Para 16 a 23 de dezembro de 2017
O peso do seu pecado é esmagador. O fardo da consciência extingue a
vida. Jesus Cristo é o melhor
portador do jugo. A cruz de
Cristo é a janela no tempo revelando que Jesus é o portador dos pecados de
todos os tempos. A humanidade
está incorporada nEle. Portanto,
só há vida nEle, tanto temporal quanto eterna.
Em Sua encarnação a obra da expiação
sacrifical de Jesus envolveu arrependimento pelos pecados de todo o mundo. Ele experimentou a culpa e a
condenação do pecado do mundo. Como
o Cordeiro imaculado de Deus, Ele pôde perdoar o pecado do mundo. Assim, Seu arrependimento em nome dos
pecados do mundo foi, necessariamente, um arrependimento corporativo.
O problema do pecado deve ser tratado de
frente — e não o contornando. Deus "O
fez pecado por nós" (2ª Coríntios. 5:21). "Deus,
enviando o Seu Filho em semelhança da carne do pecado, e pelo pecado, condenou
o pecado na carne" (Rom. 8:3, KJV). Em
Sua encarnação Cristo tomou o equipamento defeituoso da humanidade. Ele foi "tentado em todos os pontos como nós somos" (Heb. 4:15,
KJV). Ele aprendeu a obediência
por meio dos Seus sofrimentos, Heb. 5: 8, KJV. Em todas as provações e tentações de
fora, bem como a partir de dentro, Ele manteve Sua "vontade"
santificada. Seu poder de escolha
foi continuamente em harmonia com a vontade de Seu Pai.
O que Jesus realizou foi uma revelação da
vontade do Pai. "Deus estava em Cristo reconciliando
consigo o mundo" (2ª Coríntios. 5:19). O arrependimento corporativo de Jesus,
em favor dos pecadores reconciliou o mundo com Deus. O dom da expiação tornou possível para
o Pai tratar o mundo como se ele não tivesse pecado. Como o Reconciliador no Santíssimo do
Santuário celestial Cristo continua a dar a expiação1 aos
pecadores. O Portador de nossa carga se solidariza com a dor dos pecadores. "A
lei de Cristo" (Gál. 6:2) é um Salvador perto de nós e não longe. [*“Seu nome Emanuel” (Saias 7:14) “traduzido é: Deus conosco” (Mat. 1:23),
não um “Deus lá com Deus,” como, inconscientemente, ensinam os que creem que
Ele foi isento das nossas paixões herdadas. Ó sim, Ele não teve paixões
cultivadas porque nunca pecou como nós].
"A lei de Cristo" é o Seu dom infinito do amor Ágape, que derrete os corações
endurecidos e os leva a Deus. "A lei de Cristo" é o
evangelho de auto-propagação. Jesus é O Ganhador de almas, porque Ele Se
identifica com os pecadores. Ele “não se envergonha de lhes chamar de Seus
irmãos” (Heb. 2:11, KJV). Seu
arrependimento pelos pecados continua a alcançar nossos corações alienados e
nos leva a Deus.
Ao meditarmos em Sua compaixão para com
os pecadores, vemos que seus pecados são nossos.2 "A
carne" que temos não é diferente da carne pecaminosa do "homem ... surpreendido nalguma
ofensa" (Gál. 6:1). É a
nossa carne pecaminosa que assassinou o Filho de Deus. Então você está ligado moralmente com
o mundo inteiro. Sua compaixão
para com os outros aumenta ao você experimentar arrependimento corporativo com
Cristo.
A vítima de câncer, a alma deprimida, o
bêbado viciado em pecado é você (*somos nós). Nossas
sensibilidades estão alegres vendo oportunidades em toda parte para dar a água
da vida às almas que perecem. (*“Então,
enquanto temos tempo, façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos
da fé” (Gál. 6:10). O
apóstolo lhe ensina a procurar oportunidades para ajudar alguém. É o que Cristo fez. Ele "andou fazendo o bem" (Atos 10:38).
(*Há
muitas oportunidades para se fazer o bem, mas a maior e melhor) é semear as
sementes do evangelho (Gál. 6:7, 8). Em
algumas sociedades primitivas (e modernas também!) as pessoas vão se deitar e
morrem sem nenhuma doença aparente ou razão para morrer. É chamado de "maldição" do
Fatalismo3. Essa
crença no destino está relacionada com a crença em karma.4 Essas pessoas queridas estão entre
aqueles de quem Paulo fala que "com
medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão" (Heb.
2:15).
Se os muitos (*membros da família)
Kennedy notaram as repetidas menções da mídia sobre a "maldição da
família", eles poderiam fazer uma de duas coisas: arrependerem-se e se
converterem a Deus, crendo que Jesus morreu sua maldição final; ou viverem uma
vida "selvagem" cheia de riscos, pensando que quando seu tempo acabasse, nada
poderia deter a morte.
Semear idéias de fatalismo produz o
excitamento de atividades de risco satânico; "e dai?" Pessoas que vivem de
forma imprudente decidem "aproveitar" a vida enquanto podem, até que
a "maldição" os atinja, Gal. 6:7, 8. É a filosofia popular que Paulo
descreveu em sua época com as palavras, "Comamos
e bebamos, que amanhã morreremos" (1ª Cor. 15:32).. De acordo com o contexto de Paulo,
esta foi a atitude dos gladiadores que lutavam com as feras no Coliseu. Sua vida humana não valia nada. Assim era a vida de
outros.
A mensagem de 1888 ensina que Cristo
conquistou Satanás, cancelou todas as maldições, tomado sobre Si o seu pecado,
assim como os pecados de nossos antepassados. Cristo
é o Salvador do mundo. Nós não
precisamos sofrer sob qualquer "maldição", a menos que nós
escolhamos. "Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-Se maldição por
nós" (Gál. 3:13). Como? Porque Ele morreu em uma árvore. Sua cruz foi o pára-raios que atraiu a
maldição final, que é tudo que Satanás podia inventar. Viva, então, à luz
da cruz!
Fatalismo ensina que a vida não vale nada, então viva-a ao
máximo. O evangelho ensina que a
vida é um dom precioso comprado pela morte do Filho do Infinito Deus (*Ele
morreu a 2ª morte por toda a humanidade). Semear as sementes das boas novas da "verdade do evangelho" produz
uma colheita de "fruto para a vida
eterna" (João 4:36).
Um dos resultados desse tipo de fé é uma
mui elevada estima para com a sua saúde pessoal (*Física, espiritual e mental). Tanto quanto possível, deseje estar a
serviço dAquele que o redimiu. Você
estará livre de qualquer temor de uma maldição, porque o nome de Jesus expulsa
os maus espíritos. Você pode ser
livrado do infeliz Fatalismo que sombreia sua alma sob o constante sorriso que
você der.
O que significa semear "no Espírito" (Gál. 6:8)? É dizer "Não!" para a "carne", e dizer
"Sim!" ao Espírito
Santo. É assim simples!
Teve Jesus que lidar com o pecado e
condenar o pecado na Sua natureza humana? Esta
é a luta que todos nós temos. Ou
era Jesus "isento" desta luta, de modo que Ele não tinha nenhuma
batalha com o pecado a "vencer"?
O que Cristo quer dizer quando Ele nos
diz: "Ao que vencer lhe concederei
que se assente comigo no Meu trono; assim como Eu venci, e Me assentei com Meu
Pai no Seu trono" (Apoc. 3:21) ?
Evidentemente, Jesus teve a mesma batalha
que todos nós temos. Ele
achegou-Se muito perto de nós, onde temos falhado em deixar o pecado
vencer-nos, Ele conseguiu vencer o pecado — perfeitamente.
Mas isso não é toda a Boa Nova: Ele vai
ter um povo que recebe Sua fé e eles vão vencer também "assim como [Ele] venceu." Paulo escreve “para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo
a carne, mas segundo o Espírito [Santo]" (Rom. 8:4). Eles serão aqueles trasladados sem ver
a morte na segunda vinda de Jesus (cf. Apoc. 14,1-5; 1ª Tessalonicenses 4:16,
17).
Paul E. Penno
Paulo Penno é
pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia,
EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400,
Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao
ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na
Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos
escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva
Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele
escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja
Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos
sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também
pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E.
Penno Junior. Você pode
vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na
igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99
NOTAS FINAIS:
1ª) O
Significado da Expiação.
A palavra inglesa "atonement," traduzida
como "expiação,"
não é de origem latina, é, basicamente, uma palavra saxônia, que significa
“estar em-um-com” (atonement,
at-one-ment = em uma-mente-com) alguém de quem você foi alienado. (*O
dicionário Webster da editora The
Publishers Guild Inc, New York, 1957, diz: “atonement é a reconciliação
após inimizade ou controvérsia,”). É
sempre uma experiência doce tornar-se "em-união-com" um amigo ou
parente de quem tiver sido alienado, mas nenhuma palavra pode descrever a
alegria pura que se torna nossa quando estamos, finalmente,
"em-união-com" o Senhor — portanto,
não há alienação entre nós. O
nosso estado natural, como seres humanos caídos é estar alienado dEle: "A mente carnal é inimizade contra
Deus: pois não é sujeita à lei de Deus, nem mesmo o pode estar" (Rom.
8: 7, KJV).
Expiação, "at-one-ment",
significa ser restaurado com o Senhor à íntima proximidade que era nossa, como
seres humanos, antes de nossos primeiros pais, no Jardim do Éden, submeterem-se
às afirmações enganosas do caído Lúcifer. Desde
então, como humanos temos estado em desacordo com o Senhor, é a nossa natureza,
é algo repassado até nós através de Adão, nosso caído pai. "A
mente [natural] carnal é inimizade contra
Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar." E ninguém pode afirmar que ele é
melhor do que todos os outros filhos ou filhas caídos de Adão e afirmar que ele
não tem esse problema. Estamos
todos no mesmo barco.
Ninguém pode alegar que não precisa do
divino humano Salvador que Se entregou por nós.
A história de Jesus nos move em direção a
salvação, se tão somente a ouvirmos e crermos. Não há redenção na
história em si.
(A) O nosso caído pai
Adão passou a
nós, em nossa natureza, a perdição que se tornou dele.
(B)
Cristo O demitiu de seu cargo de ser nosso "pai", e Ele, Ele mesmo,
Se tornou nosso "segundo" ou "último Adão", invertendo a
condenação judicial que o pecado trouxe a todos nós.
(C)
Assim como nosso "último Adão", o Senhor Jesus Cristo deu à raça
humana uma outra provação: Cristo apagou a condenação judicial que era contra
nós "em Adão" e tem nos dado (não apenas nos ofereceu) um veredicto
judicial de absolvição. Vamos lê-lo em
Romanos 5:
"Foi através de um homem que o pecado
entrou no mundo, e através do pecado a morte, e assim a morte passou a toda a
raça humana. ... Mas o ato da graça de Deus está fora de qualquer proporção com
o delito de Adão. Pois, se o delito daquele homem trouxe morte sobre muitos, o
seu efeito é muito excedido, pela graça de Deus e o dom que veio a tantos pela
graça de um só homem, Jesus Cristo. E, novamente, o dom de Deus não deve ser
comparado, em seu efeito, com o
pecado daquele homem, pois a ação judicial, seguida da ofensa de um homem,
resultou em um veredicto de condenação, mas o ato de graça, seguido de tantos
erros, resultou em um veredicto de absolvição (= acquittal)
... Segue-se, então, que como o resultado de uma má
ação foi a condenação de todas as pessoas, assim o resultado de um ato de
justiça é a absolvição e vida para todos" (Rom. 5:12-18, Versão Revisada Inglesa). O que isso nos diz?
(D) O Pai não apenas ofereceu nos dar Jesus,
Ele efetivamente O deu a nós!
(E)
Desde que o mundo começou apenas um "ato de justiça" foi realizado —
o sacrifício de Jesus.
F) O Pai O deu, e Ele Se entregou por nós,
para cada um individualmente, indo para o inferno e dando-Se para sempre, para
salvar a cada um de nós individualmente.
Ajoelhe-se e pense sobre isto, com seus
olhos fechados, seu rádio e TV desligados, até você poder começar a apreciá-lo.
Dos arquivos do Pr. Robert J. Wieland, escrito em 19/12/2008.
Notas do tradutor:
2ª) À medida que entendemos a compaixão de Cristo para com
os pecadores, vemos que seus pecados são nossos, isto é, os pecados de todos os
pecadores são nossos pecados. Em outras palavras, nossa natureza caída,
pecaminosa, egoísta nos levaria a praticar qualquer pecado que qualquer pecador
já cometeu desde a existência do pecado na terra, e estes pecados seriam efetivamente nossos pecados, não fora a graça de Deus.
3ª) Fatalismo. Em Filosofia, o fatalismo é a concepção
que considera serem o mundo e os acontecimentos produzidos de modo irrevogável.
É uma doutrina que afirma que todos os acontecimentos ocorrem de acordo com um
destino fixo e inexorável, não controlado ou influenciado pela vontade humana e
que, embora aceite um poder sobrenatural preexistente, não recorre a nenhuma
ordem natural. Também costuma ser confundido com determinismo. Exerceu
influência, especialmente, sobre os antigos hebreus e alguns pensadores gregos.
4ª) Carma ou karma é uma das crenças hinduístas, e é um termo de uso religioso dentro das
doutrinas budista, hinduista e jainista, adotado posteriormente também pela
Teosofia, pelo espiritismo, e por um subgrupo significativo do movimento da
Nova Era, para expressar um conjunto de ações dos homens e suas consequências.
Este termo, na física, é equivalente a lei: "Para toda ação existe uma
reação de força equivalente em sentido contrário". Neste caso, para toda
ação tomada pelo homem ele pode esperar uma reação. Se praticou o mal então
receberá de volta um mal em intensidade equivalente ao mal causado. Se praticou
o bem então receberá de volta um bem em intensidade equivalente ao bem causado.
Dependendo da doutrina e dos dogmas da religião discutida, este termo pode
parecer diferente, porém sua essência sempre foca as ações e suas consequências.
____________________________________