quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lição 4, O Deus da Graça e do Juizo, por Paul Penno

Para 21 a 28 de janeiro de 2012

“E vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a terra, e a toda nação, e tribo, e língua e povo, dizendo com grande voz: ‘Temei a Deus, e dai-lhe glória, porque é vinda a hora do Seu juízo. E adorai aquele que fez o céu e a terra, o mar e as fontes das águas’" (Apoc. 14:6-7).

A proclamação do evangelho eterno da justificação pela fé traz julgamento. Deus o declarou a Adão e Eva em Gênesis 3. Noé o pregou antes do dilúvio em Gênesis 6 (cf Heb.11: 7, 2ª Ped. 2:5). O remanescente deve pregá-lo e vivê-lo, a fim de que o julgamento final ocorra. Isto exige uma compreensão madura da graça que se manifestou para a humanidade em Cristo.

O próprio Cristo sofreu o julgamento e condenação que o pecado trouxe sobre a raça de Adão, como prometido em Gênesis 3:15. Como representado nEle, toda a raça morreu a morte que a justiça exige (2ª Coríntios 5:14), foi justificada pela graça, pelo Seu sangue, e foi dado a ela o direito à vida eterna:

[Jesus] “foi entregue por causa das nossas transgressões, e ressuscitou por causa da nossa justificação” (Rom. 04:25).

“E o testemunho é este: que Deus nos deu a vida eterna; e esta vida está em seu Filho. Quem tem o Filho tem a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida” (1ª João 5:11,12).

“Pois assim como por uma só ofensa de um homem [o julgamento veio] a todos os homens, para condenação, assim também por um ato de justiça do homem [o dom gratuito veio] a todos os homens, para justificação de vida” (Rom. 5:18, NKJV).

Quando esta graça muito mais abundante é pregada em sua plenitude, o julgamento virá como resultado natural. Ele determinará quem está respirando nesta atmosfera de graça que dá vida, deixando que as dimensões universais de justificação tornem-se pessoal e prática em sua própria vida:

Jesus Cristo, a Majestade do Céu, foi oferecido ao mundo, tem sido dado ao homem como seu Salvador e Redentor. (Signs of the Times, de 19 de junho de 1893, 6º §)

Um dom gratuito é muito mais do que uma oferta condicional. É tão antinatural como segurar-se a respiração de alguém até que morra.

“No dom incomparável de Seu Filho, Deus envolveu o mundo todo numa atmosfera de graça, tão real como o ar que circula ao redor do globo. Todos os que respirarem esta atmosfera vivificante hão de viver e crescer até à estatura completa de homens e mulheres em Cristo Jesus (Caminho a Cristo, pág. 68).

Justificação pela graça, "sendo justificados pela Sua graça” (Tito 3:7); justificados pelo Seu sangue, "tendo sido justificados pelo seu sangue" (Rom.5: 9); justificados pela fé, "tendo sido, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus" (Rom.5: 1); justificado pelas obras, "vede que o homem é justificado pelas obras e não somente pela fé" (Tiago 2:24). Agora, muita confusão foi causada por nossa incapacidade de compreender claramente estes métodos de justificação. Justificação pela graça, a graça divina, é a fonte de toda justificação. Justificação pelo seu sangue: o sangue de Cristo — e o sangue é a vida — foi o canal divino através do qual a justificação deve vir para a humanidade, unindo-Se em Sua vida, com a humanidade. Justificação pela fé: Este é o método através do qual o indivíduo compreende e aplica a seu próprio caso a justificação que vem da graça através do sangue de Cristo.

Justificação pelas obras: São as evidências externas de que o indivíduo aplicou pela fé a justificação que vem da graça pelo sangue de Cristo.

Agora, justificação pela graça, que é da parte de Deus. Justificação pelo seu sangue, é da parte de Deus, e ele tem feito isso para cada ser humano da sua parte. Ele tem feito tudo para a justificação de cada ser humano, sua graça é livre para cada ser humano, e seu sangue é o canal através do qual flui a cada ser humano, e "julgando nós assim: que, se Um morreu por todos, logo todos morreram" (2ª Cor. 5:14), assim isto é da graça de Deus. Mas, conquanto Ele tenha feito tudo isto para todos os seres humanos, beneficia apenas aqueles que, pessoalmente, o apreende por sua própria fé, que toma posse da justificação provida. É livremente fornecidas para cada um, mas pela fé nEle, o indivíduo se apodera daquela justificação para si mesmo. Em seguida, a provisão que tem sido livremente feita para todos, aproveita para ele, como indivíduo, e quando, pela fé, ele fez uma aplicação pessoal ao seu próprio caso da justificação que vem de Deus através do sangue de Cristo, então, como consequência, como o resultado inevitável, as obras de Cristo aparecem nele. Portanto, para a pessoa em Jesus Cristo, não faz qualquer diferença qual método de justificação é mencionado. Se ele é justificado pela graça, como é claro que ele deve ser, todas essas outras consequências se seguem. Se ele é justificado pela graça, então ele é justificado pelo sangue, pela sua própria fé individual, e as obras irão aparecer; e você pode tocar em qualquer ponto destes. Se ele é realmente justificado pelas obras da fé, quando você diz que ele é justificado pelas obras, isto implica todos os outros pontos anteriores. Isso deve acabar com a nossa discussão sobre se somos justificados pela fé, ou pelas obras, ou se é pela graça. Aquele que é verdadeiramente justificado pessoalmente, deve ser justificado por cada um deles. E quando aquele que é verdadeiramente justificado, manifesta um dos quatro, os outros três estão todos implícitos. (William W. Prescott, no Boletim da Conferência Geral de 1895, pág 44, em 6 de fevereiro de 1895)

A Graça de Deus é universal (Heb. 2:9, Tito 2:11, 3:7);

O Sangue de Cristo é universal (Rom. 5:8-10);

A Fé de Jesus é dada, mas não exercida, universalmente (Rom. 5:1, 12:3, Apoc. 14:12)

As boas obras são preparadas por Deus para todos, mas nem todos a exercitam (Efé. 2:10, Tiago 2:17-26).

Quando todos tiverem crido na, ou rejeitado a completa justificação provida em, e, através de Cristo, e os "pensamentos e intenções do coração” (Heb. 4:12) forem mals ou bons continuamente, então o julgamento executivo pode prosseguir como ocorreu nos dias de Noé.

Mas a hora do juízo somente revelará a resposta humana à graça de Deus apenas ao Sua graça ser proclamada em sua plenitude. Aqueles que crerem na inteirreza do evangelho nEle, não serão condenados. “Quem não crê já está condenado, porquanto” (João 3:18) tomaram sobre si mesmos a condenação que já havia sido anulada em Cristo.

“Porque já o tempo [veio] para que começe o julgamento pela casa de Deus, e se primeiro [ele começa] conosco, qual vai [ser] o fim daqueles que desobedecem ao evangelho de Deus?” (1ª Ped. 4:17, NVI)

Está o povo de Deus pronto para proclamar o evangelho eterno? Há indícios de que isto poderá ocorrer em breve!

Todd Guthrie

O irmão Todd Guthrie, é um médico adventista, membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudos de Mensagem de 1888. Ele é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países. Ele e sua família sempre aparecem no canal de televisão adventista Three Angels Broadcasting Network [Canal de Televisão Três Anjos] com música tanto vocal quanto instrumental.

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