Para 10 a 17 de maio
de 2014
Paulo desenvolve seu ensino com o que
chamamos de blocos. A ideia é que um conceito, ou ensino, leva ao entendimento
do próximo. Nós
vemos este conceito demonstrado em matemática. Cada conceito nessa ciência exata suporta o seguir. Por
exemplo, não entender (*a operação de) divisão nos leva a não compreender
frações (*porque são partes da unidade) e, portanto, não compreender os pontos
decimais e porcentagens. Assim, os blocos básicos (*do desenvolvimento de um
raciocínio) servem de apoio aos mais complexos.
Paulo começa com os conceitos mais
simples para levar ao entendimento dos mais complexos. Isso explica por que ele
é tão minucioso em seus pontos. É como se ele dissesse: "—Não perca esta
idéia. Senão você não vai entender o que eu disser depois." Portanto, para
realmente compreender o dilema e a luta do "homem de Romanos 7" — o
"miserável homem" — primeiro você precisa entender o dilema e a luta
da mulher nos primeiros versos de Romanos 7.
A mulher de Romanos 7: 2 e 3
Em nossa passagem da Escritura, Paulo estava
escrevendo aos cristãos judeus em Roma, acerca de uma verdade essencial. Eles
conhecem a lei (a Torá) — podem recitá-la
de memória, tanto individual como coletivamente, mas eles não entendem o seu
verdadeiro significado. Eles sabem que estão sob a jurisdição da lei, e que ela
tem domínio sobre eles enquanto viverem, tanto quanto as leis de um país têm
jurisdição sobre os seus cidadãos e visitantes. No entanto, Paulo está dizendo
a estes judeus cristãos que Deus não só lhes deu liberdade para escolher
obedecer, mas que Ele pôs um fim ao domínio da lei em suas vidas. Para ilustrar
isso, Paulo faz uma declaração em Romanos 7, verso 1, e fornece uma analogia
nos versículos 2-3.
A mulher nos três primeiros versos de Romanos 7 se
encontra em situação semelhante, aos leitores de Paulo. Vejamos a passagem em
Romanos 7:1-3.
Vs. 1 “Não sabeis
vós, irmãos (pois falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o
homem por todo o tempo que vive?”
Vs. 2 “Porque a mulher que está sujeita ao marido,
enquanto ele viver está-lhe ligada pela lei; mas morto o marido, está livre da
lei do marido.”
Vs. 3 “De sorte que, vivendo o marido, será
chamada adúltera se for de outro marido; mas morto o marido, livre está da lei,
e assim não será adúltera, se for de outro marido.”
Na passagem acima, uma mulher casada se vê atraída por
um homem solteiro. Ela quer deixar seu marido e se casar com ele, mas sabe que
não pode porque ela já é casada. Talvez possamos inferir a partir dos versos
que se seguem a Romanos 7:3 que seu atual marido é um homem cruel, cuja
intenção é matá-la. Mas não, isso é incorreto, na verdade, ele é um marido
amoroso. O problema é que ele não pode se compadecer com a fraqueza dela em não
cumprir os mandamentos dele, nem ele pode ajudá-la a obedece-los.
Em contraste, seu novo interesse amoroso é uma espécie
de homem doce e amoroso, que não só quer que ela seja Sua, mas também se
solidariza com todas as suas fraquezas (Hebreus 4:15). Este homem também é
capaz de ajudá-la a fazer o que ela é incapaz de realizar por si mesma (Hebreus
2:17, 18). Assim, a nossa mulher de Romanos 7 tem um dilema. Ela não pode
deixar seu atual marido e se casar com seu novo amor, sem cometer um dos dois
crimes: 1º) violar a lei do casamento, que diz: 'até que a morte os separe” ou
2º), matar seu cônjuge.
Ela não pode deixar o marido, e não pode ficar.
Diariamente, ela sofre uma existência cruel. O que ela pode fazer? A única
saída é através de uma morte. No entanto, não pode ser através de assassinato.
Ela não pode assassinar seu marido, por que é ilegal. Se ele a mata, ela não
estará livre para se casar, porque ela estaria morta.
Então ela vai para o seu novo pretendente amoroso e
apresenta o seu dilema para Ele. É verdade que nem Ele nem ela podem matar seu
marido, que representa a lei, pois ela é ‘justa
e santa e boa’ (Romanos 7:12). Ele não pode pregar o esposo dela (a lei) na
cruz. Mas Ele e ela podem morrer juntos, libertando-a assim de seu primeiro
casamento. Com efeito, Ele diz a ela que irá pregá-la (nós) na cruz em Si mesmo
e, portanto, quando Ele morrer, ela vai morrer e quando Ele ressuscitar, ela
será ressuscitada nEle. Esta solução a enche de esperança. Em gratidão, ela
consente.
Como Paulo disse (*em Rom. 7:4, "Assim, meus irmãos, também vós (a mulher) estais mortos para a lei pelo corpo de
Cristo." Não é a lei (ex-cônjuge), que morre na cruz. Trata-se de nós
(toda a raça humana), que morreu no segundo Adão, Jesus Cristo (cf. 1ª
Coríntios 15: 21, 22, 44-47).
Vamos lidar com a primeira questão. Nós (a raça
humana) somos representados, individual e coletivamente, em Romanos 5. Assim,
não tivemos nada a ver com o que Adão fez para nos mergulhar no pecado. Também
não tínhamos nada a ver com o que Cristo, nosso amante divino, fez para nos
resgatar do pecado. Temos, no entanto, uma escolha — Podemos concordar em
receber, individualmente, o dom pela graça mediante a fé.
Por conseguinte, a mulher, em Romanos 7, que faz a escolha de morrer em
Cristo e ser ressuscitada nEle, passa a fazer parte da corporativa noiva de
Cristo. Ela é uma parte, mas não o todo. É ela (tanto individual como
coletivamente) a quem o nosso Amante divino tem estado a esperar por toda a Sua
vida.
Você vê, o amor é o cumprimento da
lei, Romanos 13:10. Cristo, como o amante divino, cumpriu todos (*os quesitos)
da mesma lei. Assim, quando a nossa
mulher de Romanos 7 morre, e é ressuscita com Ele (Cristo), ela também cumpre a
lei nEle. A lei tem sido descrita como o supremo
amor a Deus e amor ao homem, como Ele nos amou (João 13: 34 e 35). Portanto,
enquanto não podemos obedecer a lei em nossa fraqueza, nem a lei pode
ajudar-nos a obedecer, nós nos tornamos obedientes através de Cristo.
Em suma, quando, pela fé, aceitamos na
nossa morte em Cristo, reconhecida através do símbolo do batismo, nos
libertamos do “domínio e competência” da lei. Não é abolida, mas é colocada na mente e no coração,
como prometido por Deus (Jeremias 31:33; Ezequiel 11:19, Hebreus 8:10). Isto é
o que significa estar debaixo da graça, em Cristo. Podemos
agora produzir juntos o fruto da nossa união. Louvado
seja Deus!
—Raul Diaz
O irmão Raul Diaz é
um membro da Igreja adventista da cidade de Monte Vernon, no estado de
Illinois, perto de Chicago. Ele atua em diversos departamentos da igreja, prega
em diferentes ocasiões e locais, e coordena o estudo da lição da escola
sabatina em sua unidade evangelizadora em sua igreja local, Seventh-day
Adventist church, na cidade de Mt
Vernon, Illinois,
Endereço da igreja:
12831, N. Norton Dr., Mount Vernon, Il. 62864-8231, U.S.A.
Telefone: 001 XX
(618) 244-7064. Site: www.mtvernonadventist.org
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