quinta-feira, 29 de setembro de 2011

O que Paulo nos diz em Gálatas, Por Robert J. Wieland,

Para todo o quatro trimestre de 2011

1. Ele adverte contra um falso evangelho em oposição a "verdade do evangelho" (1:6-12; 2:5, 14).

2. O entendimento de Paulo daquela "verdade" obrigou-o a contender com a liderança da igreja de sua época. Seu entendimento foi mais claro do que a dos apóstolos Pedro, ou Tiago (1:16-20; 2:12-14).

3. "Todos os homens" que são pecadores não são aceitos por Deus por qualquer coisa boa que eles possam fazer, mas "pela fé em Jesus" (2:15-19).

4. Honestos corações humanos se identificam com Cristo em Sua cruz. Tal como acontece com Ele, o resultado natural é o seguinte: o eu é crucificado. A menor mancha do legalismo "frustra a graça de Deus" e nega a cruz (2:20, 21).

5. A alternativa para "a verdade do evangelho" tem de se tornar uma forma de espiritismo. "A pregação da fé" é uma apreciação (*que brota) do coração pelas Boas Novas do Evangelho; ela opera maravilhas (3:1-5).

6. Todos os seres humanos crentes repetem a experiência da incredulidade de Abraão seguido por seu aprendizado para crer (3:6-9).

7. "A maldição" da lei não é a obediência a ela, mas a desobediência. A experiência de Cristo na Sua cruz foi esta "maldição", o horror de nossa segunda morte (3:10-14).

8. A lei foi escrita em pedra por causa da incredulidade de Israel do velho concerto, mas isso não invalida a promessa de Deus no novo concerto para escrevê-la no coração (3:16-21).

9. A lei escrita em pedra do velho concerto servia como um policial dirigindo Israel sob o legalismo, até que devesse voltar à experiência de Abraão da justificação pela fé (3:22-29).

10. Todos os que vivem sob um sentimento de condenação e medo são como um menino descalço supervisionado pelos escravos na fazenda, conquanto tenha nascido para ser o herdeiro do espólio (4:1-3).

11. O dogma da Imaculada Conceição (*de Maria ou mesmo só de Jesus) nega a verdade da completa identidade genética de Cristo com a nossa raça humana caída, que é necessária para a verdadeira redenção do pecado (4:4-7).

12. "A mensagem do terceiro anjo, em verdade"A é a plena verdade libertadora do novo concerto (4:16-31).

13. Salvação pela fé não pode ser entendida a não ser que a fé seja entendida como aquela “fé que opera por amor [Ágape]" (5:1-6)

14. Proclamar "a verdade do evangelho" sempre traz perseguição ao anunciador das boas novas do evangelho (5:11, 12).

15. A liberdade genuína inerente à verdadeira fé nunca produz licença (*certificado) (5:13, 14).

16. O Espírito Santo é mais forte do que a "carne" com todos os seus vícios pecaminosos. Portanto, se alguém entende e crê na "verdade do evangelho", pregada por Paulo, achará fácil ser salvo e difícil se perder (5:16-18; compare Mat. 11:28-30, Atos 26:14.).

17. "Andar no Espírito" é crer que Ele está segurando sua mão, e não vice-versa (5:18-25; compare Isa 41:10, 13).

18. Nós não podemos realmente ajudar alguém a menos que possamos sinceramente nos colocar em seu lugar (a sorte dele pode vir a ser a minha, exceto pela graça de Deus) (6:1-6).

19. A marca final da besta será "perseguição por causa da cruz de Cristo." A "verdade do evangelho", como é em Gálatas será, portanto, parte do "alto clamor" final que irá iluminar a terra com glória (6:12, 13).

20. Entender e crer neste evangelho da cruz livra a pessoa do cativeiro do mundanismo em todas as suas formas (6:14).

Robert J. Wieland


O irmão Roberto J. Wieland foi um pastor adventista, a vida inteira, missionário na África, em Nairobe e Kenia. É autor de inúmeros livros. Foi consultor editorial adventista do Sétimo Dia para a África. Ele deu sua vida pela África. Desde que foi jubilado, até sua morte, em julho último, aos 95 anos, viveu na Califórnia, EUA, onde ainda era atuante na sua igreja local.

Ele é autor de dezenas de livros.

Em 1950 ele e o pastor Donald K. Short, também missionário na África, em uma das férias deles nos Estados Unidos, fizeram dois pedidos à Conferência Geral:

1º) que fossem publicadas todas as matérias de Ellen G. White sobre 1888, e

2º) que fosse publicada uma antologia dos escritos de Waggoner e Jones.

38 anos depois, em 1988, a Conferência Geral atendeu o primeiro pedido, o que resultou na publicação de 4 volumes com um total de 1821 páginas. Quanto ao segundo pedido até hoje não foi o mesmo ainda atendido, muito embora haja inúmeras recomendações da serva do senhor à mensagem e às pessoas deles. Esta é uma das muitas evidências de que a liderança até hoje ainda reluta em aceitar plenamente a mensagem de 1888 de justificação pela fé, uma vez que isto significaria reconhecer a rejeição dela por parte de antigos líderes.


Nota do tradutor:

A) O que acima o Pastor Roberto J. Wieland destacou entre aspas ele colheu de Mensagens Escolhidas, volume 1, pág. 372, onde a serva do Senhor diz “Vários me escreveram, indagando se a mensagem da justificação pela fé é a mensagem do terceiro anjo, e tenho respondido: ‘É a mensagem do terceiro anjo, em verdade’.” Originalmente esta declaração foi publicada na “The Review and Herald” de 1º de abril de 1890. É salutar esclarecermos mais uma vez, como já temos feito muitas vezes no blog http://agape-edicoes.blogspot.com, que na literatura adventista, a expressão “mensagem do terceiro anjo” e “as três mensagens angélicas” são equivalentes.

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