o tempo todo não é ter uma idéia fixa. Os discípulos viram o significado da cruz de Cristo. Há algo sobre o sacrifício de Cristo que ainda está para agitar os muçulmanos, hindus, budistas e todo o mundo (Apoc. 18:1).3 Cristo declarou, "E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim" (João 12:32).
Há uma visão "vicária" da expiação que deixa o coração "morno". É a Idéia de que um bilionário pagou sua dívida legal de um milhão de reais. Você está agradecido. Mas isto não o afetava em nada, porque não era nada para ele.
Ah, sim, alguns dizem que Jesus experimentou uma tortura física e rejeição social, mas Ele nunca plenamente Se identificou com os pecadores. Sua expiação era "vicária". Com esta Idéia da expiação o coração é deixado na sua atitude naturalmente egoísta para com Deus.
Egocentrismo é o espírito do velho concerto que tem atormentado a humanidade todos esses milhares de anos e, finalmente, levou à crucificação do Filho de Deus. O espírito do velho concerto de auto-suficiência odeia o amor Ágape de alguém que se identifica com O Crucificado.
Se Paulo tivesse pregado a circuncisão, ele teria colocado circuncisão no lugar de Cristo. Isto levaria à rejeição da graça de Cristo, Cristo e Este crucificado. Na pregação da circuncisão o escândalo da cruz e a perseguição a Paulo teriam cessado.
Se você prega o legalismo, é impossível ser perseguido. A perseguição é feita por Ismael não por Isaque (Gál. 4:29). Então, se você pregar o evangelho você terá que enfrentar perseguição (Gál. 6: 17).
Foi o escândalo da cruz que causou os discípulos a fugirem, e Pedro a negar o seu Senhor. Não era que eles adoraram menos a Cristo, mas porque eles foram inesperadamente colocados cara a cara com uma condição que não tinham previsto. Eles não tinham tomado a vergonha da cruz em consideração quando seguiram a Cristo.
Jesus lhes tinha dito dela repetidamente, a fim de que eles pudessem estar preparados para este exato momento, mas os discípulos não compreenderam Suas palavras. Eles não tinham calculado o custo.
Os discípulos tinham estado dispostos a aceitar Jesus como Rei, mesmo que Ele estivesse em situação de pobreza, e fosse odiado e rejeitado pelos sacerdotes e anciãos, porque o Seu poder estava visivelmente manifestado diante deles. Então, quando Jesus parecia não ter poder de modo algum nas mãos da turba e na cruz, os discípulos falharam.
Não foi senão mais tarde que os apóstolos "viram" alguma coisa na expiação que trouxe grande alegria e incendiou seu zelo para compartilhar as Boas Novas. A expiação de Cristo foi uma "experiência compartilhada" com os pecadores, não apenas uma morte em "troca" para os pecadores.
‘Aquele que não conheceu pecado, O fez pecado por nós" (2ª Corintios. 5:21). Ele sentiu em Sua consciência a auto-condenação do pecado. A cruz era o pára-raios de todas as maldições que Satanás pudesse atirar em Cristo por causa do pecado. Seu coração foi esmagado pela carga do pecado. Ele sentiu-Se amaldiçoado por Deus (Gál. 3:13). Daí Seu grito de abandono na cruz: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" (Mateus 27:46).
Ele morreu a Segunda Morte. Ellen G. White descreve Assim: "Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 753). Aquela "angústia" é descrita em Apocalipse 20:12-15 como o horror que os perdidos será sentirão no julgamento final e irrevogável. Horror pior do que qualquer dor física pode causar!
A mensagem dos apóstolos tinha o poder inerente nela. Ninguém precisava ser chicoteado em ação. A força motivadora era maior do que a de uma locomotiva a vapor pois o poder estava implícito nas notícias sobre o sacrifício do Filho de Deus.
Assim, Paulo pôde escrever: "Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado" (1ª Cor. 2:2). "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo" (Gal. 6:14). O poder não era mágico, certamente não misteriosamente impossível para os nossos dias. O "motor" de combustão interna foi o Ágape de Cristo, que "constrangia" os apóstolos (2ª Corintios. 5:14, 15).
É a Mensagem da cruz que revela o amor de Deus e dá à luz "uma nova Criatura" (Gal. 6:15). Ellet J. Waggoner escreveu: “O novo nascimento completamente substitui o antigo. ‘Se alguém está em Cristo, nova Criatura é, as coisas velhas já passaram; eis que tudo si fez novo’ (2ª Cor. 2:17). Aquele que toma a Deus como parte da sua herança, tem um poder trabalhando nele pela justiça, tão mais forte do que o poder das tendências hereditárias para o mal, assim como nosso Pai celeste é maior do que nossos pais terrenos".4 É assim simples, mas, profundamente Verdade!
Regozijai-vos no vosso novo Pai celeste! Ele é infinitamente mais poderoso em elevá-lo acima do pecado do que o seu pai terreno foi em passar para você a condenação que ele recebeu do Adão caído.

Paul E. Penno

Notas do autor:


1] Ellet J Waggoner, no livro O Evangelho no Livro de Gálatas (1888), transcreveu, na introdução uma carta que escreveu ao Pastor George Ide Butler, em 10 de fevereiro de 1887, como uma resposta a um debate entre eles. Na Introdução ele disse: “Prezado Pastror Butler, O assunto da lei em Gálatas, que recebeu alguma atenção na última assembléia da Conferência Geral, impressionou a minha mente por um bom tempo, ... para apresentar a minha posição eu preciso erguer a carta aos gálatas, sem nenhuma referência a comentário algum que qualquer pessoa tenha feito antes.
2] A sacudidura era "determinada pelo testemunho Direto contido no conselho da Testemunha verdadeira à igreja de Laodicéia" (Primeiros Escritos, 270). "A Mensagem que nos foi dada por A. T. Jones e E. J. Waggoner é uma Mensagem de Deus par a Igreja de Laodicéia, e ai dos que professam crer na verdade, e, ainda assim não refletem a outros os raios dados por Deus..." (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, pág. 1052).
3] "A cruz do Calvário desafia, e, finalmente, vencerá todo poder da terra e do inferno. ... Este é o meio que moverá o mundo" (Ellen G. White, Comentário Bíblico, vol 6 da série SDABC, pág. 1113;. MS 56, 1899).

4] O Concerto Eterno, pág. 66; Internacional Tract Society, Ltd., 1900. Este texto foi omitido na edição da GLAD TIDINGS PUBLISHERS.
Para a edição completa em inglês, feita por Waggoner em 1900, ir para o site:
Paul E. Penno
Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
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