quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Lição 5, Abigail: Senhora das Circunstâncias, por Justina Thomas

Para a semana de 24 a 30 de outubro de 2010

O que é um pacificador? O dicionário diz que, "é uma pessoa, grupo ou nação que tenta fazer as pazes, especialmente por conciliar partes que discordam, brigam ou lutam."

Quando olhei no Google a frase "Pacificadores da história," me deparei com um artigo interessante. Alguém perguntou quem as pessoas pensavam eram os dez melhores pacificadores da história. A resposta incluía homens como o Dalai Lama, Mahatma Gandhi, Martin Luther King Jr, Madre Teresa e até Papai Noel. Claro que sabemos que o maior pacificador é Jesus Cristo. Ele disse: "Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus" (Mateus 5:9). E um dos nomes dados para Jesus por Isaías é o Príncipe da Paz.

Como podemos ser pacificadores? Há uma história muito boa na Bíblia, que nos ilustra isso. Está em 1º Samuel capítulo 25. Após a morte do profeta Samuel, e enquanto o povo ainda estava de luto, Davi teve a oportunidade de encontrar uma maior proteção e segurança no deserto de Parã. Enquanto estava lá, ele acampou entre os rebanhos de um homem muito rico chamado Nabal. Davi e seus homens eram bons para com os pastores de Nabal. Eles não os agrediam, nem tomavam qualquer coisa deles.

No tempo da tosquia, Davi enviou alguns de seus homens a Nabal para pedir algumas provisões. Nabal tratou os jovens mal, chamando-os de escravos fugitivos, e agiu como se ele não soubesse quem era David. Ele os despediu de mãos vazias. Quando Davi ouviu isso, ficou muito irritado. Tomando dois terços de sua força de combate, ele partiu para a casa de Nabal para lhe mostrar uma ou duas coisas. Enquanto isso, um dos servos correram para Abigail, esposa de Nabal e lhe contou sobre os jovens que vieram pedir suprimentos. Ele também contou como seu marido os tinha tratado. Rapidamente, ela tomou uma grande quantidade de alimentos, carregou-a no lombo de burros e foi ao encontro de Davi e seu exército.

Ela se encontrou com eles no “encoberto de um monte" (*1º Sam. 25:20) “Vendo, pois, Abigail a Davi, apressou-se, e desceu do jumento, e prostrou-se sobre o seu rosto diante de Davi, e se inclinou e lançou-se a seus pés, e disse: Ah, Senhor meu, minha seja a transgressão; deixar, pois, falar a tua serva, aos teus ouvidos" (1 Samuel 25:24). Abigail dirigiu-se a Davi com tanta reverência como se falasse a um monarca coroado. Nabal tinha escarnecedoramente, exclamado, "Quem é Davi?" Abigail chamara-o, "senhor meu". Com amáveis palavras ela procurou abrandar-lhe os sentimentos irritados, e pleiteou com ele em favor de seu esposo. Nada tendo de ostentação ou orgulho, antes cheia da sabedoria e amor de Deus, Abigail revelou a força de sua devoção para com sua casa, e esclareceu a Davi que o procedimento indelicado de seu marido de nenhum maneira fora premeditado contra ele como uma afronta pessoal, mas que simplesmente tinha sido a explosão de uma natureza infeliz e egoísta" (Ellen White, Patriarcas e Profetas, página 666).

Abigail admitiu que o que Nabal tinha feito era errado e entretanto implorou por sua vida. Nós, também, sempre devemos odiar o pecado, mas amar o pecador.

“Abigail abordou David com respeito, mostrando-lhe honra e deferência, e defendeu sua causa eloquentemente. Embora não escusando a insolência de seu marido, ela implorou por sua vida. Ela também revelou o fato de que ela era não apenas uma mulher discreta, mas uma mulher piedosa, familiarizada com as obras dos caminhos de Deus com Davi” (Ellen White, Manuscrito 12, 1891).

"A resposta branda desvia o furor" (Provérbios 15:1).

Abigail não tomou para si o crédito desse raciocínio para mudar David de seu propósito precipitado, mas deu a Deus a honra e o louvor. Ela então lhe ofereceu as ricas provisões como uma oferta de paz aos homens de David, e ainda defendeu como se ela mesma fosse a única que tinha excitado o ressentimento do chefe.

Estas palavras poderiam apenas ter vindo da boca de guem tivesse participado da sabedoria do alto. A piedade de Abigail, como a fragrância de uma flor, exalava de seu rosto, de suas palavras e ação, sem que disso ela se apercebesse. O Espírito do Filho de Deus habitava em sua alma. Seu discurso, temperado com graça, e cheio de bondade e de paz, derramava uma influência celestial” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, Página 667).

Aqui está o segredo de como Abigail podia ser uma pacificadora, como podia dizer palavras de paz e sabedoria em face do conflito. "O Espírito do Filho de Deus habitava em sua alma." Isto é para nós também. Deixando Jesus viver Sua vida dentro de nós, podemos ser pacificadores. "Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível" (Mateus 19:26). Um copo cheio de água doce não pode derramar uma gota amarga, não importa o quão violentamente sacudido.

“‘Bem-aventurados os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus’ (Mateus 5:9). "Oxalá houvesse muitos outros como esta mulher de Israel, que abrandassem os sentimentos irritados, impedissem impulsos temerários, e com palavras de calma e bem dirigida sabedoria aplacassem grandes males!” (Ellen White, Patriarcas e Profetas, página 667).

Aquele que tem o espírito manso e humilde de Cristo será um pacificador. Tal disposição não provoca discussões ou devolve palavras iradas. Antes torna o lar um lugar feliz e traz uma doce paz que abençoa a todos em redor” (Ellen White, Vida de Jesus, página 62).

Uma história contada por Arthur Maxwell ilustra nosso ponto. Um garoto participou de reuniões evangelísticas. Ele deu seu coração a Jesus. Voltou para casa e contou à mãe o que tinha ouvido, e como Jesus foi maravilhoso. Ele pediu-lhe para ir com ele para a próxima reunião. Sua mãe ficou brava e bateu-lhe com força no rosto. O menino permaneceu respeitoso e amável, embora ele tivesse derramando algumas lágrimas. A mãe, entretanto passou a notar mudanças na vida de seu filho, e decidiu que queria o que ele tinha. Ela foi com ele às reuniões e, finalmente, deu seu coração a Jesus também.

"Os seguidores de Cristo são enviados ao mundo com a mensagem de paz. Aquele que, pela influência, calma e inconsciente de uma vida santa, revelar o amor de Cristo; quem, por palavras ou atos, levar outro a renunciar ao pecado e ceder o seu coração a Deus é um pacificador " (Ellen White, Nos Lugares Celestiais , Pág. 35). Vamos escolher, com a ajuda de Jesus, ser pacificadores hoje.

Justina Thomas

Justina Thomas é uma jovem estudante adventista que por quatro férias trabalhou como Evangelista da página impressa, e mais uma como líder missionária evangelista. Ela estudou um ano como missionária na Guiana, América do Sul, e outro na Índia. Ela está estudando para ser uma parteira missionária, e atualmente está trabalhando como atendente na área de saúde. Ela eventualmente tem ensinado na Escola Sabatina das crianças em sua igreja local. Ela tem estudado a mensagem de 1888, a mensagem da justiça de Cristo, que a irmã White chamou de “a mui preciosa mensagem.” Seus pais estão felizes e agradecem a Deus pelas muitas bênçãos que Justina tem recebido da aplicação prática da mensagem em sua vida. Eles frequentam a Igreja Adventista da Rodovia Bauer, localizada no endereço 4881, Bauer Road, Hudsonville, MI. 49426, USA, Fone 001 XX (616) 669-5140.Ler foneticamente