Para 23 a 30 de setembro de 2017
Devia o Espírito Santo ter maior apreciação do que
significa dizer: "Deus não permita que eu me glorie, a não ser na cruz de
nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu
para o mundo"? (Gálatas 6:14). Será que seremos menos inclinados a julgar
alguém fanático se estiver "determinado a não saber nada entre [sua
congregação], se não a Jesus Cristo e este crucificado"? (1ª Cor. 2:2).
Nossas lições da Escola Sabatina dirigiram nossa
atenção para Gálatas porque este é o 500º aniversário da Reforma e este livro
desempenhou um papel fundamental nesse evento histórico. Martinho Lutero, João
Calvino, James Arminios e (*os irmãos) Wesley, deram a mensagem correta para o
dia deles; Deus estava com eles. Da mesma forma, Gálatas foi o centro das
atenções em 1888, quando George I. Butler publicou “A Lei em Gálatas” e E. J. Wagoner, “O Evangelho em Gálatas”. Os títulos de seus livros revelam o que
cada autor viu em Gálatas. Butler viu legalismo; Waggoner as Boas Novas.
Qual é a boa nova de Gálatas? Vivemos neste
"tempo do fim". "Vinda é hora do Seu juizo " (Apocalipse
14: 6, 7). Agora é o grande dia de expiação cósmica do mundo. O que devemos
manifestar agora não é um triunfalismo orgulhoso para "glória na cruz",
mas uma apreciação que nos faça humildes em vista do amor ‘Ágape’ ali contemplado. Agora é a hora de "compreender" o
que Cristo realizou em Sua cruz (Efésios 3: 14-21).
Agora você vai dizer: "Bem, esse tipo de
experiência é normal para alguém que chega aos noventa anos de idade." Presmimos
que o mundo não pode ser crucificado para nós até nos envelhecermos. E então,
os anúncios de carros rápidos já não nos atraem. E as modas atraentes já não apelam para as
senhoras. Os shoppings e a Disneilandia já não comunicam o seu apelo. É isso que
significa se vangloriar na cruz?
"O mundo está crucificado para mim",
diz Paulo. "Glorio-me na cruz" (Gálatas 6:14). Vi um brilho
cintilante na cruz que nada na grande cidade pode superar. Meu pensamento, dia
e noite, é sobre o sacrifício de Cristo. Estou impressionado. Admira-me que o
Filho de Deus teve que ir ao inferno para salvar minha alma. Eu nunca consigo
obter o suficiente. É a paixão excessiva da minha vida a partir daqui. Não
posso deixar de compartilhar com os outros.
Seu
coração anseia pela alegria que encheu os corações dos primeiros apóstolos?
Sim! Não estamos satisfeitos com um tipo de experiência espiritual maçante, que
não entusiasma, de qualidade inferior, não tendo nada incomum. O que os apóstolos têm que não
parecemos ter?
Eles
viram o significado da cruz de Cristo! Sim, também acreditavam na ressurreição
de Cristo; mas a ressurreição nada significou sem apreciar o que Ele realizou
em Sua cruz. Bilhões de cristãos em todo o mundo acreditam sem hesitação que
"Cristo morreu por nossos pecados". Mas e por que Ele morreu?
Estudar
para ter a resposta a essa pergunta não é um exercício de futilidade ou de
montar cavalinhos num aparque de diversão. Paulo disse aos coríntios que ele
nada sabia, salvo a Cristo e Ele crucificado (1ª Cor. 2: 1-3). A luz que ainda
iluminará a terra com a sua glória será uma revelação do significado desse amor
revelado na cruz. Alguma coisa sobre a cruz ainda agita muçulmanos, budistas,
hindus, sim, mesmo aqueles bilhões de cristãos mornos.
Acaso Cristo morreu
apenas como um milionário estrangeiro que vem brevemente a este mundo para
pagar nossa dívida legal? As palavras usadas para descrever essa visão são
"expiação vicária". Ou Cristo realmente Se tornou um de nós, o
segundo Adão e morreu como nós? Quão
íntimamente Ele Se identificou conosco?
Por
um lado, a expiação vicária é uma transação trocada. Por outro lado, Cristo
identificando-Se conosco é uma experiência compartilhada. A expiação vicária
deixa o coração humano frio, ou, na melhor das hipóteses, morno. O Cristo que
Se identifica conosco ilumina a alma com alegria sem fim. De acordo com o seu
testemunho no Novo Testamento, os apóstolos foram claramente incendiados com a
noção do Cristo identificando-Se conosco.
Veja
isso dessa maneira: o que Cristo realizou em Sua cruz? Será que importa o que
alguém crê? Por
que Paulo se "gloria" nessa cruz?
Havia boas razões. Paulo
entendeu que ao Se tornar um com a raça humana, Cristo uniu a Sua divindade à
nossa humanidade, "em Si mesmo". Ele se tornou o "segundo
Adão", o novo Chefe da raça humana. Ao fazê-lo, Ele inverteu o que o
primeiro Adão fez, que trouxe "condenação" à raça humana.
Assim,
Cristo trouxe "justificação de vida"
"sobre todos os homens"
(Romanos 5:18). É por isso que Ele trata todos os humanos com graça e bondade
como se ele nunca tivesse pecado, "não lhes imputando suas
transgressões" (2ª Coríntios 5:19).
Em
vez disso, Deus imputou as transgressões da humanidade a Cristo: "O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade
de nós todos" (Isaías 53: 6). Por Seu sacrifício, Cristo tomou sobre
Si mesmo a pena por todo pecado humano, morrendo por "cada homem" sua
segunda morte (Heb 2: 9).
A
única resposta apropriada para qualquer humano é apreciar o que Cristo já
realizou por nós e nos deu como um "presente". Essa foi a razão pela
qual Paulo "se gloriou" naquela cruz; Ele amava a expiação, e se
deleitava na verdade do que Cristo já havia realizado na cruz.
Paulo
descreveu a reação do seu coração com estas palavras: "O amor [Ágape] de
Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo
todos morreram; e Ele morreu por todos, para que os que vivem [você e eu] não
vivam para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou"(2ª
Coríntios 5:14, 15). Sem perceber essa "restrição" imposta pela
apreciação do coração do sacrifício de Cristo, nós humanos (todos somos
naturalmente egocêntricos) achamos impossível viver qualquer outro tipo de vida
do que egocêntrica. Antes de nossos corações egoístas se tornarem
verdadeiramente gratos, temos que entender o que Cristo nos deu e não apenas
nos ofereceu. Várias vezes em Rom. 5: 15-18 Paulo se "glória" no que
Cristo deu a "todos os homens" - "justificação de vida".
Se
você quiser esse tipo de alegria, não conheça senão a Cristo e Ele crucificado;
então, Sua ressurreição significará nova vida para você nEle. Vamos aprender a
"gloriar-nos" nessa cruz!
--Paul
E. Penno
Notas:
Veja, em inglês, o vídeo desta 9ª
lição do 3º trimestre de 2017, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, está
no sitio:
Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor
evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da
Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading
Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há
42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos
Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no
Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao
longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de
justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como
Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja
adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele
foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e
7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center
Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919 Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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