segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Lição 14 — Anunciando a Glória da Cruz, por Paul Penno



Para 23 a 30 de setembro de 2017

                Todos já ouvimos uma história sobre a cidade que foi construída à beira de um precipício. Pessoas estavam sempre caindo do penhasco. Assim, os preocupados habitantes da cidade decidiram construir um hospital e comprar uma ambulância. No entanto, pessoas ainda caiam no abismo. Então alguém Teve uma idéia brilhante. Construir uma cerca à beira do abismo!
Até à idade de dezoito anos três quartos dos jovens que cresceram na igreja, frequentando a Escola Sabatina, e com educação Cristã, a estão deixando. E os seus pais limpam as lágrimas. A principal razão disso é o "legalismo". Por que não construir uma cerca? Dê-lhes uma Boa Nova.
Temos estudado o Livro de Gálatas por 14 Semanas. A mensagem de 1888 foi lançada pelo livro de Gálatas.1  É uma mensagem da Testemunha Verdadeira à Igreja de Laodicéia.2 
Paulo está realmente inflamado a respeito do problema do legalismo na última parte do livro de Gálatas. O legalismo é uma palavra constantemente mencionada, mas o que ela significa? Legalismo é aquela motivação do antigo concerto para fazer algo a fim de ser salvo, por causa do “pensamento do grupo.” Paulo diz: "esses vos obrigam" (Gal. 6:12). Os gálatas são compelidos a obedecer às normas do grupo com base no medo. "Os fariseus que tinham crido" fizeram o bem para se gloriarem na carne (Atos 15:05; Gál. 6:13).
Eles têm a evidência de que ensinar "obediência" funciona. Sua fé, que funciona bem de acordo com uma conformidade exterior, é uma obediência rígida como a dos fariseus que leva a uma deliciosa presunção na atitude "Tudo o Que o Senhor tem falado faremos, e obedeceremos" (Êxodo 24:7), que nos muito satisfaz. Olhe àqueles que são circuncidados (Gál. 6:13).
Você sabe que está na atmosfera do "legalismo" se você deve tomar a iniciativa na sua salvação. A atmosfera de "graça" é, Deus tomou a iniciativa na sua salvação.
O Seu coração anseia a alegria que encheu o coração dos primeiros apóstolos? Sim! Nós não estamos satisfeitos com um maçante, sombrio tipo de experiência espiritual sem entusiasmo, embora possa ser comum. O Que fizeram os apóstolos que parece que não temos? Eles viram o significado da cruz de Cristo!
A "Glória ... na cruz" não é um exercício de futilidade (Gal. 6:14). Falar sobre a cruz o tempo todo não é ter uma idéia fixa. Os discípulos viram o significado da cruz de Cristo. Há algo sobre o sacrifício de Cristo que ainda está para agitar os muçulmanos, hindus, budistas e todo o mundo (Apoc. 18:1).3  Cristo declarou,  "E Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a Mim" (João 12:32).
Há uma visão "vicária" da expiação que deixa o coração "morno". É a Idéia de que um bilionário pagou sua dívida legal de um milhão de reais. Você está agradecido. Mas isto não o afetava em nada, porque não era nada para ele.
Ah, sim, alguns dizem que Jesus experimentou uma tortura física e rejeição social, mas Ele nunca plenamente Se identificou com os pecadores. Sua expiação era "vicária". Com esta Idéia da expiação o coração é deixado na sua atitude naturalmente egoísta para com Deus.
Egocentrismo é o espírito do velho concerto que tem atormentado a humanidade todos esses milhares de anos e, finalmente, levou à crucificação do Filho de Deus. O espírito do velho concerto de auto-suficiência odeia o amor Ágape de alguém que se identifica com O Crucificado.
Se Paulo tivesse pregado a circuncisão, ele teria colocado circuncisão no lugar de Cristo. Isto levaria à rejeição da graça de Cristo, Cristo e Este crucificado. Na pregação da circuncisão o escândalo da cruz e a perseguição a Paulo teriam cessado.
Se você prega o legalismo, é impossível ser perseguido. A perseguição é feita por Ismael não por Isaque (Gál. 4:29). Então, se você pregar o evangelho você terá que enfrentar perseguição (Gál. 6: 17).
Foi o escândalo da cruz que causou os discípulos a fugirem, e Pedro a negar o seu Senhor. Não era que eles adoraram menos a Cristo, mas porque eles foram inesperadamente colocados cara a cara com uma condição que não tinham previsto. Eles não tinham tomado a vergonha da cruz em consideração quando seguiram a Cristo.
Jesus lhes tinha dito dela repetidamente, a fim de que eles pudessem estar preparados para este exato momento, mas os discípulos não compreenderam Suas palavras. Eles não tinham calculado o custo.
Os discípulos tinham estado dispostos a aceitar Jesus como Rei, mesmo que Ele estivesse em situação de pobreza, e fosse odiado e rejeitado pelos sacerdotes e anciãos, porque o Seu poder estava visivelmente manifestado diante deles. Então, quando Jesus parecia não ter poder de modo algum nas mãos da turba e na cruz, os discípulos falharam.
Não foi senão mais tarde que os apóstolos "viram" alguma coisa na expiação que trouxe grande alegria e incendiou seu zelo para compartilhar as Boas Novas. A expiação de Cristo foi uma "experiência compartilhada" com os pecadores, não apenas uma morte em "troca" pelos pecadores.
Cristo, “não conheceu pecado, [mas Deus] O fez pecado por nós" (2ª Corintios. 5:21). Cristo sentiu em Sua consciência a auto-condenação do pecado. A cruz era o pára-raios de todas as maldições que Satanás pudesse atirar em Cristo por causa do pecado. Seu coração foi esmagado pela carga do pecado. Ele sentiu-Se amaldiçoado por Deus (Gál. 3:13). Daí Seu grito de abandono na cruz: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me desamparaste?" (Mateus 27:46).
Ele morreu a Segunda Morte. Ellen G. White a descreve Assim: "Cristo sentiu a angústia que há de experimentar o pecador quando não mais a misericórdia interceder pela raça culpada" (O Desejado de Todas as Nações, pág. 753). Aquela "angústia" é descrita em Apocalipse 20:12-15 como o horror que os perdidos sentirão no julgamento final irrevogável. Horror pior do que qualquer dor física pode causar!
A mensagem dos apóstolos tinha o poder inerente nela. Ninguém precisava ser chicoteado em ação. A força motivadora era maior do que a de uma locomotiva a  vapor pois o poder estava implícito nas notícias sobre o sacrifício do Filho de Deus.
Assim, Paulo pôde escrever: "Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e Este crucificado" (1ª Cor. 2:2). "Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo" (Gal. 6:14). O poder não era mágico, certamente não misteriosamente impossível para os nossos dias. O "motor" de combustão interna foi o Ágape de Cristo, que "constrangia" os apóstolos (2ª Corintios. 5:14, 15).
É a mensagem da cruz que revela o amor de Deus e dá à luz "uma nova Criatura" (Gal. 6:15). Ellet J. Waggoner escreveu: “O novo nascimento completamente substitui o antigo. ‘Se alguém está em Cristo, nova Criatura é, as coisas velhas já passaram; eis que tudo si fez novo’ (2ª Cor. 2:17). Aquele que toma a Deus como parte da sua herança, tem um poder trabalhando nele pela justiça, tão mais forte do que o poder das tendências hereditárias para o mal, assim como nosso Pai celeste é maior do que nossos pais terrenos".4 É assim simples, mas, profundamente Verdade!
Regozijai-vos no vosso novo Pai celeste! Ele é infinitamente mais poderoso em elevá-lo acima do pecado do que o seu pai terreno foi em passar para você a condenação que ele recebeu do Adão caído.
Paul E. Penno

Notas do autor: 1) Ellet J Waggoner, no livro O Evangelho no Livro de Gálatas (1888), transcreveu, na introdução uma carta que escreveu ao Pastor George Ide Butler, em 10 de fevereiro de 1887, como uma tréplica de um debate entre eles. Na Introdução ele disse: “Prezado Pastror Butler, O assunto da lei em Gálatas, que recebeu alguma atenção na última assembléia da Conferência Geral, impressionou a minha mente por um bom tempo, ... para apresentar a minha posição eu preciso erguer a carta aos gálatas, sem nenhuma referência a comentário algum que qualquer pessoa tenha feito antes. 
2) A sacudidura era "determinada pelo testemunho direto contido no conselho da Testemunha verdadeira à igreja de Laodicéia" (Primeiros Escritos, 270). "A mensagem que nos foi dada por A. T. Jones e E. J. Waggoner é uma Mensagem de Deus par a Igreja de Laodicéia, e ai dos que professam crer na verdade, e, ainda assim não refletem a outros os raios dados por Deus..." (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, pág. 1052).
3) "A cruz do Calvário desafia, e, finalmente, vencerá todo poder da terra e do inferno. ... Este é o meio que moverá o mundo" (Ellen G. White, Comentário Bíblico, vol 6 da série SDABC, pág. 1113; MS 56, 1899).
4) O Concerto Eterno, pág. 66; Internacional Tract Society, Ltd., 1900.

Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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