quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lição 4, O Deus da Graça e do Juizo, por Paul Penno

Para 21 a 28 de janeiro de 2012
Preocupação com algum tipo de julgamento futuro tormenta a raça humana. As cinco maiores religiões do mundo1, e suas variações, todas pensam sobre este momento em que cada alma dará conta para o bem ou o mal. Mesmo aqueles com nenhuma religião que defendem a doutrina do ateísmo, promovida pelo comunismo marxista, tem temido que a religião seria um perigo para o estado e, nesse sentido, acabaria por trazer juízo sobre a sociedade. Gostar da verdade do juízo, ou odiá-la, defronta cada pessoa viva no século 21, e a raça humana, desde Adão até nossos dias, é confrontada com o plano de salvação de Deus para todas as pessoas. No coração do homem, há um desejo oculto por algo melhor. Este vazio na alma humana sente que a justiça exige que deve haver um julgamento, eventualmente.
Muitas pessoas têm a idéia de que Deus é uma Deidade vingativa apenas esperando por uma chance de atacá-los com Seus relâmpagos e raios de retribuição por seus pecados. E se Deus de fato é assim, um julgamento com Ele no tribunal seria certamente uma perspectiva temível. A Bíblia, no entanto, descreve um Deus e um julgamento que difere surpreendentemente deste equívoco comum.
Deus não está procurando uma desculpa para nos punir. Às vezes imaginamos um Jesus amoroso que está entre nós e um Pai severo. Mas de acordo com a Bíblia, o Pai nos ama e é tão ansioso por nossa salvação eterna, como o Filho. "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu Seu Filho unigênito" (João 3:16). "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando [contando] os seus pecados" (2ª Coríntios. 5:19).
Deus nunca planejou para qualquer um de nós enfrentar o terror de ser considerado culpado no julgamento. Jesus declarou que a condenação do juízo — o "fogo eterno" — foi especificamente "preparado para o diabo e seus anjos" (Mateus 25:41). Se qualquer ser humano se encontra partilhando o destino de Satanás, não será porque Deus quis que assim fosse. Aqueles que serão destruídos junto com o diabo e seus anjos, têm desprezado e repelido repetidos esforços de Deus para salvá-los.
No que parece ser uma feliz exceção para a declaração de Paulo sobre "todos" que comparecerão “ante o tribunal de Cristo” (2ª Coríntios 5:10), Jesus proclama boas novas: "Na verdade, na verdade vos digo que quem ouve a Minha palavra, e crê nAquele que Me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas passou da morte para a vida" (João 5:24). Veja o paralelismo entre as palavras condenação e julgamento; ponto é que Deus quer nos isentar da terrível experiência de enfrentar o julgamento e ser condenado.
O Pai entregou a Cristo a tarefa de julgar os homens. "O Pai a ninguém julga, mas deu [confiou] ao Filho todo o juízo ... E deu-lhe o poder de exercer o juízo, (*por quê?) porque é o Filho do Homem" (João 5:22, 27), (*porque o juiz tem que ser igual aos seus pares, Sofredor, como eles).
Nosso juiz, então, é o próprio Jesus. Ninguém mais amigável conosco poderia ser encontrado! Se você estiver em um tribunal humano, e ver que o juiz e todos os membros do júri são amigos pessoais íntimos seus, você não poderá desejar uma chance mais favorável de absolvição. No entanto, o Filho do homem vai fazer por nós o que nenhum amigo terreno pode fazer quando estamos em apuros. João diz: "Meus filhinhos estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E Ele é a propiciação [sacrifício expiatório] pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo!" (1ª João 2:1, 2).
Como Jesus pode ser o nosso advogado em um processo judicial, se Ele é também nosso Juiz? Deus coloca todas as probabilidades a nosso favor. Jesus é ao mesmo tempo juiz e advogado de defesa. Ele pode nos defende, porque Ele já sofreu a condenação que nós merecemos no julgamento. A morte que Jesus morreu na cruz foi a condenação que o pecado requer, levada ao seu último grau (*a segunda morte). "Aquele que não conheceu pecado, [Deus] O fez pecado por nós" (2ª Coríntios. 5:21). Jesus morreu como os eternamente perdidos pecadores vão morrer — “isolados” do Pai — porque Ele mesmo levou, “em Seu próprio corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudessem viver para a justiça; e pelas Suas feridas fostes sarados" (1ª Pedro 2:24).
Uma vez que Ele é o segundo Adão2, estamos "nEle," corporativamente, se escolhermos crer nisso. A idéia é que quando Jesus morreu, nós também morremos. "Já estou crucificado com Cristo", disse Paulo em Gal. 2:20. Qualquer raio da ira quente que deve cair sobre os pecadores já caiu sobre Cristo na cruz.
Ao receber o dom de Jesus como nosso Salvador pela fé, estamos identificados com ele. Não há a menor razão para que alguém deva ter para duplicar a experiência de Jesus em morrer para o pecado, a menos que a pessoa rejeite a sua identidade com Cristo. O que Jesus fez na cruz satisfaz as reivindicações legais da lei quebrantada. Ele faz isso e muito mais — nossa identificação pessoal com Ele e com Sua morte. Pela fé o pecador crê que ele está "em Cristo", aceita o juízo divino sobre os seus pecados, mas na verdade os sofre "em Cristo". A justiça não faz nenhuma reivindicação mais contra ele. É por isso que ele “não é condenado. E todos podem ter essa vantagem se crerem nisso!
Durante todos os 6000 ou mais anos de história humana servos inspirados de Deus, muitas vezes empregaram medo como ferramenta de motivação para induzir os pecadores a responderem. Profetas do Antigo Testamento com frequência falam de Deus destruindo as nações e pessoas. Não há dúvida de que Deus enviou o dilúvio para destruir os pecadores, também o fogo de Sodoma e Gomorra, e destruiu os egípcios na travessia do Mar Vermelho.
A questão que é motivo de preocupação para nós é, que apelo irá Deus utilizar ao afinal ao "iluminar a terra com glória"? (*Apoc. 18:1). A "voz" irá soar do céu com poder sem precedentes, "Sai dela [Babilônia] povo Meu" (*vs. 4). A motivação vai ser uma revelação única, (*um quadro) claro (*que Deus prometeu) da cruz (*onde), o Filho de Deus consumou (*a promessa de Gên. 3: 15), e o que custou a Ele para salvar o mundo. (*Aquela promessa, que culmina com o juízo divino, está em Isaias 10:22, Porque ainda que o teu povo, ó Israel, seja como a areia do mar, só um remanescente dele se converterá; uma destruição está determinada, transbordando em justiça.E em Apoc. 19: 7, ú. p. este remanescente aparece como a noiva, preparada para as bodas do cordeiro, — já a sua esposa se aprontou.” Haverá um remanescente que retratará a Cristo antes da Sua vinda. Será o último apelo de Deus a mundo que perece) 3.
Nossa singular mensagem de 1888 ensina apenas o que a Bíblia diz, que "Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas que o mundo fosse salvo por Ele" (João 3:17). Nossa mensagem evangelística é que Cristo reverteu o resultado da transgressão de Adão, que foi a condenação de todas as pessoas, de modo que o resultado de um ato de justiça, a cruz, é absolvição e vida para todos, Rom. 5:18. Deus não condena a raça dos pecadores.4 Ele dá "absolvição e vida" para eles. A questão é, será que o pecador apreciará Seu dom comprado a um custo tão infinito e deixará que o amor de Deus reconcilie sua alma a Ele mesmo? (2ª Coríntios. 5:19).
Pr. Paul E. Penno,
Classe da Escola Sabatina
C/ uma semana de antecedência
Que você pode ver, em inglês, no
YouTube 88denver99
Este artigo ele preparou a partir
 de escritos do Pr. Pulo Penno



Paulo Penno é pastor evangelista da igreja adventista na cidade de Hayward, na Califórnia, EUA, da Associação Norte Californiana da IASD, localizada no endereço 26400, Gading Road, Hayward, Telefone: 001 XX (510) 782-3422. Ele foi ordenado ao ministério há 38 anos. Após o curso de teologia ele fez mestrado na Universidade de Andrews. Recentemente ele preparou uma extensiva antologia dos escritos de Alonzo T. Jones e Ellet J. Waggoner, a qual está incluída na Compreensiva Pesquisa dos Escritos de Ellen G. White. Recentemente também ele escreveu o livro “O Calvário no Sinai: A Lei e os Concertos na História da Igreja Adventista do 7º Dia,” e, ao longo dos anos, escreveu muitos artigos sobre vários conceitos da mensagem de 1888. O pai dele, Paul Penno foi também pastor da igreja adventista, assim nós usualmente escrevemos seu nome: Paul E. Penno Junior. Você pode vê-lo, no You Tube, semanalmente, explanando a lição da semana seguinte na igreja adventista de Hayward, na Califórnia, em http://www.youtube.com/user/88denver99


Notas finais:
1) Cristianismo, Judaísmo, Islamismo, Hinduísmo, Budismo.
2) “Adão, em hebraico, siríaco, caldeu, etíope e árabe, significa “homem;” primariamente, o nome da espécie humana, ‘humanidade,’ especialmente na Bíblia, o primeiro homem, o progenitor da raça humana.” (Webster’s New Twentieth Century Dictionary, 1957, editado por The Publishers Guind Inc, New York, , pág. 21).
3) Asteriscos (*) indicam acréscimos do tradutor, quer por motivo linguístico, diferenças entre o inglês e o português, quer por necessidade de se melhor adequar as idéias à mensagem de 1888, uma vez que todos artigos que publicamos neste blog são enviados, nos EUA, para os membros do Comitê de estudos da mensagem de 1888 somente, e muito do que os articulistas escrevem sobre “a mui preciosa mensagem”, é amplamente conhecido entre seus membros.
4) A lição (de quarta-feira, 25 de janeiro) descaracteriza esse ensino bíblico, afirmando: "Essa passagem claramente desmascara a noção de que, depois da Cruz, toda a humanidade foi automaticamente justificada. ... Todos estão condenados. ..." A palavra " desmascara" significa expor o absurdo. Aqui é a rejeição e a ridícularização da mensagem de 1888. Ellen White escreve: "Eu nunca posso me esquecer a experiência que tivemos em Minneapolis, ou as coisas que me foram então reveladas em relação ao espírito que controlou os homens, as palavras faladas, as ações feitas em obediência aos poderes do mal. ... Eles foram movidos na reunião por outro espírito, e eles não sabiam que Deus havia enviado esses jovens, os pastores Jones e Waggoner, para levar uma mensagem especial para eles, aos quais trataram com escárnio e desprezo. ... eu sei que naquele tempo o Espírito de Deus foi insultado" (The Ellen G. White 1888 Materials, Materiais de Ellen G. White sobre 1888, vol. 3, pág. 1043 [encontrado também em Ms. 24, 1892, grifamos).
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