quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Lição 2, No Princípio, por Jerry Finneman

Para 7 a 14 de janeiro de 2012
O pensamento-chave para a lição desta semana é "A doutrina da Criação em seis dias literais é fundamental para tudo o que acreditamos." (Pág. 16 do nosso guia de estudos, edição do professor). Iremos considerar a relação que a criação tem com o evangelho, a cruz e a graça. Também vamos estudar a doutrina oposta à criação — o ensino da evolução. Este ensinamento em sua oposição à criação do mesmo modo é contrário à redenção, à Cruz de Cristo e à graça de Deus.

Evolução: a falsa Religião
A evolução pode ser considerada como uma falsa religião, oposta à religião da Bíblia. Ambas as religiões estão preocupadas com começos. Ambas as teorias de como o homem começou devem ser aceitas somente pela fé, porque ninguém estava lá para observar qualquer começo. Ambas as religiões estão preocupados com o crescimento ético / moral. A Bíblia classifica isso como santificação — crescimento na graça. A evolução ensina crescimento ético por natureza — um processo de seleção natural (e, claro, a sobrevivência do mais apto geneticamente), onde o homem vai melhorando mais e mais. A evolução ensina um processo supostamente natural, resultando na sobrevivência e sucesso reprodutivo de indivíduos ou grupos melhor ajustados para o ambiente em que se encontram. Este, por sua vez leva à perpetuação das qualidades genéticas mais adequadas para esse ambiente particular.
Tanto a Bíblia e a evolução procuram por um salvador. Este salvador é o homem perfeito. Quando o homem perfeito da evolução chegar, ele viverá para sempre porque ele vai ter-se ajustado a si mesmo a cada obstáculo ambiental para a perfeição e a vida eterna. Todos os outros, sem perfeição, devem morrer. Por outro lado, a Bíblia ensina que o Homem perfeito já chegou! e nEle está a vida eterna. O Homem Perfeito morreu e o resto da humanidade vive. Quem está unido a Cristo viverá eternamente. Este não é um processo natural, que é o dom de um Criador e Redentor bondoso. Baseado em lógica simples, das duas doutrinas em disputa, a melhor, sem dúvida é a do ensino bíblico da salvação.
Um dos ensinamentos consequentes da evolução é que a morte precedeu o pecado por milhões de anos. Em sua coluna geológica estruturada, começando com a explosão cambriana de morte e destruição, supostamente 570 milhões de anos antes, para a extinção terciária em massa dos dinossauros cerca de 65 milhões de anos atrás não há nada, senão um registro de morte. A linha de raciocínio evolucionista exige a existência da morte antes da entrada do pecado. Para ela, o salário do pecado não é a morte. Se não há uma relação casual entre o pecado e a morte, não há necessidade para a morte de Cristo como nosso representante e substituto. Em nítido contraste com a evolução, a Bíblia revela que o pecado produz a morte. A morte é a consequência do pecado de Adão cerca de 6.000 anos atrás: através de “um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte" (Rom. 5:12). Devido a isso Cristo foi feito pecado e provou "a morte por todos" (2ª Cor. 5:21, Heb. 2:9).

A criação e a graça

Os evolucionistas, negando a criação, negam a cruz de Cristo, e em um sentido muito real, eles negam a graça de Deus sobre a qual a criação e a redenção são fundadas. O evolucionismo é uma negação da graça porque seus adeptos estão "separados de Cristo" e “tentam se justificar pela lei (natural), Gál 5: 4." (*Mas os que crêem no grande arquiteto do universo — a Divindade — são justificados pelo “Espírito da fé ... que opera pelo amor” — Gal. 5: 4 a 6. O amor, Ágape, é a natureza da Divindade, assim é Deus que opera a nossa fé. Gál 5: 4 a 6, diz: “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído. Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça. Porque em Jesus Cristo nem a circuncisão nem a incircuncisão tem valor algum; mas sim a fé que opera pelo amor.”)

A criação depende de favor imerecido — a graça de Deus, que negou a Si mesmo, que Se deu a Si mesmo, que Se esvaziou a Si mesmo, que continua a dar-Se para a vida, para a alegria, e para o bem de toda a humanidade. Antes da semana de criação da terra, a graça foi prometida a nós em Cristo — “antes dos tempos dos séculos” (2ª Tim. 1:9). Consequentemente, assim que Adão pecou, ​​a graça estava esperando para tomá-lo pela mão. A graça, de fato, foi consumada na cruz do Calvário 4000 anos após o pecado entrar na raça humana. No entanto, a cruz de Cristo não é meramente um ponto no tempo, porque Ele é o Cordeiro de Deus “morto desde a fundação do mundo” (Apocalipse 13:8). Assim que apareceu o pecado houve o Salvador do mundo mediando em favor da humanidade. (*Ellen G. White diz: “Assim que existiu o pecado, houve um Salvador,” Desejado de todas as Nações, pág. 210)


Criação e Redenção
Considere a relação existente entre criação e redenção. Tanto a criação e redenção se encontram em Cristo. Ele é o Criador e Redentor (João 1: 1 a 3, 14, 10; Efé. 3:9; Heb. 1: 1 a 3). Compare também Col. 1:13 a 16, onde observamos a redenção e a criação unidas. É necessário nada menos que a energia criativa para nos recriar (2ª Cor. 5: 17). O poder pelo qual Jesus nos salva do pecado é o poder pelo qual Ele criou os mundos. A redenção é, simplesmente, a realização do propósito da criação original de Deus — que o homem deva ser à Sua imagem (Gên. 1: 26; Rom. 8:29; 1ª Cor. 15: 49). Os evolucionistas, negando a criação negam o propósito da redenção.
A última mensagem de misericórdia a um mundo de crentes evolucionistas que perece, são as mensagens do evangelho e da criação unidas. É a mensagem do primeiro anjo (Apoc. 14: 6 e 7). Aqueles que acreditam na evolução ou negam esta mensagem agora, ou vão fazê-lo no futuro. Por outro lado, aqueles que crerão nesta mensagem não serão enganados pela teoria da evolução.

A Cruz e a Criação são inseparáveis
A pregação da cruz é o poder de Deus para a salvação (1ª Cor 1:30,18, 23, 24). Este é o poder do evangelho. Este poder é ilustrado na natureza. Observe o que Paulo escreveu aos Romanos: "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê ... Porque as Suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o Seu eterno poder, como a Sua Divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas" (Rom. 1: 16 e 20). O poder de Deus no evangelho é o poder da cruz. E este é o poder que criou o universo. O poder da cruz é, portanto, o poder da criação. A cruz de Cristo tem em si a energia criativa, que é o poder que redime. Os evolucionistas, ao negarem o relato bíblico da criação, negam a cruz de Cristo.
E há mais. No evangelho é revelada a justiça que é a própria vida e poder de Deus: "Porque nele (no evangelho) se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela fé" (Rom. 1: 17). Aqui está uma Escritura fundamental para a justificação pela fé, proveniente de justiça de Deus. Essa justiça é revelada no evangelho. O evangelho é o poder de Deus e esse poder é ilustrado na criação. Este poder da justiça de Deus é colocado na mente e no coração de todo aquele que crê. Os evolucionistas, negando a criação negam a justificação pela fé.
A justiça de Deus é personificada em Cristo e não pode ser separada dEle. Nós recebemos a justiça ao receber a Cristo. Esta mensagem foi proclamada em 1888. Justificação pela fé em Cristo é a mensagem do terceiro anjo. Os evolucionistas, aqueles que negam a criação, a redenção, a cruz de Cristo e a graça de Deus também negam a última mensagem de Cristo e Sua justiça.
Então, como é com você? Você é um criacionista ou um evolucionista? Você não pode ser os dois, como descrito nesta lição. O destino depende de onde colocamos a nossa fé.

- Jerry Finneman


O irmão Geraldo L. Finneman é um pastor adventista, já tendo atuado nos estados de Michigan, Pensilvânia e Califórnia nos EUA. Ele prepara materiais para encontros evangelísticos, incorporados com os conceitos das Boas-Novas da Mensagem de 1888 de Justificação pela fé. Além de pastor da IASD ele também já foi presidente do Comitê de Estudos da Mensagem de 1888. Já há alguns anos não me encontro com ele mas me parece que, devido à idade, está para, ou, já se aposentou, mas ouvi dizer que continua trabalhando por boa parte do dia, atualmente na área de Battle Creek, a cidade que abrigava a antiga sede da igreja. Há um excelente livro escrito por ele, "Christ in the Psalms” [Cristo nos Salmos], infelizmente não está traduzido para o português.
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