quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Lição 14 — Anunciando a glória da cruz, por Paulo Penno, 2ª parte.



Para 23 a 30 de setembro de 2017

Devia o Espírito Santo ter maior apreciação do que significa dizer: "Deus não permita que eu me glorie, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu para o mundo"? (Gálatas 6:14). Será que seremos menos inclinados a julgar alguém fanático se estiver "determinado a não saber nada entre [sua congregação], se não a Jesus Cristo e este crucificado"? (1ª Cor. 2:2).
Nossas lições da Escola Sabatina dirigiram nossa atenção para Gálatas porque este é o 500º aniversário da Reforma e este livro desempenhou um papel fundamental nesse evento histórico. Martinho Lutero, João Calvino, James Arminios e (*os irmãos) Wesley, deram a mensagem correta para o dia deles; Deus estava com eles. Da mesma forma, Gálatas foi o centro das atenções em 1888, quando George I. Butler publicou “A Lei em Gálatas” e E. J. Wagoner, “O Evangelho em Gálatas”. Os títulos de seus livros revelam o que cada autor viu em Gálatas. Butler viu legalismo; Waggoner as Boas Novas.
Qual é a boa nova de Gálatas? Vivemos neste "tempo do fim". "Vinda é hora do Seu juizo " (Apocalipse 14: 6, 7). Agora é o grande dia de expiação cósmica do mundo. O que devemos manifestar agora não é um triunfalismo orgulhoso para "glória na cruz", mas uma apreciação que nos faça humildes em vista do amor ‘Ágape’ ali contemplado. Agora é a hora de "compreender" o que Cristo realizou em Sua cruz (Efésios 3: 14-21).
Agora você vai dizer: "Bem, esse tipo de experiência é normal para alguém que chega aos noventa anos de idade." Presmimos que o mundo não pode ser crucificado para nós até nos envelhecermos. E então, os anúncios de carros rápidos já não nos atraem. E as modas atraentes ​​já não apelam para as senhoras. Os shoppings e a Disneilandia já não comunicam o seu apelo. É isso que significa se vangloriar na cruz?
"O mundo está crucificado para mim", diz Paulo. "Glorio-me na cruz" (Gálatas 6:14). Vi um brilho cintilante na cruz que nada na grande cidade pode superar. Meu pensamento, dia e noite, é sobre o sacrifício de Cristo. Estou impressionado. Admira-me que o Filho de Deus teve que ir ao inferno para salvar minha alma. Eu nunca consigo obter o suficiente. É a paixão excessiva da minha vida a partir daqui. Não posso deixar de compartilhar com os outros.
Seu coração anseia pela alegria que encheu os corações dos primeiros apóstolos? Sim! Não estamos satisfeitos com um tipo de experiência espiritual maçante, que não entusiasma, de qualidade inferior, não tendo nada incomum. O que os apóstolos têm que não parecemos ter?
Eles viram o significado da cruz de Cristo! Sim, também acreditavam na ressurreição de Cristo; mas a ressurreição nada significou sem apreciar o que Ele realizou em Sua cruz. Bilhões de cristãos em todo o mundo acreditam sem hesitação que "Cristo morreu por nossos pecados". Mas e por que Ele morreu?
Estudar para ter a resposta a essa pergunta não é um exercício de futilidade ou de montar cavalinhos num aparque de diversão. Paulo disse aos coríntios que ele nada sabia, salvo a Cristo e Ele crucificado (1ª Cor. 2: 1-3). A luz que ainda iluminará a terra com a sua glória será uma revelação do significado desse amor revelado na cruz. Alguma coisa sobre a cruz ainda agita muçulmanos, budistas, hindus, sim, mesmo aqueles bilhões de cristãos mornos.
Acaso Cristo morreu apenas como um milionário estrangeiro que vem brevemente a este mundo para pagar nossa dívida legal? As palavras usadas para descrever essa visão são "expiação vicária". Ou Cristo realmente Se tornou um de nós, o segundo Adão e morreu como nós? Quão íntimamente Ele Se identificou conosco?
Por um lado, a expiação vicária é uma transação trocada. Por outro lado, Cristo identificando-Se conosco é uma experiência compartilhada. A expiação vicária deixa o coração humano frio, ou, na melhor das hipóteses, morno. O Cristo que Se identifica conosco ilumina a alma com alegria sem fim. De acordo com o seu testemunho no Novo Testamento, os apóstolos foram claramente incendiados com a noção do Cristo identificando-Se conosco.
Veja isso dessa maneira: o que Cristo realizou em Sua cruz? Será que importa o que alguém crê? Por que Paulo se "gloria" nessa cruz?
Havia boas razões. Paulo entendeu que ao Se tornar um com a raça humana, Cristo uniu a Sua divindade à nossa humanidade, "em Si mesmo". Ele se tornou o "segundo Adão", o novo Chefe da raça humana. Ao fazê-lo, Ele inverteu o que o primeiro Adão fez, que trouxe "condenação" à raça humana.
Assim, Cristo trouxe "justificação de vida" "sobre todos os homens" (Romanos 5:18). É por isso que Ele trata todos os humanos com graça e bondade como se ele nunca tivesse pecado, "não lhes imputando suas transgressões" (2ª Coríntios 5:19).
Em vez disso, Deus imputou as transgressões da humanidade a Cristo: "O Senhor fez cair sobre Ele a iniquidade de nós todos" (Isaías 53: 6). Por Seu sacrifício, Cristo tomou sobre Si mesmo a pena por todo pecado humano, morrendo por "cada homem" sua segunda morte (Heb 2: 9).
A única resposta apropriada para qualquer humano é apreciar o que Cristo já realizou por nós e nos deu como um "presente". Essa foi a razão pela qual Paulo "se gloriou" naquela cruz; Ele amava a expiação, e se deleitava na verdade do que Cristo já havia realizado na cruz.
Paulo descreveu a reação do seu coração com estas palavras: "O amor [Ágape] de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram; e Ele morreu por todos, para que os que vivem [você e eu] não vivam para si, mas para Aquele que por eles morreu e ressuscitou"(2ª Coríntios 5:14, 15). Sem perceber essa "restrição" imposta pela apreciação do coração do sacrifício de Cristo, nós humanos (todos somos naturalmente egocêntricos) achamos impossível viver qualquer outro tipo de vida do que egocêntrica. Antes de nossos corações egoístas se tornarem verdadeiramente gratos, temos que entender o que Cristo nos deu e não apenas nos ofereceu. Várias vezes em Rom. 5: 15-18 Paulo se "glória" no que Cristo deu a "todos os homens" - "justificação de vida".
Se você quiser esse tipo de alegria, não conheça senão a Cristo e Ele crucificado; então, Sua ressurreição significará nova vida para você nEle. Vamos aprender a "gloriar-nos" nessa cruz!
--Paul E. Penno
Notas:                                                                                                          

Veja, em inglês, o vídeo desta 9ª lição do 3º trimestre de 2017, exposta pelo Pr. Paulo Penno, na internet, está no sitio:


 Biografia do autor, Pastor Paulo Penno:
Paulo Penno foi pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Foi ordenado ao ministério há 42 anos e jubilado em junho de 2016, Após o curso de teologia fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente preparou uma Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de justificação pela fé segundo a serva do Senhor nos apresenta em livros como Caminho a Cristo, DTN, etc. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Ele foi o principal orador do seminário “Elias, convertendo corações”, nos dias 6 e 7 de fevereiro de 2015, realizado na igreja adventista Valley Center Seventh-day Adventist Church localizada no endereço: 14919  Fruitvale Road, Valley Center, Califórnia.
  
    Atenção, asteriscos (*…) indicam acréscimos do tradutor.
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