sexta-feira, 15 de março de 2013

Lição 11 – Sábado - Feito para o Homem, por Patti Guthrie

Para 9 a 16 de março de 2013

O tema do evangelho eterno, que em breve iluminará a terra com a glória de Deus é Jesus Cristo, e este crucificado. Ele foi a pedra angular da mensagem do alto clamor que já tinha começado no início da década de 1890, e, embora Deus a tenha adiado por mais de um século atrás, temos todas as razões para crer que ela ainda vai atingir o mundo como fogo na palha.
Na proclamação desta mensagem é-nos dito que o Sábado será proclamado de forma mais completa. Eu creio que assim será, porque o Sábado estará ligado à pregação da cruz de Cristo.
De acordo com essa crença, entendemos a lição desta semana sobre o Sábado e a criação à luz da cruz.
"E desde a hora sexta houve trevas sobre toda a terra, até a hora nona,. E perto da hora nona exclamou Jesus em alta voz, dizendo: Eli, Eli, lamá sabactâni?" isto é, "Deus Meu, Deus Meu, por que me desamparaste?
"E alguns dos que ali estavam, ouvindo isso, diziam:" Este chama por Elias!
"E logo um deles, correndo, tomou uma esponja, e embebeu-a em vinagre, e, pondo-a numa cana, deva-Lhe de beber.
"Os outros, porém, diziam: ‘Deixa, vejamos se Elias vem livrá-Lo’.
"E Jesus, clamando outra vez com grande voz, rendeu o espírito. E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dEle, entraram na cidade santa e apareceram a muitos. E o centurião e os que com ele guardavam a Jesus, vendo o terremoto, e as coisas que haviam sucedido, tiveram grande temor, e disseram: ‘Verdadeiramente este era o Filho de Deus!'" (Mateus 27:45-54).
No serviço do tabernáculo judaico, a sexta hora do dia (meio-dia) era quando um segundo cordeiro era trazido e amarrado ao altar. De manhã o primeiro cordeiro tinha sido trazido, amarrado ao altar e sacrificado na terceira hora. O segundo cordeiro era  sacrificado à hora nona (às três da tarde), o momento em que Jesus cumpriu esse rito ao morrer na cruz.
O sacrifício do segundo cordeiro tipificava a morte de Cristo na cruz.
No livro do Apocalipse, nos é informado que Cristo era o "Cordeiro que foi morto desde a fundação do mundo" (Apocalipse 13:8). E, 1ª Pedro 1:20, diz: "O qual, na verdade, em outro tempo foi conhecido, ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nestes últimos tempos por amor de vós."
O primeiro cordeiro aponta de volta para o compromisso que Cristo fez para salvar o homem a qualquer custo, para Si mesmo, desde os primórdios da criação — antes mesmo da fundação, ou criação, do nosso mundo.
No sexto dia da semana da criação, Jesus soprou em Adão o fôlego da vida. Ao fazer isso, Jesus deu a Sua vida a Adão. Na cruz, Cristo deu Seu último suspiro, mais uma vez, infundindo a raça humana com a vida que havíamos perdido em Adão.
O primeiro Sábado da criação foi caracterizado pela comunhão entre Adão e seu Criador. A obra de Cristo como Criador foi encerrada, e Ele “descansou no sétimo dia de toda a Sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a Sua obra que Deus criara e fizera" (Gênesis 2:2-3).
À hora nona na cruz, Cristo inclinou a cabeça e descansou novamente — desta vez da sua obra de salvar a humanidade. A obra da redenção estava completa. Cristo havia sondado as profundezas do pecado. Ele havia sido encerrado no abismo sem escapatória. Ninguém, exceto Cristo, jamais entrou nesta morte; e ninguém, exceto o diabo e seus anjos, precisam, experimentá-la, porque na cruz, Cristo provou “a morte por todos" (Heb. 2:9).
O Sábado da Criação comemora a obra concluída de Cristo como Criador. O Sábado da Cruz revela a obra concluída de Cristo como Redentor.
Em uma rodovia interestadual (*americana) não muito longe de nossa casa, o estado está construindo uma nova ponte. Eu estive observando a construção da ponte por uns dois anos. Começando na margem do rio, enormes torres de concreto foram colocadas no lugar, e, passo a passo, a nova ponte estava sendo construída.
O Sábado é a ponte que atravessa a história do mundo do Éden perdido ao Éden restaurado.
A cada sétimo dia um outro Sábado é ancorado no tempo, trazendo-nos uma semana mais perto do ponto culminante do grande conflito, no dia em que nós, ‘segundo a Sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça" (2ª Pedro 3:13).
Mais abrangente, esta ponte de tempo é a cruz de Cristo, um sinalisador do Sábado no tempo. A promessa de um Salvador vindouro trouxe esperança aos corações de almas sobrecarregadas com pecado desde Adão até Ana e Simeão. E a história do triunfo de Jesus sobre Satanás na cruz dá garantia de “que Aquele que começou a boa obra a aperfeiçoará” (*Fil. 1:6) até que Jesus venha novamente.
Quando Cristo morreu na cruz, os fundamentos da terra que haviam sido fixados durante a semana da criação foram abalados. Sepulturas foram abertas, e, na ressurreição de Cristo, um número não revelado de santos saíram de seus túmulos, os primeiros frutos da vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. Estes santos, alguns da nossa altura, e outros gigantes em estatura, proclamaram a um mundo atônito a boa nova da salvação. Enquanto os discípulos de Jesus estavam lamentando, esses missionários estavam dizendo que Jesus tinha ressuscitado. A morte não pôde segurá-Lo no túmulo! Ele havia obtido a vitória!
A Bíblia nos fala de um Sábado milenar por vir. Na véspera do primeiro Sábado que concluiu a criação, Deus introduziu Adão a sua noiva. O primeiro casamento foi consumado. Durante o dia da preparação antes de Sua segunda vinda, Cristo recebe a Sua noiva, a Sua igreja.
Por 6.000 anos, a terra, que deveria estar descansando cada Sábado, tem trabalhado. Na cruz Cristo triunfantemente, declarou: "Está consumado!"
Na véspera deste Sábado milenar, quando a proclamação soar de novo, é ouvida "grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: ‘Está feito!'" (*Apoc. 16:17). No começo nossos primeiros pais — perfeitos em todos os sentidos — fracassaram num teste simples. No final, o povo de Deus — devastado por seis mil anos de pecado — vai passar pelo teste mais difícil que qualquer ser humano, exceto Cristo na cruz, já teve de suportar. Este teste final envolverá lealdade ao sétimo dia, o Sábado de Deus em face de um decreto de morte universal.
"E houve vozes, e trovões, e relâmpagos, e houve um grande terremoto, como nunca houve desde que há homens sobre a terra; tal foi este tão grande terremoto" (Apoc. 16:17, 18.
Como antes, este terremoto libera os justos mortos de seus túmulos; Jesus volta nas nuvens do céu para resgatar Sua noiva das garras de Satanás. Ele não terá permissão para realizar o seu decreto de morte. E "ao sétimo ano haverá sábado de descanso solene para a terra, um sábado ao Senhor" (Lev. 25:4).
Todo o céu vem trabalhando há 6.000 anos para salvar o homem. Quando Cristo vier, a obra de salvar almas será completada, e nós vamos entrar naquele descanso sabático com nosso Criador, assim como nossos primeiros pais entraram no seu Seu repouso no primeiro Sábado da semana da criação.
"Portanto, resta ainda um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou no Seu repouso, ele próprio repousou de suas obras, como Deus das Suas" (Heb. 4:9,10).
O Sábado semanal é uma oportunidade para sabermos que "o Senhor é Deus; é Ele que nos fez, e não nós a nós mesmos; somos povo Seu e ovelhas do Seu pasto" (Salmo. 100:3). Somos a ovelha perdida que foi encontrada. Este salmo revela o plano de Deus para as ovelhas do Seu pasto: Quando Jesus vier pela segunda vez, “todos os que estão nos sepulcros ouvirão a Sua voz ... e sairão” (*João 5: 28 e 29). “Depois nós, que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar do Senhor nos ares” (*1ª Tess. 4:17).
Nossa jornada para o céu vai durar sete dias, e de alguma forma — Eu só posso conjecturar — pode ser que vamos chegar aos portões celestiais no dia da preparação e todo o exército angelical vai estar lá para nos receber dizendo, "entrai pelas portas [do Senhor] com gratidão, e em seus átrios com louvor" (Salmo 100:4) para comemorar nosso primeiro Sábado com nosso Criador, nosso Redentor, e nosso Marido, no céu.
Oh!, que dia de alegria será! Eu quero estar lá naquele dia feliz, você também quer?
-Patti Guthrie

Patti Guthrie é uma adventista de berço. É esposa, mãe e professora dos próprios filhos. Ela é estudante da Bíblia, escritora e musicista.  Faz parte do comitê de música para leigos adventistas. A família de Guthrie aparece no canal de televisão adventista Three Angels Broadcasting Network [Canal de Televisão Três Anjos] com música tanto vocal quanto instrumental. O marido de Patti, Todd Guthrie, é médico e membro da Mesa administrativa do Comitê de Estudos de Mensagem de 1888. Ele também é ancião na sua igreja adventista local, e constantemente está envolvido em organizar e executar programas musicais para acontecimentos importantes da Igreja Adventista nos EUA e em outros países.
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