sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Lição 2, Calebe: Convivendo Com a Espera, por Craig Barnes

Para a semana de 02 a 09 de outubro de 2010

(*Jacó foi um) "Vencedor"

(*“Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens e prevaleceste,” Gênesis 32: 28. “Lutou com o anjo e prevaleceu,” Oséias 12:4).

(*Israel) estava à beira da Terra Prometida. (*Quarenta anos) antes eles tinham chegado (*a Cades) perto da fronteira, (*de onde) podiam ver os montes azuis da terra de Canaã à distância. Agora eles estavam na fronteira e viam o rio Jordão espumando diante de seus olhos, e em pé, como a última barreira física entre eles e — a aventurada terra cobiçada de "leite e mel." Mesmo desde que Deus realizou o milagre de abrir o Mar Vermelho e destruir todos os seus inimigos do cativeiro, estavam ansiosos por este dia. Aqui estão eles, o que é que eles vão fazer?

A terra já era deles, porque Deus já a tinha dado a eles: "E também estabeleci a Minha aliança com eles, para dar-lhes a terra de Canaã, a terra de suas peregrinações, na qual foram peregrinos" (Ex. 6:4 ). Creriam eles na todo-poderosa palavra de Deus, que tem, inerente em si, o poder de criar o que diz? Ou será que eles permitiriam que as cintilantes lanças da "gigante" barreira à frente deles fosse cegá-los por pensar que a travessia do Jordão era impossível e destinada a ser um fracasso?

Que eles não se esqueçam de seu pai Jacó, que lutou com Deus e não deixaria passar, a bênção prometida, sem ser cumprida, ao ele submeter-se ao poder divino. A ele foi dado o nome de "Israel" que significa "vencedor". Esta é a sua herança. Agora eles estão numa encruzilhada da entrada da Terra Prometida. Qual será a decisão deles? É hora de ocupar aquilo que, por título, é direito deles — tomar posse da Terra Prometida — dada a eles pelo Soberano onipotente do universo. É tempo de crer em Sua palavra. Qual é a resposta deles?

A resposta é "Não." O primeiro indício disso veio quando eles quiseram explorar a terra. Por que explorar a terra? Já era deles. Eles não precisavam verificar a fertilidade da terra, pois Deus não dissera que era boa terra? (Ex. 3:8). Eles não precisavam saber a força dos exércitos, pois não havia nenhuma batalha a lutar; pelo menos não mais do que os métodos que já haviam empregado para derrotar o exército mais poderoso do mundo então conhecido naquela época — quando ficaram parados olhando, enquanto Deus dividiu o Mar Vermelho e o fechou (*sobre o exército egípcio). Afinal, Deus teria usado “vespões” (*Êxodo 23: 28), se necessário, para lutar por eles (Ex. 23:28). Enviou anjos para derrubarem as muralhas de Jericó. Outra vez, eles (*O rei Jeosafá) enviaram um coro para se encontrar com os amonitas (2º Crônicas 20). Deus não lhes pediu para lutar. Eles decidiram fazer isso inteiramente por conta própria.

Eles esqueceram tudo sobre a promessa e o poder de Deus para efetivar por eles o dom que Ele lhes tinha dado. Tudo o que Ele queria que fizessem era que caminhassem pela fé, crendo na Sua promessa todo-poderosa. Em vez disso, eles podiam lembrar-se apenas da sua própria não cumprida promessa a Deus no Sinai (Êxodo 19:8) e não podiam ver nenhuma saída. Eles estavam certos em um único ponto. Eles, por si mesmos, não tinham nenhum poder para realizar a vontade de Deus para eles, mas eles não tinham conhecimento do poder de Deus. Eles pediram que morressem no deserto, e, estarrecedor, Deus deu-lhes o que pediram. (Cuidado com o que você pedir — você pode recebê-lo).

Então, eles decidiram entrar na terra, novamente em rebelião à palavra de Deus que lhes tinha dito que passariam quarenta anos no deserto (para morrer ali, a seu pedido), selando sua incredulidade.

Insira o assunto da nossa lição — Calebe tentou conter a rebelião. Ele e Josué, dois dos dez enviados para expiar a terra, trouxeram uma mensagem de esperança, confiando na inerentemente todo-poderosa palavra de Deus. Eles apelaram ao povo, insistindo que Deus é capaz de realizar Suas promessas, mesmo em face do que nos parece ser contra todas as probabilidades. Qual foi sua "recompensa" por este ato de bondade? Eles foram humilhados, criticados, e o povo tentou apedrejá-los.

A vida de Calebe é um exemplo de como testemunhar a uma igreja laodiceana morna, em um tempo quando a palavra de Deus é tão pouco conhecida e tão pouco entendida, mesmo entre o professo povo de Deus dos Últimos Dias. Deus havia dito que ficariam no deserto mais 40 anos. Ellen White escreveu em 1901: "Talvez tenhamos de permanecer muitos anos mais neste mundo por causa de insubordinação, como aconteceu com os filhos de Israel, mas, por amor de Cristo, Seu povo não deve acrescentar pecado a pecado, responsabilizando a Deus pela consequência de seu próprio procedimento errado" (Carta 184, 1901; Evangelismo, pág. 696). Calebe não se desencorajou em seu ensino e incentivo ao povo, mas tranquilamente aceitou sua sorte com o povo de Deus. Ele escolheu viver na fé da promessa de Deus do novo concerto para escrever Sua lei em seu coração e levá-lo a apreciar a Sua Palavra e fazer a Sua obra. Hoje, no entanto, também podemos apressar o retorno do Senhor. Deixe Deus produzir Seu fruto em você (ver Parábolas de Jesus, pág. 69)1

.Em 1888, nós, também, fomos levados à fronteira da Terra Prometida. Só que desta vez, os riscos eram muito maiores, porque a nossa eterna terra prometida é a Canaã celestial, a Nova Terra e a Nova Jerusalém. A história está se repetindo novamente. Mas em vez de Josué e Calebe, temos Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner. Eles também trouxeram uma mensagem de esperança e do poder de Deus. Eles também foram humilhados e criticados. Eles também foram tratados cruelmente e sua mensagem foi rejeitada.2

Ellen White escreveu:

"Ninguém consegue expressar o quanto me dói ver alguns de nossos irmãos tomando atitudes que eu sei que não são agradáveis a Deus. Eles estão cheios de ciúmes e suspeitas, e estão sempre prontos apenas para mostrar em que maneira eles discordaram dos pastores Jones ou Waggoner, O mesmo espírito que se manifestou no passado se manifesta em cada oportunidade;. (vol. Manuscript Releases nº 15, págs. 82, 83). mas isso não é procedente do Espírito de Deus".

"Eu tenho profunda tristeza de coração porque tenho visto quão prontamente uma palavra ou uma ação dos pastores Jones ou Waggoner é criticada. Como facilmente muitas mentes esquecem tudo que de bom tem sido feito por meio deles, nos poucos anos passados, e não vemos evidência de que Deus esteja trabalhando através destes instrumentos. Caçam algo para condenar, e sua atitude em relação a esses dois irmãos, que têm zelo empenhado em fazer um bom trabalho, mostra que os sentimentos de inimizade e amargura está no coração. ..." (Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 3, págs. 1026, 1027).

"Não é a inspiração do céu que leva alguém a suspeitar, buscando, avidamente, uma chance para provar que aqueles irmãos que diferem de nós em algumas interpretações das Escrituras não estão firmes na fé. Existe o perigo de que este curso de ação irá produzir exatamente o resultado não confessado, e, em grande parte, a culpa estará sobre aqueles que estão procurando o mal ... ". (Boletim Diário da Conferência Geral, de 28 de fevereiro de 1893, pág. 419; Carta de 09 de janeiro de 1893).

"A oposição em nossas próprias fileiras impôs aos mensageiros do Senhor [Jones e Waggoner] uma laboriosa e probante tarefa de alma, pois eles tiveram de enfrentar dificuldades e obstáculos que não precisavam ter existido ... O amor e a confiança constituem uma força moral. que teriam unido nossas igrejas, e assegurado harmonia de ação, mas a frieza e desconfiança trouxeram desunião que tem desfalcado nossa força "(ibidem).

Aqui está um exemplo da mensagem deles. da pena de Alonzo T. Jones: "A conclusão do mistério de Deus é o término da obra do evangelho: primeiro, a eliminação de todos os pecados e o trazer a justiça eterna — Cristo completamente formado — dentro de cada crente, e, em segundo lugar, a destruição de todos os que então não tenham recebido o evangelho, pois não é o caminho do Senhor manter os homens com vida, sendo que o único proveito que possivelmente eles vão tirar desta vida é amontoar mais miséria para si mesmos “Give Us This Day Our Daily Good News,” (Dê-nos Neste Dia Nossas Diárias Boas Novas), vol. 1, nº 14).

Isto é o que Deus está esperando. O término da obra do evangelho é a nossa entrada na Prometida Terra celestial. Estamos à beira da eternidade, tendo esperado, não 40, mas 122 anos desde 1888. Você vai crer? Vencedor, você vai deixar Deus alcançar a vitória em você? Israel finalmente entrou (*na terra prometida). Reivindique Sua promessa agora, e deixe Ele te introduzir (*lá).

—Craig Barnes




O irmão Craig Barnes tem ministrado séries de palestras sobre Justiça pela Fé em nossas igrejas, em Nashville, estado de Tennessee, EUA. Ele é capelão e co-regente, juntamente com sua esposa Joyce Barnes, do LAR REFÚGIO PRIMAVERIL na sua cidade. Este lar é para pessoas com disfunções mentais, mas o irmão Barnes tem pregado o evangelho a eles, e se regozija na simplicidade das verdades do evangelho que torna possível aos internos, assim como às crianças, captarem as boas novas. No próximo dia 13 de novembro de 2010 ele será o orador sobre “O Livro de Hebreus, no mesmo lar de deficientes.

Nota: O Pastor Paul E. Penno preparou um estudo, verso por verso, sobre Números capítulos 13 e 14. Esta matéria está disponível, em inglês em:

http://www.1888mpm.org/book/numbers-13-14-additional-material

Notas do tradutor:

1) "Quando já o fruto se mostra, mete-lhe logo a foice, porque está chegada a ceifa" (Mar. 4:29). Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter de Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus.

“Todo cristão tem o privilégio, não só de esperar a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, como também de apressá-la, 2ª Ped. 3:12. Se todos os que professam Seu nome produzissem fruto para Sua glória, quão depressa não estaria o mundo todo semeado com a semente do evangelho! Rapidamente amadureceria a última grande seara e Cristo viria recolher o precioso grão” (Parábolas de Jesus, pág. 69).

2) "Vi que Jones e Waggoner tiveram sua contrapartida em José e Calebe Como os filhos de Israel apedrejaram os espias com pedras literais, vós apedrejastes esses irmãos com pedras de sarcarmo e ridículo. Vi que vós voluntariamente rejeitastes o que sabíeis ser a verdade. Apenas porque ela era por demais humilhante para a vossa dignidade. Vi alguns de vós em vossas tendas arremedando e fazendo toda a sorte de galhofas desses dois irmãos. Vi também que se tivéssemos aceito a mensagem deles teríamos estado no reino após dois anos daquela data, mas agora temos de retornar ao deserto e ficar 40 anos." E.G.White, Escrito de Melbourne, Austrália, em 09.05.1892.

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