quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Lição 13, Adoração no Livro do Apocalipse, por Robert Wieland

Para 17 a 24 de setembro de 2011


Esta é a lição final em nossa jornada para descobrir a adoração na Bíblia. Toda a Bíblia, Gênesis a Apocalipse, dá testemunho do desejo de Deus de amar os pecadores e reconciliá-los consigo mesmo. Ele quer morar com eles. Ao longo deste trimestre discutimos a mensagem de 1888 em relação aos conceitos de "adoração", que no livro do Apocalipse atinge seu auge máximo no capítulo 19:1-7, onde encontramos os quatro gloriosos "Coros de Aleluia", cada um superior ao Messias de Handel.

Eles dizem que algo deve acontecer que, finalmente, torne possível que "o Senhor Deus Todo-Poderoso reina"! (vs.6) E que alguma coisa, que não aconteceu ainda, adiou Seu "reinado" por muitos, muitos anos, muito embora Ele tenha consumado Sua morte "em nosso lugar". O que finalmente deve acontecer é "a esposa do Cordeiro" "aprontar-se" para a intimidade das "bodas do Cordeiro" (vs.7). O que aconteceu na cruz foi realmente maravilhoso, mas ninguém pode (ou vai) ser feliz no céu até que os Coros de Aleluia possam ser cantados, anunciando uma vitória até então vaga.

Sim, Ele morreu "em nosso lugar” e a salvação está garantida. Sim, Ele abriu as portas do Paraíso, e foi tudo feito mesmo antes de nascermos. E podemos concordar: nós não contribuimos em nada para a nossa própria salvação.

Mas será que tudo isto significa que o Seu povo, sendo "coberto" por esta apólice celestial, agora só tem que "esperar" e "negociar até que [Ele] venha"? (Cf. Lc 19:13; a palavra "negociar" passou a significar ganhar muito dinheiro, aproveitar o mundo, divertir-se como se não houvesse dia solene da Expiação para nós vivermos) Será que Cristo ter morrido em nosso lugar quer dizer que não temos cruz para "compartilhar" com Ele? Que apenas devemos "esperar" para a chamada da primeira ressurreição? Ou há alguma coisa séria diante de nós sobre como se preparar para encontrar Jesus na Sua segunda vinda?

Ao chegarmos mais perto do fim, uma mudança deve vir na "experiência cristã" do povo de Deus. Sua preocupação mais profunda do coração deixa de ser a de salvar suas próprias almas, para uma preocupação pela glória de Cristo na hora de encerramento do “grande conflito entre Cristo e Satanás”. Este povo de Deus nos últimos dias se afasta de sua preocupação anterior pela sua própria salvação e passam a se preocupar por Outro — que Ele saia vitorioso da "batalha" em Ele está envolvido

Esta mudança na "experiência cristã" pode ser descrita como uma mudança do velho concerto para o Novo. É sair das sombras para a luz do sol da "presente verdade" (2ª Pedro 1:12). A "presente verdade" é viver no Novo Concerto, não no velho.

Esta mudança também é passar de Apocalipse 18 para Apocalipse 19, onde encontramos os quatro Coros de Aleluia. Pode ser, finalmente, dito "já o Senhor Deus Todo Poderoso reina. Regozijemo-nos, e alegremo-nos, e demos-Lhe glória: porque vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa se aprontou" (19: 6 e 7 ). Finalmente!

Embora o Senhor seja "onipotente", Ele não pode forçar as núpcias. Não se pode dizer que Ele "reina" até à devoção nupcial da noiva a Ele como a um divino Esposo real. Assim, há uma "mulher", cuja devoção marital Ele só pode esperar, e esperar para ver. A boa nova que alegra o coração é que essa mudança no crescimento espiritual está realmente acontecendo.

A história de Jó tem semelhança com o último livro da Bíblia. Ele era um homem que foi "irrepreensível", um homem de quem Deus declarou várias vezes como "correto", que recusava o mal.

A idéia não é que Jó era imaculadamente sem pecado, sem pecado por natureza, a idéia é que Deus o aceitou como inocente em caráter. Da mesma forma, a idéia da Bíblia não é que os "144000" são sem pecado em natureza ou imaculados, fisicamente perfeitos. Mas eles são "corretos", eles ainda têm uma natureza pecaminosa, mas eles têm "vencido assim como [Cristo] venceu", embora sobrecarregados com uma natureza pecaminosa herdada de Adão.

O climax da revelação da história de um grupo corporativo de pessoas que são descritas como "irrepreensíveis diante do trono de Deus" (14:5). que "seguem o Cordeiro [Cristo crucificado] onde quer que Ele vá" (vs. 4). Em outras palavras, Jó, e os144.000 partilham a alegria de aprender a render o eu para serem "crucificados com Cristo" (Gal, 2:20). Como tal, eles têm o privilégio de honrar a Deus em uma crise cósmica quando Ele está sendo julgado no mais grave litígio que se possa imaginar no universo: a questão é se Ele, o Senhor, é digno de continuar como o Governante Soberano do universo.

Já há muito tempo compreendemos "a hora do juízo [de Deus]" em Apocalipse 14:6, 7, como a hora em que Ele julga você e a mim, mas o livro de Jó coloca diante de nós a idéia de que é o próprio Deus que está em julgamento perante o universo. E o humilde e pobre Jó finalisa com a tarefa de defender a Deus no tribunal.

Ele consegue, ele defende o Senhor da glória. Mas agora, no fim dos tempos, o grande conflito entre Cristo e Satanás não pode ser concluído com sucesso até que este grupo corporativo de pessoas dos últimos dias da raça humana, depois de 6.000 anos de desesperado pecado e falha moral, uma vez mais O defende como testemunhas, demonstrando a mesma "inocência" que Jó demonstrou. Mais uma vez eles provam que Satanás está errado! Esta é a "mui preciosa mensagem" — o evangelho da cruz derrota o pecado e ao fazê-lo vindica a Deus.

Um "remanescente" que está verdadeiramente reconciliado com Deus neste grande dia da Expiação serão agentes a quem o Senhor vai empregar de alguma forma. Eles cumprirão o papel daqueles "quatro anjos que estavam sobre os quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos da terra," para que a odiosa violência não se iniciasse até que "os servos do nosso Deus fossem selados" (Rev. 7 :1-3). Esse "selo de Deus" está sendo agora colocado sobre os "144.000", um número místico simbólico, cujas orações estão em sintonia com o Céu.

O Senhor Jesus vai constatar que os 144 mil a partir desta última geração serão movidos para abandonar o mundo e todos os seus prazeres e "seguí-Lo", cantando o novo cantico de alegria.

Quando começamos a perceber o que Cristo realizou em Sua cruz, não poderemos esperar até que nós juntemos as nossas vozes para aumentar o coro de louvor: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas e sabedoria, e força, e honra e glória, e ações de graça!" (Apoc. 5:12).

Agora todos os anjos no céu estão gritando para nós, é hora para que "a mensagem de 1888" seja compreendida. Comece a cantar agora, você vai ser feliz para sempre.



Composto com base nos escritos de Robert J. Wieland


O irmão Roberto J. Wieland é um pastor adventista que foi, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Jubilado, até julho último viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.. Aos 95 anos de idade faleceu no mês de julho de 2011.

Prezado irmão,

Se você desejar retribuir alguma mensagem de pêsames e conforto para os filhos do Pr. Wieland, poderá fazê-lo através de nós que enviaremos um único e-mail.

Pode escrever-me para agapeed2001@yahoo.com.br.

Do vosso irmão em Cristo,

João Soares da Silveira

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